Jornalista e colunista do Broadcast

Opinião|Dólar ganha mais atratividade à medida que grandes economias beiram a recessão


Com o Federal Reserve subindo os juros, Zona do Euro perto da recessão e a China em desaceleração, como resistir ao dólar?

Por Fábio Alves
Atualização:

Depois de perder terreno desde o início de julho ante as principais moedas internacionais, incluindo o real, o dólar ganhou novo fôlego de valorização na semana passada, o que fez muitos analistas perguntarem: poderá haver um novo pico na cotação da moeda americana?

Tome-se o real como exemplo. O dólar encerrou a semana passada com alta de 1,85%, mas ainda assim a perda acumulada ante o real em 30 dias era de 4,65%.

Em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, o dólar registrou ganho de 2,4% na semana passada Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE - 27/6/2021
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Em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, o dólar registrou ganho de 2,4% na semana passada. Contra o iene japonês, a alta semanal da moeda americana foi de 2,6%. Já ante o franco suíço, o dólar teve um avanço de 1,8%, o que não apagou o ganho da moeda suíça nos últimos 30 dias, de 0,4%.

O que vinha minando as forças do dólar no último mês tinha a ver mais com uma narrativa sobre a moeda americana e a percepção do mercado em relação aos próximos passos da política monetária nos Estados Unidos do que propriamente com fatores favoráveis ao desempenho de outras moedas.

Com um crescente temor de recessão e números abaixo do esperado para a inflação nos EUA, o mercado passou a apostar que o Federal Reserve (Fed) irá desacelerar o ritmo do aperto monetário, não entregar todas as altas de juros já sinalizadas e, depois, começar a cortar a taxa de novo antes do esperado. Um ciclo menos duro de alta de juros deixaria o dólar menos atrativo para os investidores globais.

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Essa percepção do mercado – prematura na visão de muitos analistas – deflagrou um apetite por ativos de risco, como Bolsas de Valores, e moedas emergentes, especialmente aquelas onde os juros locais, a exemplo da taxa Selic, estão elevados. O fluxo de recursos estrangeiros para a Bolsa brasileira aumentou, beneficiando a cotação do real ante o dólar.

Mas, na semana passada, parece que o mercado teve um choque de realidade e percebeu que a batalha contra a inflação americana está longe de ser vencida e, portanto, o Fed seguirá elevando os juros nos EUA. Daí, a valorização do dólar.

Todavia, como o Fed parou de dizer o que iria fazer com antecedência na reunião seguinte de política monetária, o mercado fica numa gangorra sobre os seus próximos passos: ora acredita que o Fed será mais duro, ora mais brando, oscilando ao sabor dos dados de inflação e de atividade.

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Além do ciclo de alta de juros pelo Fed, outro fator será crucial para o dólar: o diferencial de crescimento econômico entre os EUA e outros países. Com a Zona do Euro à beira da recessão e a China desacelerando, como resistir à atração do dólar?

Depois de perder terreno desde o início de julho ante as principais moedas internacionais, incluindo o real, o dólar ganhou novo fôlego de valorização na semana passada, o que fez muitos analistas perguntarem: poderá haver um novo pico na cotação da moeda americana?

Tome-se o real como exemplo. O dólar encerrou a semana passada com alta de 1,85%, mas ainda assim a perda acumulada ante o real em 30 dias era de 4,65%.

Em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, o dólar registrou ganho de 2,4% na semana passada Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE - 27/6/2021

Em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, o dólar registrou ganho de 2,4% na semana passada. Contra o iene japonês, a alta semanal da moeda americana foi de 2,6%. Já ante o franco suíço, o dólar teve um avanço de 1,8%, o que não apagou o ganho da moeda suíça nos últimos 30 dias, de 0,4%.

O que vinha minando as forças do dólar no último mês tinha a ver mais com uma narrativa sobre a moeda americana e a percepção do mercado em relação aos próximos passos da política monetária nos Estados Unidos do que propriamente com fatores favoráveis ao desempenho de outras moedas.

Com um crescente temor de recessão e números abaixo do esperado para a inflação nos EUA, o mercado passou a apostar que o Federal Reserve (Fed) irá desacelerar o ritmo do aperto monetário, não entregar todas as altas de juros já sinalizadas e, depois, começar a cortar a taxa de novo antes do esperado. Um ciclo menos duro de alta de juros deixaria o dólar menos atrativo para os investidores globais.

