Fraudes financeiras vêm à tona com a crise


Relatório da consultoria KPMG mostra que, já no ano passado, o número de fraudes descobertas em empresas foi o maior desde 1995

Por Jamil Chade

A crise mundial ameaça revelar bilhões de dólares em fraudes financeiras cometidas durante os anos de boom na economia internacional. Um relatório preparado pela consultoria KPMG constatou que, no ano passado, as fraudes identificadas registraram o maior volume em 13 anos, e poderão se intensificar ainda mais nos próximos meses. No Reino Unido e na Suíça, a Justiça admite que está em pleno trabalho de investigação sobre "dezenas" de casos. Só na Inglaterra, os casos identificados chegam a mais de US$ 1,5 bilhão. Na Suíça, os casos chegam a US$ 1 bilhão, enquanto na Espanha já são cerca de US$ 700 milhões. De acordo com a KPMG, esses são os três principais locais onde os casos estão sendo levados à Justiça na Europa. Só no Reino Unido, o volume se multiplicou por cinco em apenas um ano. A consultoria faz o acompanhamento desses casos há 21 anos. E, nesse período, apenas em 1995 houve mais registro de fraudes do que no ano passado. Cerca de um terço das fraudes no Reino Unido, por exemplo se refere de fato a crimes cometidos por empresas e seus executivos. O restante foi gerado por organizações criminosas. Agora, porém, o temor de que a quebra de várias empresas e de mecanismos de financiamento revelem que há, de fato, um número bem maior de casos. Só os fundos de Bernard Madoff estão sendo investigados por fraudes de US$ 50 bilhões. Na Bolsa de Londres, uma empresa foi identificada com fraudes de US$ 600 milhões, usando documentos falsos de aplicações com o Banco do Brasil. Em outros países os casos também começam a explodir. Um dos mais emblemáticos foi registrado em janeiro na Índia, onde o presidente da Satyam, quarta maior companhia de softwares do país, admitiu que a empresa vinha praticando fraudes contábeis havia vários anos. Após o anúncio, as ações da empresa despencaram e o governo indiano teve de intervir. Para Hitesh Patel, um dos autores das investigações e levantamento da KPMG, grande parte dos escândalos de fraude ainda estão por eclodir. Para ele, a crise nos mercados deu seus primeiros sinais no final de 2007, mesmo momento que autoridades teriam iniciado uma proliferação de investigações. "Os dados já coletados são muito negativos. Mas os próximos anos devem ver dados ainda piores", alertou Patel. "O impacto da crise dos créditos ainda está por ser totalmente sentida e as fraudes farão parte desse cenário", alertou. O ano com o maior registro de fraudes ocorreu alguns anos após a crise do início da década de 1990. Já em 2008, os casos de fraude em indústrias se multiplicaram por cinco. Fraudes em contabilidades passaram de US$ 32 milhões para mais de US$ 200 milhões em apenas um ano no Reino Unido. SINAL DE ALERTA Philip Davidson, chefe da divisão de reestruturação da KPMG na Europa, também alerta que a crise pode ter um impacto no número de fraudes. "Com queda nos lucros e dívidas elevadas, executivos podem estar tentados a modificar dados nos documentos, na esperança de que mudanças operacionais possam compensar as perdas antes que analistas olhem com cuidado aos números", disse. "Porém, diante de uma crise cada vez mais profunda, a previsão é de que os contadores olhem com um cuidado cada vez maior as contas das empresas", disse Patel. NÚMEROS US$ 1,5 bilhão é o total de fraudes financeiras já identificadas no Reino Unido, segundo os números da KPMG US$ 1 bilhão é o valor estimado das fraudes já reveladas na Suíça US$ 700 milhões é quanto chegam as fraudes na Espanha até o momento US$ 50 bilhões é a estimativa de perdas nos fundos geridos por Bernard Madoff

