Francesa EDF vai triplicar geração no Brasil com novas usinas eólicas em terra e no mar


Geração eólica da companhia no País será incrementada com novas usinas terrestres sediadas no Nordeste, onde a empresa já concentra operação

Por Gabriel Vasconcelos
Atualização:

A unidade de energias renováveis da estatal francesa EDF, a EDF Renewables, vai mais que triplicar o portfólio de energia limpa no Brasil até o início da próxima década. O volume de 1,8 GW já viabilizado em projetos no País deve ultrapassar a casa dos 6 GW com foco em energia eólica produzida tanto em terra quanto no mar. Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, o presidente global da companhia, Bruno Bensasson, conta que o Brasil está no centro da estratégia global da unidade.

Os planos de expansão da EDF Renewables contrastam com a corrida de outras empresas do setor para vender ativos de geração limpa e minimizam o momento hidrológico favorável do País, que viabiliza a produção em hidrelétricas e derruba o preço da energia.

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“Somos investidores de longo prazo. Não somos insensíveis a preço, mas respeitamos os prazos do nosso modelo de negócios, que é construir em três ou quatro anos usinas que vão funcionar por, pelo menos, 20 ou 30 anos. O determinante em nossas escolhas não é o preço da energia em 2023″, diz Bensasson.

Portfólio de energia limpa da EDF no Brasil deve ultrapassar a casa dos 6 GW  Foto: Matthew Lloyd/Bloomberg

De imediato, a geração eólica da EDF no País será incrementada com novas usinas terrestres sediadas no Nordeste, onde a empresa já concentra operação. Mais tarde, depois de 2030, será a vez dos parques offshore. Em desenvolvimento, os dois projetos previstos até agora para alto mar já somam capacidade de 3,3 GW. Algo próximo da metade dessa capacidade deve ser entregue nos primeiros anos da próxima década e, o restante, vai ter prazo maior de desenvolvimento. Os empreendimentos serão acompanhados de plantas de produção de hidrogênio voltadas ao mercado interno e à exportação, informa Bensasson.

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Novas operações

No curtíssimo prazo, além de concluir os dois parques eólicos onshore em construção na Paraíba e na Bahia, a EDF Renewables também vai iniciar um novo projeto de 600 MW em Estado ainda não revelado, mas também no Nordeste. Trata-se do primeiro projeto de um pipeline de 3 GW terrestres a ser perseguido.

O presidente da subsidiária brasileira da EDF Renewables, André Salgado, detalha que o parque Serra do Seridó (500 MW), na Paraíba, vai ter a fase 1 em operação comercial em julho, ao passo que a fase 2 vai entrar em operação até março do ano que vem. O projeto foi viabilizado pelo leilão federal de 2019 e por contratos de longo prazo, PPA (”Power Purchase Agreement”), no mercado livre. Seridó vai custar R$ 2 bilhões à EDF Renewables, que contou com financiamento do Banco do Nordeste.

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Já o parque Serra das Almas (261 MW), na Bahia, deve produzir energia até dezembro de 2024. Essa planta será a terceira de fonte eólica no Estado. Já o novo projeto eólico, de 600 MW, diz Salgado, será dividido em duas fases, com a primeira de 280 MW ou 300 MW. A EDF Renewables ainda mantém em sociedade com a Omega Geração um parque fotovoltaico em Pirapora, Minas Gerais, com capacidade de 400 MWp.

Modelo

A EDF Renewables tem por padrão investir sozinha. A maior parte dos ativos da empresa vende energia em contratos de longa duração, sejam públicos, com as distribuidoras, sejam privados, com clientes do mercado livre.

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Salgado diz que a EDF está preparada para um aumento da comercialização da energia via PPAs (contratos de longo prazo) no mercado livre em função da migração de novos clientes para esse ambiente na esteira da abertura de mercado e, paralelamente, pela redução flagrante no número de leilões que abastecem o mercado regulado. Dos 1,8 GW hoje viabilizados, 44% (800 MW) vão para o mercado livre, um porcentual que deve avançar nos próximos anos.

Bensasson acrescenta que a EDF, depois da usina construída, costuma vender parte do negócio e passa a dividir a operação para reciclar capital, a ser reinvestido em novos projetos.

