Professor de Finanças da FGV-SP

Bolsa de Valores é sempre um bom investimento no longo prazo?


É essencial aprender sobre investir, pesquisar muito, ser dedicado e sempre diversificar as opções

Por Fabio Gallo

Uma das “máximas” de finanças, sempre repetida, é que “Investir na Bolsa é sempre um bom negócio no longo prazo”. Mas, será que isso é uma verdade incontestável? Não, simples assim.

Aplicar recursos em renda variável é um bom investimento como qualquer outro investimento. Dito de outra forma, qualquer tipo de investimento é bom em si. Mas, isto não significa que todos os investimentos são bons o tempo todo e para todos os investidores. Há momentos em que um tipo, ou classe de investimento, é melhor do que outros, como pode ser mais adequado para um tipo de investidor do que para outro.

A rentabilidade dos investimentos em 2023 mostra que a renda variável foi muito bem. Lançando mão do Ibovespa como representação da renda variável, e do CDI da renda fixa, o Ibovespa subiu no ano passado 22,28%, enquanto o CDI rendeu 13,04%, e a caderneta de poupança 8,04%. A a inflação acumulada no ano foi de 4,62%. Mas, será que no longo prazo, estatisticamente, os ganhos na Bolsa não provam aquela “máxima”?

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A rentabilidade média anual da Bolsa, de 1995 a 2023, foi de 17%, e a do CDI, de 15%. Ah! Pronto, está provado que a Bolsa traz maiores ganhos no longo prazo. A coisa não é bem assim. Cuidado com a estatística.

A B3 é a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Felipe Rau / Estadão

Não podemos usar a média como representação dos ganhos da Bolsa, mas sim os ganhos efetivos de cada ano. Sob essa ótica, os números são bem diferentes. Usando dados reais de rentabilidade do Ibovespa e do CDI, caso tivéssemos aplicado R$ 100 na Bolsa no início de 1995, e deixado esse valor até o final de 2023, o saque seria de R$ 1.966,36. Na renda fixa, teríamos R$ 5.929,74, e na caderneta de poupança (antiga), R$ 1.284,64, com uma inflação acumulado no período de 566,31%.

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Logicamente, se fizermos recortes com prazos diferentes os números mudam substancialmente. Por exemplo: a rentabilidade média anual de 2010 até 2023 do Ibovespa é de 5%, enquanto a do CDI é de 9%. Parafraseando Roberto Campos (ex-ministro da Fazenda), devemos usar a estatística tal qual o bêbado usa o poste de luz, apenas como ponto de apoio, não como fonte de iluminação.

No processo de escolha dos investimentos, portanto, devem ser levados em consideração vários fatores, como os objetivos financeiros do investidor, o horizonte temporal para obtenção desses objetivos, o perfil de risco, necessidade de liquidez, conhecimento e experiência.

Ganhar dinheiro na Bolsa é possível e muita gente ganha, principalmente considerando o longo prazo. Luiz Barsi Filho é um exemplo de investidor que ficou bilionário aplicando na Bolsa no longo prazo. Mas, dizer que basta investir na Bolsa no longo prazo que o sucesso está garantido, não é verdade.

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É essencial aprender sobre investimentos, pesquisar muito, ser dedicado e sempre diversificar seu portfólio.

Uma das “máximas” de finanças, sempre repetida, é que “Investir na Bolsa é sempre um bom negócio no longo prazo”. Mas, será que isso é uma verdade incontestável? Não, simples assim.

Aplicar recursos em renda variável é um bom investimento como qualquer outro investimento. Dito de outra forma, qualquer tipo de investimento é bom em si. Mas, isto não significa que todos os investimentos são bons o tempo todo e para todos os investidores. Há momentos em que um tipo, ou classe de investimento, é melhor do que outros, como pode ser mais adequado para um tipo de investidor do que para outro.

A rentabilidade dos investimentos em 2023 mostra que a renda variável foi muito bem. Lançando mão do Ibovespa como representação da renda variável, e do CDI da renda fixa, o Ibovespa subiu no ano passado 22,28%, enquanto o CDI rendeu 13,04%, e a caderneta de poupança 8,04%. A a inflação acumulada no ano foi de 4,62%. Mas, será que no longo prazo, estatisticamente, os ganhos na Bolsa não provam aquela “máxima”?

