Europa é mais otimista com ESG do que EUA, segundo pesquisa


Levantamento mostra que 56% das empresas europeias enxergam o ESG como uma oportunidade, enquanto essa é a visão de apenas 30% das empresas americanas

Por Beatriz Capirazi

O continente europeu é mais otimista com a agenda ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança corporativa) do que os Estados Unidos, segundo o relatório Sustentabilidade em destaque: O ESG perdeu força na sala de reuniões?, divulgado pela empresa americana Diligent com exclusividade para o Estadão.

O levantamento mostra que 56% das empresas da Europa enxergam o ESG como uma oportunidade de negócio, enquanto apenas 30% das empresas dos Estados Unidos têm essa mesma percepção.

Outra diferença significativa entre as duas regiões é em relação à percepção de risco: 34% das empresas americanas percebem questões ESG como riscos, enquanto com as europeias esse número cai para 13%.

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56% das empresas europeias enxergam o ESG como uma oportunidade, enquanto essa é a visão de apenas 30% das empresas americanas  Foto: Jasper Johns/Whitney Museum

Para o vice-presidente da Diligent na América Latina, André Bodowski, a principal explicação para esse cenário é a preocupação histórica da Europa com a temática, em especial com a pauta ambiental. “As leis ESG se iniciaram na Europa do ponto de vista legislativo. O regulatório na Europa é mais rígido, prevê certas penalidades e por isso é de longo prazo.”

Outro fator de peso, segundo ele, são os próprios stakeholders, que adotam uma postura mais séria. Ele cita como exemplo o fato de acionistas da multinacional de petróleo BP terem demonstrado insatisfação com a revisão dos compromissos climáticos adotados pela companhia em abril deste ano, pressionando por planos mais ambiciosos.

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Além disso, outra diferença seria o próprio crescimento da agenda anti-ESG nos Estados Unidos. “Pode ser uma das razões para as empresas colocarem o pé no freio. Antes, o ESG era quase uma unanimidade. Agora, o analista vai ver e falar: ‘Legal essa ação pró-ESG, mas vocês viram o movimento contrário?’. Gera uma preocupação, claro”, explica Bodowski.

ESG perdeu força nas salas de reunião?

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Embora a agenda continue tendo um papel de destaque nas salas de reuniões, a conclusão do estudo é que o ESG, de fato, perdeu força nas empresas nos últimos anos, especialmente nos Estados Unidos.

“Não estamos dizendo que ele desapareceu, longe disso. Mas ele perdeu um pouco de espaço? A resposta da pesquisa é sim, estatisticamente. Deixou de ser o assunto número 1. Continua importante, mas talvez não seja mais o assunto número 1″, afirma Bodowski.

Para ele, o cenário mudou nos Estados Unidos em consequência da ascensão do movimento anti-ESG e do tom político que a agenda ganhou em vários estados americanos. Estes dois fatores, inclusive, levaram a mudança de postura de vários players do mercado financeiro. Neste ano, por exemplo, o presidente-executivo da BlackRock, Larry Fink, que foi um dos impulsionadores do ESG nos negócios, afirmou que deixou de usar o termo por este motivo.

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“Existem dois tipos de empresas hoje: as que decidiram solidificar as ações e hoje o ESG já é parte absoluta da matriz de risco e dos seus planos estratégicos e as que não. Não significa que o clima não é importante, mas não vai receber o mesmo nível de investimento e prioridade que em outras empresas. ESG é apenas outra questão dentro de várias outras.”

Vice-presidente da Diligent na América Latina, André Bodowski Foto: Divulgação/ Diligent

Percepção global

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Embora existam essas diferenças em relação à Europa e aos Estados Unidos, a percepção global é positiva, com 40% das empresas vendo a agenda como uma oportunidade de negócio, 35% com uma visão equilibrada e 25% como um risco.

Bodowski destaca que a relevância da agenda ESG para diversos países já é perceptível, impulsionada pela urgência da pauta climática e das demandas da sociedade. No entanto, o especialista destaca que as empresas ainda precisam driblar empecilhos para progredir.

Para 45% das empresas, o maior obstáculo para o progresso da agenda no mundo corporativo é a necessidade de melhores insights em torno das metas ESG. Em seguida, surge a falta de clareza quanto ao impacto do ESG no negócio (22%) e o posicionamento de negócios concorrentes na pauta (22%).

