Gestora vence leilão da BR-381, conhecida como ‘Rodovia da Morte’, em Minas Gerais


Licitação ocorreu na tarde desta quinta-feira na B3; desconto na tarifa básica foi de 0,94%

Por Elisa Calmon
Atualização:

Após três tentativas mal sucedidas, a BR-381, conhecida como “Rodovia da Morte”, enfim será repassada para a iniciativa privada. A gestora 4UM arrematou a concessão do trecho entre Governador Valadares e Belo Horizonte (MG) em leilão promovido na sede da B3, em São Paulo, nesta quinta-feira, 29. A estreante em certames rodoviários apresentou a proposta vencedora que representa um desconto de 0,94% em relação à tarifa básica de pedágio. Para a pista simples, o valor base era de R$ 16,04 por 100 km e para a pista dupla, R$ 22,46 por 100 km.

A concessão contempla um trecho de cerca de 300 quilômetros da rodovia mineira, ligando Belo Horizonte a Governador Valadares. O contrato de 30 anos prevê cerca de R$ 9 bilhões em investimentos, incluindo capex e opex (investimento e custo operacional). Deste montante, $ 5,6 bilhões serão em investimentos e R$ 3,7 bilhões para despesas operacionais.

Para o ministro dos Transportes, Renan Filho, mais importante do que o tamanho do desconto é garantir a entrega das melhorias no trecho conhecido como “Rodovia da Morte”. “Não adiante ter um desconto grande e obras não serem entregues”, afirmou o ministro. Ele também viu com bons olhos a distância pequena entre as duas propostas apresentadas.

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Enquanto a 4UM ofertou 0,94%, a outra proponente, Opportunity, ofereceu um desconto de 0,10%. Para o ministro, este é um indício de que o projeto foi bem estruturado. “Este é o maior desafio de engenharia rodoviária do Brasil. Por isso, ter dois interessados é uma grandiosa vitória”, afirmou.

Renan filho também destacou o fato das duas participantes serem estreantes em leilões rodoviários. O ministro reforçou que o objetivo é continuar atraindo novos players para os certames. “A parceria público-privada é o caminho para resolver os problemas de infraestrutura do País”, complementou.

A vitória da BR-381 marca a estreia da 4UM, gestora de recursos com mais de R$ 7 bilhões sob gestão, no setor de infraestrutura. A administradora, sediada em Curitiba (PR), concluiu no mês de agosto a estruturação de um fundo de investimento em participações para atuar nos próximos leilões de rodovias.

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Leilão de rodovia mineira ocorreu nesta quinta-feira na B3 

Entre os cotistas do 4UM FIP-IE I, estão as famílias Malucelli, Salazar, Federmann e Backheuser, acionistas das empresas MLC, Aterpa, Senpar e Carioca Engenharia. “Sabemos do tamanho do desafio, mas estamos seguros sobre capacidade de execução”, diz o presidente da gestora curitibana, Leonardo Boguszewski.

Segundo ele, a empresa deve financiar o projeto por meio da combinação de equity e dívidas. O executivo destacou que, até o momento, o fundo levantou R$ 800 milhões para a primeira etapa do empreendimento, enquanto segue aberto a outras captações e oportunidades.

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Com 30 anos de trajetória e R$ 60 bilhões em ativos sob gestão, a Opportunity também participou pela primeira vez de um leilão rodoviário. A gestora independente de renda variável ofereceu um desconto de 0,10% em relação à tarifa básica. Com duas propostas válidas, a disputa foi à viva-voz. Contudo, a Opportunity não teve interesse em participar desta etapa, consagrando a 4UM como vencedora.

O projeto passou por aprimoramentos desde o final de 2023, quando ocorreu a última tentativa frustrada de leiloar o ativo. No entanto, a estreante 4UM ainda deve encontrar desafios. A BR-381 foi considerada a sexta rodovia mais perigosa do País em número de acidentes e mortes, segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgado no ano passado.

Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, o interesse de entrantes deve ser tendência na “maratona” de leilões de rodovias federais previstas até o final do ano. A agenda inclui oito certames nos próximos meses, incluindo o de hoje.

