Com a alta de 0,31% no fechamento de maio, a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ficou 0,11 ponto percentual acima da expectativa do coordenador do índice, Heron do Carmo, de 0,20%. Segundo o economista, do ponto de vista estatístico, não há uma grande diferença entre a sua previsão e o índice oficial, divulgado hoje. Isso porque, de acordo com Heron, o índice, pelo seu grande número de itens, apresenta um erro amostral. Ele destaca, no entanto, que o mais importante é a comparação mensal que mostra uma desaceleração de 0,26 ponto percentual se comparado com a inflação de abril, que foi de 0,57%. Além disso, Heron atribui a alta na inflação a movimentos pontuais de alguns preços, como a incorporação da cobrança da taxa de iluminação pública nas contas de energia elétrica (3,11%), leite longa vida (5,12%) e arroz (18,24%). "Só esses produtos, se tivessem subido menos, já teriam proporcionado uma taxa negativa no IPC-Fipe de maio" disse Heron. Tendência é de queda Ele explicou que no geral a tendência é de queda na inflação, "Tem um conjunto de altas e um conjunto de baixas simétrica de preços, apesar da predominância ser de ligeira alta. Mas a perspectiva para a inflação a partir de junho, com exceção de julho e agosto, é de taxas menores do que os meses correspondentes no ano anterior", disse Heron do Carmo.