Professor de Finanças da FGV-SP

Há banco grande demais para quebrar, mas também grande demais para ser salvo


Embora muita gente ainda pense que banco não quebra, particularmente aqui no Brasil, estamos vendo que isso não é verdade

Por Fabio Gallo

O anúncio da quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature, além dos problemas do Credit Suisse, deixou o mercado bem nervoso. Os problemas atuais desses bancos diferem do que houve na crise de 2008. Naquela época houve uma quebra geral por problemas no mercado imobiliário norte-americano e uso de derivativos em exagero, em resumo uma crise sistêmica e grave. No caso do SVB a quebra foi um combinado de má gestão e relaxamento de aplicações de regras de controle de liquidez dos bancos médios desde 2018.

O caso do Credit Suisse é diferente porque esse banco tem tido problemas há tempos. A combinação de ineficiência na administração, relaxamento de regulação bancária e cenário econômico pode trazer consequências ruins para as instituições financeiras. O fato é que quem perde com isso são os correntistas. Neste momento as autoridades estão agindo rapidamente e aparentemente a crise não vai se espalhar e abalar o sistema financeiro global. No entanto, os mercados estão sentindo e teremos consequências no ambiente econômico.

Todo esse quadro mostra a genialidade humana em criar uma estrutura extremamente complexa que permite o funcionamento da economia, o fluxo das cadeias produtivas, os sistemas de pagamento e tudo mais de maneira eficiente e ágil. Ao mesmo tempo, mostra sua fragilidade e dependência do fator humano. Uma mexida na lei aqui, um erro de gestão ali e pronto, a crise está instalada, as pessoas perdendo sua riqueza. Embora muita gente ainda pense que banco não quebra, particularmente aqui no Brasil. Como estamos vendo isso não é verdade.

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FILE PHOTO: The logo of Swiss bank Credit Suisse is seen at its headquarters in Zurich, Switzerland March 24, 2021. REUTERS/Arnd Wiegmann/File Photo Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Dados do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a entidade de proteção aos titulares de créditos bancários no Brasil, criada em 1995, mostram que desde 1996 nós tivemos 40 entidades financeiras que quebraram. Alguns casos famosos como os dos Bancos Bamerindus e Santos. No entanto, a estrutura e a regulação bancária existente no Brasil, mais rígida do que a do sistema internacional prevista no Acordo da Basileia, traz ao correntista brasileiro um grau maior de segurança.

No caso dos bancos que quebraram aqui no País, mais de 4,2 milhões de titulares foram ressarcidos. Ao contrário do que pode ser pensado, esses ressarcimentos ocorreram em tempo muito curto, entre um e três meses.

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O FGC protege titulares de créditos bancários como depósitos à vista, poupança, CDB, LCI, LCA, entre outros, até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Por outro lado, sempre é bom lembrar do velho ditado de que não se deve colocar todos os ovos numa única cesta. Diversificar sempre é importante. Embora exista o ditado de mercado que há banco grande demais para quebrar – nos chama a atenção Nouriel Roubini –, também há aquele grande demais para ser salvo.

O anúncio da quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature, além dos problemas do Credit Suisse, deixou o mercado bem nervoso. Os problemas atuais desses bancos diferem do que houve na crise de 2008. Naquela época houve uma quebra geral por problemas no mercado imobiliário norte-americano e uso de derivativos em exagero, em resumo uma crise sistêmica e grave. No caso do SVB a quebra foi um combinado de má gestão e relaxamento de aplicações de regras de controle de liquidez dos bancos médios desde 2018.

O caso do Credit Suisse é diferente porque esse banco tem tido problemas há tempos. A combinação de ineficiência na administração, relaxamento de regulação bancária e cenário econômico pode trazer consequências ruins para as instituições financeiras. O fato é que quem perde com isso são os correntistas. Neste momento as autoridades estão agindo rapidamente e aparentemente a crise não vai se espalhar e abalar o sistema financeiro global. No entanto, os mercados estão sentindo e teremos consequências no ambiente econômico.

Todo esse quadro mostra a genialidade humana em criar uma estrutura extremamente complexa que permite o funcionamento da economia, o fluxo das cadeias produtivas, os sistemas de pagamento e tudo mais de maneira eficiente e ágil. Ao mesmo tempo, mostra sua fragilidade e dependência do fator humano. Uma mexida na lei aqui, um erro de gestão ali e pronto, a crise está instalada, as pessoas perdendo sua riqueza. Embora muita gente ainda pense que banco não quebra, particularmente aqui no Brasil. Como estamos vendo isso não é verdade.

FILE PHOTO: The logo of Swiss bank Credit Suisse is seen at its headquarters in Zurich, Switzerland March 24, 2021. REUTERS/Arnd Wiegmann/File Photo Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Dados do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a entidade de proteção aos titulares de créditos bancários no Brasil, criada em 1995, mostram que desde 1996 nós tivemos 40 entidades financeiras que quebraram. Alguns casos famosos como os dos Bancos Bamerindus e Santos. No entanto, a estrutura e a regulação bancária existente no Brasil, mais rígida do que a do sistema internacional prevista no Acordo da Basileia, traz ao correntista brasileiro um grau maior de segurança.

No caso dos bancos que quebraram aqui no País, mais de 4,2 milhões de titulares foram ressarcidos. Ao contrário do que pode ser pensado, esses ressarcimentos ocorreram em tempo muito curto, entre um e três meses.

O FGC protege titulares de créditos bancários como depósitos à vista, poupança, CDB, LCI, LCA, entre outros, até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Por outro lado, sempre é bom lembrar do velho ditado de que não se deve colocar todos os ovos numa única cesta. Diversificar sempre é importante. Embora exista o ditado de mercado que há banco grande demais para quebrar – nos chama a atenção Nouriel Roubini –, também há aquele grande demais para ser salvo.

