Jornalista e colunista do Broadcast

Opinião|As políticas fiscal e monetária vão permitir ao Brasil aproveitar os ventos favoráveis do exterior?


Federal Reserve indica corte de juros nos Estados, o que pode permitir círculo virtuoso em países emergentes

Por Fábio Alves

A grande expectativa do mercado é de que o Federal Reserve (Fed), ao final da sua próxima reunião de política monetária, no dia 31 deste mês, sinalize finalmente que irá começar a cortar os juros no encontro seguinte, em setembro. O debate, no entanto, não é mais apenas quando terá início o ciclo de redução da taxa básica nos Estados Unidos, mas qual o ritmo desse afrouxamento até o fim deste ano, assim como em 2025 e 2026.

Ao final da reunião da próxima semana, uma eventual sinalização mais clara de que o primeiro corte de juros ocorrerá mesmo em setembro - no comunicado que acompanhará a decisão ou nas declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista à imprensa - poderá ser um poderoso catalisador de preços para os ativos de risco, especialmente os de mercados emergentes.

E se o mercado passar a apostar que o ritmo de corte de juros nos EUA será mais acelerado do que o Fed está projetando para até o fim do ano e também para 2025, os países emergentes terão uma importante janela de oportunidade para entrar num círculo virtuoso. Mas a questão é se os fundamentos da economia - sobretudo, os das políticas fiscal e monetária - vão permitir o Brasil aproveitar esses ventos favoráveis.

continua após a publicidade

Atualmente, o mercado está precificando mais de dois cortes de 0,25 ponto porcentual dos juros americanos até o fim deste ano. A taxa está atualmente na faixa entre 5,25% e 5,50%. Na sua última atualização de projeções de variáveis macroeconômicas, o Fed indicou só uma redução de juros neste ano. Já para 2025 e 2026, o Fed prevê cortar 0,25 ponto por trimestre, ou seja, quatro reduções em 2025 e outras quatro em 2026, com a taxa caindo para 3,1%.

Mercados nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países devem estar atentos às declarações de Jerome Powell após a próxima reunião Foto: Manuel Balce Ceneta/AP

Diante das surpresas para baixo nas últimas duas leituras da inflação ao consumidor e de alguns dados mostrando uma perda de fôlego do mercado de trabalho, é provável que, até o fim deste ano, o número de cortes de juros acabe se alinhado com o que o mercado espera, de pelo menos dois. Até a sua reunião de setembro, o Fed terá em mãos outras duas leituras de inflação e dois relatórios do mercado de trabalho, referentes a julho e agosto.

continua após a publicidade

Caso a inflação siga rodando aquém do previsto e o nível de emprego e de salários desacelere mais rapidamente, o mercado poderá apostar que, em 2025, o Fed possa cortar juros mais de uma vez por trimestre. Seria uma festa para ativos de risco. O problema é que, se Donald Trump vencer a eleição presidencial americana, a sua política econômica mais inflacionária jogará um balde de água fria nessa precificação do mercado.

A grande expectativa do mercado é de que o Federal Reserve (Fed), ao final da sua próxima reunião de política monetária, no dia 31 deste mês, sinalize finalmente que irá começar a cortar os juros no encontro seguinte, em setembro. O debate, no entanto, não é mais apenas quando terá início o ciclo de redução da taxa básica nos Estados Unidos, mas qual o ritmo desse afrouxamento até o fim deste ano, assim como em 2025 e 2026.

Ao final da reunião da próxima semana, uma eventual sinalização mais clara de que o primeiro corte de juros ocorrerá mesmo em setembro - no comunicado que acompanhará a decisão ou nas declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista à imprensa - poderá ser um poderoso catalisador de preços para os ativos de risco, especialmente os de mercados emergentes.

E se o mercado passar a apostar que o ritmo de corte de juros nos EUA será mais acelerado do que o Fed está projetando para até o fim do ano e também para 2025, os países emergentes terão uma importante janela de oportunidade para entrar num círculo virtuoso. Mas a questão é se os fundamentos da economia - sobretudo, os das políticas fiscal e monetária - vão permitir o Brasil aproveitar esses ventos favoráveis.

Atualmente, o mercado está precificando mais de dois cortes de 0,25 ponto porcentual dos juros americanos até o fim deste ano. A taxa está atualmente na faixa entre 5,25% e 5,50%. Na sua última atualização de projeções de variáveis macroeconômicas, o Fed indicou só uma redução de juros neste ano. Já para 2025 e 2026, o Fed prevê cortar 0,25 ponto por trimestre, ou seja, quatro reduções em 2025 e outras quatro em 2026, com a taxa caindo para 3,1%.

Mercados nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países devem estar atentos às declarações de Jerome Powell após a próxima reunião Foto: Manuel Balce Ceneta/AP

Diante das surpresas para baixo nas últimas duas leituras da inflação ao consumidor e de alguns dados mostrando uma perda de fôlego do mercado de trabalho, é provável que, até o fim deste ano, o número de cortes de juros acabe se alinhado com o que o mercado espera, de pelo menos dois. Até a sua reunião de setembro, o Fed terá em mãos outras duas leituras de inflação e dois relatórios do mercado de trabalho, referentes a julho e agosto.

Caso a inflação siga rodando aquém do previsto e o nível de emprego e de salários desacelere mais rapidamente, o mercado poderá apostar que, em 2025, o Fed possa cortar juros mais de uma vez por trimestre. Seria uma festa para ativos de risco. O problema é que, se Donald Trump vencer a eleição presidencial americana, a sua política econômica mais inflacionária jogará um balde de água fria nessa precificação do mercado.

