EUA: Fed mantém juros entre 5,25% e 5,5% ao ano pela oitava vez, mas indica que corte está próximo


Manutenção dos juros pelo Banco Central americano no maior patamar em décadas já era esperada pelo mercado

Por Aline Bronzati
Atualização:

NOVA YORK - O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deu hoje a indicação mais efetiva de que pode começar a cortar os juros nos Estados Unidos já em setembro. Se foi somente um pequeno passo ou um sinal mais concreto nesta direção, a leitura dividiu Wall Street, que reforçou as expectativas de uma queda mais intensa das taxas neste ano.

Em linha com o esperado, o Fed manteve os juros americanos inalterados entre 5,25% e 5,50% ao ano, em decisão unânime. Trata-se da oitava vez que as taxas permaneceram intactas no maior patamar nos EUA em décadas diante do desafio de controlar o salto da inflação na esteira da covid-19.

O primeiro sinal de que o Fed está mais perto de cortar os juros veio no comunicado divulgado ao fim da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês. Os dirigentes mudaram os termos para se referir ao mercado de trabalho e à inflação, o que foi interpretado no mercado como um passo inicial.

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Na sequência, a tradicional coletiva de imprensa realizada pelo presidente do Fed, Jerome Powell, só fez reforçar as expectativas de Wall Street de que a flexibilização monetária está a caminho. De acordo com ele, a questão-chave para a autoridade começar a cortar os juros em setembro será a totalidade dos dados, ou seja, se a perspectiva em torno do balanço de riscos é consistente com o aumento da confiança na inflação e a manutenção de um mercado de trabalho sólido nos EUA.

Fed manteve taxa de juros inalterada nesta quarta-feira pela oitava vez Foto: Patrick Semansky/AP

“Se este teste for cumprido, uma redução das taxas pode estar na mesa já na reunião de setembro”, disse Powell, a jornalistas nesta tarde. O presidente do Fed disse que a possibilidade de corte de juros foi levantada no encontro desta semana, mas que a visão ampla dos dirigentes do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) é de que esse momento está chegando, mas que ainda não foi alcançado.

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Para o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Fernando Honorato, o comunicado e as falas de Powell sugerem um primeiro corte de juros nos EUA em setembro, a não ser que haja alguma surpresa negativa com a inflação no país. “Não houve qualquer esforço de Powell em rebater a ideia do corte na próxima reunião durante as perguntas”, observa ele.

No mercado, operadores ampliaram as expectativas de um corte mais intenso nos juros em 2024. As chances de três reduções, totalizando 75 pontos-base, bateram os 65,4%, segundo levantamento da plataforma CME Group.

Durante a coletiva de imprensa, Powell demonstrou satisfação com a melhora da inflação nos EUA e com um mercado de trabalho ainda sólido. No entanto, reforçou que os dirigentes acompanham de perto os riscos de uma desaceleração laboral mais intensa. Segundo Powell, há “bastante espaço” para responder a um eventual enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA com o juro no patamar atual.

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“Chegou a hora de também moderar as taxas de juros de níveis muito restritivos, que claramente têm pressionado alguns segmentos da economia”, avalia Tiffany Wilding, economista da Pimco, maior gestora de renda fixa do mundo.

Para o economista-chefe do Santander para os EUA, Stephen Stanley, o FOMC definitivamente se aproximou hoje de um corte de taxa no final deste ano. Mas, para ele, foi um pequeno passo e não um sinal de que as taxas vão, de fato, começar a cair em setembro.

“Ainda estou mais inclinado a novembro do que a setembro para o primeiro corte, exatamente porque estou cético de que os principais dados econômicos nas próximas sete semanas irão aumentar a confiança do FOMC”, explica Stanley.

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O Bank of America, por sua vez, manteve a expectativa de que o Fed aja apenas em dezembro. A razão? O banco americano acha que os riscos de queda para a economia são exagerados, mas admite que setembro se aproximou do seu cenário base.