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O levantamento ainda aponta que, embora um movimento anti-ESG esteja surgindo com força nos Estados nos últimos anos, se fortalecendo, inclusive, na agenda política e de fundos de investimentos de alguns estados americanos, essa não tem sido uma preocupação para a maioria das empresas.

Segundo o estudo, apenas 2% das empresas encaram a relação pública contra o ESG como o maior obstáculo para a progressão da agenda em sua companhia.

O continente europeu é mais otimista com a agenda ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança corporativa) do que os Estados Unidos, segundo o relatório Sustentabilidade em destaque: O ESG perdeu força na sala de reuniões?, divulgado pela empresa americana Diligent com exclusividade para o Estadão.

O levantamento mostra que 56% das empresas da Europa enxergam o ESG como uma oportunidade de negócio, enquanto apenas 30% das empresas dos Estados Unidos têm essa mesma percepção.

Outra diferença significativa entre as duas regiões é em relação à percepção de risco: 34% das empresas americanas percebem questões ESG como riscos, enquanto com as europeias esse número cai para 13%.

56% das empresas europeias enxergam o ESG como uma oportunidade, enquanto essa é a visão de apenas 30% das empresas americanas  Foto: Jasper Johns/Whitney Museum

Para o vice-presidente da Diligent na América Latina, André Bodowski, a principal explicação para esse cenário é a preocupação histórica da Europa com a temática, em especial com a pauta ambiental. “As leis ESG se iniciaram na Europa do ponto de vista legislativo. O regulatório na Europa é mais rígido, prevê certas penalidades e por isso é de longo prazo.”

Outro fator de peso, segundo ele, são os próprios stakeholders, que adotam uma postura mais séria. Ele cita como exemplo o fato de acionistas da multinacional de petróleo BP terem demonstrado insatisfação com a revisão dos compromissos climáticos adotados pela companhia em abril deste ano, pressionando por planos mais ambiciosos.

Além disso, outra diferença seria o próprio crescimento da agenda anti-ESG nos Estados Unidos. “Pode ser uma das razões para as empresas colocarem o pé no freio. Antes, o ESG era quase uma unanimidade. Agora, o analista vai ver e falar: ‘Legal essa ação pró-ESG, mas vocês viram o movimento contrário?’. Gera uma preocupação, claro”, explica Bodowski.

ESG perdeu força nas salas de reunião?

Embora a agenda continue tendo um papel de destaque nas salas de reuniões, a conclusão do estudo é que o ESG, de fato, perdeu força nas empresas nos últimos anos, especialmente nos Estados Unidos.

“Não estamos dizendo que ele desapareceu, longe disso. Mas ele perdeu um pouco de espaço? A resposta da pesquisa é sim, estatisticamente. Deixou de ser o assunto número 1. Continua importante, mas talvez não seja mais o assunto número 1″, afirma Bodowski.

Para ele, o cenário mudou nos Estados Unidos em consequência da ascensão do movimento anti-ESG e do tom político que a agenda ganhou em vários estados americanos. Estes dois fatores, inclusive, levaram a mudança de postura de vários players do mercado financeiro. Neste ano, por exemplo, o presidente-executivo da BlackRock, Larry Fink, que foi um dos impulsionadores do ESG nos negócios, afirmou que deixou de usar o termo por este motivo.

“Existem dois tipos de empresas hoje: as que decidiram solidificar as ações e hoje o ESG já é parte absoluta da matriz de risco e dos seus planos estratégicos e as que não. Não significa que o clima não é importante, mas não vai receber o mesmo nível de investimento e prioridade que em outras empresas. ESG é apenas outra questão dentro de várias outras.”

Vice-presidente da Diligent na América Latina, André Bodowski Foto: Divulgação/ Diligent

Percepção global

Embora existam essas diferenças em relação à Europa e aos Estados Unidos, a percepção global é positiva, com 40% das empresas vendo a agenda como uma oportunidade de negócio, 35% com uma visão equilibrada e 25% como um risco.

Bodowski destaca que a relevância da agenda ESG para diversos países já é perceptível, impulsionada pela urgência da pauta climática e das demandas da sociedade. No entanto, o especialista destaca que as empresas ainda precisam driblar empecilhos para progredir.

