Professor de Finanças da FGV-SP

Games financeiros ajudam a investir, mas também podem ser prejudiciais


Se bem utilizadas, ferramentas podem ser poderosas para o engajamento e aprendizado

Por Fabio Gallo

Tratar de nossas finanças pode parecer chato para muitas pessoas. Sabendo disso, a área de serviços financeiros sempre busca maneiras de deixar a atividade mais atraente para que as pessoas, principalmente os jovens, sintam-se mais dispostos para buscar um maior nível de bem-estar.

Recente artigo de Margaret Franklin, presidente do Instituto CFA, aborda pesquisa realizada pela entidade sobre a “gamificação” de investimentos. O título da pesquisa é Fun and Games – Investment Gamification and Implications for Capital Markets (Diversão e Jogos - Gamificação dos Investimentos e Implicações para o Mercado de Capitais, em tradução livre).

Uma das principais conclusões da pesquisa é que o jogo financeiro, quando bem usado, pode ser uma ferramenta poderosa para o engajamento e o aprendizado e um direcionador de resultados positivos nos investimentos. Por outro lado, também pode promover um comportamento prejudicial do investidor.

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Obviamente, o CFA, por se tratar de uma instituição séria, não encara a negociação de títulos como um jogo. Reconhece, porém, que esse estilo atrai muito as gerações mais novas e que veio para ficar. Para confirmar essa afirmação, há um dado da pesquisa mostrando que 68% das pessoas entre 25 e 34 anos mantêm uma conta de investimentos online, o índice mais alto dentre todos os investidores – média de 54%. Conforme a pesquisa, 21% desses jovens investidores usam suas contas para entretenimento e especulação.

Dentre os prós da gamificação dos investimentos, são citados obtenção de maior conhecimento sobre o tema, maior democratização dos investimentos e ativismo de acionistas, pois muitos jovens se preocupam com o desempenho corporativo de seus investimentos – o histórico ambiental da empresa, por exemplo. Já contra pesam a falta de clareza das divulgações e a promoção de investimentos duvidosos, com a compra de títulos com apenas um clique, o que não permite a reflexão.

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Em particular, os nudges (ramo da economia comportamental ou “teoria do empurrão”), podem trazer um incentivo positivo quando, por exemplo, perguntam se o investidor revisou sua alocação de ativos. Por outro lado, os “toques digitais” que prometem gratificação instantânea podem ser incentivos prejudiciais.

Se um site promete que você ficará rico se investir na dica do dia com apenas alguns centavos, fuja disso. Com certeza, o único a ganhar algo será esse “guru”. Ter uma experiência agradável e útil pode ajudar os investidores a se educar. Mas equilíbrio e bom senso são essenciais. l

Tratar de nossas finanças pode parecer chato para muitas pessoas. Sabendo disso, a área de serviços financeiros sempre busca maneiras de deixar a atividade mais atraente para que as pessoas, principalmente os jovens, sintam-se mais dispostos para buscar um maior nível de bem-estar.

Recente artigo de Margaret Franklin, presidente do Instituto CFA, aborda pesquisa realizada pela entidade sobre a “gamificação” de investimentos. O título da pesquisa é Fun and Games – Investment Gamification and Implications for Capital Markets (Diversão e Jogos - Gamificação dos Investimentos e Implicações para o Mercado de Capitais, em tradução livre).

Uma das principais conclusões da pesquisa é que o jogo financeiro, quando bem usado, pode ser uma ferramenta poderosa para o engajamento e o aprendizado e um direcionador de resultados positivos nos investimentos. Por outro lado, também pode promover um comportamento prejudicial do investidor.

Obviamente, o CFA, por se tratar de uma instituição séria, não encara a negociação de títulos como um jogo. Reconhece, porém, que esse estilo atrai muito as gerações mais novas e que veio para ficar. Para confirmar essa afirmação, há um dado da pesquisa mostrando que 68% das pessoas entre 25 e 34 anos mantêm uma conta de investimentos online, o índice mais alto dentre todos os investidores – média de 54%. Conforme a pesquisa, 21% desses jovens investidores usam suas contas para entretenimento e especulação.

Dentre os prós da gamificação dos investimentos, são citados obtenção de maior conhecimento sobre o tema, maior democratização dos investimentos e ativismo de acionistas, pois muitos jovens se preocupam com o desempenho corporativo de seus investimentos – o histórico ambiental da empresa, por exemplo. Já contra pesam a falta de clareza das divulgações e a promoção de investimentos duvidosos, com a compra de títulos com apenas um clique, o que não permite a reflexão.

Em particular, os nudges (ramo da economia comportamental ou “teoria do empurrão”), podem trazer um incentivo positivo quando, por exemplo, perguntam se o investidor revisou sua alocação de ativos. Por outro lado, os “toques digitais” que prometem gratificação instantânea podem ser incentivos prejudiciais.

