Jornalista e colunista do Broadcast

Opinião|A vida útil do Copom: cenários externo e interno podem alterar projeções do BC


A reunião do Copom desta quarta deve ser um tédio; mas essa monotonia pode não durar muito mais

Por Fábio Alves

Muito pouco mudou em termos do balanço de riscos para a inflação, em relação às condições externa e doméstica, desde a última reunião do Copom, em dezembro, para que o Banco Central mude o curso recente da política monetária na decisão que vai anunciar hoje: corte de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic e sinalização de que esse será o ritmo de redução dos juros nas próximas reuniões.

Não dá para esperar maiores emoções, mesmo considerando que esta será a primeira reunião do Copom de dois novos diretores do BC indicados pelo presidente Lula: Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) e Rodrigo Teixeira (Administração).

Desde que assumiram os cargos, no início do mês, eles nada falaram em público sobre política monetária. Seria inacreditavelmente surpreendente que deixassem para dar um voto contrário ao da maioria ou para “balançar o barco” com alguma posição diferente justamente na decisão e no comunicado do Copom.

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Do lado externo, as condições financeiras seguem mais frouxas desde que o mercado passou a precificar cortes agressivos dos juros americanos pelo Federal Reserve (Fed).

Reunião do Copom desta quarta deve manter ritmo de corte nas taxas de juros Foto: André Dusek / Estadão

Do lado doméstico, as expectativas de inflação de 2025 (cada vez mais o horizonte relevante da política monetária) e de 2026 seguem acima da meta e o risco fiscal permanece elevado, mas sem nenhuma mudança drástica em relação ao que era em dezembro.

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Até o dólar não está tão distante do nível da cotação (R$ 4,90) que serviu de referência para o Copom na reunião de dezembro.

Ou seja, o cenário evoluiu exatamente como o esperado pelo BC para qualquer alteração da sinalização do que irá fazer, mantendo, inclusive, o horizonte de “próximas reuniões” (interpretado, pelo mercado, como os próximos dois encontros do Copom) no texto do comunicado.

O único probleminha a essa aparente estabilidade escandinava para a comunicação do Copom é a vida útil dos cenários externo e doméstico. O que poderá acontecer com a cotação do dólar se o Fed antecipar para março, como aposta o mercado, o início do ciclo de corte de juros? É bom lembrar que um dólar muito mais fraco – ou mais forte – afeta as expectativas de inflação no Brasil. E o que acontecerá com essas expectativas se, até a próxima reunião do Copom, em março, o governo decidir mudar a meta de déficit primário zero em 2024, azedando de vez o humor dos investidores?

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De qualquer forma, a reunião de hoje do Copom tem tudo para ser um tédio. Aliás, um pouco de previsibilidade é sempre bem-vinda. Mas o prazo de validade dessa monotonia pode estar com os dias contados.

Muito pouco mudou em termos do balanço de riscos para a inflação, em relação às condições externa e doméstica, desde a última reunião do Copom, em dezembro, para que o Banco Central mude o curso recente da política monetária na decisão que vai anunciar hoje: corte de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic e sinalização de que esse será o ritmo de redução dos juros nas próximas reuniões.

Não dá para esperar maiores emoções, mesmo considerando que esta será a primeira reunião do Copom de dois novos diretores do BC indicados pelo presidente Lula: Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) e Rodrigo Teixeira (Administração).

Desde que assumiram os cargos, no início do mês, eles nada falaram em público sobre política monetária. Seria inacreditavelmente surpreendente que deixassem para dar um voto contrário ao da maioria ou para “balançar o barco” com alguma posição diferente justamente na decisão e no comunicado do Copom.

Do lado externo, as condições financeiras seguem mais frouxas desde que o mercado passou a precificar cortes agressivos dos juros americanos pelo Federal Reserve (Fed).

Reunião do Copom desta quarta deve manter ritmo de corte nas taxas de juros Foto: André Dusek / Estadão

Do lado doméstico, as expectativas de inflação de 2025 (cada vez mais o horizonte relevante da política monetária) e de 2026 seguem acima da meta e o risco fiscal permanece elevado, mas sem nenhuma mudança drástica em relação ao que era em dezembro.

Até o dólar não está tão distante do nível da cotação (R$ 4,90) que serviu de referência para o Copom na reunião de dezembro.

