Professor de Finanças da FGV-SP

Desprezar sinais do mercado pode levar a perdas de eficiência ou até mesmo a um desastre


O governo está tratando o mercado como uma entidade do mal; o mercado somos todos nós

Por Fabio Gallo

A São Silvestre, a mais famosa e tradicional corrida de rua nacional e latino-americana se aproxima. São 15 quilômetros percorridos por milhares de pessoas que passam pelo centro de São Paulo, começando e terminando na Avenida Paulista. Nessa prova quase todos os atletas profissionais ou amadores levam consigo algum equipamento para medir o seu desempenho ao longo da corrida. Esse controle permite que a pessoa acompanhe o seu desenvolvimento, se pode acelerar o passo, se é para reduzir, se é momento de hidratação, até saber se vai conseguir terminar a prova. Na medicina temos indicadores para todas as funções do corpo. Na gestão empresarial, um mundo de índices. Enfim, acompanhar o desempenho é algo presente em todas as nossas atividades. Na economia não é diferente.

Termos dados e informações precisas sobre como as coisas estão indo permite mantermos o caminho que estiver tendo sucesso e corrigir o que não está indo bem. Simples assim. Mas desprezar sinais, positivos ou negativos, pode levar a perdas de eficiência ou até mesmo a um desastre. Quando os agentes do mercado financeiro acham que as novas notícias não são boas para os negócios, não tem jeito, a reação é negativa e imediata. Aparentemente, o novo governo não está muito preocupado em acompanhar os sinais emitidos pelo mercado.

Negar o que o mercado sinaliza é desprezar o que a economia está querendo dizer Foto: Amanda Perobelli/Reuters - 28/10/2021
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Tem ficado patente a reação negativa dos analistas frente ao tratamento dado à questão fiscal, aos acordos com o Centrão e à composição da nova equipe. O que era expectativa está virando certeza negativa. Nesta semana, logo que foi anunciado que o economista Aloizio Mercadante seria o presidente do BNDES, o humor do mercado azedou de vez. As ações de empresas estatais caíram fortemente, e até o Tesouro Direto suspendeu as negociações dos títulos.

Numa atitude positiva, buscando proteger o investidor em momentos de estresse do mercado, o que pode trazer muita volatilidade aos juros, o Tesouro permitiu um tempo para o mercado respirar e estabilizar os preços. Isso ocorre para evitar que o investidor compre um título cujo preço vai ficar defasado em pouco tempo, podendo causar perdas.

O governo está tratando o mercado como uma entidade etérea, do mal. Não entendendo que o mercado somos todos nós. São corporações, instituições financeiras e outras organizações que representam milhões de pessoas que investem sua poupança buscando conquistar os seus sonhos ou preservar recursos para sua aposentadoria. Ninguém nega a face gananciosa do tal do Mercado e não se trata de aceitar qualquer coisa a qualquer custo. Mas negar o que sinaliza é desprezar o que a economia está querendo dizer. Corre-se o risco de ficar numa posição muito ruim. Warren Buffett usa uma metáfora interessante para dizer isso: “Você só descobre que estava nadando pelado quando a maré está baixa”.

A São Silvestre, a mais famosa e tradicional corrida de rua nacional e latino-americana se aproxima. São 15 quilômetros percorridos por milhares de pessoas que passam pelo centro de São Paulo, começando e terminando na Avenida Paulista. Nessa prova quase todos os atletas profissionais ou amadores levam consigo algum equipamento para medir o seu desempenho ao longo da corrida. Esse controle permite que a pessoa acompanhe o seu desenvolvimento, se pode acelerar o passo, se é para reduzir, se é momento de hidratação, até saber se vai conseguir terminar a prova. Na medicina temos indicadores para todas as funções do corpo. Na gestão empresarial, um mundo de índices. Enfim, acompanhar o desempenho é algo presente em todas as nossas atividades. Na economia não é diferente.