Foi o que aconteceu com o parque Ventos da Bahia, primeiro empreendimento de entrada da empresa no Brasil, que tem capacidade total instalada de 365 MW. No fim de 2020, metade das fases 1 e 2 (91,3 MW) foi vendida à Omega Energia por R$ 680,3 milhões. O investimento total da EDF Renewables nas três fases do empreendimento foi de R$ 1,85 bilhões.

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Finalizado em 2021, o Complexo Eólico Folha Larga Norte (344,4 MW) ilustra bem o argumento do executivo francês sobre o longo prazo. A usina foi viabilizada pela contratação de venda de energia nos leilões do governo de 2018 e pela celebração de um contrato de 20 anos com a petroquímica Braskem no mercado livre.

A EDF, explica Salgado, só autoriza investimentos quando tem definido quem vai consumir a energia e as condições de licenciamento ambiental. “Nesses moldes, no ano passado, nós fizemos a aprovação dos investimentos para o complexo de Serra das Almas, na Bahia, e temos outros projetos sobre a mesa”, diz em alusão ao pipeline de projetos onshore. Desde 2015, quando chegou ao Brasil, a EDF Renewables já investiu R$ 7 bilhões, que permitiram alocar 10% da sua geração total no mundo (18 GW) no País.

A unidade de energias renováveis da estatal francesa EDF, a EDF Renewables, vai mais que triplicar o portfólio de energia limpa no Brasil até o início da próxima década. O volume de 1,8 GW já viabilizado em projetos no País deve ultrapassar a casa dos 6 GW com foco em energia eólica produzida tanto em terra quanto no mar. Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, o presidente global da companhia, Bruno Bensasson, conta que o Brasil está no centro da estratégia global da unidade.

Os planos de expansão da EDF Renewables contrastam com a corrida de outras empresas do setor para vender ativos de geração limpa e minimizam o momento hidrológico favorável do País, que viabiliza a produção em hidrelétricas e derruba o preço da energia.

“Somos investidores de longo prazo. Não somos insensíveis a preço, mas respeitamos os prazos do nosso modelo de negócios, que é construir em três ou quatro anos usinas que vão funcionar por, pelo menos, 20 ou 30 anos. O determinante em nossas escolhas não é o preço da energia em 2023″, diz Bensasson.

Portfólio de energia limpa da EDF no Brasil deve ultrapassar a casa dos 6 GW  Foto: Matthew Lloyd/Bloomberg

De imediato, a geração eólica da EDF no País será incrementada com novas usinas terrestres sediadas no Nordeste, onde a empresa já concentra operação. Mais tarde, depois de 2030, será a vez dos parques offshore. Em desenvolvimento, os dois projetos previstos até agora para alto mar já somam capacidade de 3,3 GW. Algo próximo da metade dessa capacidade deve ser entregue nos primeiros anos da próxima década e, o restante, vai ter prazo maior de desenvolvimento. Os empreendimentos serão acompanhados de plantas de produção de hidrogênio voltadas ao mercado interno e à exportação, informa Bensasson.

Novas operações

No curtíssimo prazo, além de concluir os dois parques eólicos onshore em construção na Paraíba e na Bahia, a EDF Renewables também vai iniciar um novo projeto de 600 MW em Estado ainda não revelado, mas também no Nordeste. Trata-se do primeiro projeto de um pipeline de 3 GW terrestres a ser perseguido.

O presidente da subsidiária brasileira da EDF Renewables, André Salgado, detalha que o parque Serra do Seridó (500 MW), na Paraíba, vai ter a fase 1 em operação comercial em julho, ao passo que a fase 2 vai entrar em operação até março do ano que vem. O projeto foi viabilizado pelo leilão federal de 2019 e por contratos de longo prazo, PPA (”Power Purchase Agreement”), no mercado livre. Seridó vai custar R$ 2 bilhões à EDF Renewables, que contou com financiamento do Banco do Nordeste.

Já o parque Serra das Almas (261 MW), na Bahia, deve produzir energia até dezembro de 2024. Essa planta será a terceira de fonte eólica no Estado. Já o novo projeto eólico, de 600 MW, diz Salgado, será dividido em duas fases, com a primeira de 280 MW ou 300 MW. A EDF Renewables ainda mantém em sociedade com a Omega Geração um parque fotovoltaico em Pirapora, Minas Gerais, com capacidade de 400 MWp.