Ou seja, o cenário evoluiu exatamente como o esperado pelo BC para qualquer alteração da sinalização do que irá fazer, mantendo, inclusive, o horizonte de “próximas reuniões” (interpretado, pelo mercado, como os próximos dois encontros do Copom) no texto do comunicado.

O único probleminha a essa aparente estabilidade escandinava para a comunicação do Copom é a vida útil dos cenários externo e doméstico. O que poderá acontecer com a cotação do dólar se o Fed antecipar para março, como aposta o mercado, o início do ciclo de corte de juros? É bom lembrar que um dólar muito mais fraco – ou mais forte – afeta as expectativas de inflação no Brasil. E o que acontecerá com essas expectativas se, até a próxima reunião do Copom, em março, o governo decidir mudar a meta de déficit primário zero em 2024, azedando de vez o humor dos investidores?

De qualquer forma, a reunião de hoje do Copom tem tudo para ser um tédio. Aliás, um pouco de previsibilidade é sempre bem-vinda. Mas o prazo de validade dessa monotonia pode estar com os dias contados.

Muito pouco mudou em termos do balanço de riscos para a inflação, em relação às condições externa e doméstica, desde a última reunião do Copom, em dezembro, para que o Banco Central mude o curso recente da política monetária na decisão que vai anunciar hoje: corte de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic e sinalização de que esse será o ritmo de redução dos juros nas próximas reuniões.

Não dá para esperar maiores emoções, mesmo considerando que esta será a primeira reunião do Copom de dois novos diretores do BC indicados pelo presidente Lula: Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) e Rodrigo Teixeira (Administração).

Desde que assumiram os cargos, no início do mês, eles nada falaram em público sobre política monetária. Seria inacreditavelmente surpreendente que deixassem para dar um voto contrário ao da maioria ou para “balançar o barco” com alguma posição diferente justamente na decisão e no comunicado do Copom.

Do lado externo, as condições financeiras seguem mais frouxas desde que o mercado passou a precificar cortes agressivos dos juros americanos pelo Federal Reserve (Fed).

Reunião do Copom desta quarta deve manter ritmo de corte nas taxas de juros Foto: André Dusek / Estadão

Do lado doméstico, as expectativas de inflação de 2025 (cada vez mais o horizonte relevante da política monetária) e de 2026 seguem acima da meta e o risco fiscal permanece elevado, mas sem nenhuma mudança drástica em relação ao que era em dezembro.

Até o dólar não está tão distante do nível da cotação (R$ 4,90) que serviu de referência para o Copom na reunião de dezembro.

Ou seja, o cenário evoluiu exatamente como o esperado pelo BC para qualquer alteração da sinalização do que irá fazer, mantendo, inclusive, o horizonte de “próximas reuniões” (interpretado, pelo mercado, como os próximos dois encontros do Copom) no texto do comunicado.

O único probleminha a essa aparente estabilidade escandinava para a comunicação do Copom é a vida útil dos cenários externo e doméstico. O que poderá acontecer com a cotação do dólar se o Fed antecipar para março, como aposta o mercado, o início do ciclo de corte de juros? É bom lembrar que um dólar muito mais fraco – ou mais forte – afeta as expectativas de inflação no Brasil. E o que acontecerá com essas expectativas se, até a próxima reunião do Copom, em março, o governo decidir mudar a meta de déficit primário zero em 2024, azedando de vez o humor dos investidores?

De qualquer forma, a reunião de hoje do Copom tem tudo para ser um tédio. Aliás, um pouco de previsibilidade é sempre bem-vinda. Mas o prazo de validade dessa monotonia pode estar com os dias contados.

Muito pouco mudou em termos do balanço de riscos para a inflação, em relação às condições externa e doméstica, desde a última reunião do Copom, em dezembro, para que o Banco Central mude o curso recente da política monetária na decisão que vai anunciar hoje: corte de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic e sinalização de que esse será o ritmo de redução dos juros nas próximas reuniões.

Não dá para esperar maiores emoções, mesmo considerando que esta será a primeira reunião do Copom de dois novos diretores do BC indicados pelo presidente Lula: Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) e Rodrigo Teixeira (Administração).

Desde que assumiram os cargos, no início do mês, eles nada falaram em público sobre política monetária. Seria inacreditavelmente surpreendente que deixassem para dar um voto contrário ao da maioria ou para “balançar o barco” com alguma posição diferente justamente na decisão e no comunicado do Copom.

