Crise ética em empresas no Brasil motiva alta de postagens sobre governança na internet, diz estudo


Conforme a consultoria LLYC, que monitorou usuários de mídias digitais no País nos últimos dois anos, menções às palavras-chave do conceito corporativo cresceram quase 30%

Por Shagaly Ferreira

Crises recentes de ética e de gestão relacionadas a empresas brasileiras motivaram um aumento de menções aos temas de governança na internet. Segundo a consultoria global de assuntos públicos LLYC, nos últimos dois anos, ocorrências dessa natureza vistas em companhias do varejo e da mineração impulsionaram o interesse pelo assunto e fizeram os usuários de mídias digitais no País mencionar palavras-chave do conceito mais de 518 mil vezes.

De acordo com os dados do estudo ESG Compass: Governança sob pressão, publicado em julho deste ano pela LLYC, o volume de postagens sobre governança nas mídias digitais registrou um aumento de 29,2% em comparação com a primeira edição da pesquisa, publicada em 2022.

Menções aos temas de governança na internet tiveram motivação por 'sentimento negativo' de usuários em relação a ESG nas empresas Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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Foram mapeados conteúdos postados no X (antigo Twitter), LinkedIn, Tumblr, Reddit, portais de notícias e blogs. Conforme a consultoria, o mapeamento e o cruzamento de dados contaram com o apoio de técnicas de machine learning (aprendizado de máquina, em português) e outros mecanismos de inteligência artificial (IA).

As principais pautas levantadas pelos conteúdos mapeados discutem os temas: transparência, integridade, ética e compliance. “Isso é muito positivo para a sociedade, pois ela se mostra mais crítica, mais consciente, e começa a fazer o comparativo de companhias sob o ponto de vista de como estão narrando seu propósito e dialogando (com o público)”, diz Anatricia Borges, diretora de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança) na LLYC.

Desconfiança de ‘washing’

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Se por um lado, os dados apontam para uma maior vigilância da opinião pública em relação a assuntos da governança, por outro eles também indicam um volume alto de percepção pouco positiva sobre o tema nas mídias digitais.

De acordo com o estudo, 40% das menções à governança é movida por um “sentimento negativo”. Por trás disso, está a desconfiança dos usuários de que as empresas, quando relatam suas políticas sustentáveis, estão praticando washing (uso de informações falsas ou maquiadas sobre sustentabilidade) em suas agendas ESG.

“Ao mesmo tempo que a governança cresce no ambiente digital, começa a ser movida pela sociedade por um sentimento negativo. Isso mostra que ainda existe uma lacuna no diálogo das companhias para explicar, de fato, o que é a sua governança e qual é a direção nas tomadas de decisão de seus conselheiros”, afirma Borges.

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Além dessa percepção mais desconfiada, as pessoas discutiram na internet sobre a falta de diversidade nos conselhos das companhias, a cobrança por melhores práticas em direitos humanos e as ações relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

Outro ponto criticado se relaciona ao sentimento de desconexão entre as estratégias de ESG das empresas e o seu entorno, acrescenta a especialista. “(Tem havido) uma conversação das companhias muito mais centrada em dialogar entre elas ou com seus stakeholders (partes interessadas, em português) diretos do que propriamente dialogar com os outros stakeholders da sociedade civil.”

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Pressão sobre as empresas

Para Borges, a percepção de que as pautas de governança estão extrapolando o ecossistema corporativo de forma negativa deve servir como um alerta para que empresas assumam compromissos de transparência e diálogo com o público externo às companhias.

O estudo, segundo ela, indica que a sociedade civil está cada vez mais vigilante e exigente, e irá exercer uma pressão gradativa nas companhias. “O ‘G’ do ESG é o tomador de decisão, e ele precisa refletir para a sociedade os propósitos da empresa e a sua gestão para alcançar a Agenda 2030″, diz Borges. “A grande percepção desse estudo é que a governança, em geral, está sob pressão, e as empresas precisam se atentar para isso.”

Crises recentes de ética e de gestão relacionadas a empresas brasileiras motivaram um aumento de menções aos temas de governança na internet. Segundo a consultoria global de assuntos públicos LLYC, nos últimos dois anos, ocorrências dessa natureza vistas em companhias do varejo e da mineração impulsionaram o interesse pelo assunto e fizeram os usuários de mídias digitais no País mencionar palavras-chave do conceito mais de 518 mil vezes.

De acordo com os dados do estudo ESG Compass: Governança sob pressão, publicado em julho deste ano pela LLYC, o volume de postagens sobre governança nas mídias digitais registrou um aumento de 29,2% em comparação com a primeira edição da pesquisa, publicada em 2022.

Menções aos temas de governança na internet tiveram motivação por 'sentimento negativo' de usuários em relação a ESG nas empresas Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Foram mapeados conteúdos postados no X (antigo Twitter), LinkedIn, Tumblr, Reddit, portais de notícias e blogs. Conforme a consultoria, o mapeamento e o cruzamento de dados contaram com o apoio de técnicas de machine learning (aprendizado de máquina, em português) e outros mecanismos de inteligência artificial (IA).

