Google vai dar incentivo a soluções tecnológicas que combatam mudanças climáticas no País


Iniciativas serão escolhidas pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS); será lançado um edital no início de 2025 para atrair projetos feitos a partir de soluções baseadas na natureza

Por Cristiane Barbieri

O Google está doando cerca de R$ 20 milhões para apoiar projetos que utilizem inteligência artificial (IA) e outras tecnologias no combate às mudanças climáticas no Brasil, nos próximos três anos. As iniciativas serão escolhidas pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), entidade filantrópica que já repassou R$ 518 milhões em doações a projetos ligados ao tema, nos últimos nove anos.

Será lançado um edital no início do próximo ano, com a intenção de atrair projetos feitos a partir de soluções baseadas na natureza, como são chamados a gestão e o uso sustentável de recursos e processos naturais para enfrentar desafios socioambientais. Entre eles, podem estar soluções que reduzam as emissões de gases de efeito estufa, combatam o desmatamento e eventos climáticos extremos, bem como promovam o desenvolvimento sustentável local.

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Percepção com a urgência pelas soluções ambientais tem crescido de maneira exponencial, diz Coelho  Foto: Luciana Aith

A doação é a maior já feita por meio da Google.org, organização filantrópica da big tech, à América Latina. Nos últimos dez anos, a entidade doou US$ 4,5 milhões a projetos voltados à sustentabilidade no País. “A tecnologia pode fazer as buscas por soluções darem um salto e ganharem escala inédita”, diz Fabio Coelho, presidente do Google Brasil. “O Brasil está no centro das discussões sobre o tema e a COP-30, que acontecerá no ano que vem em Belém, irá tornar esse protagonismo ainda mais relevante.”

A empresa já apoiou dezenas de projetos no Brasil, mas de menor porte. No ano passado, por exemplo, o Google.org doou US$ 500 mil para a The Nature Conservancy dar visibilidade à origem da madeira vendida no País e coibir a exploração ilegal. A mesma quantia foi destinada à Fundação Amazônia Sustentável (FAS) para apoiar empresas lideradas por mulheres indígenas.

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Além disso, há diferentes iniciativas de aprimoramento tecnológico para monitoramento de florestas e alertas de desmatamento e queimadas, previsão de enchentes e redução de emissão de gás carbônico nas cidades, sempre em parceria com autoridades governamentais nessas áreas. O objetivo é aprimorar as soluções por meio do uso de dados.

Para Coelho, a percepção com a urgência pelas soluções tem crescido de maneira exponencial. Mais do que destinar recursos ao Brasil, a decisão do Google.org foi pensada no planeta. “O papel da Amazônia como regulador de temperatura global e todas as tragédias climáticas que vêm se sucedendo evidenciam essa necessidade”, diz Coelho. Ao fazer a doação, a empresa também pretende estimular outras companhias a fazerem movimento semelhante.

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“As soluções baseadas na natureza muitas vezes são difíceis de destravar porque podem incluir um espectro bastante amplo, que vão desde programas de restauração de áreas degradadas a conservação de florestas em pé, promoção da bioeconomia, agricultura regenerativa, geração de energia com biocombustíveis de segunda geração”, afirma Maria Netto, diretora executiva do iCS. “Apesar de o Brasil ter uma enorme oportunidade para isso, são difíceis de escalar e têm suas dificuldades também de acontecer.”

Para ela, as soluções tecnológicas têm um potencial interessante porque podem oferecer formas de monitorar, organizar e interpretar dados. “Elas podem servir, por exemplo, para o uso da tokenização que demonstre como florestas estão sendo gestadas”, afirma. “Também dar capacidade de acesso a financiamento a populações mais pobres, com inclusão financeira e inovação tecnológica ou promover formas mais transparentes de como uma política pública está sendo aplicada.”

Após a seleção dos projetos, o iCS acompanhará os trabalhos para entender o resultado das soluções aplicadas e se podem ser replicadas ou mesmo associadas a outras iniciativas desenvolvidas pela organização, com diferentes doadores.

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O Brasil disputou os recursos do Google.org com outros países nos quais a empresa tem operações. A entidade faz doações nesse sentido com regularidade. Em um dos projetos recentes, destinou US$ 30 milhões para acelerar avanços tecnológicos em informação e ações contra mudanças climáticas. Selecionou organizações que receberam fundos e expertise técnica. Entre os projetos apoiados está um que usa dados de satélite e IA para acompanhar o degelo do Ártico ou outro que entende os efeitos das mudanças climáticas em manguezais.

Segundo Coelho, a subsidiária do Google não terá benefícios tributários com a doação. Os recursos e os ganhos trazidos pelas iniciativas, porém, poderão servir para compor a meta de neutralidade de emissões da corporação, até 2030. Ele também nega que a iniciativa seja uma forma de melhorar a imagem do Google junto à opinião pública, por conta de debates em políticas públicas em andamento. “O Google.org é uma entidade separada, que só olha projetos filantrópicos”, diz. “É uma atuação de longo prazo que não coincide com outras pautas em andamento no negócio em si.”

