Credibilidade das empresas aumenta com engajamento de conselhos na pauta ESG, diz pesquisa


Levantamento aponta que companhias com maior proatividade na agenda conseguem alcançar objetivos muito mais rapidamente do que as que seguem abordagem linear, sem avançar por etapas

Por Beatriz Capirazi
Atualização:

A proatividade de conselhos de administração e o seu engajamento em desenvolver ações ESG (sigla em inglês para ambiente, social e governança) nas empresas aumentam a credibilidade das organizações entre investidores e demais stakeholders.

A conclusão é de uma pesquisa da consultoria Russell Reynolds obtida com exclusividade pelo Estadão, que aponta que os conselhos que investiram antecipadamente e com maior intensidade na construção de uma cultura sustentável alcançaram os seus objetivos em até metade do tempo.

Segundo o levantamento, as empresas que conseguem estruturar processos para viabilizar a evolução da agenda atingem uma maturidade muito mais rápido em comparação com as que adotam uma abordagem linear e obtêm resultados ao longo de cinco a dez anos.

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Quando o diálogo entre os conselheiros e a equipe funciona bem, as iniciativas ESG são ponderadas e produtivas, de modo a serem integradas totalmente ao negócio no longo prazo, mostra o levantamento. Dessa maneira, para aumentar o foco na sustentabilidade, deixa de ser necessário chegar a um acordo com a equipe que muitas vezes enxerga a mudança como um custo e não um agregador de valor ao negócio.

O levantamento 10 ações do conselho para impulsionar a sustentabilidade traz também dicas. Segundo a Russel Reynolds uma das principais para facilitar o diálogo é incluir todos os cargos de alta liderança nessa implementação. Ao garantir que o tema seja constantemente lembrado, os executivos pensarão na pauta como sua responsabilidade mesmo quando não for uma tarefa explícita.

Levantamento aponta ainda que estas empresas conseguem alcançar os seus objetos na agenda muito mais rapidamente do que as companhias que seguem uma abordagem linear, sem avançar etapas Foto: Towfiqu barbhuiya/ Pexels
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”O CEO e a equipe executiva não são os únicos que devem focar continuamente na sustentabilidade. O conselho não precisa se tornar especialista, mas é imprescindível que ele tenha uma compreensão básica de como as práticas podem criar valor e reduzir riscos”, afirma o sócio-diretor da Russell Reynolds Associates, Jacques Sarfatti. Para ele, é necessário destacar que não basta ser favorável à agenda, mas agir proativamente na empresa.

O que deve ser feito na prática?

O primeiro passo das empresas que se envolvem com a agenda sustentável deve ser identificar seus diferenciais ou áreas de vantagem competitiva para, em seguida, aproveitá-las para maximizar o valor social e financeiro de suas operações.

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Sarfatti afirma ser necessário que os conselhos eduquem continuamente os diretores sobre a evolução da agenda ESG em todo o mundo, além de enxergar a empresa e suas operações através da perspectiva de sustentabilidade.

Outro ponto é a criação de métricas para acompanhar o seu progresso nos objetivos firmados. Segundo o estudo, as empresas que são específicas sobre suas metas são muito mais confiáveis do que aquelas que apenas compartilham um objetivo.

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O levantamento ainda destaca que a estrutura específica, como ter um comitê autônomo, é menos importante do que garantir que as discussões sobre a temática sejam estratégicas, como, por exemplo, vincular a remuneração da liderança às metas e tornar esse compromisso público. Para Sarfatti, isso irá garantir que a sustentabilidade seja pautada desde o recrutamento ao gerenciamento de desempenho.

Além disso, a evolução da temática de sustentabilidade depende especialmente da liderança valorizar a pauta. Segundo o estudo, enquanto empresas no início de sua jornada sustentável apenas avaliam as crenças e os valores dos candidatos em relação ao tema, organizações com a pauta mais evoluída nomeiam defensores ativos da agenda e com histórico comprovado de liderança corporativa sustentável.