A crise mundial ameaça revelar bilhões de dólares em fraudes financeiras cometidas durante os anos de boom na economia internacional. Um relatório preparado pela consultoria KPMG constatou que, no ano passado, as fraudes identificadas registraram o maior volume em 13 anos, e poderão se intensificar ainda mais nos próximos meses. No Reino Unido e na Suíça, a Justiça admite que está em pleno trabalho de investigação sobre "dezenas" de casos. Só na Inglaterra, os casos identificados chegam a mais de US$ 1,5 bilhão. Na Suíça, os casos chegam a US$ 1 bilhão, enquanto na Espanha já são cerca de US$ 700 milhões. De acordo com a KPMG, esses são os três principais locais onde os casos estão sendo levados à Justiça na Europa. Só no Reino Unido, o volume se multiplicou por cinco em apenas um ano. A consultoria faz o acompanhamento desses casos há 21 anos. E, nesse período, apenas em 1995 houve mais registro de fraudes do que no ano passado. Cerca de um terço das fraudes no Reino Unido, por exemplo se refere de fato a crimes cometidos por empresas e seus executivos. O restante foi gerado por organizações criminosas. Agora, porém, o temor de que a quebra de várias empresas e de mecanismos de financiamento revelem que há, de fato, um número bem maior de casos. Só os fundos de Bernard Madoff estão sendo investigados por fraudes de US$ 50 bilhões. Na Bolsa de Londres, uma empresa foi identificada com fraudes de US$ 600 milhões, usando documentos falsos de aplicações com o Banco do Brasil. Em outros países os casos também começam a explodir. Um dos mais emblemáticos foi registrado em janeiro na Índia, onde o presidente da Satyam, quarta maior companhia de softwares do país, admitiu que a empresa vinha praticando fraudes contábeis havia vários anos. Após o anúncio, as ações da empresa despencaram e o governo indiano teve de intervir. Para Hitesh Patel, um dos autores das investigações e levantamento da KPMG, grande parte dos escândalos de fraude ainda estão por eclodir. Para ele, a crise nos mercados deu seus primeiros sinais no final de 2007, mesmo momento que autoridades teriam iniciado uma proliferação de investigações. "Os dados já coletados são muito negativos. Mas os próximos anos devem ver dados ainda piores", alertou Patel. "O impacto da crise dos créditos ainda está por ser totalmente sentida e as fraudes farão parte desse cenário", alertou. O ano com o maior registro de fraudes ocorreu alguns anos após a crise do início da década de 1990. Já em 2008, os casos de fraude em indústrias se multiplicaram por cinco. Fraudes em contabilidades passaram de US$ 32 milhões para mais de US$ 200 milhões em apenas um ano no Reino Unido. SINAL DE ALERTA Philip Davidson, chefe da divisão de reestruturação da KPMG na Europa, também alerta que a crise pode ter um impacto no número de fraudes. "Com queda nos lucros e dívidas elevadas, executivos podem estar tentados a modificar dados nos documentos, na esperança de que mudanças operacionais possam compensar as perdas antes que analistas olhem com cuidado aos números", disse. "Porém, diante de uma crise cada vez mais profunda, a previsão é de que os contadores olhem com um cuidado cada vez maior as contas das empresas", disse Patel. NÚMEROS US$ 1,5 bilhão é o total de fraudes financeiras já identificadas no Reino Unido, segundo os números da KPMG US$ 1 bilhão é o valor estimado das fraudes já reveladas na Suíça US$ 700 milhões é quanto chegam as fraudes na Espanha até o momento US$ 50 bilhões é a estimativa de perdas nos fundos geridos por Bernard Madoff

A crise mundial ameaça revelar bilhões de dólares em fraudes financeiras cometidas durante os anos de boom na economia internacional. Um relatório preparado pela consultoria KPMG constatou que, no ano passado, as fraudes identificadas registraram o maior volume em 13 anos, e poderão se intensificar ainda mais nos próximos meses. No Reino Unido e na Suíça, a Justiça admite que está em pleno trabalho de investigação sobre "dezenas" de casos. Só na Inglaterra, os casos identificados chegam a mais de US$ 1,5 bilhão. Na Suíça, os casos chegam a US$ 1 bilhão, enquanto na Espanha já são cerca de US$ 700 milhões. De acordo com a KPMG, esses são os três principais locais onde os casos estão sendo levados à Justiça na Europa. Só no Reino Unido, o volume se multiplicou por cinco em apenas um ano. A consultoria faz o acompanhamento desses casos há 21 anos. E, nesse período, apenas em 1995 houve mais registro de fraudes do que no ano passado. Cerca de um terço das fraudes no Reino Unido, por exemplo se refere de fato a crimes cometidos por empresas e seus executivos. O restante foi gerado por organizações criminosas. Agora, porém, o temor de que a quebra de várias empresas e de mecanismos de financiamento revelem que há, de fato, um número bem maior de casos. Só os fundos de Bernard Madoff estão sendo investigados por fraudes de US$ 50 bilhões. Na Bolsa de Londres, uma empresa foi identificada com fraudes de US$ 600 milhões, usando documentos falsos de aplicações com o Banco do Brasil. Em outros países os casos também começam a explodir. Um dos mais emblemáticos foi registrado em janeiro na Índia, onde o presidente da Satyam, quarta maior companhia de softwares do país, admitiu que a empresa vinha praticando fraudes contábeis havia vários anos. Após o anúncio, as ações da empresa despencaram e o governo indiano teve de intervir. Para Hitesh Patel, um dos autores das investigações e levantamento da KPMG, grande parte dos escândalos de fraude ainda estão por eclodir. Para ele, a crise nos mercados deu seus primeiros sinais no final de 2007, mesmo momento que autoridades teriam iniciado uma proliferação de investigações. "Os dados já coletados são muito negativos. Mas os próximos anos devem ver dados ainda piores", alertou Patel. "O impacto da crise dos créditos ainda está por ser totalmente sentida e as fraudes farão parte desse cenário", alertou. O ano com o maior registro de fraudes ocorreu alguns anos após a crise do início da década de 1990. Já em 2008, os casos de fraude em indústrias se multiplicaram por cinco. Fraudes em contabilidades passaram de US$ 32 milhões para mais de US$ 200 milhões em apenas um ano no Reino Unido. SINAL DE ALERTA Philip Davidson, chefe da divisão de reestruturação da KPMG na Europa, também alerta que a crise pode ter um impacto no número de fraudes. "Com queda nos lucros e dívidas elevadas, executivos podem estar tentados a modificar dados nos documentos, na esperança de que mudanças operacionais possam compensar as perdas antes que analistas olhem com cuidado aos números", disse. "Porém, diante de uma crise cada vez mais profunda, a previsão é de que os contadores olhem com um cuidado cada vez maior as contas das empresas", disse Patel. NÚMEROS US$ 1,5 bilhão é o total de fraudes financeiras já identificadas no Reino Unido, segundo os números da KPMG US$ 1 bilhão é o valor estimado das fraudes já reveladas na Suíça US$ 700 milhões é quanto chegam as fraudes na Espanha até o momento US$ 50 bilhões é a estimativa de perdas nos fundos geridos por Bernard Madoff