Se um site promete que você ficará rico se investir na dica do dia com apenas alguns centavos, fuja disso. Com certeza, o único a ganhar algo será esse “guru”. Ter uma experiência agradável e útil pode ajudar os investidores a se educar. Mas equilíbrio e bom senso são essenciais. l

Tratar de nossas finanças pode parecer chato para muitas pessoas. Sabendo disso, a área de serviços financeiros sempre busca maneiras de deixar a atividade mais atraente para que as pessoas, principalmente os jovens, sintam-se mais dispostos para buscar um maior nível de bem-estar.

Recente artigo de Margaret Franklin, presidente do Instituto CFA, aborda pesquisa realizada pela entidade sobre a “gamificação” de investimentos. O título da pesquisa é Fun and Games – Investment Gamification and Implications for Capital Markets (Diversão e Jogos - Gamificação dos Investimentos e Implicações para o Mercado de Capitais, em tradução livre).

Uma das principais conclusões da pesquisa é que o jogo financeiro, quando bem usado, pode ser uma ferramenta poderosa para o engajamento e o aprendizado e um direcionador de resultados positivos nos investimentos. Por outro lado, também pode promover um comportamento prejudicial do investidor.

Obviamente, o CFA, por se tratar de uma instituição séria, não encara a negociação de títulos como um jogo. Reconhece, porém, que esse estilo atrai muito as gerações mais novas e que veio para ficar. Para confirmar essa afirmação, há um dado da pesquisa mostrando que 68% das pessoas entre 25 e 34 anos mantêm uma conta de investimentos online, o índice mais alto dentre todos os investidores – média de 54%. Conforme a pesquisa, 21% desses jovens investidores usam suas contas para entretenimento e especulação.

Dentre os prós da gamificação dos investimentos, são citados obtenção de maior conhecimento sobre o tema, maior democratização dos investimentos e ativismo de acionistas, pois muitos jovens se preocupam com o desempenho corporativo de seus investimentos – o histórico ambiental da empresa, por exemplo. Já contra pesam a falta de clareza das divulgações e a promoção de investimentos duvidosos, com a compra de títulos com apenas um clique, o que não permite a reflexão.

Em particular, os nudges (ramo da economia comportamental ou “teoria do empurrão”), podem trazer um incentivo positivo quando, por exemplo, perguntam se o investidor revisou sua alocação de ativos. Por outro lado, os “toques digitais” que prometem gratificação instantânea podem ser incentivos prejudiciais.

Se um site promete que você ficará rico se investir na dica do dia com apenas alguns centavos, fuja disso. Com certeza, o único a ganhar algo será esse “guru”. Ter uma experiência agradável e útil pode ajudar os investidores a se educar. Mas equilíbrio e bom senso são essenciais. l

Tratar de nossas finanças pode parecer chato para muitas pessoas. Sabendo disso, a área de serviços financeiros sempre busca maneiras de deixar a atividade mais atraente para que as pessoas, principalmente os jovens, sintam-se mais dispostos para buscar um maior nível de bem-estar.

Recente artigo de Margaret Franklin, presidente do Instituto CFA, aborda pesquisa realizada pela entidade sobre a “gamificação” de investimentos. O título da pesquisa é Fun and Games – Investment Gamification and Implications for Capital Markets (Diversão e Jogos - Gamificação dos Investimentos e Implicações para o Mercado de Capitais, em tradução livre).

Uma das principais conclusões da pesquisa é que o jogo financeiro, quando bem usado, pode ser uma ferramenta poderosa para o engajamento e o aprendizado e um direcionador de resultados positivos nos investimentos. Por outro lado, também pode promover um comportamento prejudicial do investidor.

Obviamente, o CFA, por se tratar de uma instituição séria, não encara a negociação de títulos como um jogo. Reconhece, porém, que esse estilo atrai muito as gerações mais novas e que veio para ficar. Para confirmar essa afirmação, há um dado da pesquisa mostrando que 68% das pessoas entre 25 e 34 anos mantêm uma conta de investimentos online, o índice mais alto dentre todos os investidores – média de 54%. Conforme a pesquisa, 21% desses jovens investidores usam suas contas para entretenimento e especulação.

Dentre os prós da gamificação dos investimentos, são citados obtenção de maior conhecimento sobre o tema, maior democratização dos investimentos e ativismo de acionistas, pois muitos jovens se preocupam com o desempenho corporativo de seus investimentos – o histórico ambiental da empresa, por exemplo. Já contra pesam a falta de clareza das divulgações e a promoção de investimentos duvidosos, com a compra de títulos com apenas um clique, o que não permite a reflexão.

Em particular, os nudges (ramo da economia comportamental ou “teoria do empurrão”), podem trazer um incentivo positivo quando, por exemplo, perguntam se o investidor revisou sua alocação de ativos. Por outro lado, os “toques digitais” que prometem gratificação instantânea podem ser incentivos prejudiciais.

Se um site promete que você ficará rico se investir na dica do dia com apenas alguns centavos, fuja disso. Com certeza, o único a ganhar algo será esse “guru”. Ter uma experiência agradável e útil pode ajudar os investidores a se educar. Mas equilíbrio e bom senso são essenciais. l

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