Termos dados e informações precisas sobre como as coisas estão indo permite mantermos o caminho que estiver tendo sucesso e corrigir o que não está indo bem. Simples assim. Mas desprezar sinais, positivos ou negativos, pode levar a perdas de eficiência ou até mesmo a um desastre. Quando os agentes do mercado financeiro acham que as novas notícias não são boas para os negócios, não tem jeito, a reação é negativa e imediata. Aparentemente, o novo governo não está muito preocupado em acompanhar os sinais emitidos pelo mercado.

Negar o que o mercado sinaliza é desprezar o que a economia está querendo dizer Foto: Amanda Perobelli/Reuters - 28/10/2021

Tem ficado patente a reação negativa dos analistas frente ao tratamento dado à questão fiscal, aos acordos com o Centrão e à composição da nova equipe. O que era expectativa está virando certeza negativa. Nesta semana, logo que foi anunciado que o economista Aloizio Mercadante seria o presidente do BNDES, o humor do mercado azedou de vez. As ações de empresas estatais caíram fortemente, e até o Tesouro Direto suspendeu as negociações dos títulos.

Numa atitude positiva, buscando proteger o investidor em momentos de estresse do mercado, o que pode trazer muita volatilidade aos juros, o Tesouro permitiu um tempo para o mercado respirar e estabilizar os preços. Isso ocorre para evitar que o investidor compre um título cujo preço vai ficar defasado em pouco tempo, podendo causar perdas.

O governo está tratando o mercado como uma entidade etérea, do mal. Não entendendo que o mercado somos todos nós. São corporações, instituições financeiras e outras organizações que representam milhões de pessoas que investem sua poupança buscando conquistar os seus sonhos ou preservar recursos para sua aposentadoria. Ninguém nega a face gananciosa do tal do Mercado e não se trata de aceitar qualquer coisa a qualquer custo. Mas negar o que sinaliza é desprezar o que a economia está querendo dizer. Corre-se o risco de ficar numa posição muito ruim. Warren Buffett usa uma metáfora interessante para dizer isso: “Você só descobre que estava nadando pelado quando a maré está baixa”.

A São Silvestre, a mais famosa e tradicional corrida de rua nacional e latino-americana se aproxima. São 15 quilômetros percorridos por milhares de pessoas que passam pelo centro de São Paulo, começando e terminando na Avenida Paulista. Nessa prova quase todos os atletas profissionais ou amadores levam consigo algum equipamento para medir o seu desempenho ao longo da corrida. Esse controle permite que a pessoa acompanhe o seu desenvolvimento, se pode acelerar o passo, se é para reduzir, se é momento de hidratação, até saber se vai conseguir terminar a prova. Na medicina temos indicadores para todas as funções do corpo. Na gestão empresarial, um mundo de índices. Enfim, acompanhar o desempenho é algo presente em todas as nossas atividades. Na economia não é diferente.

Termos dados e informações precisas sobre como as coisas estão indo permite mantermos o caminho que estiver tendo sucesso e corrigir o que não está indo bem. Simples assim. Mas desprezar sinais, positivos ou negativos, pode levar a perdas de eficiência ou até mesmo a um desastre. Quando os agentes do mercado financeiro acham que as novas notícias não são boas para os negócios, não tem jeito, a reação é negativa e imediata. Aparentemente, o novo governo não está muito preocupado em acompanhar os sinais emitidos pelo mercado.

Negar o que o mercado sinaliza é desprezar o que a economia está querendo dizer Foto: Amanda Perobelli/Reuters - 28/10/2021

Tem ficado patente a reação negativa dos analistas frente ao tratamento dado à questão fiscal, aos acordos com o Centrão e à composição da nova equipe. O que era expectativa está virando certeza negativa. Nesta semana, logo que foi anunciado que o economista Aloizio Mercadante seria o presidente do BNDES, o humor do mercado azedou de vez. As ações de empresas estatais caíram fortemente, e até o Tesouro Direto suspendeu as negociações dos títulos.

