Cetip cria comitê para analisar normas e reforçar gestão


Empresa aposta em grupo conduzido por ex-executivo do BC para debater regras do setor financeiro

Por Malena Oliveira

A Cetip passa a ter, a partir de setembro, um grupo de trabalho dedicado a analisar legislação e normas do setor financeiro. A empresa, que registra títulos no mercado de balcão e financiamentos de veículos, aposta no comitê formado por oito pessoas para melhorar sua gestão e antecipar tendências. O grupo, formado por líderes de diversas áreas da empresa, dará apoio ao conselho de administração da companhia. Seu papel é analisar temas do ambiente regulatório e esclarecer pontos levados em conta nas decisões da alta cúpula. Quem preside os trabalhos é Sérgio Odilon, ex-chefe do departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central. Aposentado da instituição, Odilon trabalhou por quase quatro décadas com assuntos relacionados à estrutura do setor financeiro brasileiro.  O executivo vai conduzir o novo comitê da Cetip de maneira independente, como consultor. “A pauta regulatória é muito dinâmica, permanentemente há novas recomendações. Um comitê dessa natureza servirá para atualização”, explica. 

'A pauta regulatória é muito dinâmica', afirma Odilon Foto: Divulgação

Ele reforça que as decisões a serem tomadas pela Cetip dependem de sua diretoria executiva e de seu conselho de administração. Segundo Odilon, o grupo deve se reunir pelo menos uma vez por mês.  A Cetip, que já possui outros seis comitês, estuda a medida desde o ano passado. De acordo com Carlos Lobo, sócio do Veirano Advogados, o momento é oportuno. “É uma iniciativa positiva do ponto de vista da governança, pois é um assunto estratégico para a atuação da empresa”, afirma. Desde a última década, organizações no Brasil e no mundo têm investido pesado na busca por proteção contra crises e escândalos. No caso do setor financeiro, a crise de 2008 reforçou ainda mais essas preocupações, explica Lobo. “As medidas de regulação nos países atingidos pela crise foram reativas, enquanto no Brasil elas avançaram de forma preventiva”, destaca. A criação de grupos de especialistas para auxiliar os conselhos cresceu no ano passado, como aponta levantamento da consultoria KPMG. O estudo, feito com 235 empresas com ações na Bolsa, revela que somente os comitês de auditoria - os mais frequentes nessas companhias - passaram de 95 em 2013 para 103 em 2014.Investimento. As ações da Cetip são consideradas por analistas um bom investimento, apesar de os ventos não serem tão favoráveis para o mercado de ações no Brasil. O papel da empresa caiu 6,43% em agosto, mas ainda acumula uma valorização de 5,75% no ano. “A empresa tem um mix de receita muito grande e se beneficia disso ao longo do tempo”, diz o economista-chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira. A capacidade de geração de caixa da companhia e o baixo nível de endividamento fazem com que a empresa tenha um bom desempenho, diz. A crise no País, porém, cobra seu preço. A volatilidade da Bolsa e as incertezas no cenário político fizeram com que os papéis tivessem desempenho mais fraco no início do semestre. Além disso, a queda nos financiamentos de veículos impacta os números da companhia de maneira negativa.  O movimento, no entanto, é compensado pela procura por títulos de renda fixa - mais atrativos em tempos de juro básico mais alto -, como destaca o estrategista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira.  O analista aponta ainda outro fator que atrai o investidor: “Em 2014, a companhia passou a distribuir uma porção maior de proventos aos acionistas.”

A Cetip passa a ter, a partir de setembro, um grupo de trabalho dedicado a analisar legislação e normas do setor financeiro. A empresa, que registra títulos no mercado de balcão e financiamentos de veículos, aposta no comitê formado por oito pessoas para melhorar sua gestão e antecipar tendências. O grupo, formado por líderes de diversas áreas da empresa, dará apoio ao conselho de administração da companhia. Seu papel é analisar temas do ambiente regulatório e esclarecer pontos levados em conta nas decisões da alta cúpula. Quem preside os trabalhos é Sérgio Odilon, ex-chefe do departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central. Aposentado da instituição, Odilon trabalhou por quase quatro décadas com assuntos relacionados à estrutura do setor financeiro brasileiro.  O executivo vai conduzir o novo comitê da Cetip de maneira independente, como consultor. “A pauta regulatória é muito dinâmica, permanentemente há novas recomendações. Um comitê dessa natureza servirá para atualização”, explica. 