A crise mundial ameaça revelar bilhões de dólares em fraudes financeiras cometidas durante os anos de boom na economia internacional. Um relatório preparado pela consultoria KPMG constatou que, no ano passado, as fraudes identificadas registraram o maior volume em 13 anos, e poderão se intensificar ainda mais nos próximos meses. No Reino Unido e na Suíça, a Justiça admite que está em pleno trabalho de investigação sobre "dezenas" de casos. Só na Inglaterra, os casos identificados chegam a mais de US$ 1,5 bilhão. Na Suíça, os casos chegam a US$ 1 bilhão, enquanto na Espanha já são cerca de US$ 700 milhões. De acordo com a KPMG, esses são os três principais locais onde os casos estão sendo levados à Justiça na Europa. Só no Reino Unido, o volume se multiplicou por cinco em apenas um ano. A consultoria faz o acompanhamento desses casos há 21 anos. E, nesse período, apenas em 1995 houve mais registro de fraudes do que no ano passado. Cerca de um terço das fraudes no Reino Unido, por exemplo se refere de fato a crimes cometidos por empresas e seus executivos. O restante foi gerado por organizações criminosas. Agora, porém, o temor de que a quebra de várias empresas e de mecanismos de financiamento revelem que há, de fato, um número bem maior de casos. Só os fundos de Bernard Madoff estão sendo investigados por fraudes de US$ 50 bilhões. Na Bolsa de Londres, uma empresa foi identificada com fraudes de US$ 600 milhões, usando documentos falsos de aplicações com o Banco do Brasil. Em outros países os casos também começam a explodir. Um dos mais emblemáticos foi registrado em janeiro na Índia, onde o presidente da Satyam, quarta maior companhia de softwares do país, admitiu que a empresa vinha praticando fraudes contábeis havia vários anos. Após o anúncio, as ações da empresa despencaram e o governo indiano teve de intervir. Para Hitesh Patel, um dos autores das investigações e levantamento da KPMG, grande parte dos escândalos de fraude ainda estão por eclodir. Para ele, a crise nos mercados deu seus primeiros sinais no final de 2007, mesmo momento que autoridades teriam iniciado uma proliferação de investigações. "Os dados já coletados são muito negativos. Mas os próximos anos devem ver dados ainda piores", alertou Patel. "O impacto da crise dos créditos ainda está por ser totalmente sentida e as fraudes farão parte desse cenário", alertou. O ano com o maior registro de fraudes ocorreu alguns anos após a crise do início da década de 1990. Já em 2008, os casos de fraude em indústrias se multiplicaram por cinco. Fraudes em contabilidades passaram de US$ 32 milhões para mais de US$ 200 milhões em apenas um ano no Reino Unido. SINAL DE ALERTA Philip Davidson, chefe da divisão de reestruturação da KPMG na Europa, também alerta que a crise pode ter um impacto no número de fraudes. "Com queda nos lucros e dívidas elevadas, executivos podem estar tentados a modificar dados nos documentos, na esperança de que mudanças operacionais possam compensar as perdas antes que analistas olhem com cuidado aos números", disse. "Porém, diante de uma crise cada vez mais profunda, a previsão é de que os contadores olhem com um cuidado cada vez maior as contas das empresas", disse Patel. NÚMEROS US$ 1,5 bilhão é o total de fraudes financeiras já identificadas no Reino Unido, segundo os números da KPMG US$ 1 bilhão é o valor estimado das fraudes já reveladas na Suíça US$ 700 milhões é quanto chegam as fraudes na Espanha até o momento US$ 50 bilhões é a estimativa de perdas nos fundos geridos por Bernard Madoff

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