Jornalista e colunista do Broadcast

Opinião|No encalço dos ‘falcões’: quem já estaria disposto a cortar apenas 0,25 ponto da Selic em junho?


Copom deixou em aberto a possibilidade de um corte menor acontecer após a próxima reunião, em maio, apesar de ter ressalvado que o cenário-base não mudou substancialmente

Por Fábio Alves

O parágrafo 23 da última ata do Copom deflagrou um debate entre analistas sobre quais diretores do Banco Central que, na fotografia atual da dinâmica da inflação de serviços e do mercado de trabalho, já estariam inclinados a votar pela redução no ritmo de cortes da taxa Selic, do atual 0,50 ponto porcentual para 0,25 ponto na reunião de junho.

No comunicado e na ata, o Copom encurtou a sinalização para a manutenção do ritmo de corte dos juros para apenas a “próxima reunião”, no singular, quando desde o início do ciclo de afrouxamento monetário, em agosto do ano passado, usava essa expressão no plural para indicar ao mercado que a redução da Selic em 0,50 ponto estava garantida por, pelo menos, duas reuniões. Mas com o singular, apesar de ter ressalvado que o cenário-base não mudou substancialmente, o Copom deixou em aberto a possibilidade de um corte menor acontecer após a próxima reunião, em maio.

No parágrafo 23 da ata, o Copom diz que “alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária poderá revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseja atingir”. Tradução: o ciclo de redução de juros poderá se estender com um ritmo mais lento de corte, de 0,25 ponto.

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Mas quem já estaria disposto a cortar apenas 0,25 ponto em junho? Com base nas declarações recentes e na postura mais conservadora que sempre adotaram, o mercado cita os nomes dos diretores Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro). Esses seriam os mais visíveis “falcões” (jargão para descrever quem tem postura monetária mais conservadora) do Copom.

Composição atual do Copom; membros da ala mais "conservadora" com os juros são chamados de falcões Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Mas a suspeita agora é de que lado está Paulo Picchetti, que assumiu em janeiro a diretora de Assuntos Internacionais. Não se consegue avaliar ainda, em declarações ou discursos, como Picchetti vê a dinâmica da inflação de serviços ou o seu grau de preocupação com os ganhos reais dos salários recentemente. A outra dúvida é sobre o próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto. Suas declarações acabam verbalizando o consenso no Copom. O mercado quer ver qual é a sua visão pessoal sobre as incertezas citadas na ata.

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Alguns outros diretores, como Gabriel Galípolo (Política Monetária), já são vistos na ala dos “pombos” (menos conservadores) ou dos neutros, os quais manteriam o corte de 0,50 ponto em junho. No IPCA-15 de março, a inflação de serviços subjacentes subiu 0,40%. Mantida essa alta adiante, a ala dos “falcões” pode crescer.

O parágrafo 23 da última ata do Copom deflagrou um debate entre analistas sobre quais diretores do Banco Central que, na fotografia atual da dinâmica da inflação de serviços e do mercado de trabalho, já estariam inclinados a votar pela redução no ritmo de cortes da taxa Selic, do atual 0,50 ponto porcentual para 0,25 ponto na reunião de junho.

No comunicado e na ata, o Copom encurtou a sinalização para a manutenção do ritmo de corte dos juros para apenas a “próxima reunião”, no singular, quando desde o início do ciclo de afrouxamento monetário, em agosto do ano passado, usava essa expressão no plural para indicar ao mercado que a redução da Selic em 0,50 ponto estava garantida por, pelo menos, duas reuniões. Mas com o singular, apesar de ter ressalvado que o cenário-base não mudou substancialmente, o Copom deixou em aberto a possibilidade de um corte menor acontecer após a próxima reunião, em maio.

No parágrafo 23 da ata, o Copom diz que “alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária poderá revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseja atingir”. Tradução: o ciclo de redução de juros poderá se estender com um ritmo mais lento de corte, de 0,25 ponto.

Mas quem já estaria disposto a cortar apenas 0,25 ponto em junho? Com base nas declarações recentes e na postura mais conservadora que sempre adotaram, o mercado cita os nomes dos diretores Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro). Esses seriam os mais visíveis “falcões” (jargão para descrever quem tem postura monetária mais conservadora) do Copom.

