Professor de Finanças da FGV-SP

Alegria não tem preço, mas inflação pode deixar carnaval mais caro para quem não se cuidar


Preços de bebidas, hospedagem e ingressos para desfiles podem fazer com que curtir a festa seja mais salgado do que o planejado

Por Fabio Gallo

A inflação está persistente, e isso não é novidade. As famílias estão sentindo o aumento de preços no seu dia a dia. Os alimentos têm sido o foco da resistência da inflação. Mas o folião que está curtindo o carnaval deste ano vai sentir muito no seu bolso. Levantamento do Ibre/FGV dá conta de que a alta acumulada em 12 meses, até janeiro, é de 14,58% nos itens mais consumidos pelos foliões. Os preços cresceram desde diárias de hotéis, aplicativos, comida, bebida e até protetor solar. A cerveja subiu bastante, acumulando alta de 7,40%, e a incidência tributária nessa bebida é de 47,2%. Se ficar pensando nisso, acaba a alegria. Pior ainda para quem aprecia uma cachaça: o tributo é de 62%.

Muita gente não dá bola para esses aumentos e resolveu cair na folia, mas a conta pode ficar muito alta. Para quem quiser estar no desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial na Sapucaí, no Rio de Janeiro, os ingressos para cadeiras e arquibancadas começam com R$ 800. Se preferir ver o desfile no conforto de uma frisa, vai gastar até R$ 5,5 mil. Há opções nos camarotes que começam na faixa de R$ 1,2 mil e passam de R$ 5 mil. Os pacotes para esse desfile, com mordomias, passam fácil de R$ 15 mil.

Ingressos para cadeiras e arquibancadas para o desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial na Sapucaí, no Rio de Janeiro, começam em R$ 800 Foto: Marcelo Hargreaves/Limão.com.br
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Para aqueles que optarem pelo Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, a conta fica um pouco mais modesta. Os ingressos promocionais para a arquibancada custam R$ 90,00, a cadeira de pista R$ 1,5 mil, os preços dos camarotes começam com R$ 2,1 mil.

Outro local que deve atrair mais de 800 mil turistas é Salvador, que promete um Carnaval de seis dias, com sete circuitos e mais de 500 blocos de rua, além de 20 camarotes com preços entre R$ 2 mil a R$ 13 mil. Para participar dos trios elétricos, o folião tem de comprar o abadá com preços a partir de R$ 200,00, mas que podem chegar a R$ 4,2 mil. Há opções gratuitas, por exemplo a Pipoca da Ivete Sangalo, no circuito Barra-Ondina.

Bem claro que gratuito para quem é de Salvador porque a diária de hospedagem para duas pessoas em locais distantes da folia está na faixa de R$ 2 mil. Mas, para quem desejar ficar próximo ao fuzuê, essa hospedagem pode passar dos R$ 20 mil. No caso de quem sai de São Paulo para ir para Salvador, a ida e volta pode custar até mais de R$ 4 mil, isso se conseguir passagens. Bom, tem como pular o Carnaval e sem gastar toda essa grana. Obviamente que sim. Mas, mesmo quando a opção são os bloquinhos, que na maioria não cobram ingresso, o folião tem de colocar na conta itens como refeições, lanches, bebidas, fantasias e glitter.

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O carnaval brasileiro, que começou com cordões e ranchos, com marchinhas como Ô abre alas, de Chiquinha da Silva, e depois com o samba, evoluiu muito até se tornar a maior festa popular do mundo. Vamos curtir, afinal, a alegria não tem preço, mas cuidando do bolso a festa pode ficar melhor ainda.

A inflação está persistente, e isso não é novidade. As famílias estão sentindo o aumento de preços no seu dia a dia. Os alimentos têm sido o foco da resistência da inflação. Mas o folião que está curtindo o carnaval deste ano vai sentir muito no seu bolso. Levantamento do Ibre/FGV dá conta de que a alta acumulada em 12 meses, até janeiro, é de 14,58% nos itens mais consumidos pelos foliões. Os preços cresceram desde diárias de hotéis, aplicativos, comida, bebida e até protetor solar. A cerveja subiu bastante, acumulando alta de 7,40%, e a incidência tributária nessa bebida é de 47,2%. Se ficar pensando nisso, acaba a alegria. Pior ainda para quem aprecia uma cachaça: o tributo é de 62%.

Muita gente não dá bola para esses aumentos e resolveu cair na folia, mas a conta pode ficar muito alta. Para quem quiser estar no desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial na Sapucaí, no Rio de Janeiro, os ingressos para cadeiras e arquibancadas começam com R$ 800. Se preferir ver o desfile no conforto de uma frisa, vai gastar até R$ 5,5 mil. Há opções nos camarotes que começam na faixa de R$ 1,2 mil e passam de R$ 5 mil. Os pacotes para esse desfile, com mordomias, passam fácil de R$ 15 mil.

