Caminhão movido a energia solar: Electrolux testa modelo que recarrega bateria pela luz do sol


Ideia é que veículo, que une energia solar, elétrica e cinética, seja usado para complementar entregas feitas com caminhões elétricos e bicicletas

Por Beatriz Capirazi
Atualização:

A fabricante de eletrodomésticos Electrolux incorporou em sua frota de São Paulo um caminhão de pequeno porte movido a energia solar, em parceria coma a empresa Hitech Electric. O caminhão, considerado um teste para a companhia, une energia solar e energia elétrica - a bateria pode ser recarregada na tomada, mas recebe também o reforço da luz solar nos painéis durante o dia. O tempo de recarga médio na tomada é de 5h para atingir a carga completa, com autonomia de até 280 km. Quando exposto à luz solar, por cerca de 10h a 12h, ganha 20% a mais de autonomia.

Além disso, o caminhão conta com o uso da energia cinética, por meio da “frenagem regenerativa”. Ou seja, quando o motorista tira o pé do acelerador, o freio motor carrega a bateria por meio do movimento das rodas.

Segundo a Electrolux, a ideia é expandir o movimento com a adição de mais dois caminhões pequenos ainda neste ano. A empresa já utiliza caminhões elétricos e bicicletas, meios considerados menos poluentes, em suas entregas.

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Para caminhões grandes, no entanto, ainda não há previsão de utilizar a energia solar. “Caminhões grandes precisam de grandes baterias, aí seria a gás ou biometano. Além disso, o tempo de carga é muito longo e seria um problema logístico mantê-los parados para fazer o carregamento, porque perderíamos competitividade”, diz o diretor de sustentabilidade em operações da Electrolux, Fernando Keske.

Ele, no entanto, destaca que diversas outras medidas estão sendo adotadas para ampliar as ações sustentáveis na logística da empresa, mas avalia que é preciso planejar o que será feito. Na opinião dele, uma frota 100% elétrica, por exemplo, não é viável para a empresa atualmente.

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“Tendo uma frota 100% elétrica, vou ter um negócio extremamente sustentável, mas ele precisa se pagar no final do dia. A gente tem várias tecnologias disruptivas à disposição, mas a maioria delas custa o dobro do preço”, diz.

Caminhão movido a energia solar

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O diretor avalia que incentivos fiscais ajudariam a viabilizar a compra dos caminhões elétricos, por exemplo, mas ele destaca que existem outros fatores que ajudariam a impulsionar essa mudança nas companhias.

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“É preciso alinhar a estratégia ambiental com a viabilidade econômica. A disponibilidade de veículos elétricos está cada vez maior, mas o preço ainda é alto. Além disso, é preciso pensar com que energia isso vai ser feito, já que a energia elétrica ainda é muito cara no Brasil.”

No Brasil, a PepsiCo também já vem usando caminhões com recarga da bateria pela energia solar. Em parceria com a Sunew, a empresa iniciou a instalação de Filmes Fotovoltaicos Orgânicos (OPV) em 10 veículos da frota de distribuição em 2020, em um projeto piloto para melhorar a gestão da recarga da bateria dos veículos e do seu sistema de iluminação. O plano é expandir a solução de energia limpa para toda a frota da companhia.

O setor de eletromésticos, no qual a Electrolux atua, é responsável por 62% das emissões de gases poluentes em São Paulo (dados de 2018) e 35% no Rio de Janeiro (dados de 2019), segundo o estudo Economia Circular – Cidades do Futuro e Descarbonização, da Enel. Segundo a companhia, a expectativa é realizar pelo menos 450 entregas mensais com o caminhão movido a energia solar, o que representará uma redução de 18,75 toneladas de CO₂ anuais.

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Diretor de sustentabilidade em operações da Electrolux, Fernando Keske. Foto: Divulgação/ Electrolux

Energia solar no setor automotivo

O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que um dos principais trunfos da energia solar é a sua versatilidade no uso em bens e serviços, podendo, inclusive, ser adotada no setor automotivo.

