Opinião|O segredo do sucesso de Lula em 2023 está em aprender com a sabedoria de Tancredo


A sedução de parte do Centrão, para asfixiar o bolsonarismo, será a “dança do acasalamento” a que iremos assistir

Por Fabio Giambiagi
Atualização:

“Eu sou eu e minha circunstância”, diria José Ortega y Gasset. Adolfo Suárez era um burocrata franquista até que o destino o colocou na situação de orquestrar a transição para a democracia na Espanha. “Fortuna e virtù”, acrescentaria Nicolau Maquiavel.

Lula da Silva assumirá a Presidência pela terceira vez, em janeiro. Para ter sucesso, será muito importante que a sua administração considere algumas questões.

i) O País está claramente dividido ao meio; ii) como o candidato eleito já deixou claro no seu discurso da vitória, no de posse deverá constar a frase “Serei o presidente de todos os brasileiros”, para que o País possa retomar uma vida normal depois das aberrações observadas recentemente.

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Discurso de Lula após ser declarado presidente eleito pelo TSE 

iii) Embora a vitória do novo presidente tenha sido obtida de forma limpa e incontestável, não há como não registrar que na maioria das regiões do País seu oponente foi o mais votado e, tão importante quanto isso, que o mesmo ocorreu nos Estados mais pujantes do País.

iv) Lula tem que avaliar muito bem até que ponto vale a pena enfrentar certas forças políticas, sob pena de não conseguir vencê-las e de, nesse caso, correr riscos enormes de fracassar; v) não há como negar que a reconquista de taxas modestas de inflação observada no fim do ano em curso precisa ser preservada, e que, portanto, é importante dar ao Banco Central do Brasil as condições de voltar a atingir a meta, tendo 2024 em vista, no patamar da ordem de 3%.

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vi) Acertar o tom da política fiscal de 2023 em diante será crucial: combater o déficit público previsto para 2023 em mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) será crítico – caso contrário, o mercado será implacável.

vii) E, se o novo governo quiser isolar Jair Bolsonaro, terá não apenas que dialogar, mas talvez convidar para ser parte da gestão setores que votaram no atual presidente.

Há 40 anos, Tancredo Neves e um então “novato” Luiz Inácio da Silva protagonizaram um “bate-boca”, quando o último acusou o primeiro de “acender uma vela a Deus e outra ao diabo” pela ambiguidade com que se relacionava com os militares, crítica respondida com a frase “Pior é ele, que só acende velas para o diabo”.

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É uma ironia que, quatro décadas depois, o segredo do sucesso de Lula em 2023 resida em aprender com a sabedoria de Tancredo e se inspirar nele para tentar deixar atrás o absurdo dos últimos tempos.

A sedução de parte do Centrão, para asfixiar o bolsonarismo, será a “dança do acasalamento” a que iremos assistir nesse caso.

“Eu sou eu e minha circunstância”, diria José Ortega y Gasset. Adolfo Suárez era um burocrata franquista até que o destino o colocou na situação de orquestrar a transição para a democracia na Espanha. “Fortuna e virtù”, acrescentaria Nicolau Maquiavel.

Lula da Silva assumirá a Presidência pela terceira vez, em janeiro. Para ter sucesso, será muito importante que a sua administração considere algumas questões.

i) O País está claramente dividido ao meio; ii) como o candidato eleito já deixou claro no seu discurso da vitória, no de posse deverá constar a frase “Serei o presidente de todos os brasileiros”, para que o País possa retomar uma vida normal depois das aberrações observadas recentemente.

Discurso de Lula após ser declarado presidente eleito pelo TSE 

iii) Embora a vitória do novo presidente tenha sido obtida de forma limpa e incontestável, não há como não registrar que na maioria das regiões do País seu oponente foi o mais votado e, tão importante quanto isso, que o mesmo ocorreu nos Estados mais pujantes do País.

iv) Lula tem que avaliar muito bem até que ponto vale a pena enfrentar certas forças políticas, sob pena de não conseguir vencê-las e de, nesse caso, correr riscos enormes de fracassar; v) não há como negar que a reconquista de taxas modestas de inflação observada no fim do ano em curso precisa ser preservada, e que, portanto, é importante dar ao Banco Central do Brasil as condições de voltar a atingir a meta, tendo 2024 em vista, no patamar da ordem de 3%.

vi) Acertar o tom da política fiscal de 2023 em diante será crucial: combater o déficit público previsto para 2023 em mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) será crítico – caso contrário, o mercado será implacável.

vii) E, se o novo governo quiser isolar Jair Bolsonaro, terá não apenas que dialogar, mas talvez convidar para ser parte da gestão setores que votaram no atual presidente.

