Economia e políticas públicas

Opinião|A retórica violenta de Trump


Estudo de cientistas políticos da UCLA mostra que discurso de candidato republicano nos EUA é ineditamente violento entre líderes democráticos.

Por Fernando Dantas

Pode-se gostar ou não, mas não há dúvida de que a retórica de Donald Trump é poderosa junto a uma larga parte da população dos Estados Unidos, e contribuiu para os seus momentos de sucesso desde 2015, quando se lançou candidato a presidente pela primeira vez.

Pesquisadores acadêmicos vêm investigando de forma mais rigorosa e até quantitativa o discurso de Trump, tendo destacado algumas características: a linguagem simples, a retórica depreciativa de adversários e grupos sob ataque, a escassez de análise, a falta de complexidade cognitiva, o apelo populista e o uso repetido de determinados truques.

Em artigo publicado em julho (mas antes do atentado ao candidato republicano e da desistência de Biden), os cientistas políticos Nikita Sivita e Daniel Treisman, ambos da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), se propuseram a fazer uma comparação abrangente e exaustiva, por meio de análise computacional, do discurso de Trump com os discursos de todos os candidatos a presidente dos Estados Unidos, democratas e republicanos, desde 2008. Além disso, eles também compararam a retórica trumpista com diversos líderes de outros países, democráticos e ditatoriais.

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O primeiro achado dos pesquisadores é que a frequência de vocabulário violento nos pronunciamentos de Trump vem crescendo desde 2015, e é maior do que a de qualquer outro político democrático que tenham analisado. O crescimento dessa veia agressiva deriva de crescentes afirmações sobre guerras e batalhas, mas o principal fator é o foco cada vez maior no combate ao crime.

Um segundo resultado está ligado à pressuposição, estabelecida após décadas de trabalhos acadêmicos sobre as campanhas eleitorais nos Estados Unidos, de que o presidente em exercício (caso esteja se recandidatando ou apoiando outro candidato) é premiado ou punido pelo desempenho da economia e a provisão de serviços públicos no seu mandato. Dessa forma, normalmente se espera que essa performance do presidente seja objeto do debate da campanha, seja para defendê-la, seja para atacá-la.

Mas a abordagem de temas econômicos por Trump, na verdade, vem diminuindo ao longo do tempo, o que se encaixa com uma tendência geral desde 2012 dos candidatos presidenciais dos dois partidos dominantes nos Estados Unidos. Já os pronunciamentos de Trump sobre provisão de serviços públicos mantiveram-se escassos desde o início da sua carreira política.

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Finalmente, os autores analisaram a forma como Trump opera o populismo. Eles notam que, normalmente, políticos populistas buscam se identificar com o "povo", em oposição às "elites", enfatizam a cultura nacional compartilhada e fazem uso de uma retórica de "nós" contra "eles". A versão mais inclusiva do populismo dá destaque ao "nós", enquanto a linha mais xenofóbica reforça os ataques a "eles".

Trump tem um mix populista bem peculiar, com referências ao "povo" menores do que quase as de qualquer outro candidato recente, e também um uso de "nós" que não é muito alto. Mas o candidato republicano bate qualquer outro político americano ou não americano em países democráticos (que tenham feito parte da análise) em termos do que os cientistas políticos chamam de "populismo negativo": um uso muito maior do "eles" - os autores exemplificam com frases como "eles são um lixo", "eles estão envenenando nosso país". Trump por vezes também ataca as "elites", referindo-se, no caso, ao que diz ver como o "establishment global corrupto".

Mas houve flutuações importantes no discurso político ao longo do tempo, ressalvam os autores. Na campanha de 2015-16, sua retórica chegou a ficar mais inclusiva, com mais referências a "nós", menos a "eles" e, inclusive, menos palavrões. Mas a tendência dos pronunciamentos voltou a mudar, na direção mais preconceituosa, durante seu governo. Desde a campanha de 2020 (quando foi derrotado por Joe Biden), a virada para o "populismo negativo" se intensificou.