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Ele destaca que o uso da energia solar em veículos já é antigo, popularizado principalmente pelos motorhomes e navios. No entanto, nestes veículos a tecnologia é usada para usos específicos como a telecomunicação ou a iluminação com energia solar. Para gerar energia para a bateria, no entanto, é algo novo — que deve crescer cada vez mais, segundo ele, com a ampliação dos usos da energia solar.

Presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. Foto: Divulgação/ Absolar

Sauaia afirma que a energia solar traz mais versatilidade para o elétrico, já que a bateria funciona como um armazenamento da energia solar, permitindo que o carro opere em qualquer horário, independente de ter luz solar ou não.

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“Ainda há um tempo para a recarga do elétrico e não existem postos para recarga em todos os lugares. A energia solar ajuda esses veículos de alta rodagem, como os caminhões, já irem recarregando energia sem precisar estar conectado na rede elétrica. O veículo pode continuar trabalhando e tendo uma parcela dessa energia recarregada”, diz, ressaltando que a energia solar deve ser considerada uma parceira da mobilidade elétrica.

A fabricante de eletrodomésticos Electrolux incorporou em sua frota de São Paulo um caminhão de pequeno porte movido a energia solar, em parceria coma a empresa Hitech Electric. O caminhão, considerado um teste para a companhia, une energia solar e energia elétrica - a bateria pode ser recarregada na tomada, mas recebe também o reforço da luz solar nos painéis durante o dia. O tempo de recarga médio na tomada é de 5h para atingir a carga completa, com autonomia de até 280 km. Quando exposto à luz solar, por cerca de 10h a 12h, ganha 20% a mais de autonomia.

Além disso, o caminhão conta com o uso da energia cinética, por meio da “frenagem regenerativa”. Ou seja, quando o motorista tira o pé do acelerador, o freio motor carrega a bateria por meio do movimento das rodas.

Segundo a Electrolux, a ideia é expandir o movimento com a adição de mais dois caminhões pequenos ainda neste ano. A empresa já utiliza caminhões elétricos e bicicletas, meios considerados menos poluentes, em suas entregas.

Para caminhões grandes, no entanto, ainda não há previsão de utilizar a energia solar. “Caminhões grandes precisam de grandes baterias, aí seria a gás ou biometano. Além disso, o tempo de carga é muito longo e seria um problema logístico mantê-los parados para fazer o carregamento, porque perderíamos competitividade”, diz o diretor de sustentabilidade em operações da Electrolux, Fernando Keske.

Ele, no entanto, destaca que diversas outras medidas estão sendo adotadas para ampliar as ações sustentáveis na logística da empresa, mas avalia que é preciso planejar o que será feito. Na opinião dele, uma frota 100% elétrica, por exemplo, não é viável para a empresa atualmente.

“Tendo uma frota 100% elétrica, vou ter um negócio extremamente sustentável, mas ele precisa se pagar no final do dia. A gente tem várias tecnologias disruptivas à disposição, mas a maioria delas custa o dobro do preço”, diz.

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O diretor avalia que incentivos fiscais ajudariam a viabilizar a compra dos caminhões elétricos, por exemplo, mas ele destaca que existem outros fatores que ajudariam a impulsionar essa mudança nas companhias.

“É preciso alinhar a estratégia ambiental com a viabilidade econômica. A disponibilidade de veículos elétricos está cada vez maior, mas o preço ainda é alto. Além disso, é preciso pensar com que energia isso vai ser feito, já que a energia elétrica ainda é muito cara no Brasil.”

No Brasil, a PepsiCo também já vem usando caminhões com recarga da bateria pela energia solar. Em parceria com a Sunew, a empresa iniciou a instalação de Filmes Fotovoltaicos Orgânicos (OPV) em 10 veículos da frota de distribuição em 2020, em um projeto piloto para melhorar a gestão da recarga da bateria dos veículos e do seu sistema de iluminação. O plano é expandir a solução de energia limpa para toda a frota da companhia.

