Fiesp: ‘Juro real alto proposto para ser provisório no Plano Real se tornou permanente’, diz Josué


Na abertura do Fórum Estadão Think - ‘A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã', o presidente da Fiesp diz que viver de renda se tornou um grande negócio e produzir, um péssimo negócio

Por Francisco Carlos de Assis
Atualização:

O presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, disse, nesta manhã de terça-feira, 23, durante a abertura do Fórum Estadão Think - A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã, que no Brasil viver de renda se tornou um grande negócio e produzir, um péssimo negócio. Isso porque, diz, o Plano Real, que pôs fim ao flagelo da hiperinflação, propôs uma taxa de juro real alta que era para ser transitória, mas se tornou permanente.

“Ao longo dos últimos 30 anos, se nós tivéssemos aplicado R$ 100 em CDI, títulos públicos sem qualquer spread bancário (a diferença entre os juros que os bancos pagam e cobram), teríamos hoje R$ 8.043. enquanto um bem ou serviço que custava R$ 100 há 30 anos, hoje, se corrigido pelo IPCA, custaria R$ 808. Ou seja, a taxa de juro real nestes 30 anos é dez vezes maior do que a taxa de inflação”, disse Josué, acrescentando que no Brasil, viver de renda se tornou um bom negócio e produzir um péssimo negócio.

O presidente da Fiesp, Josué Gomes, abriu o Fórum Estadão Think com o tema 'A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã', na sede da Fiesp, em São Paulo, nesta manhã de terça-feira, 23 Foto: Taba Benedicto/Estadão
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“Mesmo se levarmos em consideração os últimos 25 anos desde a criação do tripé macroeconômico colocado em prática pelo Armínio Fraga, nós vamos ver que a taxa de juro, em média, foi de 12,4% contra uma taxa de inflação de -6,5%. Taxa de juros real de 6% ao longo de 30 anos sendo que dos últimos 30 anos sendo que por 20, 15 anos vivemos com taxas de juros negativas no mundo desde 2008″, criticou o presidente da Fiesp.

Ele questiona o como um setor altamente intensivo em capital geraria recursos necessários para manter a sua produtividade e investir e meios de capitais modernos pari passu com seus competidores se por um lado não pode tomar recursos de terceiros por serem proibitivos e tem uma carga tributária pesada que faz com a que a geração própria de caixa, que também é outra fonte de investimento, seja diminuída.

“Como que se quer que mantenha competitividade em um contexto de competitividade como este?”, questionou Josué, emendando que tem de se aplaudir o desempenho do agro brasileiro, mas lembrar que desde 2003 conta com o Plano Safra.

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A redescoberta da indústria

É a indústria, segundo Josué, que produz aumento de produtividade e inovação de tecnologia na economia. Por isso, segundo ele, os polos de tecnologia e inovação têm de estar próximos dos centros de produção, da indústria. Ele cita como exemplo os Estados Unidos e o Partido Republicano, conservador, que voltou atrás na sua ideologia e passa a defender a exportação de sua indústria.

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“Os Estados Unidos estão se dando conta de que exportar sua indústria dentro deste extremo liberalismo era preciso ser eficiente e buscar eficiência nos países de menor custo de produção, de custo de trabalho mais baixo e de simples regulações ambientais e se deram conta de que perderam sua classe média. Agora o próprio partido conservador volta atrás nos seus conceitos e a defender a indústria americana com vigor”, disse o presidente da Fiesp, acrescentando esperar que o Brasil se dê conta da importância da indústria da transformação e passe a defendê-la com vigor.

O presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, disse, nesta manhã de terça-feira, 23, durante a abertura do Fórum Estadão Think - A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã, que no Brasil viver de renda se tornou um grande negócio e produzir, um péssimo negócio. Isso porque, diz, o Plano Real, que pôs fim ao flagelo da hiperinflação, propôs uma taxa de juro real alta que era para ser transitória, mas se tornou permanente.

“Ao longo dos últimos 30 anos, se nós tivéssemos aplicado R$ 100 em CDI, títulos públicos sem qualquer spread bancário (a diferença entre os juros que os bancos pagam e cobram), teríamos hoje R$ 8.043. enquanto um bem ou serviço que custava R$ 100 há 30 anos, hoje, se corrigido pelo IPCA, custaria R$ 808. Ou seja, a taxa de juro real nestes 30 anos é dez vezes maior do que a taxa de inflação”, disse Josué, acrescentando que no Brasil, viver de renda se tornou um bom negócio e produzir um péssimo negócio.