Abaixo, confira as 10 ações do conselho para impulsionar a sustentabilidade corporativa:

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  1. Envolver todos os funcionários da empresa de forma proativa na pauta de sustentabilidade;
  2. Incorporar a sustentabilidade em todas as discussões com o CEO e a equipe executiva;
  3. Estabeleça uma cultura orientada para um propósito;
  4. Educar os diretores sobre sustentabilidade;
  5. Aplicar uma perspectiva de sustentabilidade à tomada de decisões estratégicas corporativas;
  6. Estabeleça metas e métricas claras para monitorar o progresso em direção a elas;
  7. Estruture o conselho para se envolver de forma significativa nas questões de sustentabilidade;
  8. Incluir sustentabilidade nos modelos de remuneração, seja vincular a compensação à sustentabilidade ou através de objetivos amplos ou de iniciativas específicas;
  9. Faça da mentalidade de sustentabilidade um fator ao contratar diretores;
  10. Faça da mentalidade de sustentabilidade um fator ao contratar CEOs.

A proatividade de conselhos de administração e o seu engajamento em desenvolver ações ESG (sigla em inglês para ambiente, social e governança) nas empresas aumentam a credibilidade das organizações entre investidores e demais stakeholders.

A conclusão é de uma pesquisa da consultoria Russell Reynolds obtida com exclusividade pelo Estadão, que aponta que os conselhos que investiram antecipadamente e com maior intensidade na construção de uma cultura sustentável alcançaram os seus objetivos em até metade do tempo.

Segundo o levantamento, as empresas que conseguem estruturar processos para viabilizar a evolução da agenda atingem uma maturidade muito mais rápido em comparação com as que adotam uma abordagem linear e obtêm resultados ao longo de cinco a dez anos.

Quando o diálogo entre os conselheiros e a equipe funciona bem, as iniciativas ESG são ponderadas e produtivas, de modo a serem integradas totalmente ao negócio no longo prazo, mostra o levantamento. Dessa maneira, para aumentar o foco na sustentabilidade, deixa de ser necessário chegar a um acordo com a equipe que muitas vezes enxerga a mudança como um custo e não um agregador de valor ao negócio.

O levantamento 10 ações do conselho para impulsionar a sustentabilidade traz também dicas. Segundo a Russel Reynolds uma das principais para facilitar o diálogo é incluir todos os cargos de alta liderança nessa implementação. Ao garantir que o tema seja constantemente lembrado, os executivos pensarão na pauta como sua responsabilidade mesmo quando não for uma tarefa explícita.

Levantamento aponta ainda que estas empresas conseguem alcançar os seus objetos na agenda muito mais rapidamente do que as companhias que seguem uma abordagem linear, sem avançar etapas Foto: Towfiqu barbhuiya/ Pexels

”O CEO e a equipe executiva não são os únicos que devem focar continuamente na sustentabilidade. O conselho não precisa se tornar especialista, mas é imprescindível que ele tenha uma compreensão básica de como as práticas podem criar valor e reduzir riscos”, afirma o sócio-diretor da Russell Reynolds Associates, Jacques Sarfatti. Para ele, é necessário destacar que não basta ser favorável à agenda, mas agir proativamente na empresa.

O que deve ser feito na prática?

O primeiro passo das empresas que se envolvem com a agenda sustentável deve ser identificar seus diferenciais ou áreas de vantagem competitiva para, em seguida, aproveitá-las para maximizar o valor social e financeiro de suas operações.

Sarfatti afirma ser necessário que os conselhos eduquem continuamente os diretores sobre a evolução da agenda ESG em todo o mundo, além de enxergar a empresa e suas operações através da perspectiva de sustentabilidade.

Outro ponto é a criação de métricas para acompanhar o seu progresso nos objetivos firmados. Segundo o estudo, as empresas que são específicas sobre suas metas são muito mais confiáveis do que aquelas que apenas compartilham um objetivo.