Ingressos para cadeiras e arquibancadas para o desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial na Sapucaí, no Rio de Janeiro, começam em R$ 800 Foto: Marcelo Hargreaves/Limão.com.br

Para aqueles que optarem pelo Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, a conta fica um pouco mais modesta. Os ingressos promocionais para a arquibancada custam R$ 90,00, a cadeira de pista R$ 1,5 mil, os preços dos camarotes começam com R$ 2,1 mil.

Outro local que deve atrair mais de 800 mil turistas é Salvador, que promete um Carnaval de seis dias, com sete circuitos e mais de 500 blocos de rua, além de 20 camarotes com preços entre R$ 2 mil a R$ 13 mil. Para participar dos trios elétricos, o folião tem de comprar o abadá com preços a partir de R$ 200,00, mas que podem chegar a R$ 4,2 mil. Há opções gratuitas, por exemplo a Pipoca da Ivete Sangalo, no circuito Barra-Ondina.

Bem claro que gratuito para quem é de Salvador porque a diária de hospedagem para duas pessoas em locais distantes da folia está na faixa de R$ 2 mil. Mas, para quem desejar ficar próximo ao fuzuê, essa hospedagem pode passar dos R$ 20 mil. No caso de quem sai de São Paulo para ir para Salvador, a ida e volta pode custar até mais de R$ 4 mil, isso se conseguir passagens. Bom, tem como pular o Carnaval e sem gastar toda essa grana. Obviamente que sim. Mas, mesmo quando a opção são os bloquinhos, que na maioria não cobram ingresso, o folião tem de colocar na conta itens como refeições, lanches, bebidas, fantasias e glitter.

O carnaval brasileiro, que começou com cordões e ranchos, com marchinhas como Ô abre alas, de Chiquinha da Silva, e depois com o samba, evoluiu muito até se tornar a maior festa popular do mundo. Vamos curtir, afinal, a alegria não tem preço, mas cuidando do bolso a festa pode ficar melhor ainda.

A inflação está persistente, e isso não é novidade. As famílias estão sentindo o aumento de preços no seu dia a dia. Os alimentos têm sido o foco da resistência da inflação. Mas o folião que está curtindo o carnaval deste ano vai sentir muito no seu bolso. Levantamento do Ibre/FGV dá conta de que a alta acumulada em 12 meses, até janeiro, é de 14,58% nos itens mais consumidos pelos foliões. Os preços cresceram desde diárias de hotéis, aplicativos, comida, bebida e até protetor solar. A cerveja subiu bastante, acumulando alta de 7,40%, e a incidência tributária nessa bebida é de 47,2%. Se ficar pensando nisso, acaba a alegria. Pior ainda para quem aprecia uma cachaça: o tributo é de 62%.

Muita gente não dá bola para esses aumentos e resolveu cair na folia, mas a conta pode ficar muito alta. Para quem quiser estar no desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial na Sapucaí, no Rio de Janeiro, os ingressos para cadeiras e arquibancadas começam com R$ 800. Se preferir ver o desfile no conforto de uma frisa, vai gastar até R$ 5,5 mil. Há opções nos camarotes que começam na faixa de R$ 1,2 mil e passam de R$ 5 mil. Os pacotes para esse desfile, com mordomias, passam fácil de R$ 15 mil.

Ingressos para cadeiras e arquibancadas para o desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial na Sapucaí, no Rio de Janeiro, começam em R$ 800 Foto: Marcelo Hargreaves/Limão.com.br

Para aqueles que optarem pelo Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, a conta fica um pouco mais modesta. Os ingressos promocionais para a arquibancada custam R$ 90,00, a cadeira de pista R$ 1,5 mil, os preços dos camarotes começam com R$ 2,1 mil.

Outro local que deve atrair mais de 800 mil turistas é Salvador, que promete um Carnaval de seis dias, com sete circuitos e mais de 500 blocos de rua, além de 20 camarotes com preços entre R$ 2 mil a R$ 13 mil. Para participar dos trios elétricos, o folião tem de comprar o abadá com preços a partir de R$ 200,00, mas que podem chegar a R$ 4,2 mil. Há opções gratuitas, por exemplo a Pipoca da Ivete Sangalo, no circuito Barra-Ondina.

Bem claro que gratuito para quem é de Salvador porque a diária de hospedagem para duas pessoas em locais distantes da folia está na faixa de R$ 2 mil. Mas, para quem desejar ficar próximo ao fuzuê, essa hospedagem pode passar dos R$ 20 mil. No caso de quem sai de São Paulo para ir para Salvador, a ida e volta pode custar até mais de R$ 4 mil, isso se conseguir passagens. Bom, tem como pular o Carnaval e sem gastar toda essa grana. Obviamente que sim. Mas, mesmo quando a opção são os bloquinhos, que na maioria não cobram ingresso, o folião tem de colocar na conta itens como refeições, lanches, bebidas, fantasias e glitter.

O carnaval brasileiro, que começou com cordões e ranchos, com marchinhas como Ô abre alas, de Chiquinha da Silva, e depois com o samba, evoluiu muito até se tornar a maior festa popular do mundo. Vamos curtir, afinal, a alegria não tem preço, mas cuidando do bolso a festa pode ficar melhor ainda.

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