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Na verdade, após o recente atentado, como relata a publicação digital americana Politico, aliados de Trump têm martelado que o candidato mudou um pouco o seu discurso, numa direção mais "suave", "serena" ou "existencial". Como pode haver interesse eleitoral desses aliados em vender a imagem de um Trump menos agressivo, é duvidoso que essa mudança tenha de fato acontecido, para além de uma reação imediata ao momento em que a vida de Trump esteve em alto risco.

Outra questão é que Kamala Harris, a vice de Biden apontada para assumir a candidatura presidencial, independentemente dos muitos problemas e possíveis defeitos que seus adversários, desafetos e críticos apontam, vem de uma carreira de promotora pública. E, portanto, domina bem a arte do discurso agressivo, com boa capacidade de revidar à altura se Trump subir demais o tom. De qualquer forma, tudo indica que a campanha presidencial norte-americana será marcada por doses muito fortes de pancadaria verbal.

Fernando Dantas é colunista do Broadcast e escreve às terças, quartas e sextas-feiras.

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Este artigo foi publicado pelo Broadcast em 23/7/2024, terça-feira.

Pode-se gostar ou não, mas não há dúvida de que a retórica de Donald Trump é poderosa junto a uma larga parte da população dos Estados Unidos, e contribuiu para os seus momentos de sucesso desde 2015, quando se lançou candidato a presidente pela primeira vez.

Pesquisadores acadêmicos vêm investigando de forma mais rigorosa e até quantitativa o discurso de Trump, tendo destacado algumas características: a linguagem simples, a retórica depreciativa de adversários e grupos sob ataque, a escassez de análise, a falta de complexidade cognitiva, o apelo populista e o uso repetido de determinados truques.

Em artigo publicado em julho (mas antes do atentado ao candidato republicano e da desistência de Biden), os cientistas políticos Nikita Sivita e Daniel Treisman, ambos da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), se propuseram a fazer uma comparação abrangente e exaustiva, por meio de análise computacional, do discurso de Trump com os discursos de todos os candidatos a presidente dos Estados Unidos, democratas e republicanos, desde 2008. Além disso, eles também compararam a retórica trumpista com diversos líderes de outros países, democráticos e ditatoriais.

O primeiro achado dos pesquisadores é que a frequência de vocabulário violento nos pronunciamentos de Trump vem crescendo desde 2015, e é maior do que a de qualquer outro político democrático que tenham analisado. O crescimento dessa veia agressiva deriva de crescentes afirmações sobre guerras e batalhas, mas o principal fator é o foco cada vez maior no combate ao crime.

Um segundo resultado está ligado à pressuposição, estabelecida após décadas de trabalhos acadêmicos sobre as campanhas eleitorais nos Estados Unidos, de que o presidente em exercício (caso esteja se recandidatando ou apoiando outro candidato) é premiado ou punido pelo desempenho da economia e a provisão de serviços públicos no seu mandato. Dessa forma, normalmente se espera que essa performance do presidente seja objeto do debate da campanha, seja para defendê-la, seja para atacá-la.

Mas a abordagem de temas econômicos por Trump, na verdade, vem diminuindo ao longo do tempo, o que se encaixa com uma tendência geral desde 2012 dos candidatos presidenciais dos dois partidos dominantes nos Estados Unidos. Já os pronunciamentos de Trump sobre provisão de serviços públicos mantiveram-se escassos desde o início da sua carreira política.

Finalmente, os autores analisaram a forma como Trump opera o populismo. Eles notam que, normalmente, políticos populistas buscam se identificar com o "povo", em oposição às "elites", enfatizam a cultura nacional compartilhada e fazem uso de uma retórica de "nós" contra "eles". A versão mais inclusiva do populismo dá destaque ao "nós", enquanto a linha mais xenofóbica reforça os ataques a "eles".

