Professor de Finanças da FGV-SP

Quem tem paciência entre os investidores?


Dar foco excessivo em notícias positivas recentes sobre o mercado cria uma sensação de urgência

Por Fabio Gallo

A nossa economia está dando bons sinais. Não que tudo esteja resolvido, mas temos um panorama melhor. A inflação acumulada em 12 meses está em 3,16%, começou o ciclo de queda da Selic, o Congresso está em vias de aprovar a reforma tributária e o arcabouço fiscal. Mas, mal começamos um ciclo mais positivo, e o mercado já está agitado.

As pessoas começam a ser bombardeadas com “oportunidades de investimentos”. No entanto, tomar decisões na pressão não é uma boa. Jean-Jacques Barthélemy tem uma frase que deve nos orientar: “A paciência é amarga, mas seu fruto é doce”. Manter a calma e ter paciência são essenciais para investir com mais equilíbrio entre o retorno desejado e o risco aceitável. É comum em momentos de mudanças rápidas que as pessoas fiquem desconfortáveis e por ansiedade mudem o foco do longo prazo para o curto prazo.

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Nas finanças comportamentais, é estudado o conceito de “recência”, que trata da tendência de dar maior importância a eventos ou informações recentes ao tomar decisões financeiras, ignorando ou subestimando eventos passados. Isso pode levar a decisões impulsivas, à falta de diversificação e à adoção de estratégias de investimento de curto prazo, prejudicando a saúde financeira de suas carteiras.

Dar foco excessivo em notícias recentes, como boletins diários, sobre o mercado cria uma sensação de urgência. A crise financeira de 2008 sintetizou esse processo. Alguns dos investidores de longo prazo mais preparados estavam mais céticos nos primeiros dias da crise. Mas, à medida que a situação foi piorando e o tempo passando, as pessoas ficaram tão suscetíveis ao medo causado pela espiral descendente do mercado que perderam a paciência e a disciplina necessárias para manter o rumo.

Paciência sempre é necessária para o investidor Foto: Fabio Motta / Estadão
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Para evitar situações como essa, o investidor deve procurar tomar decisões baseadas em uma análise mais ampla e fundamentada. Isso inclui considerar o histórico de desempenho, a diversificação de carteira, ter uma estratégia de investimento de longo prazo e evitar tomar decisões impulsivas.

O investidor brasileiro de ações que tenha se mantido firme entre 2002 e 2022, com uma carteira que simulasse o Ibovespa ao longo desse tempo, teria tido um ganho nesses 20 anos, descontados a inflação e os tributos, de quase 125% – mais que dobraria o seu capital em termos reais.

Por outro lado, ter paciência não significa ser inerte ou negligente em relação ao acompanhamento de suas posições e desempenho de investimentos. A paciência não implica ignorar completamente seus investimentos e deixá-los ao acaso. Uma abordagem bem-sucedida requer um equilíbrio entre paciência e atenção cuidadosa.

A nossa economia está dando bons sinais. Não que tudo esteja resolvido, mas temos um panorama melhor. A inflação acumulada em 12 meses está em 3,16%, começou o ciclo de queda da Selic, o Congresso está em vias de aprovar a reforma tributária e o arcabouço fiscal. Mas, mal começamos um ciclo mais positivo, e o mercado já está agitado.

As pessoas começam a ser bombardeadas com “oportunidades de investimentos”. No entanto, tomar decisões na pressão não é uma boa. Jean-Jacques Barthélemy tem uma frase que deve nos orientar: “A paciência é amarga, mas seu fruto é doce”. Manter a calma e ter paciência são essenciais para investir com mais equilíbrio entre o retorno desejado e o risco aceitável. É comum em momentos de mudanças rápidas que as pessoas fiquem desconfortáveis e por ansiedade mudem o foco do longo prazo para o curto prazo.

Nas finanças comportamentais, é estudado o conceito de “recência”, que trata da tendência de dar maior importância a eventos ou informações recentes ao tomar decisões financeiras, ignorando ou subestimando eventos passados. Isso pode levar a decisões impulsivas, à falta de diversificação e à adoção de estratégias de investimento de curto prazo, prejudicando a saúde financeira de suas carteiras.