A rentabilidade média anual da Bolsa, de 1995 a 2023, foi de 17%, e a do CDI, de 15%. Ah! Pronto, está provado que a Bolsa traz maiores ganhos no longo prazo. A coisa não é bem assim. Cuidado com a estatística.

A B3 é a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Felipe Rau / Estadão

Não podemos usar a média como representação dos ganhos da Bolsa, mas sim os ganhos efetivos de cada ano. Sob essa ótica, os números são bem diferentes. Usando dados reais de rentabilidade do Ibovespa e do CDI, caso tivéssemos aplicado R$ 100 na Bolsa no início de 1995, e deixado esse valor até o final de 2023, o saque seria de R$ 1.966,36. Na renda fixa, teríamos R$ 5.929,74, e na caderneta de poupança (antiga), R$ 1.284,64, com uma inflação acumulado no período de 566,31%.

Logicamente, se fizermos recortes com prazos diferentes os números mudam substancialmente. Por exemplo: a rentabilidade média anual de 2010 até 2023 do Ibovespa é de 5%, enquanto a do CDI é de 9%. Parafraseando Roberto Campos (ex-ministro da Fazenda), devemos usar a estatística tal qual o bêbado usa o poste de luz, apenas como ponto de apoio, não como fonte de iluminação.

No processo de escolha dos investimentos, portanto, devem ser levados em consideração vários fatores, como os objetivos financeiros do investidor, o horizonte temporal para obtenção desses objetivos, o perfil de risco, necessidade de liquidez, conhecimento e experiência.

Ganhar dinheiro na Bolsa é possível e muita gente ganha, principalmente considerando o longo prazo. Luiz Barsi Filho é um exemplo de investidor que ficou bilionário aplicando na Bolsa no longo prazo. Mas, dizer que basta investir na Bolsa no longo prazo que o sucesso está garantido, não é verdade.

É essencial aprender sobre investimentos, pesquisar muito, ser dedicado e sempre diversificar seu portfólio.

Uma das “máximas” de finanças, sempre repetida, é que “Investir na Bolsa é sempre um bom negócio no longo prazo”. Mas, será que isso é uma verdade incontestável? Não, simples assim.

Aplicar recursos em renda variável é um bom investimento como qualquer outro investimento. Dito de outra forma, qualquer tipo de investimento é bom em si. Mas, isto não significa que todos os investimentos são bons o tempo todo e para todos os investidores. Há momentos em que um tipo, ou classe de investimento, é melhor do que outros, como pode ser mais adequado para um tipo de investidor do que para outro.

A rentabilidade dos investimentos em 2023 mostra que a renda variável foi muito bem. Lançando mão do Ibovespa como representação da renda variável, e do CDI da renda fixa, o Ibovespa subiu no ano passado 22,28%, enquanto o CDI rendeu 13,04%, e a caderneta de poupança 8,04%. A a inflação acumulada no ano foi de 4,62%. Mas, será que no longo prazo, estatisticamente, os ganhos na Bolsa não provam aquela “máxima”?

A rentabilidade média anual da Bolsa, de 1995 a 2023, foi de 17%, e a do CDI, de 15%. Ah! Pronto, está provado que a Bolsa traz maiores ganhos no longo prazo. A coisa não é bem assim. Cuidado com a estatística.

A B3 é a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Felipe Rau / Estadão

Não podemos usar a média como representação dos ganhos da Bolsa, mas sim os ganhos efetivos de cada ano. Sob essa ótica, os números são bem diferentes. Usando dados reais de rentabilidade do Ibovespa e do CDI, caso tivéssemos aplicado R$ 100 na Bolsa no início de 1995, e deixado esse valor até o final de 2023, o saque seria de R$ 1.966,36. Na renda fixa, teríamos R$ 5.929,74, e na caderneta de poupança (antiga), R$ 1.284,64, com uma inflação acumulado no período de 566,31%.