O Google está doando cerca de R$ 20 milhões para apoiar projetos que utilizem inteligência artificial (IA) e outras tecnologias no combate às mudanças climáticas no Brasil, nos próximos três anos. As iniciativas serão escolhidas pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), entidade filantrópica que já repassou R$ 518 milhões em doações a projetos ligados ao tema, nos últimos nove anos.

Será lançado um edital no início do próximo ano, com a intenção de atrair projetos feitos a partir de soluções baseadas na natureza, como são chamados a gestão e o uso sustentável de recursos e processos naturais para enfrentar desafios socioambientais. Entre eles, podem estar soluções que reduzam as emissões de gases de efeito estufa, combatam o desmatamento e eventos climáticos extremos, bem como promovam o desenvolvimento sustentável local.

Percepção com a urgência pelas soluções ambientais tem crescido de maneira exponencial, diz Coelho  Foto: Luciana Aith

A doação é a maior já feita por meio da Google.org, organização filantrópica da big tech, à América Latina. Nos últimos dez anos, a entidade doou US$ 4,5 milhões a projetos voltados à sustentabilidade no País. “A tecnologia pode fazer as buscas por soluções darem um salto e ganharem escala inédita”, diz Fabio Coelho, presidente do Google Brasil. “O Brasil está no centro das discussões sobre o tema e a COP-30, que acontecerá no ano que vem em Belém, irá tornar esse protagonismo ainda mais relevante.”

A empresa já apoiou dezenas de projetos no Brasil, mas de menor porte. No ano passado, por exemplo, o Google.org doou US$ 500 mil para a The Nature Conservancy dar visibilidade à origem da madeira vendida no País e coibir a exploração ilegal. A mesma quantia foi destinada à Fundação Amazônia Sustentável (FAS) para apoiar empresas lideradas por mulheres indígenas.

Além disso, há diferentes iniciativas de aprimoramento tecnológico para monitoramento de florestas e alertas de desmatamento e queimadas, previsão de enchentes e redução de emissão de gás carbônico nas cidades, sempre em parceria com autoridades governamentais nessas áreas. O objetivo é aprimorar as soluções por meio do uso de dados.

Para Coelho, a percepção com a urgência pelas soluções tem crescido de maneira exponencial. Mais do que destinar recursos ao Brasil, a decisão do Google.org foi pensada no planeta. “O papel da Amazônia como regulador de temperatura global e todas as tragédias climáticas que vêm se sucedendo evidenciam essa necessidade”, diz Coelho. Ao fazer a doação, a empresa também pretende estimular outras companhias a fazerem movimento semelhante.

“As soluções baseadas na natureza muitas vezes são difíceis de destravar porque podem incluir um espectro bastante amplo, que vão desde programas de restauração de áreas degradadas a conservação de florestas em pé, promoção da bioeconomia, agricultura regenerativa, geração de energia com biocombustíveis de segunda geração”, afirma Maria Netto, diretora executiva do iCS. “Apesar de o Brasil ter uma enorme oportunidade para isso, são difíceis de escalar e têm suas dificuldades também de acontecer.”

Para ela, as soluções tecnológicas têm um potencial interessante porque podem oferecer formas de monitorar, organizar e interpretar dados. “Elas podem servir, por exemplo, para o uso da tokenização que demonstre como florestas estão sendo gestadas”, afirma. “Também dar capacidade de acesso a financiamento a populações mais pobres, com inclusão financeira e inovação tecnológica ou promover formas mais transparentes de como uma política pública está sendo aplicada.”

Após a seleção dos projetos, o iCS acompanhará os trabalhos para entender o resultado das soluções aplicadas e se podem ser replicadas ou mesmo associadas a outras iniciativas desenvolvidas pela organização, com diferentes doadores.

O Brasil disputou os recursos do Google.org com outros países nos quais a empresa tem operações. A entidade faz doações nesse sentido com regularidade. Em um dos projetos recentes, destinou US$ 30 milhões para acelerar avanços tecnológicos em informação e ações contra mudanças climáticas. Selecionou organizações que receberam fundos e expertise técnica. Entre os projetos apoiados está um que usa dados de satélite e IA para acompanhar o degelo do Ártico ou outro que entende os efeitos das mudanças climáticas em manguezais.

Segundo Coelho, a subsidiária do Google não terá benefícios tributários com a doação. Os recursos e os ganhos trazidos pelas iniciativas, porém, poderão servir para compor a meta de neutralidade de emissões da corporação, até 2030. Ele também nega que a iniciativa seja uma forma de melhorar a imagem do Google junto à opinião pública, por conta de debates em políticas públicas em andamento. “O Google.org é uma entidade separada, que só olha projetos filantrópicos”, diz. “É uma atuação de longo prazo que não coincide com outras pautas em andamento no negócio em si.”