O levantamento ainda destaca que a estrutura específica, como ter um comitê autônomo, é menos importante do que garantir que as discussões sobre a temática sejam estratégicas, como, por exemplo, vincular a remuneração da liderança às metas e tornar esse compromisso público. Para Sarfatti, isso irá garantir que a sustentabilidade seja pautada desde o recrutamento ao gerenciamento de desempenho.

Além disso, a evolução da temática de sustentabilidade depende especialmente da liderança valorizar a pauta. Segundo o estudo, enquanto empresas no início de sua jornada sustentável apenas avaliam as crenças e os valores dos candidatos em relação ao tema, organizações com a pauta mais evoluída nomeiam defensores ativos da agenda e com histórico comprovado de liderança corporativa sustentável.

Abaixo, confira as 10 ações do conselho para impulsionar a sustentabilidade corporativa:

  1. Envolver todos os funcionários da empresa de forma proativa na pauta de sustentabilidade;
  2. Incorporar a sustentabilidade em todas as discussões com o CEO e a equipe executiva;
  3. Estabeleça uma cultura orientada para um propósito;
  4. Educar os diretores sobre sustentabilidade;
  5. Aplicar uma perspectiva de sustentabilidade à tomada de decisões estratégicas corporativas;
  6. Estabeleça metas e métricas claras para monitorar o progresso em direção a elas;
  7. Estruture o conselho para se envolver de forma significativa nas questões de sustentabilidade;
  8. Incluir sustentabilidade nos modelos de remuneração, seja vincular a compensação à sustentabilidade ou através de objetivos amplos ou de iniciativas específicas;
  9. Faça da mentalidade de sustentabilidade um fator ao contratar diretores;
  10. Faça da mentalidade de sustentabilidade um fator ao contratar CEOs.

A proatividade de conselhos de administração e o seu engajamento em desenvolver ações ESG (sigla em inglês para ambiente, social e governança) nas empresas aumentam a credibilidade das organizações entre investidores e demais stakeholders.

A conclusão é de uma pesquisa da consultoria Russell Reynolds obtida com exclusividade pelo Estadão, que aponta que os conselhos que investiram antecipadamente e com maior intensidade na construção de uma cultura sustentável alcançaram os seus objetivos em até metade do tempo.

Segundo o levantamento, as empresas que conseguem estruturar processos para viabilizar a evolução da agenda atingem uma maturidade muito mais rápido em comparação com as que adotam uma abordagem linear e obtêm resultados ao longo de cinco a dez anos.

Quando o diálogo entre os conselheiros e a equipe funciona bem, as iniciativas ESG são ponderadas e produtivas, de modo a serem integradas totalmente ao negócio no longo prazo, mostra o levantamento. Dessa maneira, para aumentar o foco na sustentabilidade, deixa de ser necessário chegar a um acordo com a equipe que muitas vezes enxerga a mudança como um custo e não um agregador de valor ao negócio.

O levantamento 10 ações do conselho para impulsionar a sustentabilidade traz também dicas. Segundo a Russel Reynolds uma das principais para facilitar o diálogo é incluir todos os cargos de alta liderança nessa implementação. Ao garantir que o tema seja constantemente lembrado, os executivos pensarão na pauta como sua responsabilidade mesmo quando não for uma tarefa explícita.

Levantamento aponta ainda que estas empresas conseguem alcançar os seus objetos na agenda muito mais rapidamente do que as companhias que seguem uma abordagem linear, sem avançar etapas Foto: Towfiqu barbhuiya/ Pexels

”O CEO e a equipe executiva não são os únicos que devem focar continuamente na sustentabilidade. O conselho não precisa se tornar especialista, mas é imprescindível que ele tenha uma compreensão básica de como as práticas podem criar valor e reduzir riscos”, afirma o sócio-diretor da Russell Reynolds Associates, Jacques Sarfatti. Para ele, é necessário destacar que não basta ser favorável à agenda, mas agir proativamente na empresa.