O presidente da Fiesp, Josué Gomes, abriu o Fórum Estadão Think com o tema 'A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã', na sede da Fiesp, em São Paulo, nesta manhã de terça-feira, 23 Foto: Taba Benedicto/Estadão

“Mesmo se levarmos em consideração os últimos 25 anos desde a criação do tripé macroeconômico colocado em prática pelo Armínio Fraga, nós vamos ver que a taxa de juro, em média, foi de 12,4% contra uma taxa de inflação de -6,5%. Taxa de juros real de 6% ao longo de 30 anos sendo que dos últimos 30 anos sendo que por 20, 15 anos vivemos com taxas de juros negativas no mundo desde 2008″, criticou o presidente da Fiesp.

Ele questiona o como um setor altamente intensivo em capital geraria recursos necessários para manter a sua produtividade e investir e meios de capitais modernos pari passu com seus competidores se por um lado não pode tomar recursos de terceiros por serem proibitivos e tem uma carga tributária pesada que faz com a que a geração própria de caixa, que também é outra fonte de investimento, seja diminuída.

“Como que se quer que mantenha competitividade em um contexto de competitividade como este?”, questionou Josué, emendando que tem de se aplaudir o desempenho do agro brasileiro, mas lembrar que desde 2003 conta com o Plano Safra.

A redescoberta da indústria

É a indústria, segundo Josué, que produz aumento de produtividade e inovação de tecnologia na economia. Por isso, segundo ele, os polos de tecnologia e inovação têm de estar próximos dos centros de produção, da indústria. Ele cita como exemplo os Estados Unidos e o Partido Republicano, conservador, que voltou atrás na sua ideologia e passa a defender a exportação de sua indústria.

“Os Estados Unidos estão se dando conta de que exportar sua indústria dentro deste extremo liberalismo era preciso ser eficiente e buscar eficiência nos países de menor custo de produção, de custo de trabalho mais baixo e de simples regulações ambientais e se deram conta de que perderam sua classe média. Agora o próprio partido conservador volta atrás nos seus conceitos e a defender a indústria americana com vigor”, disse o presidente da Fiesp, acrescentando esperar que o Brasil se dê conta da importância da indústria da transformação e passe a defendê-la com vigor.

O presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, disse, nesta manhã de terça-feira, 23, durante a abertura do Fórum Estadão Think - A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã, que no Brasil viver de renda se tornou um grande negócio e produzir, um péssimo negócio. Isso porque, diz, o Plano Real, que pôs fim ao flagelo da hiperinflação, propôs uma taxa de juro real alta que era para ser transitória, mas se tornou permanente.

“Ao longo dos últimos 30 anos, se nós tivéssemos aplicado R$ 100 em CDI, títulos públicos sem qualquer spread bancário (a diferença entre os juros que os bancos pagam e cobram), teríamos hoje R$ 8.043. enquanto um bem ou serviço que custava R$ 100 há 30 anos, hoje, se corrigido pelo IPCA, custaria R$ 808. Ou seja, a taxa de juro real nestes 30 anos é dez vezes maior do que a taxa de inflação”, disse Josué, acrescentando que no Brasil, viver de renda se tornou um bom negócio e produzir um péssimo negócio.

O presidente da Fiesp, Josué Gomes, abriu o Fórum Estadão Think com o tema 'A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã', na sede da Fiesp, em São Paulo, nesta manhã de terça-feira, 23 Foto: Taba Benedicto/Estadão

“Mesmo se levarmos em consideração os últimos 25 anos desde a criação do tripé macroeconômico colocado em prática pelo Armínio Fraga, nós vamos ver que a taxa de juro, em média, foi de 12,4% contra uma taxa de inflação de -6,5%. Taxa de juros real de 6% ao longo de 30 anos sendo que dos últimos 30 anos sendo que por 20, 15 anos vivemos com taxas de juros negativas no mundo desde 2008″, criticou o presidente da Fiesp.

Ele questiona o como um setor altamente intensivo em capital geraria recursos necessários para manter a sua produtividade e investir e meios de capitais modernos pari passu com seus competidores se por um lado não pode tomar recursos de terceiros por serem proibitivos e tem uma carga tributária pesada que faz com a que a geração própria de caixa, que também é outra fonte de investimento, seja diminuída.