O setor de eletromésticos, no qual a Electrolux atua, é responsável por 62% das emissões de gases poluentes em São Paulo (dados de 2018) e 35% no Rio de Janeiro (dados de 2019), segundo o estudo Economia Circular – Cidades do Futuro e Descarbonização, da Enel. Segundo a companhia, a expectativa é realizar pelo menos 450 entregas mensais com o caminhão movido a energia solar, o que representará uma redução de 18,75 toneladas de CO₂ anuais.

Diretor de sustentabilidade em operações da Electrolux, Fernando Keske. Foto: Divulgação/ Electrolux

Energia solar no setor automotivo

O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que um dos principais trunfos da energia solar é a sua versatilidade no uso em bens e serviços, podendo, inclusive, ser adotada no setor automotivo.

Ele destaca que o uso da energia solar em veículos já é antigo, popularizado principalmente pelos motorhomes e navios. No entanto, nestes veículos a tecnologia é usada para usos específicos como a telecomunicação ou a iluminação com energia solar. Para gerar energia para a bateria, no entanto, é algo novo — que deve crescer cada vez mais, segundo ele, com a ampliação dos usos da energia solar.

Presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. Foto: Divulgação/ Absolar

Sauaia afirma que a energia solar traz mais versatilidade para o elétrico, já que a bateria funciona como um armazenamento da energia solar, permitindo que o carro opere em qualquer horário, independente de ter luz solar ou não.

“Ainda há um tempo para a recarga do elétrico e não existem postos para recarga em todos os lugares. A energia solar ajuda esses veículos de alta rodagem, como os caminhões, já irem recarregando energia sem precisar estar conectado na rede elétrica. O veículo pode continuar trabalhando e tendo uma parcela dessa energia recarregada”, diz, ressaltando que a energia solar deve ser considerada uma parceira da mobilidade elétrica.

A fabricante de eletrodomésticos Electrolux incorporou em sua frota de São Paulo um caminhão de pequeno porte movido a energia solar, em parceria coma a empresa Hitech Electric. O caminhão, considerado um teste para a companhia, une energia solar e energia elétrica - a bateria pode ser recarregada na tomada, mas recebe também o reforço da luz solar nos painéis durante o dia. O tempo de recarga médio na tomada é de 5h para atingir a carga completa, com autonomia de até 280 km. Quando exposto à luz solar, por cerca de 10h a 12h, ganha 20% a mais de autonomia.

Além disso, o caminhão conta com o uso da energia cinética, por meio da “frenagem regenerativa”. Ou seja, quando o motorista tira o pé do acelerador, o freio motor carrega a bateria por meio do movimento das rodas.

Segundo a Electrolux, a ideia é expandir o movimento com a adição de mais dois caminhões pequenos ainda neste ano. A empresa já utiliza caminhões elétricos e bicicletas, meios considerados menos poluentes, em suas entregas.

Para caminhões grandes, no entanto, ainda não há previsão de utilizar a energia solar. “Caminhões grandes precisam de grandes baterias, aí seria a gás ou biometano. Além disso, o tempo de carga é muito longo e seria um problema logístico mantê-los parados para fazer o carregamento, porque perderíamos competitividade”, diz o diretor de sustentabilidade em operações da Electrolux, Fernando Keske.

Ele, no entanto, destaca que diversas outras medidas estão sendo adotadas para ampliar as ações sustentáveis na logística da empresa, mas avalia que é preciso planejar o que será feito. Na opinião dele, uma frota 100% elétrica, por exemplo, não é viável para a empresa atualmente.

“Tendo uma frota 100% elétrica, vou ter um negócio extremamente sustentável, mas ele precisa se pagar no final do dia. A gente tem várias tecnologias disruptivas à disposição, mas a maioria delas custa o dobro do preço”, diz.

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O diretor avalia que incentivos fiscais ajudariam a viabilizar a compra dos caminhões elétricos, por exemplo, mas ele destaca que existem outros fatores que ajudariam a impulsionar essa mudança nas companhias.

