Focus: mercado financeiro eleva projeção de inflação pela sexta semana seguida


Analistas também elevaram as projeções para o IPCA em 2025 e 2026, segundo relatório divulgado pelo Banco Central

Por Fernanda Trisotto

BRASÍLIA - Os analistas do mercado financeiro elevaram, pela sexta semana seguida, as projeções para a inflação deste ano. De acordo com o relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 11, a previsão para o IPCA passou de 4,59% para 4,62%, mantendo-se acima do teto da meta de inflação, de 4,5%. Um mês antes, a projeção estava em 4,39%.

Se essa projeção se confirmar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai terminar a sua gestão escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento da meta. No início do ano que vem, Campos Neto será substituído na presidência da instituição pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sede do BC em Brasília: projeção para a Selic se manteve em 11,75% no fim deste ano Foto: Dida Sampaio/Estadão
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A mediana para a inflação de 2025 subiu de 4,03% para 4,10%, mais próxima do teto, de 4,5%, do que do centro da meta, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.

A mediana para a inflação de 2026 também voltou a se distanciar da meta, passando de 3,61% para 3,65%, na segunda semana consecutiva de elevação. Para 2027, permaneceu em 3,5%.

Juros

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A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 se manteve em 11,75% pela sexta semana consecutiva. Esse movimento consolida a avaliação do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual na última reunião do ano, no dia 11 de dezembro. Na semana passada, o colegiado elevou a taxa básica de juros para 11,25%, uma alta de 0,5 ponto porcentual.

As medianas para a Selic em prazos mais longos tiveram comportamento diverso, indicando que o BC terá um espaço limitado para cortar juros nos próximos anos, em meio à desancoragem das expectativas de inflação, atividade forte e disparada do dólar.

A mediana para 2025 se manteve em 11,5%. A estimativa intermediária para a Selic no fim de 2026 passou de 9,75% para 10%, ante 9,5% há um mês. A mediana para os juros no fim de 2027 seguiu em 9,25% - quatro semanas atrás, estava em 9%.

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PIB

Os analistas mantiveram a projeção de crescimento do produto interno bruto (PIB) de 3,1% este ano, ainda abaixo das estimativas do Banco Central e do Ministério da Fazenda, de 3,20%.

A estimativa intermediária para 2025 passou de 1,93% para 1,94%, apesar da expectativa de um ciclo maior de aumento de juros. Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 66 e 68 semanas, respectivamente.

BRASÍLIA - Os analistas do mercado financeiro elevaram, pela sexta semana seguida, as projeções para a inflação deste ano. De acordo com o relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 11, a previsão para o IPCA passou de 4,59% para 4,62%, mantendo-se acima do teto da meta de inflação, de 4,5%. Um mês antes, a projeção estava em 4,39%.

Se essa projeção se confirmar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai terminar a sua gestão escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento da meta. No início do ano que vem, Campos Neto será substituído na presidência da instituição pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sede do BC em Brasília: projeção para a Selic se manteve em 11,75% no fim deste ano Foto: Dida Sampaio/Estadão

A mediana para a inflação de 2025 subiu de 4,03% para 4,10%, mais próxima do teto, de 4,5%, do que do centro da meta, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.

A mediana para a inflação de 2026 também voltou a se distanciar da meta, passando de 3,61% para 3,65%, na segunda semana consecutiva de elevação. Para 2027, permaneceu em 3,5%.

Juros

A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 se manteve em 11,75% pela sexta semana consecutiva. Esse movimento consolida a avaliação do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual na última reunião do ano, no dia 11 de dezembro. Na semana passada, o colegiado elevou a taxa básica de juros para 11,25%, uma alta de 0,5 ponto porcentual.

As medianas para a Selic em prazos mais longos tiveram comportamento diverso, indicando que o BC terá um espaço limitado para cortar juros nos próximos anos, em meio à desancoragem das expectativas de inflação, atividade forte e disparada do dólar.

A mediana para 2025 se manteve em 11,5%. A estimativa intermediária para a Selic no fim de 2026 passou de 9,75% para 10%, ante 9,5% há um mês. A mediana para os juros no fim de 2027 seguiu em 9,25% - quatro semanas atrás, estava em 9%.

PIB

Os analistas mantiveram a projeção de crescimento do produto interno bruto (PIB) de 3,1% este ano, ainda abaixo das estimativas do Banco Central e do Ministério da Fazenda, de 3,20%.

A estimativa intermediária para 2025 passou de 1,93% para 1,94%, apesar da expectativa de um ciclo maior de aumento de juros. Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 66 e 68 semanas, respectivamente.

BRASÍLIA - Os analistas do mercado financeiro elevaram, pela sexta semana seguida, as projeções para a inflação deste ano. De acordo com o relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 11, a previsão para o IPCA passou de 4,59% para 4,62%, mantendo-se acima do teto da meta de inflação, de 4,5%. Um mês antes, a projeção estava em 4,39%.

Se essa projeção se confirmar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai terminar a sua gestão escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento da meta. No início do ano que vem, Campos Neto será substituído na presidência da instituição pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sede do BC em Brasília: projeção para a Selic se manteve em 11,75% no fim deste ano Foto: Dida Sampaio/Estadão

A mediana para a inflação de 2025 subiu de 4,03% para 4,10%, mais próxima do teto, de 4,5%, do que do centro da meta, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.

A mediana para a inflação de 2026 também voltou a se distanciar da meta, passando de 3,61% para 3,65%, na segunda semana consecutiva de elevação. Para 2027, permaneceu em 3,5%.

Juros

A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 se manteve em 11,75% pela sexta semana consecutiva. Esse movimento consolida a avaliação do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual na última reunião do ano, no dia 11 de dezembro. Na semana passada, o colegiado elevou a taxa básica de juros para 11,25%, uma alta de 0,5 ponto porcentual.

As medianas para a Selic em prazos mais longos tiveram comportamento diverso, indicando que o BC terá um espaço limitado para cortar juros nos próximos anos, em meio à desancoragem das expectativas de inflação, atividade forte e disparada do dólar.

A mediana para 2025 se manteve em 11,5%. A estimativa intermediária para a Selic no fim de 2026 passou de 9,75% para 10%, ante 9,5% há um mês. A mediana para os juros no fim de 2027 seguiu em 9,25% - quatro semanas atrás, estava em 9%.

PIB

Os analistas mantiveram a projeção de crescimento do produto interno bruto (PIB) de 3,1% este ano, ainda abaixo das estimativas do Banco Central e do Ministério da Fazenda, de 3,20%.

A estimativa intermediária para 2025 passou de 1,93% para 1,94%, apesar da expectativa de um ciclo maior de aumento de juros. Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 66 e 68 semanas, respectivamente.

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