Focus: mercado financeiro volta a subir projeções para a inflação e a taxa de juros


Estimativa do IPCA para este ano teve a quarta alta seguida, passando de 3,86% para 3,88%

Por Fernanda Trisotto

BRASÍLIA - Pela quarta semana seguida, a expectativa do mercado para a inflação deste ano subiu. Segundo os dados do Relatório de Mercado Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 3, a projeção do IPCA passou de 3,86% para 3,88%. Um mês antes, a mediana era de 3,72%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção passou de 3,75% para 3,77% - um mês atrás, estava em 3,64%. Para 2026, a projeção passou de 3,58% para 3,60%, ante 3,50% de um mês atrás.

As estimativas continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

Sede do Banco Central, em Brasília Foto: Dida Sampaio/Estadão
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O governo já sinalizou a manutenção da meta de inflação em 3% para este e os próximos anos, mas ainda não publicou o decreto para regulamentar a meta contínua. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa do Focus para a inflação seguiu em 3,5%, como está há 48 semanas.

Com a desancoragem das expectativas de inflação, o mercado também elevou novamente a projeção para a Selic em 2024, que já está em dois dígitos: passou de 10% para 10,25%. Há um mês, o patamar era de 9,63%.

O Copom (Comitê de Política Monetária do BC) abandonou, na sua última reunião, o forward guidance (orientação dos próximos passos) da reunião de março e cortou a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 10,50% ao ano, em maio. A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão Lula do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 ponto, enquanto os diretores que já estavam no BC antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes neste momento. Na ata, houve um grande movimento para explicar que a divergência se deu pela avaliação do custo reputacional de abandonar a sinalização.

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Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, repetiu o Copom.

No Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 também foi elevada, de 9% para 9,18%. Para 2026, a projeção seguiu em 9% - há um mês, era 8,75%. Para 2027, a estimativa também seguiu em 9%, ante 8,5% um mês atrás.

BRASÍLIA - Pela quarta semana seguida, a expectativa do mercado para a inflação deste ano subiu. Segundo os dados do Relatório de Mercado Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 3, a projeção do IPCA passou de 3,86% para 3,88%. Um mês antes, a mediana era de 3,72%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção passou de 3,75% para 3,77% - um mês atrás, estava em 3,64%. Para 2026, a projeção passou de 3,58% para 3,60%, ante 3,50% de um mês atrás.

As estimativas continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

Sede do Banco Central, em Brasília Foto: Dida Sampaio/Estadão

O governo já sinalizou a manutenção da meta de inflação em 3% para este e os próximos anos, mas ainda não publicou o decreto para regulamentar a meta contínua. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa do Focus para a inflação seguiu em 3,5%, como está há 48 semanas.

Com a desancoragem das expectativas de inflação, o mercado também elevou novamente a projeção para a Selic em 2024, que já está em dois dígitos: passou de 10% para 10,25%. Há um mês, o patamar era de 9,63%.

O Copom (Comitê de Política Monetária do BC) abandonou, na sua última reunião, o forward guidance (orientação dos próximos passos) da reunião de março e cortou a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 10,50% ao ano, em maio. A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão Lula do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 ponto, enquanto os diretores que já estavam no BC antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes neste momento. Na ata, houve um grande movimento para explicar que a divergência se deu pela avaliação do custo reputacional de abandonar a sinalização.

Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, repetiu o Copom.

No Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 também foi elevada, de 9% para 9,18%. Para 2026, a projeção seguiu em 9% - há um mês, era 8,75%. Para 2027, a estimativa também seguiu em 9%, ante 8,5% um mês atrás.

BRASÍLIA - Pela quarta semana seguida, a expectativa do mercado para a inflação deste ano subiu. Segundo os dados do Relatório de Mercado Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 3, a projeção do IPCA passou de 3,86% para 3,88%. Um mês antes, a mediana era de 3,72%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção passou de 3,75% para 3,77% - um mês atrás, estava em 3,64%. Para 2026, a projeção passou de 3,58% para 3,60%, ante 3,50% de um mês atrás.

As estimativas continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

Sede do Banco Central, em Brasília Foto: Dida Sampaio/Estadão

O governo já sinalizou a manutenção da meta de inflação em 3% para este e os próximos anos, mas ainda não publicou o decreto para regulamentar a meta contínua. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa do Focus para a inflação seguiu em 3,5%, como está há 48 semanas.

Com a desancoragem das expectativas de inflação, o mercado também elevou novamente a projeção para a Selic em 2024, que já está em dois dígitos: passou de 10% para 10,25%. Há um mês, o patamar era de 9,63%.

O Copom (Comitê de Política Monetária do BC) abandonou, na sua última reunião, o forward guidance (orientação dos próximos passos) da reunião de março e cortou a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 10,50% ao ano, em maio. A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão Lula do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 ponto, enquanto os diretores que já estavam no BC antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes neste momento. Na ata, houve um grande movimento para explicar que a divergência se deu pela avaliação do custo reputacional de abandonar a sinalização.

Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, repetiu o Copom.

No Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 também foi elevada, de 9% para 9,18%. Para 2026, a projeção seguiu em 9% - há um mês, era 8,75%. Para 2027, a estimativa também seguiu em 9%, ante 8,5% um mês atrás.

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