Trump tem um mix populista bem peculiar, com referências ao "povo" menores do que quase as de qualquer outro candidato recente, e também um uso de "nós" que não é muito alto. Mas o candidato republicano bate qualquer outro político americano ou não americano em países democráticos (que tenham feito parte da análise) em termos do que os cientistas políticos chamam de "populismo negativo": um uso muito maior do "eles" - os autores exemplificam com frases como "eles são um lixo", "eles estão envenenando nosso país". Trump por vezes também ataca as "elites", referindo-se, no caso, ao que diz ver como o "establishment global corrupto".

Mas houve flutuações importantes no discurso político ao longo do tempo, ressalvam os autores. Na campanha de 2015-16, sua retórica chegou a ficar mais inclusiva, com mais referências a "nós", menos a "eles" e, inclusive, menos palavrões. Mas a tendência dos pronunciamentos voltou a mudar, na direção mais preconceituosa, durante seu governo. Desde a campanha de 2020 (quando foi derrotado por Joe Biden), a virada para o "populismo negativo" se intensificou.

Na verdade, após o recente atentado, como relata a publicação digital americana Politico, aliados de Trump têm martelado que o candidato mudou um pouco o seu discurso, numa direção mais "suave", "serena" ou "existencial". Como pode haver interesse eleitoral desses aliados em vender a imagem de um Trump menos agressivo, é duvidoso que essa mudança tenha de fato acontecido, para além de uma reação imediata ao momento em que a vida de Trump esteve em alto risco.

Outra questão é que Kamala Harris, a vice de Biden apontada para assumir a candidatura presidencial, independentemente dos muitos problemas e possíveis defeitos que seus adversários, desafetos e críticos apontam, vem de uma carreira de promotora pública. E, portanto, domina bem a arte do discurso agressivo, com boa capacidade de revidar à altura se Trump subir demais o tom. De qualquer forma, tudo indica que a campanha presidencial norte-americana será marcada por doses muito fortes de pancadaria verbal.

Fernando Dantas é colunista do Broadcast e escreve às terças, quartas e sextas-feiras.

Este artigo foi publicado pelo Broadcast em 23/7/2024, terça-feira.

Pode-se gostar ou não, mas não há dúvida de que a retórica de Donald Trump é poderosa junto a uma larga parte da população dos Estados Unidos, e contribuiu para os seus momentos de sucesso desde 2015, quando se lançou candidato a presidente pela primeira vez.

Pesquisadores acadêmicos vêm investigando de forma mais rigorosa e até quantitativa o discurso de Trump, tendo destacado algumas características: a linguagem simples, a retórica depreciativa de adversários e grupos sob ataque, a escassez de análise, a falta de complexidade cognitiva, o apelo populista e o uso repetido de determinados truques.

Em artigo publicado em julho (mas antes do atentado ao candidato republicano e da desistência de Biden), os cientistas políticos Nikita Sivita e Daniel Treisman, ambos da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), se propuseram a fazer uma comparação abrangente e exaustiva, por meio de análise computacional, do discurso de Trump com os discursos de todos os candidatos a presidente dos Estados Unidos, democratas e republicanos, desde 2008. Além disso, eles também compararam a retórica trumpista com diversos líderes de outros países, democráticos e ditatoriais.

O primeiro achado dos pesquisadores é que a frequência de vocabulário violento nos pronunciamentos de Trump vem crescendo desde 2015, e é maior do que a de qualquer outro político democrático que tenham analisado. O crescimento dessa veia agressiva deriva de crescentes afirmações sobre guerras e batalhas, mas o principal fator é o foco cada vez maior no combate ao crime.

Um segundo resultado está ligado à pressuposição, estabelecida após décadas de trabalhos acadêmicos sobre as campanhas eleitorais nos Estados Unidos, de que o presidente em exercício (caso esteja se recandidatando ou apoiando outro candidato) é premiado ou punido pelo desempenho da economia e a provisão de serviços públicos no seu mandato. Dessa forma, normalmente se espera que essa performance do presidente seja objeto do debate da campanha, seja para defendê-la, seja para atacá-la.