“É preciso alinhar a estratégia ambiental com a viabilidade econômica. A disponibilidade de veículos elétricos está cada vez maior, mas o preço ainda é alto. Além disso, é preciso pensar com que energia isso vai ser feito, já que a energia elétrica ainda é muito cara no Brasil.”

No Brasil, a PepsiCo também já vem usando caminhões com recarga da bateria pela energia solar. Em parceria com a Sunew, a empresa iniciou a instalação de Filmes Fotovoltaicos Orgânicos (OPV) em 10 veículos da frota de distribuição em 2020, em um projeto piloto para melhorar a gestão da recarga da bateria dos veículos e do seu sistema de iluminação. O plano é expandir a solução de energia limpa para toda a frota da companhia.

O setor de eletromésticos, no qual a Electrolux atua, é responsável por 62% das emissões de gases poluentes em São Paulo (dados de 2018) e 35% no Rio de Janeiro (dados de 2019), segundo o estudo Economia Circular – Cidades do Futuro e Descarbonização, da Enel. Segundo a companhia, a expectativa é realizar pelo menos 450 entregas mensais com o caminhão movido a energia solar, o que representará uma redução de 18,75 toneladas de CO₂ anuais.

Diretor de sustentabilidade em operações da Electrolux, Fernando Keske. Foto: Divulgação/ Electrolux

Energia solar no setor automotivo

O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que um dos principais trunfos da energia solar é a sua versatilidade no uso em bens e serviços, podendo, inclusive, ser adotada no setor automotivo.

Ele destaca que o uso da energia solar em veículos já é antigo, popularizado principalmente pelos motorhomes e navios. No entanto, nestes veículos a tecnologia é usada para usos específicos como a telecomunicação ou a iluminação com energia solar. Para gerar energia para a bateria, no entanto, é algo novo — que deve crescer cada vez mais, segundo ele, com a ampliação dos usos da energia solar.

Presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. Foto: Divulgação/ Absolar

Sauaia afirma que a energia solar traz mais versatilidade para o elétrico, já que a bateria funciona como um armazenamento da energia solar, permitindo que o carro opere em qualquer horário, independente de ter luz solar ou não.

“Ainda há um tempo para a recarga do elétrico e não existem postos para recarga em todos os lugares. A energia solar ajuda esses veículos de alta rodagem, como os caminhões, já irem recarregando energia sem precisar estar conectado na rede elétrica. O veículo pode continuar trabalhando e tendo uma parcela dessa energia recarregada”, diz, ressaltando que a energia solar deve ser considerada uma parceira da mobilidade elétrica.

A fabricante de eletrodomésticos Electrolux incorporou em sua frota de São Paulo um caminhão de pequeno porte movido a energia solar, em parceria coma a empresa Hitech Electric. O caminhão, considerado um teste para a companhia, une energia solar e energia elétrica - a bateria pode ser recarregada na tomada, mas recebe também o reforço da luz solar nos painéis durante o dia. O tempo de recarga médio na tomada é de 5h para atingir a carga completa, com autonomia de até 280 km. Quando exposto à luz solar, por cerca de 10h a 12h, ganha 20% a mais de autonomia.

Além disso, o caminhão conta com o uso da energia cinética, por meio da “frenagem regenerativa”. Ou seja, quando o motorista tira o pé do acelerador, o freio motor carrega a bateria por meio do movimento das rodas.

Segundo a Electrolux, a ideia é expandir o movimento com a adição de mais dois caminhões pequenos ainda neste ano. A empresa já utiliza caminhões elétricos e bicicletas, meios considerados menos poluentes, em suas entregas.

Para caminhões grandes, no entanto, ainda não há previsão de utilizar a energia solar. “Caminhões grandes precisam de grandes baterias, aí seria a gás ou biometano. Além disso, o tempo de carga é muito longo e seria um problema logístico mantê-los parados para fazer o carregamento, porque perderíamos competitividade”, diz o diretor de sustentabilidade em operações da Electrolux, Fernando Keske.