Há 40 anos, Tancredo Neves e um então “novato” Luiz Inácio da Silva protagonizaram um “bate-boca”, quando o último acusou o primeiro de “acender uma vela a Deus e outra ao diabo” pela ambiguidade com que se relacionava com os militares, crítica respondida com a frase “Pior é ele, que só acende velas para o diabo”.

É uma ironia que, quatro décadas depois, o segredo do sucesso de Lula em 2023 resida em aprender com a sabedoria de Tancredo e se inspirar nele para tentar deixar atrás o absurdo dos últimos tempos.

A sedução de parte do Centrão, para asfixiar o bolsonarismo, será a “dança do acasalamento” a que iremos assistir nesse caso.

“Eu sou eu e minha circunstância”, diria José Ortega y Gasset. Adolfo Suárez era um burocrata franquista até que o destino o colocou na situação de orquestrar a transição para a democracia na Espanha. “Fortuna e virtù”, acrescentaria Nicolau Maquiavel.

Lula da Silva assumirá a Presidência pela terceira vez, em janeiro. Para ter sucesso, será muito importante que a sua administração considere algumas questões.

i) O País está claramente dividido ao meio; ii) como o candidato eleito já deixou claro no seu discurso da vitória, no de posse deverá constar a frase “Serei o presidente de todos os brasileiros”, para que o País possa retomar uma vida normal depois das aberrações observadas recentemente.

Discurso de Lula após ser declarado presidente eleito pelo TSE 

iii) Embora a vitória do novo presidente tenha sido obtida de forma limpa e incontestável, não há como não registrar que na maioria das regiões do País seu oponente foi o mais votado e, tão importante quanto isso, que o mesmo ocorreu nos Estados mais pujantes do País.

iv) Lula tem que avaliar muito bem até que ponto vale a pena enfrentar certas forças políticas, sob pena de não conseguir vencê-las e de, nesse caso, correr riscos enormes de fracassar; v) não há como negar que a reconquista de taxas modestas de inflação observada no fim do ano em curso precisa ser preservada, e que, portanto, é importante dar ao Banco Central do Brasil as condições de voltar a atingir a meta, tendo 2024 em vista, no patamar da ordem de 3%.

vi) Acertar o tom da política fiscal de 2023 em diante será crucial: combater o déficit público previsto para 2023 em mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) será crítico – caso contrário, o mercado será implacável.

vii) E, se o novo governo quiser isolar Jair Bolsonaro, terá não apenas que dialogar, mas talvez convidar para ser parte da gestão setores que votaram no atual presidente.

Há 40 anos, Tancredo Neves e um então “novato” Luiz Inácio da Silva protagonizaram um “bate-boca”, quando o último acusou o primeiro de “acender uma vela a Deus e outra ao diabo” pela ambiguidade com que se relacionava com os militares, crítica respondida com a frase “Pior é ele, que só acende velas para o diabo”.

É uma ironia que, quatro décadas depois, o segredo do sucesso de Lula em 2023 resida em aprender com a sabedoria de Tancredo e se inspirar nele para tentar deixar atrás o absurdo dos últimos tempos.

A sedução de parte do Centrão, para asfixiar o bolsonarismo, será a “dança do acasalamento” a que iremos assistir nesse caso.

“Eu sou eu e minha circunstância”, diria José Ortega y Gasset. Adolfo Suárez era um burocrata franquista até que o destino o colocou na situação de orquestrar a transição para a democracia na Espanha. “Fortuna e virtù”, acrescentaria Nicolau Maquiavel.

Lula da Silva assumirá a Presidência pela terceira vez, em janeiro. Para ter sucesso, será muito importante que a sua administração considere algumas questões.

i) O País está claramente dividido ao meio; ii) como o candidato eleito já deixou claro no seu discurso da vitória, no de posse deverá constar a frase “Serei o presidente de todos os brasileiros”, para que o País possa retomar uma vida normal depois das aberrações observadas recentemente.