As principais pautas levantadas pelos conteúdos mapeados discutem os temas: transparência, integridade, ética e compliance. “Isso é muito positivo para a sociedade, pois ela se mostra mais crítica, mais consciente, e começa a fazer o comparativo de companhias sob o ponto de vista de como estão narrando seu propósito e dialogando (com o público)”, diz Anatricia Borges, diretora de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança) na LLYC.

Desconfiança de ‘washing’

Se por um lado, os dados apontam para uma maior vigilância da opinião pública em relação a assuntos da governança, por outro eles também indicam um volume alto de percepção pouco positiva sobre o tema nas mídias digitais.

De acordo com o estudo, 40% das menções à governança é movida por um “sentimento negativo”. Por trás disso, está a desconfiança dos usuários de que as empresas, quando relatam suas políticas sustentáveis, estão praticando washing (uso de informações falsas ou maquiadas sobre sustentabilidade) em suas agendas ESG.

“Ao mesmo tempo que a governança cresce no ambiente digital, começa a ser movida pela sociedade por um sentimento negativo. Isso mostra que ainda existe uma lacuna no diálogo das companhias para explicar, de fato, o que é a sua governança e qual é a direção nas tomadas de decisão de seus conselheiros”, afirma Borges.

Além dessa percepção mais desconfiada, as pessoas discutiram na internet sobre a falta de diversidade nos conselhos das companhias, a cobrança por melhores práticas em direitos humanos e as ações relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

Outro ponto criticado se relaciona ao sentimento de desconexão entre as estratégias de ESG das empresas e o seu entorno, acrescenta a especialista. “(Tem havido) uma conversação das companhias muito mais centrada em dialogar entre elas ou com seus stakeholders (partes interessadas, em português) diretos do que propriamente dialogar com os outros stakeholders da sociedade civil.”

Pressão sobre as empresas

Para Borges, a percepção de que as pautas de governança estão extrapolando o ecossistema corporativo de forma negativa deve servir como um alerta para que empresas assumam compromissos de transparência e diálogo com o público externo às companhias.

O estudo, segundo ela, indica que a sociedade civil está cada vez mais vigilante e exigente, e irá exercer uma pressão gradativa nas companhias. “O ‘G’ do ESG é o tomador de decisão, e ele precisa refletir para a sociedade os propósitos da empresa e a sua gestão para alcançar a Agenda 2030″, diz Borges. “A grande percepção desse estudo é que a governança, em geral, está sob pressão, e as empresas precisam se atentar para isso.”

Crises recentes de ética e de gestão relacionadas a empresas brasileiras motivaram um aumento de menções aos temas de governança na internet. Segundo a consultoria global de assuntos públicos LLYC, nos últimos dois anos, ocorrências dessa natureza vistas em companhias do varejo e da mineração impulsionaram o interesse pelo assunto e fizeram os usuários de mídias digitais no País mencionar palavras-chave do conceito mais de 518 mil vezes.

De acordo com os dados do estudo ESG Compass: Governança sob pressão, publicado em julho deste ano pela LLYC, o volume de postagens sobre governança nas mídias digitais registrou um aumento de 29,2% em comparação com a primeira edição da pesquisa, publicada em 2022.

Menções aos temas de governança na internet tiveram motivação por 'sentimento negativo' de usuários em relação a ESG nas empresas Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Foram mapeados conteúdos postados no X (antigo Twitter), LinkedIn, Tumblr, Reddit, portais de notícias e blogs. Conforme a consultoria, o mapeamento e o cruzamento de dados contaram com o apoio de técnicas de machine learning (aprendizado de máquina, em português) e outros mecanismos de inteligência artificial (IA).

As principais pautas levantadas pelos conteúdos mapeados discutem os temas: transparência, integridade, ética e compliance. “Isso é muito positivo para a sociedade, pois ela se mostra mais crítica, mais consciente, e começa a fazer o comparativo de companhias sob o ponto de vista de como estão narrando seu propósito e dialogando (com o público)”, diz Anatricia Borges, diretora de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança) na LLYC.

Desconfiança de ‘washing’

Se por um lado, os dados apontam para uma maior vigilância da opinião pública em relação a assuntos da governança, por outro eles também indicam um volume alto de percepção pouco positiva sobre o tema nas mídias digitais.

De acordo com o estudo, 40% das menções à governança é movida por um “sentimento negativo”. Por trás disso, está a desconfiança dos usuários de que as empresas, quando relatam suas políticas sustentáveis, estão praticando washing (uso de informações falsas ou maquiadas sobre sustentabilidade) em suas agendas ESG.

“Ao mesmo tempo que a governança cresce no ambiente digital, começa a ser movida pela sociedade por um sentimento negativo. Isso mostra que ainda existe uma lacuna no diálogo das companhias para explicar, de fato, o que é a sua governança e qual é a direção nas tomadas de decisão de seus conselheiros”, afirma Borges.