Ele, no entanto, destaca que diversas outras medidas estão sendo adotadas para ampliar as ações sustentáveis na logística da empresa, mas avalia que é preciso planejar o que será feito. Na opinião dele, uma frota 100% elétrica, por exemplo, não é viável para a empresa atualmente.

“Tendo uma frota 100% elétrica, vou ter um negócio extremamente sustentável, mas ele precisa se pagar no final do dia. A gente tem várias tecnologias disruptivas à disposição, mas a maioria delas custa o dobro do preço”, diz.

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O diretor avalia que incentivos fiscais ajudariam a viabilizar a compra dos caminhões elétricos, por exemplo, mas ele destaca que existem outros fatores que ajudariam a impulsionar essa mudança nas companhias.

“É preciso alinhar a estratégia ambiental com a viabilidade econômica. A disponibilidade de veículos elétricos está cada vez maior, mas o preço ainda é alto. Além disso, é preciso pensar com que energia isso vai ser feito, já que a energia elétrica ainda é muito cara no Brasil.”

No Brasil, a PepsiCo também já vem usando caminhões com recarga da bateria pela energia solar. Em parceria com a Sunew, a empresa iniciou a instalação de Filmes Fotovoltaicos Orgânicos (OPV) em 10 veículos da frota de distribuição em 2020, em um projeto piloto para melhorar a gestão da recarga da bateria dos veículos e do seu sistema de iluminação. O plano é expandir a solução de energia limpa para toda a frota da companhia.

O setor de eletromésticos, no qual a Electrolux atua, é responsável por 62% das emissões de gases poluentes em São Paulo (dados de 2018) e 35% no Rio de Janeiro (dados de 2019), segundo o estudo Economia Circular – Cidades do Futuro e Descarbonização, da Enel. Segundo a companhia, a expectativa é realizar pelo menos 450 entregas mensais com o caminhão movido a energia solar, o que representará uma redução de 18,75 toneladas de CO₂ anuais.

Diretor de sustentabilidade em operações da Electrolux, Fernando Keske. Foto: Divulgação/ Electrolux

Energia solar no setor automotivo

O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que um dos principais trunfos da energia solar é a sua versatilidade no uso em bens e serviços, podendo, inclusive, ser adotada no setor automotivo.

Ele destaca que o uso da energia solar em veículos já é antigo, popularizado principalmente pelos motorhomes e navios. No entanto, nestes veículos a tecnologia é usada para usos específicos como a telecomunicação ou a iluminação com energia solar. Para gerar energia para a bateria, no entanto, é algo novo — que deve crescer cada vez mais, segundo ele, com a ampliação dos usos da energia solar.

Presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. Foto: Divulgação/ Absolar

Sauaia afirma que a energia solar traz mais versatilidade para o elétrico, já que a bateria funciona como um armazenamento da energia solar, permitindo que o carro opere em qualquer horário, independente de ter luz solar ou não.

“Ainda há um tempo para a recarga do elétrico e não existem postos para recarga em todos os lugares. A energia solar ajuda esses veículos de alta rodagem, como os caminhões, já irem recarregando energia sem precisar estar conectado na rede elétrica. O veículo pode continuar trabalhando e tendo uma parcela dessa energia recarregada”, diz, ressaltando que a energia solar deve ser considerada uma parceira da mobilidade elétrica.

A fabricante de eletrodomésticos Electrolux incorporou em sua frota de São Paulo um caminhão de pequeno porte movido a energia solar, em parceria coma a empresa Hitech Electric. O caminhão, considerado um teste para a companhia, une energia solar e energia elétrica - a bateria pode ser recarregada na tomada, mas recebe também o reforço da luz solar nos painéis durante o dia. O tempo de recarga médio na tomada é de 5h para atingir a carga completa, com autonomia de até 280 km. Quando exposto à luz solar, por cerca de 10h a 12h, ganha 20% a mais de autonomia.

Além disso, o caminhão conta com o uso da energia cinética, por meio da “frenagem regenerativa”. Ou seja, quando o motorista tira o pé do acelerador, o freio motor carrega a bateria por meio do movimento das rodas.