O que deve ser feito na prática?

O primeiro passo das empresas que se envolvem com a agenda sustentável deve ser identificar seus diferenciais ou áreas de vantagem competitiva para, em seguida, aproveitá-las para maximizar o valor social e financeiro de suas operações.

Sarfatti afirma ser necessário que os conselhos eduquem continuamente os diretores sobre a evolução da agenda ESG em todo o mundo, além de enxergar a empresa e suas operações através da perspectiva de sustentabilidade.

Outro ponto é a criação de métricas para acompanhar o seu progresso nos objetivos firmados. Segundo o estudo, as empresas que são específicas sobre suas metas são muito mais confiáveis do que aquelas que apenas compartilham um objetivo.

O levantamento ainda destaca que a estrutura específica, como ter um comitê autônomo, é menos importante do que garantir que as discussões sobre a temática sejam estratégicas, como, por exemplo, vincular a remuneração da liderança às metas e tornar esse compromisso público. Para Sarfatti, isso irá garantir que a sustentabilidade seja pautada desde o recrutamento ao gerenciamento de desempenho.

Além disso, a evolução da temática de sustentabilidade depende especialmente da liderança valorizar a pauta. Segundo o estudo, enquanto empresas no início de sua jornada sustentável apenas avaliam as crenças e os valores dos candidatos em relação ao tema, organizações com a pauta mais evoluída nomeiam defensores ativos da agenda e com histórico comprovado de liderança corporativa sustentável.

Abaixo, confira as 10 ações do conselho para impulsionar a sustentabilidade corporativa:

  1. Envolver todos os funcionários da empresa de forma proativa na pauta de sustentabilidade;
  2. Incorporar a sustentabilidade em todas as discussões com o CEO e a equipe executiva;
  3. Estabeleça uma cultura orientada para um propósito;
  4. Educar os diretores sobre sustentabilidade;
  5. Aplicar uma perspectiva de sustentabilidade à tomada de decisões estratégicas corporativas;
  6. Estabeleça metas e métricas claras para monitorar o progresso em direção a elas;
  7. Estruture o conselho para se envolver de forma significativa nas questões de sustentabilidade;
  8. Incluir sustentabilidade nos modelos de remuneração, seja vincular a compensação à sustentabilidade ou através de objetivos amplos ou de iniciativas específicas;
  9. Faça da mentalidade de sustentabilidade um fator ao contratar diretores;
  10. Faça da mentalidade de sustentabilidade um fator ao contratar CEOs.

A proatividade de conselhos de administração e o seu engajamento em desenvolver ações ESG (sigla em inglês para ambiente, social e governança) nas empresas aumentam a credibilidade das organizações entre investidores e demais stakeholders.

A conclusão é de uma pesquisa da consultoria Russell Reynolds obtida com exclusividade pelo Estadão, que aponta que os conselhos que investiram antecipadamente e com maior intensidade na construção de uma cultura sustentável alcançaram os seus objetivos em até metade do tempo.

Segundo o levantamento, as empresas que conseguem estruturar processos para viabilizar a evolução da agenda atingem uma maturidade muito mais rápido em comparação com as que adotam uma abordagem linear e obtêm resultados ao longo de cinco a dez anos.

Quando o diálogo entre os conselheiros e a equipe funciona bem, as iniciativas ESG são ponderadas e produtivas, de modo a serem integradas totalmente ao negócio no longo prazo, mostra o levantamento. Dessa maneira, para aumentar o foco na sustentabilidade, deixa de ser necessário chegar a um acordo com a equipe que muitas vezes enxerga a mudança como um custo e não um agregador de valor ao negócio.

O levantamento 10 ações do conselho para impulsionar a sustentabilidade traz também dicas. Segundo a Russel Reynolds uma das principais para facilitar o diálogo é incluir todos os cargos de alta liderança nessa implementação. Ao garantir que o tema seja constantemente lembrado, os executivos pensarão na pauta como sua responsabilidade mesmo quando não for uma tarefa explícita.