O anúncio da quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature, além dos problemas do Credit Suisse, deixou o mercado bem nervoso. Os problemas atuais desses bancos diferem do que houve na crise de 2008. Naquela época houve uma quebra geral por problemas no mercado imobiliário norte-americano e uso de derivativos em exagero, em resumo uma crise sistêmica e grave. No caso do SVB a quebra foi um combinado de má gestão e relaxamento de aplicações de regras de controle de liquidez dos bancos médios desde 2018.

O caso do Credit Suisse é diferente porque esse banco tem tido problemas há tempos. A combinação de ineficiência na administração, relaxamento de regulação bancária e cenário econômico pode trazer consequências ruins para as instituições financeiras. O fato é que quem perde com isso são os correntistas. Neste momento as autoridades estão agindo rapidamente e aparentemente a crise não vai se espalhar e abalar o sistema financeiro global. No entanto, os mercados estão sentindo e teremos consequências no ambiente econômico.

Todo esse quadro mostra a genialidade humana em criar uma estrutura extremamente complexa que permite o funcionamento da economia, o fluxo das cadeias produtivas, os sistemas de pagamento e tudo mais de maneira eficiente e ágil. Ao mesmo tempo, mostra sua fragilidade e dependência do fator humano. Uma mexida na lei aqui, um erro de gestão ali e pronto, a crise está instalada, as pessoas perdendo sua riqueza. Embora muita gente ainda pense que banco não quebra, particularmente aqui no Brasil. Como estamos vendo isso não é verdade.

FILE PHOTO: The logo of Swiss bank Credit Suisse is seen at its headquarters in Zurich, Switzerland March 24, 2021. REUTERS/Arnd Wiegmann/File Photo Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Dados do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a entidade de proteção aos titulares de créditos bancários no Brasil, criada em 1995, mostram que desde 1996 nós tivemos 40 entidades financeiras que quebraram. Alguns casos famosos como os dos Bancos Bamerindus e Santos. No entanto, a estrutura e a regulação bancária existente no Brasil, mais rígida do que a do sistema internacional prevista no Acordo da Basileia, traz ao correntista brasileiro um grau maior de segurança.

No caso dos bancos que quebraram aqui no País, mais de 4,2 milhões de titulares foram ressarcidos. Ao contrário do que pode ser pensado, esses ressarcimentos ocorreram em tempo muito curto, entre um e três meses.

O FGC protege titulares de créditos bancários como depósitos à vista, poupança, CDB, LCI, LCA, entre outros, até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Por outro lado, sempre é bom lembrar do velho ditado de que não se deve colocar todos os ovos numa única cesta. Diversificar sempre é importante. Embora exista o ditado de mercado que há banco grande demais para quebrar – nos chama a atenção Nouriel Roubini –, também há aquele grande demais para ser salvo.

O anúncio da quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature, além dos problemas do Credit Suisse, deixou o mercado bem nervoso. Os problemas atuais desses bancos diferem do que houve na crise de 2008. Naquela época houve uma quebra geral por problemas no mercado imobiliário norte-americano e uso de derivativos em exagero, em resumo uma crise sistêmica e grave. No caso do SVB a quebra foi um combinado de má gestão e relaxamento de aplicações de regras de controle de liquidez dos bancos médios desde 2018.

O caso do Credit Suisse é diferente porque esse banco tem tido problemas há tempos. A combinação de ineficiência na administração, relaxamento de regulação bancária e cenário econômico pode trazer consequências ruins para as instituições financeiras. O fato é que quem perde com isso são os correntistas. Neste momento as autoridades estão agindo rapidamente e aparentemente a crise não vai se espalhar e abalar o sistema financeiro global. No entanto, os mercados estão sentindo e teremos consequências no ambiente econômico.

Todo esse quadro mostra a genialidade humana em criar uma estrutura extremamente complexa que permite o funcionamento da economia, o fluxo das cadeias produtivas, os sistemas de pagamento e tudo mais de maneira eficiente e ágil. Ao mesmo tempo, mostra sua fragilidade e dependência do fator humano. Uma mexida na lei aqui, um erro de gestão ali e pronto, a crise está instalada, as pessoas perdendo sua riqueza. Embora muita gente ainda pense que banco não quebra, particularmente aqui no Brasil. Como estamos vendo isso não é verdade.

FILE PHOTO: The logo of Swiss bank Credit Suisse is seen at its headquarters in Zurich, Switzerland March 24, 2021. REUTERS/Arnd Wiegmann/File Photo Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Dados do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a entidade de proteção aos titulares de créditos bancários no Brasil, criada em 1995, mostram que desde 1996 nós tivemos 40 entidades financeiras que quebraram. Alguns casos famosos como os dos Bancos Bamerindus e Santos. No entanto, a estrutura e a regulação bancária existente no Brasil, mais rígida do que a do sistema internacional prevista no Acordo da Basileia, traz ao correntista brasileiro um grau maior de segurança.

No caso dos bancos que quebraram aqui no País, mais de 4,2 milhões de titulares foram ressarcidos. Ao contrário do que pode ser pensado, esses ressarcimentos ocorreram em tempo muito curto, entre um e três meses.

O FGC protege titulares de créditos bancários como depósitos à vista, poupança, CDB, LCI, LCA, entre outros, até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Por outro lado, sempre é bom lembrar do velho ditado de que não se deve colocar todos os ovos numa única cesta. Diversificar sempre é importante. Embora exista o ditado de mercado que há banco grande demais para quebrar – nos chama a atenção Nouriel Roubini –, também há aquele grande demais para ser salvo.

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