A grande expectativa do mercado é de que o Federal Reserve (Fed), ao final da sua próxima reunião de política monetária, no dia 31 deste mês, sinalize finalmente que irá começar a cortar os juros no encontro seguinte, em setembro. O debate, no entanto, não é mais apenas quando terá início o ciclo de redução da taxa básica nos Estados Unidos, mas qual o ritmo desse afrouxamento até o fim deste ano, assim como em 2025 e 2026.

Ao final da reunião da próxima semana, uma eventual sinalização mais clara de que o primeiro corte de juros ocorrerá mesmo em setembro - no comunicado que acompanhará a decisão ou nas declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista à imprensa - poderá ser um poderoso catalisador de preços para os ativos de risco, especialmente os de mercados emergentes.

E se o mercado passar a apostar que o ritmo de corte de juros nos EUA será mais acelerado do que o Fed está projetando para até o fim do ano e também para 2025, os países emergentes terão uma importante janela de oportunidade para entrar num círculo virtuoso. Mas a questão é se os fundamentos da economia - sobretudo, os das políticas fiscal e monetária - vão permitir o Brasil aproveitar esses ventos favoráveis.

Atualmente, o mercado está precificando mais de dois cortes de 0,25 ponto porcentual dos juros americanos até o fim deste ano. A taxa está atualmente na faixa entre 5,25% e 5,50%. Na sua última atualização de projeções de variáveis macroeconômicas, o Fed indicou só uma redução de juros neste ano. Já para 2025 e 2026, o Fed prevê cortar 0,25 ponto por trimestre, ou seja, quatro reduções em 2025 e outras quatro em 2026, com a taxa caindo para 3,1%.

Mercados nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países devem estar atentos às declarações de Jerome Powell após a próxima reunião Foto: Manuel Balce Ceneta/AP

Diante das surpresas para baixo nas últimas duas leituras da inflação ao consumidor e de alguns dados mostrando uma perda de fôlego do mercado de trabalho, é provável que, até o fim deste ano, o número de cortes de juros acabe se alinhado com o que o mercado espera, de pelo menos dois. Até a sua reunião de setembro, o Fed terá em mãos outras duas leituras de inflação e dois relatórios do mercado de trabalho, referentes a julho e agosto.

Caso a inflação siga rodando aquém do previsto e o nível de emprego e de salários desacelere mais rapidamente, o mercado poderá apostar que, em 2025, o Fed possa cortar juros mais de uma vez por trimestre. Seria uma festa para ativos de risco. O problema é que, se Donald Trump vencer a eleição presidencial americana, a sua política econômica mais inflacionária jogará um balde de água fria nessa precificação do mercado.

A grande expectativa do mercado é de que o Federal Reserve (Fed), ao final da sua próxima reunião de política monetária, no dia 31 deste mês, sinalize finalmente que irá começar a cortar os juros no encontro seguinte, em setembro. O debate, no entanto, não é mais apenas quando terá início o ciclo de redução da taxa básica nos Estados Unidos, mas qual o ritmo desse afrouxamento até o fim deste ano, assim como em 2025 e 2026.

Ao final da reunião da próxima semana, uma eventual sinalização mais clara de que o primeiro corte de juros ocorrerá mesmo em setembro - no comunicado que acompanhará a decisão ou nas declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista à imprensa - poderá ser um poderoso catalisador de preços para os ativos de risco, especialmente os de mercados emergentes.

E se o mercado passar a apostar que o ritmo de corte de juros nos EUA será mais acelerado do que o Fed está projetando para até o fim do ano e também para 2025, os países emergentes terão uma importante janela de oportunidade para entrar num círculo virtuoso. Mas a questão é se os fundamentos da economia - sobretudo, os das políticas fiscal e monetária - vão permitir o Brasil aproveitar esses ventos favoráveis.

Atualmente, o mercado está precificando mais de dois cortes de 0,25 ponto porcentual dos juros americanos até o fim deste ano. A taxa está atualmente na faixa entre 5,25% e 5,50%. Na sua última atualização de projeções de variáveis macroeconômicas, o Fed indicou só uma redução de juros neste ano. Já para 2025 e 2026, o Fed prevê cortar 0,25 ponto por trimestre, ou seja, quatro reduções em 2025 e outras quatro em 2026, com a taxa caindo para 3,1%.

Mercados nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países devem estar atentos às declarações de Jerome Powell após a próxima reunião Foto: Manuel Balce Ceneta/AP

Diante das surpresas para baixo nas últimas duas leituras da inflação ao consumidor e de alguns dados mostrando uma perda de fôlego do mercado de trabalho, é provável que, até o fim deste ano, o número de cortes de juros acabe se alinhado com o que o mercado espera, de pelo menos dois. Até a sua reunião de setembro, o Fed terá em mãos outras duas leituras de inflação e dois relatórios do mercado de trabalho, referentes a julho e agosto.

Caso a inflação siga rodando aquém do previsto e o nível de emprego e de salários desacelere mais rapidamente, o mercado poderá apostar que, em 2025, o Fed possa cortar juros mais de uma vez por trimestre. Seria uma festa para ativos de risco. O problema é que, se Donald Trump vencer a eleição presidencial americana, a sua política econômica mais inflacionária jogará um balde de água fria nessa precificação do mercado.

Opinião por Fábio Alves

Colunista do Broadcast

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.