Segundo a Electrolux, a ideia é expandir o movimento com a adição de mais dois caminhões pequenos ainda neste ano. A empresa já utiliza caminhões elétricos e bicicletas, meios considerados menos poluentes, em suas entregas.

Para caminhões grandes, no entanto, ainda não há previsão de utilizar a energia solar. “Caminhões grandes precisam de grandes baterias, aí seria a gás ou biometano. Além disso, o tempo de carga é muito longo e seria um problema logístico mantê-los parados para fazer o carregamento, porque perderíamos competitividade”, diz o diretor de sustentabilidade em operações da Electrolux, Fernando Keske.

Ele, no entanto, destaca que diversas outras medidas estão sendo adotadas para ampliar as ações sustentáveis na logística da empresa, mas avalia que é preciso planejar o que será feito. Na opinião dele, uma frota 100% elétrica, por exemplo, não é viável para a empresa atualmente.

“Tendo uma frota 100% elétrica, vou ter um negócio extremamente sustentável, mas ele precisa se pagar no final do dia. A gente tem várias tecnologias disruptivas à disposição, mas a maioria delas custa o dobro do preço”, diz.

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O diretor avalia que incentivos fiscais ajudariam a viabilizar a compra dos caminhões elétricos, por exemplo, mas ele destaca que existem outros fatores que ajudariam a impulsionar essa mudança nas companhias.

“É preciso alinhar a estratégia ambiental com a viabilidade econômica. A disponibilidade de veículos elétricos está cada vez maior, mas o preço ainda é alto. Além disso, é preciso pensar com que energia isso vai ser feito, já que a energia elétrica ainda é muito cara no Brasil.”

No Brasil, a PepsiCo também já vem usando caminhões com recarga da bateria pela energia solar. Em parceria com a Sunew, a empresa iniciou a instalação de Filmes Fotovoltaicos Orgânicos (OPV) em 10 veículos da frota de distribuição em 2020, em um projeto piloto para melhorar a gestão da recarga da bateria dos veículos e do seu sistema de iluminação. O plano é expandir a solução de energia limpa para toda a frota da companhia.

O setor de eletromésticos, no qual a Electrolux atua, é responsável por 62% das emissões de gases poluentes em São Paulo (dados de 2018) e 35% no Rio de Janeiro (dados de 2019), segundo o estudo Economia Circular – Cidades do Futuro e Descarbonização, da Enel. Segundo a companhia, a expectativa é realizar pelo menos 450 entregas mensais com o caminhão movido a energia solar, o que representará uma redução de 18,75 toneladas de CO₂ anuais.

Diretor de sustentabilidade em operações da Electrolux, Fernando Keske. Foto: Divulgação/ Electrolux

Energia solar no setor automotivo

O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que um dos principais trunfos da energia solar é a sua versatilidade no uso em bens e serviços, podendo, inclusive, ser adotada no setor automotivo.

Ele destaca que o uso da energia solar em veículos já é antigo, popularizado principalmente pelos motorhomes e navios. No entanto, nestes veículos a tecnologia é usada para usos específicos como a telecomunicação ou a iluminação com energia solar. Para gerar energia para a bateria, no entanto, é algo novo — que deve crescer cada vez mais, segundo ele, com a ampliação dos usos da energia solar.

Presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. Foto: Divulgação/ Absolar

Sauaia afirma que a energia solar traz mais versatilidade para o elétrico, já que a bateria funciona como um armazenamento da energia solar, permitindo que o carro opere em qualquer horário, independente de ter luz solar ou não.

“Ainda há um tempo para a recarga do elétrico e não existem postos para recarga em todos os lugares. A energia solar ajuda esses veículos de alta rodagem, como os caminhões, já irem recarregando energia sem precisar estar conectado na rede elétrica. O veículo pode continuar trabalhando e tendo uma parcela dessa energia recarregada”, diz, ressaltando que a energia solar deve ser considerada uma parceira da mobilidade elétrica.

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