Levantamento aponta ainda que estas empresas conseguem alcançar os seus objetos na agenda muito mais rapidamente do que as companhias que seguem uma abordagem linear, sem avançar etapas Foto: Towfiqu barbhuiya/ Pexels

”O CEO e a equipe executiva não são os únicos que devem focar continuamente na sustentabilidade. O conselho não precisa se tornar especialista, mas é imprescindível que ele tenha uma compreensão básica de como as práticas podem criar valor e reduzir riscos”, afirma o sócio-diretor da Russell Reynolds Associates, Jacques Sarfatti. Para ele, é necessário destacar que não basta ser favorável à agenda, mas agir proativamente na empresa.

O que deve ser feito na prática?

O primeiro passo das empresas que se envolvem com a agenda sustentável deve ser identificar seus diferenciais ou áreas de vantagem competitiva para, em seguida, aproveitá-las para maximizar o valor social e financeiro de suas operações.

Sarfatti afirma ser necessário que os conselhos eduquem continuamente os diretores sobre a evolução da agenda ESG em todo o mundo, além de enxergar a empresa e suas operações através da perspectiva de sustentabilidade.

Outro ponto é a criação de métricas para acompanhar o seu progresso nos objetivos firmados. Segundo o estudo, as empresas que são específicas sobre suas metas são muito mais confiáveis do que aquelas que apenas compartilham um objetivo.

O levantamento ainda destaca que a estrutura específica, como ter um comitê autônomo, é menos importante do que garantir que as discussões sobre a temática sejam estratégicas, como, por exemplo, vincular a remuneração da liderança às metas e tornar esse compromisso público. Para Sarfatti, isso irá garantir que a sustentabilidade seja pautada desde o recrutamento ao gerenciamento de desempenho.

Além disso, a evolução da temática de sustentabilidade depende especialmente da liderança valorizar a pauta. Segundo o estudo, enquanto empresas no início de sua jornada sustentável apenas avaliam as crenças e os valores dos candidatos em relação ao tema, organizações com a pauta mais evoluída nomeiam defensores ativos da agenda e com histórico comprovado de liderança corporativa sustentável.

Abaixo, confira as 10 ações do conselho para impulsionar a sustentabilidade corporativa:

  1. Envolver todos os funcionários da empresa de forma proativa na pauta de sustentabilidade;
  2. Incorporar a sustentabilidade em todas as discussões com o CEO e a equipe executiva;
  3. Estabeleça uma cultura orientada para um propósito;
  4. Educar os diretores sobre sustentabilidade;
  5. Aplicar uma perspectiva de sustentabilidade à tomada de decisões estratégicas corporativas;
  6. Estabeleça metas e métricas claras para monitorar o progresso em direção a elas;
  7. Estruture o conselho para se envolver de forma significativa nas questões de sustentabilidade;
  8. Incluir sustentabilidade nos modelos de remuneração, seja vincular a compensação à sustentabilidade ou através de objetivos amplos ou de iniciativas específicas;
  9. Faça da mentalidade de sustentabilidade um fator ao contratar diretores;
  10. Faça da mentalidade de sustentabilidade um fator ao contratar CEOs.

A proatividade de conselhos de administração e o seu engajamento em desenvolver ações ESG (sigla em inglês para ambiente, social e governança) nas empresas aumentam a credibilidade das organizações entre investidores e demais stakeholders.

A conclusão é de uma pesquisa da consultoria Russell Reynolds obtida com exclusividade pelo Estadão, que aponta que os conselhos que investiram antecipadamente e com maior intensidade na construção de uma cultura sustentável alcançaram os seus objetivos em até metade do tempo.

Segundo o levantamento, as empresas que conseguem estruturar processos para viabilizar a evolução da agenda atingem uma maturidade muito mais rápido em comparação com as que adotam uma abordagem linear e obtêm resultados ao longo de cinco a dez anos.