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Maratona

No total, o governo deverá licitar nos oito leilões até o fim do ano 3,5 mil km de rodovias entre Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. Entre investimentos e despesas operacionais para a manutenção das vias, as empresas terão de injetar mais de R$ 70 bilhões nas estradas ao longo do contrato, normalmente de 30 anos.

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Após três tentativas mal sucedidas, a BR-381, conhecida como “Rodovia da Morte”, enfim será repassada para a iniciativa privada. A gestora 4UM arrematou a concessão do trecho entre Governador Valadares e Belo Horizonte (MG) em leilão promovido na sede da B3, em São Paulo, nesta quinta-feira, 29. A estreante em certames rodoviários apresentou a proposta vencedora que representa um desconto de 0,94% em relação à tarifa básica de pedágio. Para a pista simples, o valor base era de R$ 16,04 por 100 km e para a pista dupla, R$ 22,46 por 100 km.

A concessão contempla um trecho de cerca de 300 quilômetros da rodovia mineira, ligando Belo Horizonte a Governador Valadares. O contrato de 30 anos prevê cerca de R$ 9 bilhões em investimentos, incluindo capex e opex (investimento e custo operacional). Deste montante, $ 5,6 bilhões serão em investimentos e R$ 3,7 bilhões para despesas operacionais.

Para o ministro dos Transportes, Renan Filho, mais importante do que o tamanho do desconto é garantir a entrega das melhorias no trecho conhecido como “Rodovia da Morte”. “Não adiante ter um desconto grande e obras não serem entregues”, afirmou o ministro. Ele também viu com bons olhos a distância pequena entre as duas propostas apresentadas.

Enquanto a 4UM ofertou 0,94%, a outra proponente, Opportunity, ofereceu um desconto de 0,10%. Para o ministro, este é um indício de que o projeto foi bem estruturado. “Este é o maior desafio de engenharia rodoviária do Brasil. Por isso, ter dois interessados é uma grandiosa vitória”, afirmou.

Renan filho também destacou o fato das duas participantes serem estreantes em leilões rodoviários. O ministro reforçou que o objetivo é continuar atraindo novos players para os certames. “A parceria público-privada é o caminho para resolver os problemas de infraestrutura do País”, complementou.

A vitória da BR-381 marca a estreia da 4UM, gestora de recursos com mais de R$ 7 bilhões sob gestão, no setor de infraestrutura. A administradora, sediada em Curitiba (PR), concluiu no mês de agosto a estruturação de um fundo de investimento em participações para atuar nos próximos leilões de rodovias.

Leilão de rodovia mineira ocorreu nesta quinta-feira na B3 

Entre os cotistas do 4UM FIP-IE I, estão as famílias Malucelli, Salazar, Federmann e Backheuser, acionistas das empresas MLC, Aterpa, Senpar e Carioca Engenharia. “Sabemos do tamanho do desafio, mas estamos seguros sobre capacidade de execução”, diz o presidente da gestora curitibana, Leonardo Boguszewski.

Segundo ele, a empresa deve financiar o projeto por meio da combinação de equity e dívidas. O executivo destacou que, até o momento, o fundo levantou R$ 800 milhões para a primeira etapa do empreendimento, enquanto segue aberto a outras captações e oportunidades.

Com 30 anos de trajetória e R$ 60 bilhões em ativos sob gestão, a Opportunity também participou pela primeira vez de um leilão rodoviário. A gestora independente de renda variável ofereceu um desconto de 0,10% em relação à tarifa básica. Com duas propostas válidas, a disputa foi à viva-voz. Contudo, a Opportunity não teve interesse em participar desta etapa, consagrando a 4UM como vencedora.

O projeto passou por aprimoramentos desde o final de 2023, quando ocorreu a última tentativa frustrada de leiloar o ativo. No entanto, a estreante 4UM ainda deve encontrar desafios. A BR-381 foi considerada a sexta rodovia mais perigosa do País em número de acidentes e mortes, segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgado no ano passado.

Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, o interesse de entrantes deve ser tendência na “maratona” de leilões de rodovias federais previstas até o final do ano. A agenda inclui oito certames nos próximos meses, incluindo o de hoje.

Maratona

No total, o governo deverá licitar nos oito leilões até o fim do ano 3,5 mil km de rodovias entre Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. Entre investimentos e despesas operacionais para a manutenção das vias, as empresas terão de injetar mais de R$ 70 bilhões nas estradas ao longo do contrato, normalmente de 30 anos.