Essa percepção do mercado – prematura na visão de muitos analistas – deflagrou um apetite por ativos de risco, como Bolsas de Valores, e moedas emergentes, especialmente aquelas onde os juros locais, a exemplo da taxa Selic, estão elevados. O fluxo de recursos estrangeiros para a Bolsa brasileira aumentou, beneficiando a cotação do real ante o dólar.

Mas, na semana passada, parece que o mercado teve um choque de realidade e percebeu que a batalha contra a inflação americana está longe de ser vencida e, portanto, o Fed seguirá elevando os juros nos EUA. Daí, a valorização do dólar.

Todavia, como o Fed parou de dizer o que iria fazer com antecedência na reunião seguinte de política monetária, o mercado fica numa gangorra sobre os seus próximos passos: ora acredita que o Fed será mais duro, ora mais brando, oscilando ao sabor dos dados de inflação e de atividade.

Além do ciclo de alta de juros pelo Fed, outro fator será crucial para o dólar: o diferencial de crescimento econômico entre os EUA e outros países. Com a Zona do Euro à beira da recessão e a China desacelerando, como resistir à atração do dólar?

Depois de perder terreno desde o início de julho ante as principais moedas internacionais, incluindo o real, o dólar ganhou novo fôlego de valorização na semana passada, o que fez muitos analistas perguntarem: poderá haver um novo pico na cotação da moeda americana?

Tome-se o real como exemplo. O dólar encerrou a semana passada com alta de 1,85%, mas ainda assim a perda acumulada ante o real em 30 dias era de 4,65%.

Em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, o dólar registrou ganho de 2,4% na semana passada Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE - 27/6/2021

Em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, o dólar registrou ganho de 2,4% na semana passada. Contra o iene japonês, a alta semanal da moeda americana foi de 2,6%. Já ante o franco suíço, o dólar teve um avanço de 1,8%, o que não apagou o ganho da moeda suíça nos últimos 30 dias, de 0,4%.

O que vinha minando as forças do dólar no último mês tinha a ver mais com uma narrativa sobre a moeda americana e a percepção do mercado em relação aos próximos passos da política monetária nos Estados Unidos do que propriamente com fatores favoráveis ao desempenho de outras moedas.

Com um crescente temor de recessão e números abaixo do esperado para a inflação nos EUA, o mercado passou a apostar que o Federal Reserve (Fed) irá desacelerar o ritmo do aperto monetário, não entregar todas as altas de juros já sinalizadas e, depois, começar a cortar a taxa de novo antes do esperado. Um ciclo menos duro de alta de juros deixaria o dólar menos atrativo para os investidores globais.

Essa percepção do mercado – prematura na visão de muitos analistas – deflagrou um apetite por ativos de risco, como Bolsas de Valores, e moedas emergentes, especialmente aquelas onde os juros locais, a exemplo da taxa Selic, estão elevados. O fluxo de recursos estrangeiros para a Bolsa brasileira aumentou, beneficiando a cotação do real ante o dólar.

Mas, na semana passada, parece que o mercado teve um choque de realidade e percebeu que a batalha contra a inflação americana está longe de ser vencida e, portanto, o Fed seguirá elevando os juros nos EUA. Daí, a valorização do dólar.

Todavia, como o Fed parou de dizer o que iria fazer com antecedência na reunião seguinte de política monetária, o mercado fica numa gangorra sobre os seus próximos passos: ora acredita que o Fed será mais duro, ora mais brando, oscilando ao sabor dos dados de inflação e de atividade.

Além do ciclo de alta de juros pelo Fed, outro fator será crucial para o dólar: o diferencial de crescimento econômico entre os EUA e outros países. Com a Zona do Euro à beira da recessão e a China desacelerando, como resistir à atração do dólar?

Depois de perder terreno desde o início de julho ante as principais moedas internacionais, incluindo o real, o dólar ganhou novo fôlego de valorização na semana passada, o que fez muitos analistas perguntarem: poderá haver um novo pico na cotação da moeda americana?

Tome-se o real como exemplo. O dólar encerrou a semana passada com alta de 1,85%, mas ainda assim a perda acumulada ante o real em 30 dias era de 4,65%.

Em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, o dólar registrou ganho de 2,4% na semana passada Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE - 27/6/2021

Em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, o dólar registrou ganho de 2,4% na semana passada. Contra o iene japonês, a alta semanal da moeda americana foi de 2,6%. Já ante o franco suíço, o dólar teve um avanço de 1,8%, o que não apagou o ganho da moeda suíça nos últimos 30 dias, de 0,4%.