Composição atual do Copom; membros da ala mais "conservadora" com os juros são chamados de falcões Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Mas a suspeita agora é de que lado está Paulo Picchetti, que assumiu em janeiro a diretora de Assuntos Internacionais. Não se consegue avaliar ainda, em declarações ou discursos, como Picchetti vê a dinâmica da inflação de serviços ou o seu grau de preocupação com os ganhos reais dos salários recentemente. A outra dúvida é sobre o próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto. Suas declarações acabam verbalizando o consenso no Copom. O mercado quer ver qual é a sua visão pessoal sobre as incertezas citadas na ata.

Alguns outros diretores, como Gabriel Galípolo (Política Monetária), já são vistos na ala dos “pombos” (menos conservadores) ou dos neutros, os quais manteriam o corte de 0,50 ponto em junho. No IPCA-15 de março, a inflação de serviços subjacentes subiu 0,40%. Mantida essa alta adiante, a ala dos “falcões” pode crescer.

O parágrafo 23 da última ata do Copom deflagrou um debate entre analistas sobre quais diretores do Banco Central que, na fotografia atual da dinâmica da inflação de serviços e do mercado de trabalho, já estariam inclinados a votar pela redução no ritmo de cortes da taxa Selic, do atual 0,50 ponto porcentual para 0,25 ponto na reunião de junho.

No comunicado e na ata, o Copom encurtou a sinalização para a manutenção do ritmo de corte dos juros para apenas a “próxima reunião”, no singular, quando desde o início do ciclo de afrouxamento monetário, em agosto do ano passado, usava essa expressão no plural para indicar ao mercado que a redução da Selic em 0,50 ponto estava garantida por, pelo menos, duas reuniões. Mas com o singular, apesar de ter ressalvado que o cenário-base não mudou substancialmente, o Copom deixou em aberto a possibilidade de um corte menor acontecer após a próxima reunião, em maio.

No parágrafo 23 da ata, o Copom diz que “alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária poderá revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseja atingir”. Tradução: o ciclo de redução de juros poderá se estender com um ritmo mais lento de corte, de 0,25 ponto.

Mas quem já estaria disposto a cortar apenas 0,25 ponto em junho? Com base nas declarações recentes e na postura mais conservadora que sempre adotaram, o mercado cita os nomes dos diretores Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro). Esses seriam os mais visíveis “falcões” (jargão para descrever quem tem postura monetária mais conservadora) do Copom.

Composição atual do Copom; membros da ala mais "conservadora" com os juros são chamados de falcões Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Mas a suspeita agora é de que lado está Paulo Picchetti, que assumiu em janeiro a diretora de Assuntos Internacionais. Não se consegue avaliar ainda, em declarações ou discursos, como Picchetti vê a dinâmica da inflação de serviços ou o seu grau de preocupação com os ganhos reais dos salários recentemente. A outra dúvida é sobre o próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto. Suas declarações acabam verbalizando o consenso no Copom. O mercado quer ver qual é a sua visão pessoal sobre as incertezas citadas na ata.

Alguns outros diretores, como Gabriel Galípolo (Política Monetária), já são vistos na ala dos “pombos” (menos conservadores) ou dos neutros, os quais manteriam o corte de 0,50 ponto em junho. No IPCA-15 de março, a inflação de serviços subjacentes subiu 0,40%. Mantida essa alta adiante, a ala dos “falcões” pode crescer.

O parágrafo 23 da última ata do Copom deflagrou um debate entre analistas sobre quais diretores do Banco Central que, na fotografia atual da dinâmica da inflação de serviços e do mercado de trabalho, já estariam inclinados a votar pela redução no ritmo de cortes da taxa Selic, do atual 0,50 ponto porcentual para 0,25 ponto na reunião de junho.

No comunicado e na ata, o Copom encurtou a sinalização para a manutenção do ritmo de corte dos juros para apenas a “próxima reunião”, no singular, quando desde o início do ciclo de afrouxamento monetário, em agosto do ano passado, usava essa expressão no plural para indicar ao mercado que a redução da Selic em 0,50 ponto estava garantida por, pelo menos, duas reuniões. Mas com o singular, apesar de ter ressalvado que o cenário-base não mudou substancialmente, o Copom deixou em aberto a possibilidade de um corte menor acontecer após a próxima reunião, em maio.