Após três tentativas mal sucedidas, a BR-381, conhecida como “Rodovia da Morte”, enfim será repassada para a iniciativa privada. A gestora 4UM arrematou a concessão do trecho entre Governador Valadares e Belo Horizonte (MG) em leilão promovido na sede da B3, em São Paulo, nesta quinta-feira, 29. A estreante em certames rodoviários apresentou a proposta vencedora que representa um desconto de 0,94% em relação à tarifa básica de pedágio. Para a pista simples, o valor base era de R$ 16,04 por 100 km e para a pista dupla, R$ 22,46 por 100 km.

A concessão contempla um trecho de cerca de 300 quilômetros da rodovia mineira, ligando Belo Horizonte a Governador Valadares. O contrato de 30 anos prevê cerca de R$ 9 bilhões em investimentos, incluindo capex e opex (investimento e custo operacional). Deste montante, $ 5,6 bilhões serão em investimentos e R$ 3,7 bilhões para despesas operacionais.

Para o ministro dos Transportes, Renan Filho, mais importante do que o tamanho do desconto é garantir a entrega das melhorias no trecho conhecido como “Rodovia da Morte”. “Não adiante ter um desconto grande e obras não serem entregues”, afirmou o ministro. Ele também viu com bons olhos a distância pequena entre as duas propostas apresentadas.

Enquanto a 4UM ofertou 0,94%, a outra proponente, Opportunity, ofereceu um desconto de 0,10%. Para o ministro, este é um indício de que o projeto foi bem estruturado. “Este é o maior desafio de engenharia rodoviária do Brasil. Por isso, ter dois interessados é uma grandiosa vitória”, afirmou.

Renan filho também destacou o fato das duas participantes serem estreantes em leilões rodoviários. O ministro reforçou que o objetivo é continuar atraindo novos players para os certames. “A parceria público-privada é o caminho para resolver os problemas de infraestrutura do País”, complementou.

A vitória da BR-381 marca a estreia da 4UM, gestora de recursos com mais de R$ 7 bilhões sob gestão, no setor de infraestrutura. A administradora, sediada em Curitiba (PR), concluiu no mês de agosto a estruturação de um fundo de investimento em participações para atuar nos próximos leilões de rodovias.

Leilão de rodovia mineira ocorreu nesta quinta-feira na B3 

Entre os cotistas do 4UM FIP-IE I, estão as famílias Malucelli, Salazar, Federmann e Backheuser, acionistas das empresas MLC, Aterpa, Senpar e Carioca Engenharia. “Sabemos do tamanho do desafio, mas estamos seguros sobre capacidade de execução”, diz o presidente da gestora curitibana, Leonardo Boguszewski.

Segundo ele, a empresa deve financiar o projeto por meio da combinação de equity e dívidas. O executivo destacou que, até o momento, o fundo levantou R$ 800 milhões para a primeira etapa do empreendimento, enquanto segue aberto a outras captações e oportunidades.

Com 30 anos de trajetória e R$ 60 bilhões em ativos sob gestão, a Opportunity também participou pela primeira vez de um leilão rodoviário. A gestora independente de renda variável ofereceu um desconto de 0,10% em relação à tarifa básica. Com duas propostas válidas, a disputa foi à viva-voz. Contudo, a Opportunity não teve interesse em participar desta etapa, consagrando a 4UM como vencedora.

O projeto passou por aprimoramentos desde o final de 2023, quando ocorreu a última tentativa frustrada de leiloar o ativo. No entanto, a estreante 4UM ainda deve encontrar desafios. A BR-381 foi considerada a sexta rodovia mais perigosa do País em número de acidentes e mortes, segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgado no ano passado.

Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, o interesse de entrantes deve ser tendência na “maratona” de leilões de rodovias federais previstas até o final do ano. A agenda inclui oito certames nos próximos meses, incluindo o de hoje.

Maratona

No total, o governo deverá licitar nos oito leilões até o fim do ano 3,5 mil km de rodovias entre Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. Entre investimentos e despesas operacionais para a manutenção das vias, as empresas terão de injetar mais de R$ 70 bilhões nas estradas ao longo do contrato, normalmente de 30 anos.

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