Além dessa percepção mais desconfiada, as pessoas discutiram na internet sobre a falta de diversidade nos conselhos das companhias, a cobrança por melhores práticas em direitos humanos e as ações relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

Outro ponto criticado se relaciona ao sentimento de desconexão entre as estratégias de ESG das empresas e o seu entorno, acrescenta a especialista. “(Tem havido) uma conversação das companhias muito mais centrada em dialogar entre elas ou com seus stakeholders (partes interessadas, em português) diretos do que propriamente dialogar com os outros stakeholders da sociedade civil.”

Pressão sobre as empresas

Para Borges, a percepção de que as pautas de governança estão extrapolando o ecossistema corporativo de forma negativa deve servir como um alerta para que empresas assumam compromissos de transparência e diálogo com o público externo às companhias.

O estudo, segundo ela, indica que a sociedade civil está cada vez mais vigilante e exigente, e irá exercer uma pressão gradativa nas companhias. “O ‘G’ do ESG é o tomador de decisão, e ele precisa refletir para a sociedade os propósitos da empresa e a sua gestão para alcançar a Agenda 2030″, diz Borges. “A grande percepção desse estudo é que a governança, em geral, está sob pressão, e as empresas precisam se atentar para isso.”

Crises recentes de ética e de gestão relacionadas a empresas brasileiras motivaram um aumento de menções aos temas de governança na internet. Segundo a consultoria global de assuntos públicos LLYC, nos últimos dois anos, ocorrências dessa natureza vistas em companhias do varejo e da mineração impulsionaram o interesse pelo assunto e fizeram os usuários de mídias digitais no País mencionar palavras-chave do conceito mais de 518 mil vezes.

De acordo com os dados do estudo ESG Compass: Governança sob pressão, publicado em julho deste ano pela LLYC, o volume de postagens sobre governança nas mídias digitais registrou um aumento de 29,2% em comparação com a primeira edição da pesquisa, publicada em 2022.

Menções aos temas de governança na internet tiveram motivação por 'sentimento negativo' de usuários em relação a ESG nas empresas Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Foram mapeados conteúdos postados no X (antigo Twitter), LinkedIn, Tumblr, Reddit, portais de notícias e blogs. Conforme a consultoria, o mapeamento e o cruzamento de dados contaram com o apoio de técnicas de machine learning (aprendizado de máquina, em português) e outros mecanismos de inteligência artificial (IA).

As principais pautas levantadas pelos conteúdos mapeados discutem os temas: transparência, integridade, ética e compliance. “Isso é muito positivo para a sociedade, pois ela se mostra mais crítica, mais consciente, e começa a fazer o comparativo de companhias sob o ponto de vista de como estão narrando seu propósito e dialogando (com o público)”, diz Anatricia Borges, diretora de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança) na LLYC.

Desconfiança de ‘washing’

Se por um lado, os dados apontam para uma maior vigilância da opinião pública em relação a assuntos da governança, por outro eles também indicam um volume alto de percepção pouco positiva sobre o tema nas mídias digitais.

De acordo com o estudo, 40% das menções à governança é movida por um “sentimento negativo”. Por trás disso, está a desconfiança dos usuários de que as empresas, quando relatam suas políticas sustentáveis, estão praticando washing (uso de informações falsas ou maquiadas sobre sustentabilidade) em suas agendas ESG.

“Ao mesmo tempo que a governança cresce no ambiente digital, começa a ser movida pela sociedade por um sentimento negativo. Isso mostra que ainda existe uma lacuna no diálogo das companhias para explicar, de fato, o que é a sua governança e qual é a direção nas tomadas de decisão de seus conselheiros”, afirma Borges.

Além dessa percepção mais desconfiada, as pessoas discutiram na internet sobre a falta de diversidade nos conselhos das companhias, a cobrança por melhores práticas em direitos humanos e as ações relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

Outro ponto criticado se relaciona ao sentimento de desconexão entre as estratégias de ESG das empresas e o seu entorno, acrescenta a especialista. “(Tem havido) uma conversação das companhias muito mais centrada em dialogar entre elas ou com seus stakeholders (partes interessadas, em português) diretos do que propriamente dialogar com os outros stakeholders da sociedade civil.”

Pressão sobre as empresas

Para Borges, a percepção de que as pautas de governança estão extrapolando o ecossistema corporativo de forma negativa deve servir como um alerta para que empresas assumam compromissos de transparência e diálogo com o público externo às companhias.

O estudo, segundo ela, indica que a sociedade civil está cada vez mais vigilante e exigente, e irá exercer uma pressão gradativa nas companhias. “O ‘G’ do ESG é o tomador de decisão, e ele precisa refletir para a sociedade os propósitos da empresa e a sua gestão para alcançar a Agenda 2030″, diz Borges. “A grande percepção desse estudo é que a governança, em geral, está sob pressão, e as empresas precisam se atentar para isso.”

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