Discurso de Lula após ser declarado presidente eleito pelo TSE 

iii) Embora a vitória do novo presidente tenha sido obtida de forma limpa e incontestável, não há como não registrar que na maioria das regiões do País seu oponente foi o mais votado e, tão importante quanto isso, que o mesmo ocorreu nos Estados mais pujantes do País.

iv) Lula tem que avaliar muito bem até que ponto vale a pena enfrentar certas forças políticas, sob pena de não conseguir vencê-las e de, nesse caso, correr riscos enormes de fracassar; v) não há como negar que a reconquista de taxas modestas de inflação observada no fim do ano em curso precisa ser preservada, e que, portanto, é importante dar ao Banco Central do Brasil as condições de voltar a atingir a meta, tendo 2024 em vista, no patamar da ordem de 3%.

vi) Acertar o tom da política fiscal de 2023 em diante será crucial: combater o déficit público previsto para 2023 em mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) será crítico – caso contrário, o mercado será implacável.

vii) E, se o novo governo quiser isolar Jair Bolsonaro, terá não apenas que dialogar, mas talvez convidar para ser parte da gestão setores que votaram no atual presidente.

Há 40 anos, Tancredo Neves e um então “novato” Luiz Inácio da Silva protagonizaram um “bate-boca”, quando o último acusou o primeiro de “acender uma vela a Deus e outra ao diabo” pela ambiguidade com que se relacionava com os militares, crítica respondida com a frase “Pior é ele, que só acende velas para o diabo”.

É uma ironia que, quatro décadas depois, o segredo do sucesso de Lula em 2023 resida em aprender com a sabedoria de Tancredo e se inspirar nele para tentar deixar atrás o absurdo dos últimos tempos.

A sedução de parte do Centrão, para asfixiar o bolsonarismo, será a “dança do acasalamento” a que iremos assistir nesse caso.

“Eu sou eu e minha circunstância”, diria José Ortega y Gasset. Adolfo Suárez era um burocrata franquista até que o destino o colocou na situação de orquestrar a transição para a democracia na Espanha. “Fortuna e virtù”, acrescentaria Nicolau Maquiavel.

Lula da Silva assumirá a Presidência pela terceira vez, em janeiro. Para ter sucesso, será muito importante que a sua administração considere algumas questões.

i) O País está claramente dividido ao meio; ii) como o candidato eleito já deixou claro no seu discurso da vitória, no de posse deverá constar a frase “Serei o presidente de todos os brasileiros”, para que o País possa retomar uma vida normal depois das aberrações observadas recentemente.

Discurso de Lula após ser declarado presidente eleito pelo TSE 

iii) Embora a vitória do novo presidente tenha sido obtida de forma limpa e incontestável, não há como não registrar que na maioria das regiões do País seu oponente foi o mais votado e, tão importante quanto isso, que o mesmo ocorreu nos Estados mais pujantes do País.

iv) Lula tem que avaliar muito bem até que ponto vale a pena enfrentar certas forças políticas, sob pena de não conseguir vencê-las e de, nesse caso, correr riscos enormes de fracassar; v) não há como negar que a reconquista de taxas modestas de inflação observada no fim do ano em curso precisa ser preservada, e que, portanto, é importante dar ao Banco Central do Brasil as condições de voltar a atingir a meta, tendo 2024 em vista, no patamar da ordem de 3%.

vi) Acertar o tom da política fiscal de 2023 em diante será crucial: combater o déficit público previsto para 2023 em mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) será crítico – caso contrário, o mercado será implacável.

vii) E, se o novo governo quiser isolar Jair Bolsonaro, terá não apenas que dialogar, mas talvez convidar para ser parte da gestão setores que votaram no atual presidente.

Há 40 anos, Tancredo Neves e um então “novato” Luiz Inácio da Silva protagonizaram um “bate-boca”, quando o último acusou o primeiro de “acender uma vela a Deus e outra ao diabo” pela ambiguidade com que se relacionava com os militares, crítica respondida com a frase “Pior é ele, que só acende velas para o diabo”.

É uma ironia que, quatro décadas depois, o segredo do sucesso de Lula em 2023 resida em aprender com a sabedoria de Tancredo e se inspirar nele para tentar deixar atrás o absurdo dos últimos tempos.

A sedução de parte do Centrão, para asfixiar o bolsonarismo, será a “dança do acasalamento” a que iremos assistir nesse caso.

Opinião por Fabio Giambiagi

Economista, formado pela FEA/UFRJ, com mestrado no Instituto de Economia Industrial da UFRJ

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