Modelo

A EDF Renewables tem por padrão investir sozinha. A maior parte dos ativos da empresa vende energia em contratos de longa duração, sejam públicos, com as distribuidoras, sejam privados, com clientes do mercado livre.

Salgado diz que a EDF está preparada para um aumento da comercialização da energia via PPAs (contratos de longo prazo) no mercado livre em função da migração de novos clientes para esse ambiente na esteira da abertura de mercado e, paralelamente, pela redução flagrante no número de leilões que abastecem o mercado regulado. Dos 1,8 GW hoje viabilizados, 44% (800 MW) vão para o mercado livre, um porcentual que deve avançar nos próximos anos.

Bensasson acrescenta que a EDF, depois da usina construída, costuma vender parte do negócio e passa a dividir a operação para reciclar capital, a ser reinvestido em novos projetos.

Foi o que aconteceu com o parque Ventos da Bahia, primeiro empreendimento de entrada da empresa no Brasil, que tem capacidade total instalada de 365 MW. No fim de 2020, metade das fases 1 e 2 (91,3 MW) foi vendida à Omega Energia por R$ 680,3 milhões. O investimento total da EDF Renewables nas três fases do empreendimento foi de R$ 1,85 bilhões.

Finalizado em 2021, o Complexo Eólico Folha Larga Norte (344,4 MW) ilustra bem o argumento do executivo francês sobre o longo prazo. A usina foi viabilizada pela contratação de venda de energia nos leilões do governo de 2018 e pela celebração de um contrato de 20 anos com a petroquímica Braskem no mercado livre.

A EDF, explica Salgado, só autoriza investimentos quando tem definido quem vai consumir a energia e as condições de licenciamento ambiental. “Nesses moldes, no ano passado, nós fizemos a aprovação dos investimentos para o complexo de Serra das Almas, na Bahia, e temos outros projetos sobre a mesa”, diz em alusão ao pipeline de projetos onshore. Desde 2015, quando chegou ao Brasil, a EDF Renewables já investiu R$ 7 bilhões, que permitiram alocar 10% da sua geração total no mundo (18 GW) no País.

A unidade de energias renováveis da estatal francesa EDF, a EDF Renewables, vai mais que triplicar o portfólio de energia limpa no Brasil até o início da próxima década. O volume de 1,8 GW já viabilizado em projetos no País deve ultrapassar a casa dos 6 GW com foco em energia eólica produzida tanto em terra quanto no mar. Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, o presidente global da companhia, Bruno Bensasson, conta que o Brasil está no centro da estratégia global da unidade.

Os planos de expansão da EDF Renewables contrastam com a corrida de outras empresas do setor para vender ativos de geração limpa e minimizam o momento hidrológico favorável do País, que viabiliza a produção em hidrelétricas e derruba o preço da energia.

“Somos investidores de longo prazo. Não somos insensíveis a preço, mas respeitamos os prazos do nosso modelo de negócios, que é construir em três ou quatro anos usinas que vão funcionar por, pelo menos, 20 ou 30 anos. O determinante em nossas escolhas não é o preço da energia em 2023″, diz Bensasson.

Portfólio de energia limpa da EDF no Brasil deve ultrapassar a casa dos 6 GW  Foto: Matthew Lloyd/Bloomberg

De imediato, a geração eólica da EDF no País será incrementada com novas usinas terrestres sediadas no Nordeste, onde a empresa já concentra operação. Mais tarde, depois de 2030, será a vez dos parques offshore. Em desenvolvimento, os dois projetos previstos até agora para alto mar já somam capacidade de 3,3 GW. Algo próximo da metade dessa capacidade deve ser entregue nos primeiros anos da próxima década e, o restante, vai ter prazo maior de desenvolvimento. Os empreendimentos serão acompanhados de plantas de produção de hidrogênio voltadas ao mercado interno e à exportação, informa Bensasson.

Novas operações

No curtíssimo prazo, além de concluir os dois parques eólicos onshore em construção na Paraíba e na Bahia, a EDF Renewables também vai iniciar um novo projeto de 600 MW em Estado ainda não revelado, mas também no Nordeste. Trata-se do primeiro projeto de um pipeline de 3 GW terrestres a ser perseguido.

