Focus: mercado volta a elevar projeção de inflação, que fica mais longe do teto da meta


Números divulgados pelo Banco Central mostram também que os analistas preveem um juro mais alto no longo prazo

Por Cícero Cotrim

BRASÍLIA - O mercado financeiro voltou a subir a projeção para a inflação deste ano, afastando-se ainda mais do teto da meta perseguida pelo Banco Central. No relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 4, a estimativa para o IPCA passou de 4,55% para 4,59%. Foi a quinta alta seguida na projeção. Um mês antes, ela estava em 4,38%.

Se essa projeção se confirmar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai terminar a sua gestão escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento da meta - que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto, para mais ou para menos. No início do ano que vem, Campos Neto será substituído na presidência da instituição pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sede do Banco Central, em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão
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A mediana para a inflação de 2025 oscilou de 4,0% para 4,03%, mais próxima do teto, de 4,5%, do que do centro da meta, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.

A mediana para a inflação de 2026 voltou a se distanciar do centro da meta, passando de 3,60% para 3,61%, após quatro semanas de estabilidade. A estimativa intermediária para 2025 se manteve em 3,5%, como já está há 70 semanas.

Taxa de juros

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A mediana para a taxa Selic no fim de 2024, por sua vez,se manteve em 11,75% pela quinta semana consecutiva, consolidando a avaliação do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual nas suas duas próximas reuniões. O colegiado define a taxa nesta quarta-feira, 6, e no dia 11 de dezembro. Na sua última decisão, de 18 de setembro, o Copom aumentou os juros em 0,25 ponto porcentual, de 10,50% para 10,75%.

As medianas para a Selic em prazos mais longos subiram, indicando que o Banco Central terá um espaço limitado para cortar juros nos próximos anos, em meio à desancoragem das expectativas para a inflação, atividade forte e disparada do dólar. A mediana para 2025 subiu de 11,25% para 11,50%. Considerando apenas as 90 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 11,25% para 11,75% - o mesmo nível esperado para o fim de 2024.

A estimativa intermediária para a Selic no fim de 2026 subiu de 9,5% para 9,75%, interrompendo uma sequência de nove semanas de estabilidade. A mediana para os juros no fim de 2027 passou de 9% para 9,25%, após 23 semanas de estabilidade.

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PIB

Em relação ao produto interno bruto (PIB) de 2024, o Focus apontou alta na projeção pela quarta semana seguida, passando de 3,08% para 3,10% e aproximando-se das estimativas do Banco Central e do Ministério da Fazenda, de 3,20%.

A estimativa intermediária para 2025 se manteve em 1,93%, estável há quatro semanas, apesar da expectativa de um ciclo maior de aumento de juros - que, tudo mais constante, deveria esfriar a atividade. Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 65 e 67 semanas, respectivamente.

BRASÍLIA - O mercado financeiro voltou a subir a projeção para a inflação deste ano, afastando-se ainda mais do teto da meta perseguida pelo Banco Central. No relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 4, a estimativa para o IPCA passou de 4,55% para 4,59%. Foi a quinta alta seguida na projeção. Um mês antes, ela estava em 4,38%.

Se essa projeção se confirmar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai terminar a sua gestão escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento da meta - que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto, para mais ou para menos. No início do ano que vem, Campos Neto será substituído na presidência da instituição pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sede do Banco Central, em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão

A mediana para a inflação de 2025 oscilou de 4,0% para 4,03%, mais próxima do teto, de 4,5%, do que do centro da meta, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.

A mediana para a inflação de 2026 voltou a se distanciar do centro da meta, passando de 3,60% para 3,61%, após quatro semanas de estabilidade. A estimativa intermediária para 2025 se manteve em 3,5%, como já está há 70 semanas.

Taxa de juros

A mediana para a taxa Selic no fim de 2024, por sua vez,se manteve em 11,75% pela quinta semana consecutiva, consolidando a avaliação do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual nas suas duas próximas reuniões. O colegiado define a taxa nesta quarta-feira, 6, e no dia 11 de dezembro. Na sua última decisão, de 18 de setembro, o Copom aumentou os juros em 0,25 ponto porcentual, de 10,50% para 10,75%.

As medianas para a Selic em prazos mais longos subiram, indicando que o Banco Central terá um espaço limitado para cortar juros nos próximos anos, em meio à desancoragem das expectativas para a inflação, atividade forte e disparada do dólar. A mediana para 2025 subiu de 11,25% para 11,50%. Considerando apenas as 90 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 11,25% para 11,75% - o mesmo nível esperado para o fim de 2024.

A estimativa intermediária para a Selic no fim de 2026 subiu de 9,5% para 9,75%, interrompendo uma sequência de nove semanas de estabilidade. A mediana para os juros no fim de 2027 passou de 9% para 9,25%, após 23 semanas de estabilidade.

PIB

Em relação ao produto interno bruto (PIB) de 2024, o Focus apontou alta na projeção pela quarta semana seguida, passando de 3,08% para 3,10% e aproximando-se das estimativas do Banco Central e do Ministério da Fazenda, de 3,20%.

A estimativa intermediária para 2025 se manteve em 1,93%, estável há quatro semanas, apesar da expectativa de um ciclo maior de aumento de juros - que, tudo mais constante, deveria esfriar a atividade. Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 65 e 67 semanas, respectivamente.