Dar foco excessivo em notícias recentes, como boletins diários, sobre o mercado cria uma sensação de urgência. A crise financeira de 2008 sintetizou esse processo. Alguns dos investidores de longo prazo mais preparados estavam mais céticos nos primeiros dias da crise. Mas, à medida que a situação foi piorando e o tempo passando, as pessoas ficaram tão suscetíveis ao medo causado pela espiral descendente do mercado que perderam a paciência e a disciplina necessárias para manter o rumo.

Paciência sempre é necessária para o investidor Foto: Fabio Motta / Estadão

Para evitar situações como essa, o investidor deve procurar tomar decisões baseadas em uma análise mais ampla e fundamentada. Isso inclui considerar o histórico de desempenho, a diversificação de carteira, ter uma estratégia de investimento de longo prazo e evitar tomar decisões impulsivas.

O investidor brasileiro de ações que tenha se mantido firme entre 2002 e 2022, com uma carteira que simulasse o Ibovespa ao longo desse tempo, teria tido um ganho nesses 20 anos, descontados a inflação e os tributos, de quase 125% – mais que dobraria o seu capital em termos reais.

Por outro lado, ter paciência não significa ser inerte ou negligente em relação ao acompanhamento de suas posições e desempenho de investimentos. A paciência não implica ignorar completamente seus investimentos e deixá-los ao acaso. Uma abordagem bem-sucedida requer um equilíbrio entre paciência e atenção cuidadosa.

A nossa economia está dando bons sinais. Não que tudo esteja resolvido, mas temos um panorama melhor. A inflação acumulada em 12 meses está em 3,16%, começou o ciclo de queda da Selic, o Congresso está em vias de aprovar a reforma tributária e o arcabouço fiscal. Mas, mal começamos um ciclo mais positivo, e o mercado já está agitado.

As pessoas começam a ser bombardeadas com “oportunidades de investimentos”. No entanto, tomar decisões na pressão não é uma boa. Jean-Jacques Barthélemy tem uma frase que deve nos orientar: “A paciência é amarga, mas seu fruto é doce”. Manter a calma e ter paciência são essenciais para investir com mais equilíbrio entre o retorno desejado e o risco aceitável. É comum em momentos de mudanças rápidas que as pessoas fiquem desconfortáveis e por ansiedade mudem o foco do longo prazo para o curto prazo.

Nas finanças comportamentais, é estudado o conceito de “recência”, que trata da tendência de dar maior importância a eventos ou informações recentes ao tomar decisões financeiras, ignorando ou subestimando eventos passados. Isso pode levar a decisões impulsivas, à falta de diversificação e à adoção de estratégias de investimento de curto prazo, prejudicando a saúde financeira de suas carteiras.

Dar foco excessivo em notícias recentes, como boletins diários, sobre o mercado cria uma sensação de urgência. A crise financeira de 2008 sintetizou esse processo. Alguns dos investidores de longo prazo mais preparados estavam mais céticos nos primeiros dias da crise. Mas, à medida que a situação foi piorando e o tempo passando, as pessoas ficaram tão suscetíveis ao medo causado pela espiral descendente do mercado que perderam a paciência e a disciplina necessárias para manter o rumo.

Paciência sempre é necessária para o investidor Foto: Fabio Motta / Estadão

Para evitar situações como essa, o investidor deve procurar tomar decisões baseadas em uma análise mais ampla e fundamentada. Isso inclui considerar o histórico de desempenho, a diversificação de carteira, ter uma estratégia de investimento de longo prazo e evitar tomar decisões impulsivas.

O investidor brasileiro de ações que tenha se mantido firme entre 2002 e 2022, com uma carteira que simulasse o Ibovespa ao longo desse tempo, teria tido um ganho nesses 20 anos, descontados a inflação e os tributos, de quase 125% – mais que dobraria o seu capital em termos reais.

Por outro lado, ter paciência não significa ser inerte ou negligente em relação ao acompanhamento de suas posições e desempenho de investimentos. A paciência não implica ignorar completamente seus investimentos e deixá-los ao acaso. Uma abordagem bem-sucedida requer um equilíbrio entre paciência e atenção cuidadosa.

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