O presidente da subsidiária brasileira da EDF Renewables, André Salgado, detalha que o parque Serra do Seridó (500 MW), na Paraíba, vai ter a fase 1 em operação comercial em julho, ao passo que a fase 2 vai entrar em operação até março do ano que vem. O projeto foi viabilizado pelo leilão federal de 2019 e por contratos de longo prazo, PPA (”Power Purchase Agreement”), no mercado livre. Seridó vai custar R$ 2 bilhões à EDF Renewables, que contou com financiamento do Banco do Nordeste.

Já o parque Serra das Almas (261 MW), na Bahia, deve produzir energia até dezembro de 2024. Essa planta será a terceira de fonte eólica no Estado. Já o novo projeto eólico, de 600 MW, diz Salgado, será dividido em duas fases, com a primeira de 280 MW ou 300 MW. A EDF Renewables ainda mantém em sociedade com a Omega Geração um parque fotovoltaico em Pirapora, Minas Gerais, com capacidade de 400 MWp.

Modelo

A EDF Renewables tem por padrão investir sozinha. A maior parte dos ativos da empresa vende energia em contratos de longa duração, sejam públicos, com as distribuidoras, sejam privados, com clientes do mercado livre.

Salgado diz que a EDF está preparada para um aumento da comercialização da energia via PPAs (contratos de longo prazo) no mercado livre em função da migração de novos clientes para esse ambiente na esteira da abertura de mercado e, paralelamente, pela redução flagrante no número de leilões que abastecem o mercado regulado. Dos 1,8 GW hoje viabilizados, 44% (800 MW) vão para o mercado livre, um porcentual que deve avançar nos próximos anos.

Bensasson acrescenta que a EDF, depois da usina construída, costuma vender parte do negócio e passa a dividir a operação para reciclar capital, a ser reinvestido em novos projetos.

Foi o que aconteceu com o parque Ventos da Bahia, primeiro empreendimento de entrada da empresa no Brasil, que tem capacidade total instalada de 365 MW. No fim de 2020, metade das fases 1 e 2 (91,3 MW) foi vendida à Omega Energia por R$ 680,3 milhões. O investimento total da EDF Renewables nas três fases do empreendimento foi de R$ 1,85 bilhões.

Finalizado em 2021, o Complexo Eólico Folha Larga Norte (344,4 MW) ilustra bem o argumento do executivo francês sobre o longo prazo. A usina foi viabilizada pela contratação de venda de energia nos leilões do governo de 2018 e pela celebração de um contrato de 20 anos com a petroquímica Braskem no mercado livre.

A EDF, explica Salgado, só autoriza investimentos quando tem definido quem vai consumir a energia e as condições de licenciamento ambiental. “Nesses moldes, no ano passado, nós fizemos a aprovação dos investimentos para o complexo de Serra das Almas, na Bahia, e temos outros projetos sobre a mesa”, diz em alusão ao pipeline de projetos onshore. Desde 2015, quando chegou ao Brasil, a EDF Renewables já investiu R$ 7 bilhões, que permitiram alocar 10% da sua geração total no mundo (18 GW) no País.

A unidade de energias renováveis da estatal francesa EDF, a EDF Renewables, vai mais que triplicar o portfólio de energia limpa no Brasil até o início da próxima década. O volume de 1,8 GW já viabilizado em projetos no País deve ultrapassar a casa dos 6 GW com foco em energia eólica produzida tanto em terra quanto no mar. Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, o presidente global da companhia, Bruno Bensasson, conta que o Brasil está no centro da estratégia global da unidade.

Os planos de expansão da EDF Renewables contrastam com a corrida de outras empresas do setor para vender ativos de geração limpa e minimizam o momento hidrológico favorável do País, que viabiliza a produção em hidrelétricas e derruba o preço da energia.

“Somos investidores de longo prazo. Não somos insensíveis a preço, mas respeitamos os prazos do nosso modelo de negócios, que é construir em três ou quatro anos usinas que vão funcionar por, pelo menos, 20 ou 30 anos. O determinante em nossas escolhas não é o preço da energia em 2023″, diz Bensasson.