“Como que se quer que mantenha competitividade em um contexto de competitividade como este?”, questionou Josué, emendando que tem de se aplaudir o desempenho do agro brasileiro, mas lembrar que desde 2003 conta com o Plano Safra.

A redescoberta da indústria

É a indústria, segundo Josué, que produz aumento de produtividade e inovação de tecnologia na economia. Por isso, segundo ele, os polos de tecnologia e inovação têm de estar próximos dos centros de produção, da indústria. Ele cita como exemplo os Estados Unidos e o Partido Republicano, conservador, que voltou atrás na sua ideologia e passa a defender a exportação de sua indústria.

“Os Estados Unidos estão se dando conta de que exportar sua indústria dentro deste extremo liberalismo era preciso ser eficiente e buscar eficiência nos países de menor custo de produção, de custo de trabalho mais baixo e de simples regulações ambientais e se deram conta de que perderam sua classe média. Agora o próprio partido conservador volta atrás nos seus conceitos e a defender a indústria americana com vigor”, disse o presidente da Fiesp, acrescentando esperar que o Brasil se dê conta da importância da indústria da transformação e passe a defendê-la com vigor.

O presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, disse, nesta manhã de terça-feira, 23, durante a abertura do Fórum Estadão Think - A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã, que no Brasil viver de renda se tornou um grande negócio e produzir, um péssimo negócio. Isso porque, diz, o Plano Real, que pôs fim ao flagelo da hiperinflação, propôs uma taxa de juro real alta que era para ser transitória, mas se tornou permanente.

“Ao longo dos últimos 30 anos, se nós tivéssemos aplicado R$ 100 em CDI, títulos públicos sem qualquer spread bancário (a diferença entre os juros que os bancos pagam e cobram), teríamos hoje R$ 8.043. enquanto um bem ou serviço que custava R$ 100 há 30 anos, hoje, se corrigido pelo IPCA, custaria R$ 808. Ou seja, a taxa de juro real nestes 30 anos é dez vezes maior do que a taxa de inflação”, disse Josué, acrescentando que no Brasil, viver de renda se tornou um bom negócio e produzir um péssimo negócio.

O presidente da Fiesp, Josué Gomes, abriu o Fórum Estadão Think com o tema 'A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã', na sede da Fiesp, em São Paulo, nesta manhã de terça-feira, 23 Foto: Taba Benedicto/Estadão

“Mesmo se levarmos em consideração os últimos 25 anos desde a criação do tripé macroeconômico colocado em prática pelo Armínio Fraga, nós vamos ver que a taxa de juro, em média, foi de 12,4% contra uma taxa de inflação de -6,5%. Taxa de juros real de 6% ao longo de 30 anos sendo que dos últimos 30 anos sendo que por 20, 15 anos vivemos com taxas de juros negativas no mundo desde 2008″, criticou o presidente da Fiesp.

Ele questiona o como um setor altamente intensivo em capital geraria recursos necessários para manter a sua produtividade e investir e meios de capitais modernos pari passu com seus competidores se por um lado não pode tomar recursos de terceiros por serem proibitivos e tem uma carga tributária pesada que faz com a que a geração própria de caixa, que também é outra fonte de investimento, seja diminuída.

“Como que se quer que mantenha competitividade em um contexto de competitividade como este?”, questionou Josué, emendando que tem de se aplaudir o desempenho do agro brasileiro, mas lembrar que desde 2003 conta com o Plano Safra.

A redescoberta da indústria

É a indústria, segundo Josué, que produz aumento de produtividade e inovação de tecnologia na economia. Por isso, segundo ele, os polos de tecnologia e inovação têm de estar próximos dos centros de produção, da indústria. Ele cita como exemplo os Estados Unidos e o Partido Republicano, conservador, que voltou atrás na sua ideologia e passa a defender a exportação de sua indústria.

“Os Estados Unidos estão se dando conta de que exportar sua indústria dentro deste extremo liberalismo era preciso ser eficiente e buscar eficiência nos países de menor custo de produção, de custo de trabalho mais baixo e de simples regulações ambientais e se deram conta de que perderam sua classe média. Agora o próprio partido conservador volta atrás nos seus conceitos e a defender a indústria americana com vigor”, disse o presidente da Fiesp, acrescentando esperar que o Brasil se dê conta da importância da indústria da transformação e passe a defendê-la com vigor.

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