'A pauta regulatória é muito dinâmica', afirma Odilon Foto: Divulgação

Ele reforça que as decisões a serem tomadas pela Cetip dependem de sua diretoria executiva e de seu conselho de administração. Segundo Odilon, o grupo deve se reunir pelo menos uma vez por mês.  A Cetip, que já possui outros seis comitês, estuda a medida desde o ano passado. De acordo com Carlos Lobo, sócio do Veirano Advogados, o momento é oportuno. “É uma iniciativa positiva do ponto de vista da governança, pois é um assunto estratégico para a atuação da empresa”, afirma. Desde a última década, organizações no Brasil e no mundo têm investido pesado na busca por proteção contra crises e escândalos. No caso do setor financeiro, a crise de 2008 reforçou ainda mais essas preocupações, explica Lobo. “As medidas de regulação nos países atingidos pela crise foram reativas, enquanto no Brasil elas avançaram de forma preventiva”, destaca. A criação de grupos de especialistas para auxiliar os conselhos cresceu no ano passado, como aponta levantamento da consultoria KPMG. O estudo, feito com 235 empresas com ações na Bolsa, revela que somente os comitês de auditoria - os mais frequentes nessas companhias - passaram de 95 em 2013 para 103 em 2014.Investimento. As ações da Cetip são consideradas por analistas um bom investimento, apesar de os ventos não serem tão favoráveis para o mercado de ações no Brasil. O papel da empresa caiu 6,43% em agosto, mas ainda acumula uma valorização de 5,75% no ano. “A empresa tem um mix de receita muito grande e se beneficia disso ao longo do tempo”, diz o economista-chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira. A capacidade de geração de caixa da companhia e o baixo nível de endividamento fazem com que a empresa tenha um bom desempenho, diz. A crise no País, porém, cobra seu preço. A volatilidade da Bolsa e as incertezas no cenário político fizeram com que os papéis tivessem desempenho mais fraco no início do semestre. Além disso, a queda nos financiamentos de veículos impacta os números da companhia de maneira negativa.  O movimento, no entanto, é compensado pela procura por títulos de renda fixa - mais atrativos em tempos de juro básico mais alto -, como destaca o estrategista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira.  O analista aponta ainda outro fator que atrai o investidor: “Em 2014, a companhia passou a distribuir uma porção maior de proventos aos acionistas.”

A Cetip passa a ter, a partir de setembro, um grupo de trabalho dedicado a analisar legislação e normas do setor financeiro. A empresa, que registra títulos no mercado de balcão e financiamentos de veículos, aposta no comitê formado por oito pessoas para melhorar sua gestão e antecipar tendências. O grupo, formado por líderes de diversas áreas da empresa, dará apoio ao conselho de administração da companhia. Seu papel é analisar temas do ambiente regulatório e esclarecer pontos levados em conta nas decisões da alta cúpula. Quem preside os trabalhos é Sérgio Odilon, ex-chefe do departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central. Aposentado da instituição, Odilon trabalhou por quase quatro décadas com assuntos relacionados à estrutura do setor financeiro brasileiro.  O executivo vai conduzir o novo comitê da Cetip de maneira independente, como consultor. “A pauta regulatória é muito dinâmica, permanentemente há novas recomendações. Um comitê dessa natureza servirá para atualização”, explica. 