Numa atitude positiva, buscando proteger o investidor em momentos de estresse do mercado, o que pode trazer muita volatilidade aos juros, o Tesouro permitiu um tempo para o mercado respirar e estabilizar os preços. Isso ocorre para evitar que o investidor compre um título cujo preço vai ficar defasado em pouco tempo, podendo causar perdas.

O governo está tratando o mercado como uma entidade etérea, do mal. Não entendendo que o mercado somos todos nós. São corporações, instituições financeiras e outras organizações que representam milhões de pessoas que investem sua poupança buscando conquistar os seus sonhos ou preservar recursos para sua aposentadoria. Ninguém nega a face gananciosa do tal do Mercado e não se trata de aceitar qualquer coisa a qualquer custo. Mas negar o que sinaliza é desprezar o que a economia está querendo dizer. Corre-se o risco de ficar numa posição muito ruim. Warren Buffett usa uma metáfora interessante para dizer isso: “Você só descobre que estava nadando pelado quando a maré está baixa”.

A São Silvestre, a mais famosa e tradicional corrida de rua nacional e latino-americana se aproxima. São 15 quilômetros percorridos por milhares de pessoas que passam pelo centro de São Paulo, começando e terminando na Avenida Paulista. Nessa prova quase todos os atletas profissionais ou amadores levam consigo algum equipamento para medir o seu desempenho ao longo da corrida. Esse controle permite que a pessoa acompanhe o seu desenvolvimento, se pode acelerar o passo, se é para reduzir, se é momento de hidratação, até saber se vai conseguir terminar a prova. Na medicina temos indicadores para todas as funções do corpo. Na gestão empresarial, um mundo de índices. Enfim, acompanhar o desempenho é algo presente em todas as nossas atividades. Na economia não é diferente.

Termos dados e informações precisas sobre como as coisas estão indo permite mantermos o caminho que estiver tendo sucesso e corrigir o que não está indo bem. Simples assim. Mas desprezar sinais, positivos ou negativos, pode levar a perdas de eficiência ou até mesmo a um desastre. Quando os agentes do mercado financeiro acham que as novas notícias não são boas para os negócios, não tem jeito, a reação é negativa e imediata. Aparentemente, o novo governo não está muito preocupado em acompanhar os sinais emitidos pelo mercado.

Negar o que o mercado sinaliza é desprezar o que a economia está querendo dizer Foto: Amanda Perobelli/Reuters - 28/10/2021

Tem ficado patente a reação negativa dos analistas frente ao tratamento dado à questão fiscal, aos acordos com o Centrão e à composição da nova equipe. O que era expectativa está virando certeza negativa. Nesta semana, logo que foi anunciado que o economista Aloizio Mercadante seria o presidente do BNDES, o humor do mercado azedou de vez. As ações de empresas estatais caíram fortemente, e até o Tesouro Direto suspendeu as negociações dos títulos.

Numa atitude positiva, buscando proteger o investidor em momentos de estresse do mercado, o que pode trazer muita volatilidade aos juros, o Tesouro permitiu um tempo para o mercado respirar e estabilizar os preços. Isso ocorre para evitar que o investidor compre um título cujo preço vai ficar defasado em pouco tempo, podendo causar perdas.

O governo está tratando o mercado como uma entidade etérea, do mal. Não entendendo que o mercado somos todos nós. São corporações, instituições financeiras e outras organizações que representam milhões de pessoas que investem sua poupança buscando conquistar os seus sonhos ou preservar recursos para sua aposentadoria. Ninguém nega a face gananciosa do tal do Mercado e não se trata de aceitar qualquer coisa a qualquer custo. Mas negar o que sinaliza é desprezar o que a economia está querendo dizer. Corre-se o risco de ficar numa posição muito ruim. Warren Buffett usa uma metáfora interessante para dizer isso: “Você só descobre que estava nadando pelado quando a maré está baixa”.

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