BRASÍLIA - O mercado financeiro voltou a subir a projeção para a inflação deste ano, afastando-se ainda mais do teto da meta perseguida pelo Banco Central. No relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 4, a estimativa para o IPCA passou de 4,55% para 4,59%. Foi a quinta alta seguida na projeção. Um mês antes, ela estava em 4,38%.

Se essa projeção se confirmar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai terminar a sua gestão escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento da meta - que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto, para mais ou para menos. No início do ano que vem, Campos Neto será substituído na presidência da instituição pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sede do Banco Central, em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão

A mediana para a inflação de 2025 oscilou de 4,0% para 4,03%, mais próxima do teto, de 4,5%, do que do centro da meta, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.

A mediana para a inflação de 2026 voltou a se distanciar do centro da meta, passando de 3,60% para 3,61%, após quatro semanas de estabilidade. A estimativa intermediária para 2025 se manteve em 3,5%, como já está há 70 semanas.

Taxa de juros

A mediana para a taxa Selic no fim de 2024, por sua vez,se manteve em 11,75% pela quinta semana consecutiva, consolidando a avaliação do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual nas suas duas próximas reuniões. O colegiado define a taxa nesta quarta-feira, 6, e no dia 11 de dezembro. Na sua última decisão, de 18 de setembro, o Copom aumentou os juros em 0,25 ponto porcentual, de 10,50% para 10,75%.

As medianas para a Selic em prazos mais longos subiram, indicando que o Banco Central terá um espaço limitado para cortar juros nos próximos anos, em meio à desancoragem das expectativas para a inflação, atividade forte e disparada do dólar. A mediana para 2025 subiu de 11,25% para 11,50%. Considerando apenas as 90 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 11,25% para 11,75% - o mesmo nível esperado para o fim de 2024.

A estimativa intermediária para a Selic no fim de 2026 subiu de 9,5% para 9,75%, interrompendo uma sequência de nove semanas de estabilidade. A mediana para os juros no fim de 2027 passou de 9% para 9,25%, após 23 semanas de estabilidade.

PIB

Em relação ao produto interno bruto (PIB) de 2024, o Focus apontou alta na projeção pela quarta semana seguida, passando de 3,08% para 3,10% e aproximando-se das estimativas do Banco Central e do Ministério da Fazenda, de 3,20%.

A estimativa intermediária para 2025 se manteve em 1,93%, estável há quatro semanas, apesar da expectativa de um ciclo maior de aumento de juros - que, tudo mais constante, deveria esfriar a atividade. Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 65 e 67 semanas, respectivamente.

BRASÍLIA - O mercado financeiro voltou a subir a projeção para a inflação deste ano, afastando-se ainda mais do teto da meta perseguida pelo Banco Central. No relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 4, a estimativa para o IPCA passou de 4,55% para 4,59%. Foi a quinta alta seguida na projeção. Um mês antes, ela estava em 4,38%.

Se essa projeção se confirmar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai terminar a sua gestão escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento da meta - que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto, para mais ou para menos. No início do ano que vem, Campos Neto será substituído na presidência da instituição pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sede do Banco Central, em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão

A mediana para a inflação de 2025 oscilou de 4,0% para 4,03%, mais próxima do teto, de 4,5%, do que do centro da meta, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.

A mediana para a inflação de 2026 voltou a se distanciar do centro da meta, passando de 3,60% para 3,61%, após quatro semanas de estabilidade. A estimativa intermediária para 2025 se manteve em 3,5%, como já está há 70 semanas.

Taxa de juros

A mediana para a taxa Selic no fim de 2024, por sua vez,se manteve em 11,75% pela quinta semana consecutiva, consolidando a avaliação do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual nas suas duas próximas reuniões. O colegiado define a taxa nesta quarta-feira, 6, e no dia 11 de dezembro. Na sua última decisão, de 18 de setembro, o Copom aumentou os juros em 0,25 ponto porcentual, de 10,50% para 10,75%.

As medianas para a Selic em prazos mais longos subiram, indicando que o Banco Central terá um espaço limitado para cortar juros nos próximos anos, em meio à desancoragem das expectativas para a inflação, atividade forte e disparada do dólar. A mediana para 2025 subiu de 11,25% para 11,50%. Considerando apenas as 90 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 11,25% para 11,75% - o mesmo nível esperado para o fim de 2024.

A estimativa intermediária para a Selic no fim de 2026 subiu de 9,5% para 9,75%, interrompendo uma sequência de nove semanas de estabilidade. A mediana para os juros no fim de 2027 passou de 9% para 9,25%, após 23 semanas de estabilidade.

PIB

Em relação ao produto interno bruto (PIB) de 2024, o Focus apontou alta na projeção pela quarta semana seguida, passando de 3,08% para 3,10% e aproximando-se das estimativas do Banco Central e do Ministério da Fazenda, de 3,20%.

A estimativa intermediária para 2025 se manteve em 1,93%, estável há quatro semanas, apesar da expectativa de um ciclo maior de aumento de juros - que, tudo mais constante, deveria esfriar a atividade. Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 65 e 67 semanas, respectivamente.

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