Portfólio de energia limpa da EDF no Brasil deve ultrapassar a casa dos 6 GW  Foto: Matthew Lloyd/Bloomberg

De imediato, a geração eólica da EDF no País será incrementada com novas usinas terrestres sediadas no Nordeste, onde a empresa já concentra operação. Mais tarde, depois de 2030, será a vez dos parques offshore. Em desenvolvimento, os dois projetos previstos até agora para alto mar já somam capacidade de 3,3 GW. Algo próximo da metade dessa capacidade deve ser entregue nos primeiros anos da próxima década e, o restante, vai ter prazo maior de desenvolvimento. Os empreendimentos serão acompanhados de plantas de produção de hidrogênio voltadas ao mercado interno e à exportação, informa Bensasson.

Novas operações

No curtíssimo prazo, além de concluir os dois parques eólicos onshore em construção na Paraíba e na Bahia, a EDF Renewables também vai iniciar um novo projeto de 600 MW em Estado ainda não revelado, mas também no Nordeste. Trata-se do primeiro projeto de um pipeline de 3 GW terrestres a ser perseguido.

O presidente da subsidiária brasileira da EDF Renewables, André Salgado, detalha que o parque Serra do Seridó (500 MW), na Paraíba, vai ter a fase 1 em operação comercial em julho, ao passo que a fase 2 vai entrar em operação até março do ano que vem. O projeto foi viabilizado pelo leilão federal de 2019 e por contratos de longo prazo, PPA (”Power Purchase Agreement”), no mercado livre. Seridó vai custar R$ 2 bilhões à EDF Renewables, que contou com financiamento do Banco do Nordeste.

Já o parque Serra das Almas (261 MW), na Bahia, deve produzir energia até dezembro de 2024. Essa planta será a terceira de fonte eólica no Estado. Já o novo projeto eólico, de 600 MW, diz Salgado, será dividido em duas fases, com a primeira de 280 MW ou 300 MW. A EDF Renewables ainda mantém em sociedade com a Omega Geração um parque fotovoltaico em Pirapora, Minas Gerais, com capacidade de 400 MWp.

Modelo

A EDF Renewables tem por padrão investir sozinha. A maior parte dos ativos da empresa vende energia em contratos de longa duração, sejam públicos, com as distribuidoras, sejam privados, com clientes do mercado livre.

Salgado diz que a EDF está preparada para um aumento da comercialização da energia via PPAs (contratos de longo prazo) no mercado livre em função da migração de novos clientes para esse ambiente na esteira da abertura de mercado e, paralelamente, pela redução flagrante no número de leilões que abastecem o mercado regulado. Dos 1,8 GW hoje viabilizados, 44% (800 MW) vão para o mercado livre, um porcentual que deve avançar nos próximos anos.

Bensasson acrescenta que a EDF, depois da usina construída, costuma vender parte do negócio e passa a dividir a operação para reciclar capital, a ser reinvestido em novos projetos.

Foi o que aconteceu com o parque Ventos da Bahia, primeiro empreendimento de entrada da empresa no Brasil, que tem capacidade total instalada de 365 MW. No fim de 2020, metade das fases 1 e 2 (91,3 MW) foi vendida à Omega Energia por R$ 680,3 milhões. O investimento total da EDF Renewables nas três fases do empreendimento foi de R$ 1,85 bilhões.

Finalizado em 2021, o Complexo Eólico Folha Larga Norte (344,4 MW) ilustra bem o argumento do executivo francês sobre o longo prazo. A usina foi viabilizada pela contratação de venda de energia nos leilões do governo de 2018 e pela celebração de um contrato de 20 anos com a petroquímica Braskem no mercado livre.

A EDF, explica Salgado, só autoriza investimentos quando tem definido quem vai consumir a energia e as condições de licenciamento ambiental. “Nesses moldes, no ano passado, nós fizemos a aprovação dos investimentos para o complexo de Serra das Almas, na Bahia, e temos outros projetos sobre a mesa”, diz em alusão ao pipeline de projetos onshore. Desde 2015, quando chegou ao Brasil, a EDF Renewables já investiu R$ 7 bilhões, que permitiram alocar 10% da sua geração total no mundo (18 GW) no País.

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