SÃO PAULO - A General Motors (GM) enviou neste sábado, 21, telegramas comunicando a demissão de funcionários das fábricas de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo. Em nota, a montadora afirma que a decisão deve-se à necessidade de adequar o quadro nas fábricas paulistas por conta da queda nas vendas internas e nas exportações.
A companhia ocupa atualmente a terceira posição no mercado brasileiro, com 14,9% de participação, atrás da Volkswagen, com 15,9%, e da Fiat, com 23%.
A medida, segundo a empresa, foi tomada após várias tentativas de ajustes, como a suspensão temporária de contratos de trabalho, o chamado layoff, férias coletivas e dias de folga, além da proposta, rejeitada pelos trabalhadores, de abertura de um programa de demissões voluntárias.
“Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”, diz a GM. A montadora não informou o número total de trabalhadores demitidos.
Sindicato vê quebra de acordo
O sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos afirma ter recebido a notícia com surpresa, e acusa a empresa de não cumprir um acordo de manutenção dos empregos. Na unidade, a GM produz o utilitário esportivo TrailBlazer e a picape S10.
O sindicato convocou todos metalúrgicos da companhia para uma assembleia neste domingo, 22, às 10h, na sede da entidade. “Desde já, a entidade exige o cancelamento de todas as demissões e a reintegração de todos os trabalhadores”, diz o comunicado.