Fed fala em tornar mais ‘rígidas’ as regras de supervisão de bancos, após fracasso do SVB


Falas constam no discurso do vice-presidente do Federal Reserve, Michael Barr, que será apresentado no Senado americano

Por Matheus Zúniga
Atualização:

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - O vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Michael Barr, avalia que o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) revela “a necessidade de melhorar a resiliência bancária”, com o próprio Fed realizando uma revisão de sua supervisão para descobrir se a atuação era “apropriada ao rápido crescimento e vulnerabilidades do banco”.

Em discurso preparado para ser apresentado nesta terça no Senado dos EUA, Barr comenta que o colapso do SVB se deu por sua gestão de riscos internos e de controles inadequados. Porém, caso a supervisão do Fed se revele como falha após a revisão, o vice-presidente de supervisão afirmou que está comprometido para que o Fed “assuma quaisquer falhas regulatórias”.

“Devemos desenvolver nossa compreensão do setor bancário à luz de riscos emergentes”, conclui Barr, acrescentando que a revisão ajudará a decidir se Fed terá padrões mais “rígidos” no futuro, e se isso poderia ter evitado o colapso do SVB.

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Barr deverá afirmar também que o Fed está disposto a utilizar “todas as ferramentas de qualquer tamanho para manter o sistema bancário são a salvo”, em adição às medidas que já foram utilizadas por parte do órgão até o momento.

Michael Barr, vice-presidente do Fed. Em discuso no Senado americano, Barr deve afirmar que está comprometido para que o Fed “assuma quaisquer falhas regulatórias” Foto: Al Drago/Bloomberg

Para ele, as ações adotadas até o momento pelo BC americano e pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) “fortaleceram a confiança do público no sistema bancário”.

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Os comentários constam no discurso preparado para a audiência.

Custo

O Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC), que atua nas garantias de depósitos bancários, estimou que a falência do SVB custará cerca de US$ 20 bilhões ao fundo de seguro financiado por todo o setor financeiro no país.

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Tanto no caso do SVB quanto no do Signature, o governo americano concordou em cobrir todos os depósitos, mesmo aqueles que excediam o limite segurado de US$ 250 mil, para que os depositantes pudessem acessar seu dinheiro.

Novo controlador do SVB, o First Citizens foi fundado em 1898 e diz ter mais de US$ 100 bilhões em ativos totais, com mais de 500 agências em 21 Estados, além de um banco nacional. A empresa registrou lucro líquido de US$ 243 milhões no último trimestre. Diz ainda ser o “maior banco familiar” do país.

Antes dessa operação, o New York Community Bank já havia concordado em comprar uma parte significativa do Signature Bank, em um acordo de US$ 2,7 bilhões, há uma semana, mas a busca por um comprador para o SVB demorou um pouco mais.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - O vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Michael Barr, avalia que o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) revela “a necessidade de melhorar a resiliência bancária”, com o próprio Fed realizando uma revisão de sua supervisão para descobrir se a atuação era “apropriada ao rápido crescimento e vulnerabilidades do banco”.

Em discurso preparado para ser apresentado nesta terça no Senado dos EUA, Barr comenta que o colapso do SVB se deu por sua gestão de riscos internos e de controles inadequados. Porém, caso a supervisão do Fed se revele como falha após a revisão, o vice-presidente de supervisão afirmou que está comprometido para que o Fed “assuma quaisquer falhas regulatórias”.

“Devemos desenvolver nossa compreensão do setor bancário à luz de riscos emergentes”, conclui Barr, acrescentando que a revisão ajudará a decidir se Fed terá padrões mais “rígidos” no futuro, e se isso poderia ter evitado o colapso do SVB.

Barr deverá afirmar também que o Fed está disposto a utilizar “todas as ferramentas de qualquer tamanho para manter o sistema bancário são a salvo”, em adição às medidas que já foram utilizadas por parte do órgão até o momento.

