Opinião|Galípolo precisa aprender com os erros do passado, como os do presidente do Fed Arthur F. Burns


Desejamos sorte e esperamos que ele frustre as expectativas e mantenha postura ortodoxa que tem exposto

Por Luiz Antonio de Lima Junior

No Brasil, o papel do economista é desafiador, especialmente no que diz respeito a previsões. Mas uma previsão que parece segura é de que Gabriel Galípolo assumirá a presidência do Banco Central em janeiro de 2025. Em torno dessa futura presidência, pairam muitas expectativas negativas dos agentes. Neste artigo, relembramos um famoso presidente do Fed que frustrou todas as expectativas quanto à sua atuação e que deveria servir de inspiração para Galípolo: Arthur F. Burns.

Sobre poucos presidentes do Fed houve tantas expectativas quanto sobre Burns. Além de ser um acadêmico muito reconhecido, quando se tornou a principal autoridade em política monetária nos Estados Unidos, talvez não houvesse economista mais capacitado para controlar a inflação, que começava a se tornar perigosa com a farra fiscal de Lyndon B. Johnson.

Burns assumiu o cargo com a inflação em 5,5% (1969) e entregou com a inflação em 6,5% (1977). Durante seus oito anos de mandato, a inflação média dos EUA foi de 6,5%, enquanto na década de 1960 a inflação média foi de 2,4%. Alguns podem atribuir a inflação da década de 1970 aos choques do petróleo, ao rompimento de Bretton Woods e às políticas keynesianas do presidente republicano Richard Nixon. No entanto, o próprio Burns, após seu mandato, “reconheceu” equívocos ao não conseguir conter a espiral inflacionária nos EUA.

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Alguns amigos e ex-alunos de Burns, muitos dos quais laureados com o Nobel de Economia, tinham dificuldade em criticá-lo e colocavam a culpa na pressão do presidente Nixon por uma política monetária expansionista e na ilusão keynesiana da Curva de Phillips. E aqui voltamos ao Brasil.

Gabriel Galípolo foi aprovado de forma tranquila pelo Senado após sabatina Foto: Wilton Junior / Estadão

No passado, Galípolo escreveu com economistas considerados excêntricos e defendeu muitas ideias heterodoxas. O medo do mercado com relação a ele é bem justificado.

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No entanto, Galípolo afirmou que fará o que for necessário para combater a inflação, que está aumentando em grande parte devido aos ruídos econômicos e à falta de responsabilidade fiscal do presidente da República em exercício (irresponsabilidade também presente no último ano do governo anterior).

Desejamos sorte a Galípolo e esperamos que ele frustre as expectativas negativas e mantenha a postura ortodoxa que tem exposto. Diferentemente do que pensam alguns de seus colegas da Unicamp e da UFRJ, o Bacen não controla a taxa de juros, apenas influencia no curto prazo. A última vez que os heterodoxos assumiram o comando tivemos a depressão econômica de 2015/2016. Precisamos aprender com os erros do passado.

No Brasil, o papel do economista é desafiador, especialmente no que diz respeito a previsões. Mas uma previsão que parece segura é de que Gabriel Galípolo assumirá a presidência do Banco Central em janeiro de 2025. Em torno dessa futura presidência, pairam muitas expectativas negativas dos agentes. Neste artigo, relembramos um famoso presidente do Fed que frustrou todas as expectativas quanto à sua atuação e que deveria servir de inspiração para Galípolo: Arthur F. Burns.

Sobre poucos presidentes do Fed houve tantas expectativas quanto sobre Burns. Além de ser um acadêmico muito reconhecido, quando se tornou a principal autoridade em política monetária nos Estados Unidos, talvez não houvesse economista mais capacitado para controlar a inflação, que começava a se tornar perigosa com a farra fiscal de Lyndon B. Johnson.

Burns assumiu o cargo com a inflação em 5,5% (1969) e entregou com a inflação em 6,5% (1977). Durante seus oito anos de mandato, a inflação média dos EUA foi de 6,5%, enquanto na década de 1960 a inflação média foi de 2,4%. Alguns podem atribuir a inflação da década de 1970 aos choques do petróleo, ao rompimento de Bretton Woods e às políticas keynesianas do presidente republicano Richard Nixon. No entanto, o próprio Burns, após seu mandato, “reconheceu” equívocos ao não conseguir conter a espiral inflacionária nos EUA.

Alguns amigos e ex-alunos de Burns, muitos dos quais laureados com o Nobel de Economia, tinham dificuldade em criticá-lo e colocavam a culpa na pressão do presidente Nixon por uma política monetária expansionista e na ilusão keynesiana da Curva de Phillips. E aqui voltamos ao Brasil.

Gabriel Galípolo foi aprovado de forma tranquila pelo Senado após sabatina Foto: Wilton Junior / Estadão

No passado, Galípolo escreveu com economistas considerados excêntricos e defendeu muitas ideias heterodoxas. O medo do mercado com relação a ele é bem justificado.

No entanto, Galípolo afirmou que fará o que for necessário para combater a inflação, que está aumentando em grande parte devido aos ruídos econômicos e à falta de responsabilidade fiscal do presidente da República em exercício (irresponsabilidade também presente no último ano do governo anterior).

Desejamos sorte a Galípolo e esperamos que ele frustre as expectativas negativas e mantenha a postura ortodoxa que tem exposto. Diferentemente do que pensam alguns de seus colegas da Unicamp e da UFRJ, o Bacen não controla a taxa de juros, apenas influencia no curto prazo. A última vez que os heterodoxos assumiram o comando tivemos a depressão econômica de 2015/2016. Precisamos aprender com os erros do passado.