Quando o diálogo entre os conselheiros e a equipe funciona bem, as iniciativas ESG são ponderadas e produtivas, de modo a serem integradas totalmente ao negócio no longo prazo, mostra o levantamento. Dessa maneira, para aumentar o foco na sustentabilidade, deixa de ser necessário chegar a um acordo com a equipe que muitas vezes enxerga a mudança como um custo e não um agregador de valor ao negócio.

O levantamento 10 ações do conselho para impulsionar a sustentabilidade traz também dicas. Segundo a Russel Reynolds uma das principais para facilitar o diálogo é incluir todos os cargos de alta liderança nessa implementação. Ao garantir que o tema seja constantemente lembrado, os executivos pensarão na pauta como sua responsabilidade mesmo quando não for uma tarefa explícita.

Levantamento aponta ainda que estas empresas conseguem alcançar os seus objetos na agenda muito mais rapidamente do que as companhias que seguem uma abordagem linear, sem avançar etapas Foto: Towfiqu barbhuiya/ Pexels

”O CEO e a equipe executiva não são os únicos que devem focar continuamente na sustentabilidade. O conselho não precisa se tornar especialista, mas é imprescindível que ele tenha uma compreensão básica de como as práticas podem criar valor e reduzir riscos”, afirma o sócio-diretor da Russell Reynolds Associates, Jacques Sarfatti. Para ele, é necessário destacar que não basta ser favorável à agenda, mas agir proativamente na empresa.

O que deve ser feito na prática?

O primeiro passo das empresas que se envolvem com a agenda sustentável deve ser identificar seus diferenciais ou áreas de vantagem competitiva para, em seguida, aproveitá-las para maximizar o valor social e financeiro de suas operações.

Sarfatti afirma ser necessário que os conselhos eduquem continuamente os diretores sobre a evolução da agenda ESG em todo o mundo, além de enxergar a empresa e suas operações através da perspectiva de sustentabilidade.

Outro ponto é a criação de métricas para acompanhar o seu progresso nos objetivos firmados. Segundo o estudo, as empresas que são específicas sobre suas metas são muito mais confiáveis do que aquelas que apenas compartilham um objetivo.

O levantamento ainda destaca que a estrutura específica, como ter um comitê autônomo, é menos importante do que garantir que as discussões sobre a temática sejam estratégicas, como, por exemplo, vincular a remuneração da liderança às metas e tornar esse compromisso público. Para Sarfatti, isso irá garantir que a sustentabilidade seja pautada desde o recrutamento ao gerenciamento de desempenho.

Além disso, a evolução da temática de sustentabilidade depende especialmente da liderança valorizar a pauta. Segundo o estudo, enquanto empresas no início de sua jornada sustentável apenas avaliam as crenças e os valores dos candidatos em relação ao tema, organizações com a pauta mais evoluída nomeiam defensores ativos da agenda e com histórico comprovado de liderança corporativa sustentável.

Abaixo, confira as 10 ações do conselho para impulsionar a sustentabilidade corporativa:

  1. Envolver todos os funcionários da empresa de forma proativa na pauta de sustentabilidade;
  2. Incorporar a sustentabilidade em todas as discussões com o CEO e a equipe executiva;
  3. Estabeleça uma cultura orientada para um propósito;
  4. Educar os diretores sobre sustentabilidade;
  5. Aplicar uma perspectiva de sustentabilidade à tomada de decisões estratégicas corporativas;
  6. Estabeleça metas e métricas claras para monitorar o progresso em direção a elas;
  7. Estruture o conselho para se envolver de forma significativa nas questões de sustentabilidade;
  8. Incluir sustentabilidade nos modelos de remuneração, seja vincular a compensação à sustentabilidade ou através de objetivos amplos ou de iniciativas específicas;
  9. Faça da mentalidade de sustentabilidade um fator ao contratar diretores;
  10. Faça da mentalidade de sustentabilidade um fator ao contratar CEOs.

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