Do lado externo, as condições financeiras seguem mais frouxas desde que o mercado passou a precificar cortes agressivos dos juros americanos pelo Federal Reserve (Fed).

Reunião do Copom desta quarta deve manter ritmo de corte nas taxas de juros Foto: André Dusek / Estadão

Do lado doméstico, as expectativas de inflação de 2025 (cada vez mais o horizonte relevante da política monetária) e de 2026 seguem acima da meta e o risco fiscal permanece elevado, mas sem nenhuma mudança drástica em relação ao que era em dezembro.

Até o dólar não está tão distante do nível da cotação (R$ 4,90) que serviu de referência para o Copom na reunião de dezembro.

Ou seja, o cenário evoluiu exatamente como o esperado pelo BC para qualquer alteração da sinalização do que irá fazer, mantendo, inclusive, o horizonte de “próximas reuniões” (interpretado, pelo mercado, como os próximos dois encontros do Copom) no texto do comunicado.

O único probleminha a essa aparente estabilidade escandinava para a comunicação do Copom é a vida útil dos cenários externo e doméstico. O que poderá acontecer com a cotação do dólar se o Fed antecipar para março, como aposta o mercado, o início do ciclo de corte de juros? É bom lembrar que um dólar muito mais fraco – ou mais forte – afeta as expectativas de inflação no Brasil. E o que acontecerá com essas expectativas se, até a próxima reunião do Copom, em março, o governo decidir mudar a meta de déficit primário zero em 2024, azedando de vez o humor dos investidores?

De qualquer forma, a reunião de hoje do Copom tem tudo para ser um tédio. Aliás, um pouco de previsibilidade é sempre bem-vinda. Mas o prazo de validade dessa monotonia pode estar com os dias contados.

Muito pouco mudou em termos do balanço de riscos para a inflação, em relação às condições externa e doméstica, desde a última reunião do Copom, em dezembro, para que o Banco Central mude o curso recente da política monetária na decisão que vai anunciar hoje: corte de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic e sinalização de que esse será o ritmo de redução dos juros nas próximas reuniões.

Não dá para esperar maiores emoções, mesmo considerando que esta será a primeira reunião do Copom de dois novos diretores do BC indicados pelo presidente Lula: Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) e Rodrigo Teixeira (Administração).

Desde que assumiram os cargos, no início do mês, eles nada falaram em público sobre política monetária. Seria inacreditavelmente surpreendente que deixassem para dar um voto contrário ao da maioria ou para “balançar o barco” com alguma posição diferente justamente na decisão e no comunicado do Copom.

Do lado externo, as condições financeiras seguem mais frouxas desde que o mercado passou a precificar cortes agressivos dos juros americanos pelo Federal Reserve (Fed).

Reunião do Copom desta quarta deve manter ritmo de corte nas taxas de juros Foto: André Dusek / Estadão

Do lado doméstico, as expectativas de inflação de 2025 (cada vez mais o horizonte relevante da política monetária) e de 2026 seguem acima da meta e o risco fiscal permanece elevado, mas sem nenhuma mudança drástica em relação ao que era em dezembro.

Até o dólar não está tão distante do nível da cotação (R$ 4,90) que serviu de referência para o Copom na reunião de dezembro.

Ou seja, o cenário evoluiu exatamente como o esperado pelo BC para qualquer alteração da sinalização do que irá fazer, mantendo, inclusive, o horizonte de “próximas reuniões” (interpretado, pelo mercado, como os próximos dois encontros do Copom) no texto do comunicado.

O único probleminha a essa aparente estabilidade escandinava para a comunicação do Copom é a vida útil dos cenários externo e doméstico. O que poderá acontecer com a cotação do dólar se o Fed antecipar para março, como aposta o mercado, o início do ciclo de corte de juros? É bom lembrar que um dólar muito mais fraco – ou mais forte – afeta as expectativas de inflação no Brasil. E o que acontecerá com essas expectativas se, até a próxima reunião do Copom, em março, o governo decidir mudar a meta de déficit primário zero em 2024, azedando de vez o humor dos investidores?

De qualquer forma, a reunião de hoje do Copom tem tudo para ser um tédio. Aliás, um pouco de previsibilidade é sempre bem-vinda. Mas o prazo de validade dessa monotonia pode estar com os dias contados.

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