Logicamente, se fizermos recortes com prazos diferentes os números mudam substancialmente. Por exemplo: a rentabilidade média anual de 2010 até 2023 do Ibovespa é de 5%, enquanto a do CDI é de 9%. Parafraseando Roberto Campos (ex-ministro da Fazenda), devemos usar a estatística tal qual o bêbado usa o poste de luz, apenas como ponto de apoio, não como fonte de iluminação.

No processo de escolha dos investimentos, portanto, devem ser levados em consideração vários fatores, como os objetivos financeiros do investidor, o horizonte temporal para obtenção desses objetivos, o perfil de risco, necessidade de liquidez, conhecimento e experiência.

Ganhar dinheiro na Bolsa é possível e muita gente ganha, principalmente considerando o longo prazo. Luiz Barsi Filho é um exemplo de investidor que ficou bilionário aplicando na Bolsa no longo prazo. Mas, dizer que basta investir na Bolsa no longo prazo que o sucesso está garantido, não é verdade.

É essencial aprender sobre investimentos, pesquisar muito, ser dedicado e sempre diversificar seu portfólio.

Uma das “máximas” de finanças, sempre repetida, é que “Investir na Bolsa é sempre um bom negócio no longo prazo”. Mas, será que isso é uma verdade incontestável? Não, simples assim.

Aplicar recursos em renda variável é um bom investimento como qualquer outro investimento. Dito de outra forma, qualquer tipo de investimento é bom em si. Mas, isto não significa que todos os investimentos são bons o tempo todo e para todos os investidores. Há momentos em que um tipo, ou classe de investimento, é melhor do que outros, como pode ser mais adequado para um tipo de investidor do que para outro.

A rentabilidade dos investimentos em 2023 mostra que a renda variável foi muito bem. Lançando mão do Ibovespa como representação da renda variável, e do CDI da renda fixa, o Ibovespa subiu no ano passado 22,28%, enquanto o CDI rendeu 13,04%, e a caderneta de poupança 8,04%. A a inflação acumulada no ano foi de 4,62%. Mas, será que no longo prazo, estatisticamente, os ganhos na Bolsa não provam aquela “máxima”?

A rentabilidade média anual da Bolsa, de 1995 a 2023, foi de 17%, e a do CDI, de 15%. Ah! Pronto, está provado que a Bolsa traz maiores ganhos no longo prazo. A coisa não é bem assim. Cuidado com a estatística.

A B3 é a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Felipe Rau / Estadão

Não podemos usar a média como representação dos ganhos da Bolsa, mas sim os ganhos efetivos de cada ano. Sob essa ótica, os números são bem diferentes. Usando dados reais de rentabilidade do Ibovespa e do CDI, caso tivéssemos aplicado R$ 100 na Bolsa no início de 1995, e deixado esse valor até o final de 2023, o saque seria de R$ 1.966,36. Na renda fixa, teríamos R$ 5.929,74, e na caderneta de poupança (antiga), R$ 1.284,64, com uma inflação acumulado no período de 566,31%.

Logicamente, se fizermos recortes com prazos diferentes os números mudam substancialmente. Por exemplo: a rentabilidade média anual de 2010 até 2023 do Ibovespa é de 5%, enquanto a do CDI é de 9%. Parafraseando Roberto Campos (ex-ministro da Fazenda), devemos usar a estatística tal qual o bêbado usa o poste de luz, apenas como ponto de apoio, não como fonte de iluminação.

No processo de escolha dos investimentos, portanto, devem ser levados em consideração vários fatores, como os objetivos financeiros do investidor, o horizonte temporal para obtenção desses objetivos, o perfil de risco, necessidade de liquidez, conhecimento e experiência.

Ganhar dinheiro na Bolsa é possível e muita gente ganha, principalmente considerando o longo prazo. Luiz Barsi Filho é um exemplo de investidor que ficou bilionário aplicando na Bolsa no longo prazo. Mas, dizer que basta investir na Bolsa no longo prazo que o sucesso está garantido, não é verdade.

É essencial aprender sobre investimentos, pesquisar muito, ser dedicado e sempre diversificar seu portfólio.

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