No parágrafo 23 da ata, o Copom diz que “alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária poderá revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseja atingir”. Tradução: o ciclo de redução de juros poderá se estender com um ritmo mais lento de corte, de 0,25 ponto.

Mas quem já estaria disposto a cortar apenas 0,25 ponto em junho? Com base nas declarações recentes e na postura mais conservadora que sempre adotaram, o mercado cita os nomes dos diretores Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro). Esses seriam os mais visíveis “falcões” (jargão para descrever quem tem postura monetária mais conservadora) do Copom.

Composição atual do Copom; membros da ala mais "conservadora" com os juros são chamados de falcões Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Mas a suspeita agora é de que lado está Paulo Picchetti, que assumiu em janeiro a diretora de Assuntos Internacionais. Não se consegue avaliar ainda, em declarações ou discursos, como Picchetti vê a dinâmica da inflação de serviços ou o seu grau de preocupação com os ganhos reais dos salários recentemente. A outra dúvida é sobre o próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto. Suas declarações acabam verbalizando o consenso no Copom. O mercado quer ver qual é a sua visão pessoal sobre as incertezas citadas na ata.

Alguns outros diretores, como Gabriel Galípolo (Política Monetária), já são vistos na ala dos “pombos” (menos conservadores) ou dos neutros, os quais manteriam o corte de 0,50 ponto em junho. No IPCA-15 de março, a inflação de serviços subjacentes subiu 0,40%. Mantida essa alta adiante, a ala dos “falcões” pode crescer.

O parágrafo 23 da última ata do Copom deflagrou um debate entre analistas sobre quais diretores do Banco Central que, na fotografia atual da dinâmica da inflação de serviços e do mercado de trabalho, já estariam inclinados a votar pela redução no ritmo de cortes da taxa Selic, do atual 0,50 ponto porcentual para 0,25 ponto na reunião de junho.

No comunicado e na ata, o Copom encurtou a sinalização para a manutenção do ritmo de corte dos juros para apenas a “próxima reunião”, no singular, quando desde o início do ciclo de afrouxamento monetário, em agosto do ano passado, usava essa expressão no plural para indicar ao mercado que a redução da Selic em 0,50 ponto estava garantida por, pelo menos, duas reuniões. Mas com o singular, apesar de ter ressalvado que o cenário-base não mudou substancialmente, o Copom deixou em aberto a possibilidade de um corte menor acontecer após a próxima reunião, em maio.

No parágrafo 23 da ata, o Copom diz que “alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária poderá revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseja atingir”. Tradução: o ciclo de redução de juros poderá se estender com um ritmo mais lento de corte, de 0,25 ponto.

Mas quem já estaria disposto a cortar apenas 0,25 ponto em junho? Com base nas declarações recentes e na postura mais conservadora que sempre adotaram, o mercado cita os nomes dos diretores Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro). Esses seriam os mais visíveis “falcões” (jargão para descrever quem tem postura monetária mais conservadora) do Copom.

Composição atual do Copom; membros da ala mais "conservadora" com os juros são chamados de falcões Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Mas a suspeita agora é de que lado está Paulo Picchetti, que assumiu em janeiro a diretora de Assuntos Internacionais. Não se consegue avaliar ainda, em declarações ou discursos, como Picchetti vê a dinâmica da inflação de serviços ou o seu grau de preocupação com os ganhos reais dos salários recentemente. A outra dúvida é sobre o próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto. Suas declarações acabam verbalizando o consenso no Copom. O mercado quer ver qual é a sua visão pessoal sobre as incertezas citadas na ata.

Alguns outros diretores, como Gabriel Galípolo (Política Monetária), já são vistos na ala dos “pombos” (menos conservadores) ou dos neutros, os quais manteriam o corte de 0,50 ponto em junho. No IPCA-15 de março, a inflação de serviços subjacentes subiu 0,40%. Mantida essa alta adiante, a ala dos “falcões” pode crescer.

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