Michael Barr, vice-presidente do Fed. Em discuso no Senado americano, Barr deve afirmar que está comprometido para que o Fed “assuma quaisquer falhas regulatórias” Foto: Al Drago/Bloomberg

Para ele, as ações adotadas até o momento pelo BC americano e pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) “fortaleceram a confiança do público no sistema bancário”.

Os comentários constam no discurso preparado para a audiência.

Custo

O Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC), que atua nas garantias de depósitos bancários, estimou que a falência do SVB custará cerca de US$ 20 bilhões ao fundo de seguro financiado por todo o setor financeiro no país.

Tanto no caso do SVB quanto no do Signature, o governo americano concordou em cobrir todos os depósitos, mesmo aqueles que excediam o limite segurado de US$ 250 mil, para que os depositantes pudessem acessar seu dinheiro.

Novo controlador do SVB, o First Citizens foi fundado em 1898 e diz ter mais de US$ 100 bilhões em ativos totais, com mais de 500 agências em 21 Estados, além de um banco nacional. A empresa registrou lucro líquido de US$ 243 milhões no último trimestre. Diz ainda ser o “maior banco familiar” do país.

Antes dessa operação, o New York Community Bank já havia concordado em comprar uma parte significativa do Signature Bank, em um acordo de US$ 2,7 bilhões, há uma semana, mas a busca por um comprador para o SVB demorou um pouco mais.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - O vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Michael Barr, avalia que o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) revela “a necessidade de melhorar a resiliência bancária”, com o próprio Fed realizando uma revisão de sua supervisão para descobrir se a atuação era “apropriada ao rápido crescimento e vulnerabilidades do banco”.

Em discurso preparado para ser apresentado nesta terça no Senado dos EUA, Barr comenta que o colapso do SVB se deu por sua gestão de riscos internos e de controles inadequados. Porém, caso a supervisão do Fed se revele como falha após a revisão, o vice-presidente de supervisão afirmou que está comprometido para que o Fed “assuma quaisquer falhas regulatórias”.

“Devemos desenvolver nossa compreensão do setor bancário à luz de riscos emergentes”, conclui Barr, acrescentando que a revisão ajudará a decidir se Fed terá padrões mais “rígidos” no futuro, e se isso poderia ter evitado o colapso do SVB.

Barr deverá afirmar também que o Fed está disposto a utilizar “todas as ferramentas de qualquer tamanho para manter o sistema bancário são a salvo”, em adição às medidas que já foram utilizadas por parte do órgão até o momento.

Michael Barr, vice-presidente do Fed. Em discuso no Senado americano, Barr deve afirmar que está comprometido para que o Fed “assuma quaisquer falhas regulatórias” Foto: Al Drago/Bloomberg

Para ele, as ações adotadas até o momento pelo BC americano e pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) “fortaleceram a confiança do público no sistema bancário”.

Os comentários constam no discurso preparado para a audiência.

Custo

O Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC), que atua nas garantias de depósitos bancários, estimou que a falência do SVB custará cerca de US$ 20 bilhões ao fundo de seguro financiado por todo o setor financeiro no país.

Tanto no caso do SVB quanto no do Signature, o governo americano concordou em cobrir todos os depósitos, mesmo aqueles que excediam o limite segurado de US$ 250 mil, para que os depositantes pudessem acessar seu dinheiro.

Novo controlador do SVB, o First Citizens foi fundado em 1898 e diz ter mais de US$ 100 bilhões em ativos totais, com mais de 500 agências em 21 Estados, além de um banco nacional. A empresa registrou lucro líquido de US$ 243 milhões no último trimestre. Diz ainda ser o “maior banco familiar” do país.

Antes dessa operação, o New York Community Bank já havia concordado em comprar uma parte significativa do Signature Bank, em um acordo de US$ 2,7 bilhões, há uma semana, mas a busca por um comprador para o SVB demorou um pouco mais.

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