Mas a abordagem de temas econômicos por Trump, na verdade, vem diminuindo ao longo do tempo, o que se encaixa com uma tendência geral desde 2012 dos candidatos presidenciais dos dois partidos dominantes nos Estados Unidos. Já os pronunciamentos de Trump sobre provisão de serviços públicos mantiveram-se escassos desde o início da sua carreira política.

Finalmente, os autores analisaram a forma como Trump opera o populismo. Eles notam que, normalmente, políticos populistas buscam se identificar com o "povo", em oposição às "elites", enfatizam a cultura nacional compartilhada e fazem uso de uma retórica de "nós" contra "eles". A versão mais inclusiva do populismo dá destaque ao "nós", enquanto a linha mais xenofóbica reforça os ataques a "eles".

Trump tem um mix populista bem peculiar, com referências ao "povo" menores do que quase as de qualquer outro candidato recente, e também um uso de "nós" que não é muito alto. Mas o candidato republicano bate qualquer outro político americano ou não americano em países democráticos (que tenham feito parte da análise) em termos do que os cientistas políticos chamam de "populismo negativo": um uso muito maior do "eles" - os autores exemplificam com frases como "eles são um lixo", "eles estão envenenando nosso país". Trump por vezes também ataca as "elites", referindo-se, no caso, ao que diz ver como o "establishment global corrupto".

Mas houve flutuações importantes no discurso político ao longo do tempo, ressalvam os autores. Na campanha de 2015-16, sua retórica chegou a ficar mais inclusiva, com mais referências a "nós", menos a "eles" e, inclusive, menos palavrões. Mas a tendência dos pronunciamentos voltou a mudar, na direção mais preconceituosa, durante seu governo. Desde a campanha de 2020 (quando foi derrotado por Joe Biden), a virada para o "populismo negativo" se intensificou.

Na verdade, após o recente atentado, como relata a publicação digital americana Politico, aliados de Trump têm martelado que o candidato mudou um pouco o seu discurso, numa direção mais "suave", "serena" ou "existencial". Como pode haver interesse eleitoral desses aliados em vender a imagem de um Trump menos agressivo, é duvidoso que essa mudança tenha de fato acontecido, para além de uma reação imediata ao momento em que a vida de Trump esteve em alto risco.

Outra questão é que Kamala Harris, a vice de Biden apontada para assumir a candidatura presidencial, independentemente dos muitos problemas e possíveis defeitos que seus adversários, desafetos e críticos apontam, vem de uma carreira de promotora pública. E, portanto, domina bem a arte do discurso agressivo, com boa capacidade de revidar à altura se Trump subir demais o tom. De qualquer forma, tudo indica que a campanha presidencial norte-americana será marcada por doses muito fortes de pancadaria verbal.

Fernando Dantas é colunista do Broadcast e escreve às terças, quartas e sextas-feiras.

Este artigo foi publicado pelo Broadcast em 23/7/2024, terça-feira.

Pode-se gostar ou não, mas não há dúvida de que a retórica de Donald Trump é poderosa junto a uma larga parte da população dos Estados Unidos, e contribuiu para os seus momentos de sucesso desde 2015, quando se lançou candidato a presidente pela primeira vez.

Pesquisadores acadêmicos vêm investigando de forma mais rigorosa e até quantitativa o discurso de Trump, tendo destacado algumas características: a linguagem simples, a retórica depreciativa de adversários e grupos sob ataque, a escassez de análise, a falta de complexidade cognitiva, o apelo populista e o uso repetido de determinados truques.

Em artigo publicado em julho (mas antes do atentado ao candidato republicano e da desistência de Biden), os cientistas políticos Nikita Sivita e Daniel Treisman, ambos da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), se propuseram a fazer uma comparação abrangente e exaustiva, por meio de análise computacional, do discurso de Trump com os discursos de todos os candidatos a presidente dos Estados Unidos, democratas e republicanos, desde 2008. Além disso, eles também compararam a retórica trumpista com diversos líderes de outros países, democráticos e ditatoriais.