“Um corte em setembro se aproximou do nosso cenário base e a fraqueza no mercado de trabalho ou dados de inflação mais suaves podem inclinar a balança em favor de uma flexibilização mais cedo do que projetamos”, diz o time de economistas do Bank of America, liderado por Michael Gapen.

Powell lembrou que a análise sobre o momento de cortar ou não os juros também está na mesa de outros banqueiros centrais. “Está chegando a hora, pois outros bancos centrais ao redor do mundo estão enfrentando a mesma questão, e está chegando a hora em que começará a ser apropriado reduzir esse nível de restrições para que possamos abordar ambos os mandatos”, afirmou.

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Ainda assim, reiterou que as decisões serão tomadas a cada reunião e que são dependentes de dados, sem cravar necessariamente que os cortes de juros devem começar em setembro. “Realmente, o caminho à frente vai depender da maneira como a economia evolui”, disse ele. “Não posso dar nenhuma orientação melhor do que essa”, acrescentou.

O presidente do Fed disse ainda que um corte de 50 pontos-base não estaria na mesa e que é possível baixar os juros sem envolver a decisão monetária com a política no país, em meio à corrida à Casa Branca. “Nunca usamos nossas ferramentas para apoiar ou nos opor a um partido político, um político ou qualquer resultado político”, afirmou Powell. “É uma linha que nunca cruzaremos”, concluiu.

NOVA YORK - O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deu hoje a indicação mais efetiva de que pode começar a cortar os juros nos Estados Unidos já em setembro. Se foi somente um pequeno passo ou um sinal mais concreto nesta direção, a leitura dividiu Wall Street, que reforçou as expectativas de uma queda mais intensa das taxas neste ano.

Em linha com o esperado, o Fed manteve os juros americanos inalterados entre 5,25% e 5,50% ao ano, em decisão unânime. Trata-se da oitava vez que as taxas permaneceram intactas no maior patamar nos EUA em décadas diante do desafio de controlar o salto da inflação na esteira da covid-19.

O primeiro sinal de que o Fed está mais perto de cortar os juros veio no comunicado divulgado ao fim da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês. Os dirigentes mudaram os termos para se referir ao mercado de trabalho e à inflação, o que foi interpretado no mercado como um passo inicial.

Na sequência, a tradicional coletiva de imprensa realizada pelo presidente do Fed, Jerome Powell, só fez reforçar as expectativas de Wall Street de que a flexibilização monetária está a caminho. De acordo com ele, a questão-chave para a autoridade começar a cortar os juros em setembro será a totalidade dos dados, ou seja, se a perspectiva em torno do balanço de riscos é consistente com o aumento da confiança na inflação e a manutenção de um mercado de trabalho sólido nos EUA.

Fed manteve taxa de juros inalterada nesta quarta-feira pela oitava vez Foto: Patrick Semansky/AP

“Se este teste for cumprido, uma redução das taxas pode estar na mesa já na reunião de setembro”, disse Powell, a jornalistas nesta tarde. O presidente do Fed disse que a possibilidade de corte de juros foi levantada no encontro desta semana, mas que a visão ampla dos dirigentes do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) é de que esse momento está chegando, mas que ainda não foi alcançado.

Para o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Fernando Honorato, o comunicado e as falas de Powell sugerem um primeiro corte de juros nos EUA em setembro, a não ser que haja alguma surpresa negativa com a inflação no país. “Não houve qualquer esforço de Powell em rebater a ideia do corte na próxima reunião durante as perguntas”, observa ele.

No mercado, operadores ampliaram as expectativas de um corte mais intenso nos juros em 2024. As chances de três reduções, totalizando 75 pontos-base, bateram os 65,4%, segundo levantamento da plataforma CME Group.

Durante a coletiva de imprensa, Powell demonstrou satisfação com a melhora da inflação nos EUA e com um mercado de trabalho ainda sólido. No entanto, reforçou que os dirigentes acompanham de perto os riscos de uma desaceleração laboral mais intensa. Segundo Powell, há “bastante espaço” para responder a um eventual enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA com o juro no patamar atual.

“Chegou a hora de também moderar as taxas de juros de níveis muito restritivos, que claramente têm pressionado alguns segmentos da economia”, avalia Tiffany Wilding, economista da Pimco, maior gestora de renda fixa do mundo.