'A pauta regulatória é muito dinâmica', afirma Odilon Foto: Divulgação

Ele reforça que as decisões a serem tomadas pela Cetip dependem de sua diretoria executiva e de seu conselho de administração. Segundo Odilon, o grupo deve se reunir pelo menos uma vez por mês.  A Cetip, que já possui outros seis comitês, estuda a medida desde o ano passado. De acordo com Carlos Lobo, sócio do Veirano Advogados, o momento é oportuno. “É uma iniciativa positiva do ponto de vista da governança, pois é um assunto estratégico para a atuação da empresa”, afirma. Desde a última década, organizações no Brasil e no mundo têm investido pesado na busca por proteção contra crises e escândalos. No caso do setor financeiro, a crise de 2008 reforçou ainda mais essas preocupações, explica Lobo. “As medidas de regulação nos países atingidos pela crise foram reativas, enquanto no Brasil elas avançaram de forma preventiva”, destaca. A criação de grupos de especialistas para auxiliar os conselhos cresceu no ano passado, como aponta levantamento da consultoria KPMG. O estudo, feito com 235 empresas com ações na Bolsa, revela que somente os comitês de auditoria - os mais frequentes nessas companhias - passaram de 95 em 2013 para 103 em 2014.Investimento. As ações da Cetip são consideradas por analistas um bom investimento, apesar de os ventos não serem tão favoráveis para o mercado de ações no Brasil. O papel da empresa caiu 6,43% em agosto, mas ainda acumula uma valorização de 5,75% no ano. “A empresa tem um mix de receita muito grande e se beneficia disso ao longo do tempo”, diz o economista-chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira. A capacidade de geração de caixa da companhia e o baixo nível de endividamento fazem com que a empresa tenha um bom desempenho, diz. A crise no País, porém, cobra seu preço. A volatilidade da Bolsa e as incertezas no cenário político fizeram com que os papéis tivessem desempenho mais fraco no início do semestre. Além disso, a queda nos financiamentos de veículos impacta os números da companhia de maneira negativa.  O movimento, no entanto, é compensado pela procura por títulos de renda fixa - mais atrativos em tempos de juro básico mais alto -, como destaca o estrategista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira.  O analista aponta ainda outro fator que atrai o investidor: “Em 2014, a companhia passou a distribuir uma porção maior de proventos aos acionistas.”

A Cetip passa a ter, a partir de setembro, um grupo de trabalho dedicado a analisar legislação e normas do setor financeiro. A empresa, que registra títulos no mercado de balcão e financiamentos de veículos, aposta no comitê formado por oito pessoas para melhorar sua gestão e antecipar tendências. O grupo, formado por líderes de diversas áreas da empresa, dará apoio ao conselho de administração da companhia. Seu papel é analisar temas do ambiente regulatório e esclarecer pontos levados em conta nas decisões da alta cúpula. Quem preside os trabalhos é Sérgio Odilon, ex-chefe do departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central. Aposentado da instituição, Odilon trabalhou por quase quatro décadas com assuntos relacionados à estrutura do setor financeiro brasileiro.  O executivo vai conduzir o novo comitê da Cetip de maneira independente, como consultor. “A pauta regulatória é muito dinâmica, permanentemente há novas recomendações. Um comitê dessa natureza servirá para atualização”, explica. 

'A pauta regulatória é muito dinâmica', afirma Odilon Foto: Divulgação

Ele reforça que as decisões a serem tomadas pela Cetip dependem de sua diretoria executiva e de seu conselho de administração. Segundo Odilon, o grupo deve se reunir pelo menos uma vez por mês.  A Cetip, que já possui outros seis comitês, estuda a medida desde o ano passado. De acordo com Carlos Lobo, sócio do Veirano Advogados, o momento é oportuno. “É uma iniciativa positiva do ponto de vista da governança, pois é um assunto estratégico para a atuação da empresa”, afirma. Desde a última década, organizações no Brasil e no mundo têm investido pesado na busca por proteção contra crises e escândalos. No caso do setor financeiro, a crise de 2008 reforçou ainda mais essas preocupações, explica Lobo. “As medidas de regulação nos países atingidos pela crise foram reativas, enquanto no Brasil elas avançaram de forma preventiva”, destaca. A criação de grupos de especialistas para auxiliar os conselhos cresceu no ano passado, como aponta levantamento da consultoria KPMG. O estudo, feito com 235 empresas com ações na Bolsa, revela que somente os comitês de auditoria - os mais frequentes nessas companhias - passaram de 95 em 2013 para 103 em 2014.Investimento. As ações da Cetip são consideradas por analistas um bom investimento, apesar de os ventos não serem tão favoráveis para o mercado de ações no Brasil. O papel da empresa caiu 6,43% em agosto, mas ainda acumula uma valorização de 5,75% no ano. “A empresa tem um mix de receita muito grande e se beneficia disso ao longo do tempo”, diz o economista-chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira. A capacidade de geração de caixa da companhia e o baixo nível de endividamento fazem com que a empresa tenha um bom desempenho, diz. A crise no País, porém, cobra seu preço. A volatilidade da Bolsa e as incertezas no cenário político fizeram com que os papéis tivessem desempenho mais fraco no início do semestre. Além disso, a queda nos financiamentos de veículos impacta os números da companhia de maneira negativa.  O movimento, no entanto, é compensado pela procura por títulos de renda fixa - mais atrativos em tempos de juro básico mais alto -, como destaca o estrategista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira.  O analista aponta ainda outro fator que atrai o investidor: “Em 2014, a companhia passou a distribuir uma porção maior de proventos aos acionistas.”

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