O primeiro achado dos pesquisadores é que a frequência de vocabulário violento nos pronunciamentos de Trump vem crescendo desde 2015, e é maior do que a de qualquer outro político democrático que tenham analisado. O crescimento dessa veia agressiva deriva de crescentes afirmações sobre guerras e batalhas, mas o principal fator é o foco cada vez maior no combate ao crime.

Um segundo resultado está ligado à pressuposição, estabelecida após décadas de trabalhos acadêmicos sobre as campanhas eleitorais nos Estados Unidos, de que o presidente em exercício (caso esteja se recandidatando ou apoiando outro candidato) é premiado ou punido pelo desempenho da economia e a provisão de serviços públicos no seu mandato. Dessa forma, normalmente se espera que essa performance do presidente seja objeto do debate da campanha, seja para defendê-la, seja para atacá-la.

Mas a abordagem de temas econômicos por Trump, na verdade, vem diminuindo ao longo do tempo, o que se encaixa com uma tendência geral desde 2012 dos candidatos presidenciais dos dois partidos dominantes nos Estados Unidos. Já os pronunciamentos de Trump sobre provisão de serviços públicos mantiveram-se escassos desde o início da sua carreira política.

Finalmente, os autores analisaram a forma como Trump opera o populismo. Eles notam que, normalmente, políticos populistas buscam se identificar com o "povo", em oposição às "elites", enfatizam a cultura nacional compartilhada e fazem uso de uma retórica de "nós" contra "eles". A versão mais inclusiva do populismo dá destaque ao "nós", enquanto a linha mais xenofóbica reforça os ataques a "eles".

Trump tem um mix populista bem peculiar, com referências ao "povo" menores do que quase as de qualquer outro candidato recente, e também um uso de "nós" que não é muito alto. Mas o candidato republicano bate qualquer outro político americano ou não americano em países democráticos (que tenham feito parte da análise) em termos do que os cientistas políticos chamam de "populismo negativo": um uso muito maior do "eles" - os autores exemplificam com frases como "eles são um lixo", "eles estão envenenando nosso país". Trump por vezes também ataca as "elites", referindo-se, no caso, ao que diz ver como o "establishment global corrupto".

Mas houve flutuações importantes no discurso político ao longo do tempo, ressalvam os autores. Na campanha de 2015-16, sua retórica chegou a ficar mais inclusiva, com mais referências a "nós", menos a "eles" e, inclusive, menos palavrões. Mas a tendência dos pronunciamentos voltou a mudar, na direção mais preconceituosa, durante seu governo. Desde a campanha de 2020 (quando foi derrotado por Joe Biden), a virada para o "populismo negativo" se intensificou.

Na verdade, após o recente atentado, como relata a publicação digital americana Politico, aliados de Trump têm martelado que o candidato mudou um pouco o seu discurso, numa direção mais "suave", "serena" ou "existencial". Como pode haver interesse eleitoral desses aliados em vender a imagem de um Trump menos agressivo, é duvidoso que essa mudança tenha de fato acontecido, para além de uma reação imediata ao momento em que a vida de Trump esteve em alto risco.

Outra questão é que Kamala Harris, a vice de Biden apontada para assumir a candidatura presidencial, independentemente dos muitos problemas e possíveis defeitos que seus adversários, desafetos e críticos apontam, vem de uma carreira de promotora pública. E, portanto, domina bem a arte do discurso agressivo, com boa capacidade de revidar à altura se Trump subir demais o tom. De qualquer forma, tudo indica que a campanha presidencial norte-americana será marcada por doses muito fortes de pancadaria verbal.

Fernando Dantas é colunista do Broadcast e escreve às terças, quartas e sextas-feiras.

Este artigo foi publicado pelo Broadcast em 23/7/2024, terça-feira.

Opinião por Fernando Dantas

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