Para o economista-chefe do Santander para os EUA, Stephen Stanley, o FOMC definitivamente se aproximou hoje de um corte de taxa no final deste ano. Mas, para ele, foi um pequeno passo e não um sinal de que as taxas vão, de fato, começar a cair em setembro.

“Ainda estou mais inclinado a novembro do que a setembro para o primeiro corte, exatamente porque estou cético de que os principais dados econômicos nas próximas sete semanas irão aumentar a confiança do FOMC”, explica Stanley.

O Bank of America, por sua vez, manteve a expectativa de que o Fed aja apenas em dezembro. A razão? O banco americano acha que os riscos de queda para a economia são exagerados, mas admite que setembro se aproximou do seu cenário base.

“Um corte em setembro se aproximou do nosso cenário base e a fraqueza no mercado de trabalho ou dados de inflação mais suaves podem inclinar a balança em favor de uma flexibilização mais cedo do que projetamos”, diz o time de economistas do Bank of America, liderado por Michael Gapen.

Powell lembrou que a análise sobre o momento de cortar ou não os juros também está na mesa de outros banqueiros centrais. “Está chegando a hora, pois outros bancos centrais ao redor do mundo estão enfrentando a mesma questão, e está chegando a hora em que começará a ser apropriado reduzir esse nível de restrições para que possamos abordar ambos os mandatos”, afirmou.

Ainda assim, reiterou que as decisões serão tomadas a cada reunião e que são dependentes de dados, sem cravar necessariamente que os cortes de juros devem começar em setembro. “Realmente, o caminho à frente vai depender da maneira como a economia evolui”, disse ele. “Não posso dar nenhuma orientação melhor do que essa”, acrescentou.

O presidente do Fed disse ainda que um corte de 50 pontos-base não estaria na mesa e que é possível baixar os juros sem envolver a decisão monetária com a política no país, em meio à corrida à Casa Branca. “Nunca usamos nossas ferramentas para apoiar ou nos opor a um partido político, um político ou qualquer resultado político”, afirmou Powell. “É uma linha que nunca cruzaremos”, concluiu.

NOVA YORK - O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deu hoje a indicação mais efetiva de que pode começar a cortar os juros nos Estados Unidos já em setembro. Se foi somente um pequeno passo ou um sinal mais concreto nesta direção, a leitura dividiu Wall Street, que reforçou as expectativas de uma queda mais intensa das taxas neste ano.

Em linha com o esperado, o Fed manteve os juros americanos inalterados entre 5,25% e 5,50% ao ano, em decisão unânime. Trata-se da oitava vez que as taxas permaneceram intactas no maior patamar nos EUA em décadas diante do desafio de controlar o salto da inflação na esteira da covid-19.

O primeiro sinal de que o Fed está mais perto de cortar os juros veio no comunicado divulgado ao fim da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês. Os dirigentes mudaram os termos para se referir ao mercado de trabalho e à inflação, o que foi interpretado no mercado como um passo inicial.

Na sequência, a tradicional coletiva de imprensa realizada pelo presidente do Fed, Jerome Powell, só fez reforçar as expectativas de Wall Street de que a flexibilização monetária está a caminho. De acordo com ele, a questão-chave para a autoridade começar a cortar os juros em setembro será a totalidade dos dados, ou seja, se a perspectiva em torno do balanço de riscos é consistente com o aumento da confiança na inflação e a manutenção de um mercado de trabalho sólido nos EUA.

Fed manteve taxa de juros inalterada nesta quarta-feira pela oitava vez Foto: Patrick Semansky/AP

“Se este teste for cumprido, uma redução das taxas pode estar na mesa já na reunião de setembro”, disse Powell, a jornalistas nesta tarde. O presidente do Fed disse que a possibilidade de corte de juros foi levantada no encontro desta semana, mas que a visão ampla dos dirigentes do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) é de que esse momento está chegando, mas que ainda não foi alcançado.

