A inflação de 0,01% registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de junho foi a taxa mensal mais baixa para a capital paulista desde junho de 2006, quando o indicador geral do período mostrou deflação de 0,31%. A informação é da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que conta com uma série histórica do custo de vida na cidade de São Paulo desde 1939. Em maio de 2011, o IPC havia registrado taxa positiva de 0,31%.O resultado de junho ficou dentro do intervalo de estimativas coletadas pela Agência Estado com os economistas do mercado financeiro (de taxa de -0,06% a 0,04%, com mediana zero). Na terceira quadrissemana de junho, quando registrou deflação de 0,08%, o IPC já havia quebrado uma marca, já que mostrara o resultado mais baixo na capital paulista desde a primeira quadrissemana de julho de 2006, quando houve deflação de 0,19%.No fechamento de junho, o grupo Transportes foi o grande responsável pela taxa baixa de inflação. Apesar de a queda de 0,90% ter sido inferior à de 1,07% da terceira quadrissemana do mesmo mês, ela representou um alívio de 0,15 ponto porcentual no cálculo geral da taxa de 0,01% do IPC. Em maio, o mesmo grupo havia avançado 0,19% e respondido por 0,03 ponto porcentual da taxa geral de 0,31%.Outro conjunto de preços importante para levar o índice de inflação a uma taxa próxima à estabilidade em junho foi o de Alimentação. O grupo representou alívio de 0,13 ponto porcentual no IPC, ao registrar declínio de 0,58% no fechamento do mês ante baixa de 0,67% da terceira quadrissemana de junho e alta de 0,19% em maio, quando respondeu por 0,04 ponto porcentual taxa geral.Do lado das pressões de alta, o grupo Habitação foi o mais importante em junho, com variação de 0,35% e contribuição de 0,12 ponto porcentual para a formação do resultado geral. Na terceira quadrissemana de junho, havia mostrado variação idêntica. Em maio, esse conjunto de preços havia avançado 0,24% e respondido por 0,08 ponto porcentual da taxa geral de 0,31%.O grupo Vestuário apresentou a variação positiva mais expressiva de junho, com uma alta de 1,14%, a mesma da terceira quadrissemana. Por conta de seu peso menor que o da Habitação no IPC, respondeu por 0,06 ponto porcentual da taxa do IPC. Em maio, havia avançado 1,10% e respondido também por 0,06 ponto porcentual da taxa geral de inflação paulistana.