O que vinha minando as forças do dólar no último mês tinha a ver mais com uma narrativa sobre a moeda americana e a percepção do mercado em relação aos próximos passos da política monetária nos Estados Unidos do que propriamente com fatores favoráveis ao desempenho de outras moedas.

Com um crescente temor de recessão e números abaixo do esperado para a inflação nos EUA, o mercado passou a apostar que o Federal Reserve (Fed) irá desacelerar o ritmo do aperto monetário, não entregar todas as altas de juros já sinalizadas e, depois, começar a cortar a taxa de novo antes do esperado. Um ciclo menos duro de alta de juros deixaria o dólar menos atrativo para os investidores globais.

Essa percepção do mercado – prematura na visão de muitos analistas – deflagrou um apetite por ativos de risco, como Bolsas de Valores, e moedas emergentes, especialmente aquelas onde os juros locais, a exemplo da taxa Selic, estão elevados. O fluxo de recursos estrangeiros para a Bolsa brasileira aumentou, beneficiando a cotação do real ante o dólar.

Mas, na semana passada, parece que o mercado teve um choque de realidade e percebeu que a batalha contra a inflação americana está longe de ser vencida e, portanto, o Fed seguirá elevando os juros nos EUA. Daí, a valorização do dólar.

Todavia, como o Fed parou de dizer o que iria fazer com antecedência na reunião seguinte de política monetária, o mercado fica numa gangorra sobre os seus próximos passos: ora acredita que o Fed será mais duro, ora mais brando, oscilando ao sabor dos dados de inflação e de atividade.

Além do ciclo de alta de juros pelo Fed, outro fator será crucial para o dólar: o diferencial de crescimento econômico entre os EUA e outros países. Com a Zona do Euro à beira da recessão e a China desacelerando, como resistir à atração do dólar?

Depois de perder terreno desde o início de julho ante as principais moedas internacionais, incluindo o real, o dólar ganhou novo fôlego de valorização na semana passada, o que fez muitos analistas perguntarem: poderá haver um novo pico na cotação da moeda americana?

Tome-se o real como exemplo. O dólar encerrou a semana passada com alta de 1,85%, mas ainda assim a perda acumulada ante o real em 30 dias era de 4,65%.

Em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, o dólar registrou ganho de 2,4% na semana passada Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE - 27/6/2021

Em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, o dólar registrou ganho de 2,4% na semana passada. Contra o iene japonês, a alta semanal da moeda americana foi de 2,6%. Já ante o franco suíço, o dólar teve um avanço de 1,8%, o que não apagou o ganho da moeda suíça nos últimos 30 dias, de 0,4%.

O que vinha minando as forças do dólar no último mês tinha a ver mais com uma narrativa sobre a moeda americana e a percepção do mercado em relação aos próximos passos da política monetária nos Estados Unidos do que propriamente com fatores favoráveis ao desempenho de outras moedas.

Com um crescente temor de recessão e números abaixo do esperado para a inflação nos EUA, o mercado passou a apostar que o Federal Reserve (Fed) irá desacelerar o ritmo do aperto monetário, não entregar todas as altas de juros já sinalizadas e, depois, começar a cortar a taxa de novo antes do esperado. Um ciclo menos duro de alta de juros deixaria o dólar menos atrativo para os investidores globais.

Essa percepção do mercado – prematura na visão de muitos analistas – deflagrou um apetite por ativos de risco, como Bolsas de Valores, e moedas emergentes, especialmente aquelas onde os juros locais, a exemplo da taxa Selic, estão elevados. O fluxo de recursos estrangeiros para a Bolsa brasileira aumentou, beneficiando a cotação do real ante o dólar.

Mas, na semana passada, parece que o mercado teve um choque de realidade e percebeu que a batalha contra a inflação americana está longe de ser vencida e, portanto, o Fed seguirá elevando os juros nos EUA. Daí, a valorização do dólar.

Todavia, como o Fed parou de dizer o que iria fazer com antecedência na reunião seguinte de política monetária, o mercado fica numa gangorra sobre os seus próximos passos: ora acredita que o Fed será mais duro, ora mais brando, oscilando ao sabor dos dados de inflação e de atividade.

Além do ciclo de alta de juros pelo Fed, outro fator será crucial para o dólar: o diferencial de crescimento econômico entre os EUA e outros países. Com a Zona do Euro à beira da recessão e a China desacelerando, como resistir à atração do dólar?

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