Para o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Fernando Honorato, o comunicado e as falas de Powell sugerem um primeiro corte de juros nos EUA em setembro, a não ser que haja alguma surpresa negativa com a inflação no país. “Não houve qualquer esforço de Powell em rebater a ideia do corte na próxima reunião durante as perguntas”, observa ele.

No mercado, operadores ampliaram as expectativas de um corte mais intenso nos juros em 2024. As chances de três reduções, totalizando 75 pontos-base, bateram os 65,4%, segundo levantamento da plataforma CME Group.

Durante a coletiva de imprensa, Powell demonstrou satisfação com a melhora da inflação nos EUA e com um mercado de trabalho ainda sólido. No entanto, reforçou que os dirigentes acompanham de perto os riscos de uma desaceleração laboral mais intensa. Segundo Powell, há “bastante espaço” para responder a um eventual enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA com o juro no patamar atual.

“Chegou a hora de também moderar as taxas de juros de níveis muito restritivos, que claramente têm pressionado alguns segmentos da economia”, avalia Tiffany Wilding, economista da Pimco, maior gestora de renda fixa do mundo.

Para o economista-chefe do Santander para os EUA, Stephen Stanley, o FOMC definitivamente se aproximou hoje de um corte de taxa no final deste ano. Mas, para ele, foi um pequeno passo e não um sinal de que as taxas vão, de fato, começar a cair em setembro.

“Ainda estou mais inclinado a novembro do que a setembro para o primeiro corte, exatamente porque estou cético de que os principais dados econômicos nas próximas sete semanas irão aumentar a confiança do FOMC”, explica Stanley.

O Bank of America, por sua vez, manteve a expectativa de que o Fed aja apenas em dezembro. A razão? O banco americano acha que os riscos de queda para a economia são exagerados, mas admite que setembro se aproximou do seu cenário base.

“Um corte em setembro se aproximou do nosso cenário base e a fraqueza no mercado de trabalho ou dados de inflação mais suaves podem inclinar a balança em favor de uma flexibilização mais cedo do que projetamos”, diz o time de economistas do Bank of America, liderado por Michael Gapen.

Powell lembrou que a análise sobre o momento de cortar ou não os juros também está na mesa de outros banqueiros centrais. “Está chegando a hora, pois outros bancos centrais ao redor do mundo estão enfrentando a mesma questão, e está chegando a hora em que começará a ser apropriado reduzir esse nível de restrições para que possamos abordar ambos os mandatos”, afirmou.

Ainda assim, reiterou que as decisões serão tomadas a cada reunião e que são dependentes de dados, sem cravar necessariamente que os cortes de juros devem começar em setembro. “Realmente, o caminho à frente vai depender da maneira como a economia evolui”, disse ele. “Não posso dar nenhuma orientação melhor do que essa”, acrescentou.

O presidente do Fed disse ainda que um corte de 50 pontos-base não estaria na mesa e que é possível baixar os juros sem envolver a decisão monetária com a política no país, em meio à corrida à Casa Branca. “Nunca usamos nossas ferramentas para apoiar ou nos opor a um partido político, um político ou qualquer resultado político”, afirmou Powell. “É uma linha que nunca cruzaremos”, concluiu.

NOVA YORK - O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deu hoje a indicação mais efetiva de que pode começar a cortar os juros nos Estados Unidos já em setembro. Se foi somente um pequeno passo ou um sinal mais concreto nesta direção, a leitura dividiu Wall Street, que reforçou as expectativas de uma queda mais intensa das taxas neste ano.

Em linha com o esperado, o Fed manteve os juros americanos inalterados entre 5,25% e 5,50% ao ano, em decisão unânime. Trata-se da oitava vez que as taxas permaneceram intactas no maior patamar nos EUA em décadas diante do desafio de controlar o salto da inflação na esteira da covid-19.

O primeiro sinal de que o Fed está mais perto de cortar os juros veio no comunicado divulgado ao fim da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês. Os dirigentes mudaram os termos para se referir ao mercado de trabalho e à inflação, o que foi interpretado no mercado como um passo inicial.