No Brasil, o papel do economista é desafiador, especialmente no que diz respeito a previsões. Mas uma previsão que parece segura é de que Gabriel Galípolo assumirá a presidência do Banco Central em janeiro de 2025. Em torno dessa futura presidência, pairam muitas expectativas negativas dos agentes. Neste artigo, relembramos um famoso presidente do Fed que frustrou todas as expectativas quanto à sua atuação e que deveria servir de inspiração para Galípolo: Arthur F. Burns.

Sobre poucos presidentes do Fed houve tantas expectativas quanto sobre Burns. Além de ser um acadêmico muito reconhecido, quando se tornou a principal autoridade em política monetária nos Estados Unidos, talvez não houvesse economista mais capacitado para controlar a inflação, que começava a se tornar perigosa com a farra fiscal de Lyndon B. Johnson.

Burns assumiu o cargo com a inflação em 5,5% (1969) e entregou com a inflação em 6,5% (1977). Durante seus oito anos de mandato, a inflação média dos EUA foi de 6,5%, enquanto na década de 1960 a inflação média foi de 2,4%. Alguns podem atribuir a inflação da década de 1970 aos choques do petróleo, ao rompimento de Bretton Woods e às políticas keynesianas do presidente republicano Richard Nixon. No entanto, o próprio Burns, após seu mandato, “reconheceu” equívocos ao não conseguir conter a espiral inflacionária nos EUA.

Alguns amigos e ex-alunos de Burns, muitos dos quais laureados com o Nobel de Economia, tinham dificuldade em criticá-lo e colocavam a culpa na pressão do presidente Nixon por uma política monetária expansionista e na ilusão keynesiana da Curva de Phillips. E aqui voltamos ao Brasil.

Gabriel Galípolo foi aprovado de forma tranquila pelo Senado após sabatina Foto: Wilton Junior / Estadão

No passado, Galípolo escreveu com economistas considerados excêntricos e defendeu muitas ideias heterodoxas. O medo do mercado com relação a ele é bem justificado.

No entanto, Galípolo afirmou que fará o que for necessário para combater a inflação, que está aumentando em grande parte devido aos ruídos econômicos e à falta de responsabilidade fiscal do presidente da República em exercício (irresponsabilidade também presente no último ano do governo anterior).

Desejamos sorte a Galípolo e esperamos que ele frustre as expectativas negativas e mantenha a postura ortodoxa que tem exposto. Diferentemente do que pensam alguns de seus colegas da Unicamp e da UFRJ, o Bacen não controla a taxa de juros, apenas influencia no curto prazo. A última vez que os heterodoxos assumiram o comando tivemos a depressão econômica de 2015/2016. Precisamos aprender com os erros do passado.

No Brasil, o papel do economista é desafiador, especialmente no que diz respeito a previsões. Mas uma previsão que parece segura é de que Gabriel Galípolo assumirá a presidência do Banco Central em janeiro de 2025. Em torno dessa futura presidência, pairam muitas expectativas negativas dos agentes. Neste artigo, relembramos um famoso presidente do Fed que frustrou todas as expectativas quanto à sua atuação e que deveria servir de inspiração para Galípolo: Arthur F. Burns.

Sobre poucos presidentes do Fed houve tantas expectativas quanto sobre Burns. Além de ser um acadêmico muito reconhecido, quando se tornou a principal autoridade em política monetária nos Estados Unidos, talvez não houvesse economista mais capacitado para controlar a inflação, que começava a se tornar perigosa com a farra fiscal de Lyndon B. Johnson.

Burns assumiu o cargo com a inflação em 5,5% (1969) e entregou com a inflação em 6,5% (1977). Durante seus oito anos de mandato, a inflação média dos EUA foi de 6,5%, enquanto na década de 1960 a inflação média foi de 2,4%. Alguns podem atribuir a inflação da década de 1970 aos choques do petróleo, ao rompimento de Bretton Woods e às políticas keynesianas do presidente republicano Richard Nixon. No entanto, o próprio Burns, após seu mandato, “reconheceu” equívocos ao não conseguir conter a espiral inflacionária nos EUA.

Alguns amigos e ex-alunos de Burns, muitos dos quais laureados com o Nobel de Economia, tinham dificuldade em criticá-lo e colocavam a culpa na pressão do presidente Nixon por uma política monetária expansionista e na ilusão keynesiana da Curva de Phillips. E aqui voltamos ao Brasil.

Gabriel Galípolo foi aprovado de forma tranquila pelo Senado após sabatina Foto: Wilton Junior / Estadão

No passado, Galípolo escreveu com economistas considerados excêntricos e defendeu muitas ideias heterodoxas. O medo do mercado com relação a ele é bem justificado.

No entanto, Galípolo afirmou que fará o que for necessário para combater a inflação, que está aumentando em grande parte devido aos ruídos econômicos e à falta de responsabilidade fiscal do presidente da República em exercício (irresponsabilidade também presente no último ano do governo anterior).

Desejamos sorte a Galípolo e esperamos que ele frustre as expectativas negativas e mantenha a postura ortodoxa que tem exposto. Diferentemente do que pensam alguns de seus colegas da Unicamp e da UFRJ, o Bacen não controla a taxa de juros, apenas influencia no curto prazo. A última vez que os heterodoxos assumiram o comando tivemos a depressão econômica de 2015/2016. Precisamos aprender com os erros do passado.

Opinião por Luiz Antonio de Lima Junior

Professor do Departamento de Economia da UFJF/GV

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