O Google está doando cerca de R$ 20 milhões para apoiar projetos que utilizem inteligência artificial (IA) e outras tecnologias no combate às mudanças climáticas no Brasil, nos próximos três anos. As iniciativas serão escolhidas pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), entidade filantrópica que já repassou R$ 518 milhões em doações a projetos ligados ao tema, nos últimos nove anos.

Será lançado um edital no início do próximo ano, com a intenção de atrair projetos feitos a partir de soluções baseadas na natureza, como são chamados a gestão e o uso sustentável de recursos e processos naturais para enfrentar desafios socioambientais. Entre eles, podem estar soluções que reduzam as emissões de gases de efeito estufa, combatam o desmatamento e eventos climáticos extremos, bem como promovam o desenvolvimento sustentável local.

Percepção com a urgência pelas soluções ambientais tem crescido de maneira exponencial, diz Coelho  Foto: Luciana Aith

A doação é a maior já feita por meio da Google.org, organização filantrópica da big tech, à América Latina. Nos últimos dez anos, a entidade doou US$ 4,5 milhões a projetos voltados à sustentabilidade no País. “A tecnologia pode fazer as buscas por soluções darem um salto e ganharem escala inédita”, diz Fabio Coelho, presidente do Google Brasil. “O Brasil está no centro das discussões sobre o tema e a COP-30, que acontecerá no ano que vem em Belém, irá tornar esse protagonismo ainda mais relevante.”

A empresa já apoiou dezenas de projetos no Brasil, mas de menor porte. No ano passado, por exemplo, o Google.org doou US$ 500 mil para a The Nature Conservancy dar visibilidade à origem da madeira vendida no País e coibir a exploração ilegal. A mesma quantia foi destinada à Fundação Amazônia Sustentável (FAS) para apoiar empresas lideradas por mulheres indígenas.

Além disso, há diferentes iniciativas de aprimoramento tecnológico para monitoramento de florestas e alertas de desmatamento e queimadas, previsão de enchentes e redução de emissão de gás carbônico nas cidades, sempre em parceria com autoridades governamentais nessas áreas. O objetivo é aprimorar as soluções por meio do uso de dados.

Para Coelho, a percepção com a urgência pelas soluções tem crescido de maneira exponencial. Mais do que destinar recursos ao Brasil, a decisão do Google.org foi pensada no planeta. “O papel da Amazônia como regulador de temperatura global e todas as tragédias climáticas que vêm se sucedendo evidenciam essa necessidade”, diz Coelho. Ao fazer a doação, a empresa também pretende estimular outras companhias a fazerem movimento semelhante.

“As soluções baseadas na natureza muitas vezes são difíceis de destravar porque podem incluir um espectro bastante amplo, que vão desde programas de restauração de áreas degradadas a conservação de florestas em pé, promoção da bioeconomia, agricultura regenerativa, geração de energia com biocombustíveis de segunda geração”, afirma Maria Netto, diretora executiva do iCS. “Apesar de o Brasil ter uma enorme oportunidade para isso, são difíceis de escalar e têm suas dificuldades também de acontecer.”

Para ela, as soluções tecnológicas têm um potencial interessante porque podem oferecer formas de monitorar, organizar e interpretar dados. “Elas podem servir, por exemplo, para o uso da tokenização que demonstre como florestas estão sendo gestadas”, afirma. “Também dar capacidade de acesso a financiamento a populações mais pobres, com inclusão financeira e inovação tecnológica ou promover formas mais transparentes de como uma política pública está sendo aplicada.”

Após a seleção dos projetos, o iCS acompanhará os trabalhos para entender o resultado das soluções aplicadas e se podem ser replicadas ou mesmo associadas a outras iniciativas desenvolvidas pela organização, com diferentes doadores.

O Brasil disputou os recursos do Google.org com outros países nos quais a empresa tem operações. A entidade faz doações nesse sentido com regularidade. Em um dos projetos recentes, destinou US$ 30 milhões para acelerar avanços tecnológicos em informação e ações contra mudanças climáticas. Selecionou organizações que receberam fundos e expertise técnica. Entre os projetos apoiados está um que usa dados de satélite e IA para acompanhar o degelo do Ártico ou outro que entende os efeitos das mudanças climáticas em manguezais.

Segundo Coelho, a subsidiária do Google não terá benefícios tributários com a doação. Os recursos e os ganhos trazidos pelas iniciativas, porém, poderão servir para compor a meta de neutralidade de emissões da corporação, até 2030. Ele também nega que a iniciativa seja uma forma de melhorar a imagem do Google junto à opinião pública, por conta de debates em políticas públicas em andamento. “O Google.org é uma entidade separada, que só olha projetos filantrópicos”, diz. “É uma atuação de longo prazo que não coincide com outras pautas em andamento no negócio em si.”

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