Na sequência, a tradicional coletiva de imprensa realizada pelo presidente do Fed, Jerome Powell, só fez reforçar as expectativas de Wall Street de que a flexibilização monetária está a caminho. De acordo com ele, a questão-chave para a autoridade começar a cortar os juros em setembro será a totalidade dos dados, ou seja, se a perspectiva em torno do balanço de riscos é consistente com o aumento da confiança na inflação e a manutenção de um mercado de trabalho sólido nos EUA.

Fed manteve taxa de juros inalterada nesta quarta-feira pela oitava vez Foto: Patrick Semansky/AP

“Se este teste for cumprido, uma redução das taxas pode estar na mesa já na reunião de setembro”, disse Powell, a jornalistas nesta tarde. O presidente do Fed disse que a possibilidade de corte de juros foi levantada no encontro desta semana, mas que a visão ampla dos dirigentes do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) é de que esse momento está chegando, mas que ainda não foi alcançado.

Para o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Fernando Honorato, o comunicado e as falas de Powell sugerem um primeiro corte de juros nos EUA em setembro, a não ser que haja alguma surpresa negativa com a inflação no país. “Não houve qualquer esforço de Powell em rebater a ideia do corte na próxima reunião durante as perguntas”, observa ele.

No mercado, operadores ampliaram as expectativas de um corte mais intenso nos juros em 2024. As chances de três reduções, totalizando 75 pontos-base, bateram os 65,4%, segundo levantamento da plataforma CME Group.

Durante a coletiva de imprensa, Powell demonstrou satisfação com a melhora da inflação nos EUA e com um mercado de trabalho ainda sólido. No entanto, reforçou que os dirigentes acompanham de perto os riscos de uma desaceleração laboral mais intensa. Segundo Powell, há “bastante espaço” para responder a um eventual enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA com o juro no patamar atual.

“Chegou a hora de também moderar as taxas de juros de níveis muito restritivos, que claramente têm pressionado alguns segmentos da economia”, avalia Tiffany Wilding, economista da Pimco, maior gestora de renda fixa do mundo.

Para o economista-chefe do Santander para os EUA, Stephen Stanley, o FOMC definitivamente se aproximou hoje de um corte de taxa no final deste ano. Mas, para ele, foi um pequeno passo e não um sinal de que as taxas vão, de fato, começar a cair em setembro.

“Ainda estou mais inclinado a novembro do que a setembro para o primeiro corte, exatamente porque estou cético de que os principais dados econômicos nas próximas sete semanas irão aumentar a confiança do FOMC”, explica Stanley.

O Bank of America, por sua vez, manteve a expectativa de que o Fed aja apenas em dezembro. A razão? O banco americano acha que os riscos de queda para a economia são exagerados, mas admite que setembro se aproximou do seu cenário base.

“Um corte em setembro se aproximou do nosso cenário base e a fraqueza no mercado de trabalho ou dados de inflação mais suaves podem inclinar a balança em favor de uma flexibilização mais cedo do que projetamos”, diz o time de economistas do Bank of America, liderado por Michael Gapen.

Powell lembrou que a análise sobre o momento de cortar ou não os juros também está na mesa de outros banqueiros centrais. “Está chegando a hora, pois outros bancos centrais ao redor do mundo estão enfrentando a mesma questão, e está chegando a hora em que começará a ser apropriado reduzir esse nível de restrições para que possamos abordar ambos os mandatos”, afirmou.

Ainda assim, reiterou que as decisões serão tomadas a cada reunião e que são dependentes de dados, sem cravar necessariamente que os cortes de juros devem começar em setembro. “Realmente, o caminho à frente vai depender da maneira como a economia evolui”, disse ele. “Não posso dar nenhuma orientação melhor do que essa”, acrescentou.

O presidente do Fed disse ainda que um corte de 50 pontos-base não estaria na mesa e que é possível baixar os juros sem envolver a decisão monetária com a política no país, em meio à corrida à Casa Branca. “Nunca usamos nossas ferramentas para apoiar ou nos opor a um partido político, um político ou qualquer resultado político”, afirmou Powell. “É uma linha que nunca cruzaremos”, concluiu.

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