Para 45% das empresas, o maior obstáculo para o progresso da agenda no mundo corporativo é a necessidade de melhores insights em torno das metas ESG. Em seguida, surge a falta de clareza quanto ao impacto do ESG no negócio (22%) e o posicionamento de negócios concorrentes na pauta (22%).

O levantamento ainda aponta que, embora um movimento anti-ESG esteja surgindo com força nos Estados nos últimos anos, se fortalecendo, inclusive, na agenda política e de fundos de investimentos de alguns estados americanos, essa não tem sido uma preocupação para a maioria das empresas.

Segundo o estudo, apenas 2% das empresas encaram a relação pública contra o ESG como o maior obstáculo para a progressão da agenda em sua companhia.

O continente europeu é mais otimista com a agenda ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança corporativa) do que os Estados Unidos, segundo o relatório Sustentabilidade em destaque: O ESG perdeu força na sala de reuniões?, divulgado pela empresa americana Diligent com exclusividade para o Estadão.

O levantamento mostra que 56% das empresas da Europa enxergam o ESG como uma oportunidade de negócio, enquanto apenas 30% das empresas dos Estados Unidos têm essa mesma percepção.

Outra diferença significativa entre as duas regiões é em relação à percepção de risco: 34% das empresas americanas percebem questões ESG como riscos, enquanto com as europeias esse número cai para 13%.

56% das empresas europeias enxergam o ESG como uma oportunidade, enquanto essa é a visão de apenas 30% das empresas americanas  Foto: Jasper Johns/Whitney Museum

Para o vice-presidente da Diligent na América Latina, André Bodowski, a principal explicação para esse cenário é a preocupação histórica da Europa com a temática, em especial com a pauta ambiental. “As leis ESG se iniciaram na Europa do ponto de vista legislativo. O regulatório na Europa é mais rígido, prevê certas penalidades e por isso é de longo prazo.”

Outro fator de peso, segundo ele, são os próprios stakeholders, que adotam uma postura mais séria. Ele cita como exemplo o fato de acionistas da multinacional de petróleo BP terem demonstrado insatisfação com a revisão dos compromissos climáticos adotados pela companhia em abril deste ano, pressionando por planos mais ambiciosos.

Além disso, outra diferença seria o próprio crescimento da agenda anti-ESG nos Estados Unidos. “Pode ser uma das razões para as empresas colocarem o pé no freio. Antes, o ESG era quase uma unanimidade. Agora, o analista vai ver e falar: ‘Legal essa ação pró-ESG, mas vocês viram o movimento contrário?’. Gera uma preocupação, claro”, explica Bodowski.

ESG perdeu força nas salas de reunião?

Embora a agenda continue tendo um papel de destaque nas salas de reuniões, a conclusão do estudo é que o ESG, de fato, perdeu força nas empresas nos últimos anos, especialmente nos Estados Unidos.

“Não estamos dizendo que ele desapareceu, longe disso. Mas ele perdeu um pouco de espaço? A resposta da pesquisa é sim, estatisticamente. Deixou de ser o assunto número 1. Continua importante, mas talvez não seja mais o assunto número 1″, afirma Bodowski.

Para ele, o cenário mudou nos Estados Unidos em consequência da ascensão do movimento anti-ESG e do tom político que a agenda ganhou em vários estados americanos. Estes dois fatores, inclusive, levaram a mudança de postura de vários players do mercado financeiro. Neste ano, por exemplo, o presidente-executivo da BlackRock, Larry Fink, que foi um dos impulsionadores do ESG nos negócios, afirmou que deixou de usar o termo por este motivo.

“Existem dois tipos de empresas hoje: as que decidiram solidificar as ações e hoje o ESG já é parte absoluta da matriz de risco e dos seus planos estratégicos e as que não. Não significa que o clima não é importante, mas não vai receber o mesmo nível de investimento e prioridade que em outras empresas. ESG é apenas outra questão dentro de várias outras.”

Vice-presidente da Diligent na América Latina, André Bodowski Foto: Divulgação/ Diligent

Percepção global

Embora existam essas diferenças em relação à Europa e aos Estados Unidos, a percepção global é positiva, com 40% das empresas vendo a agenda como uma oportunidade de negócio, 35% com uma visão equilibrada e 25% como um risco.

Bodowski destaca que a relevância da agenda ESG para diversos países já é perceptível, impulsionada pela urgência da pauta climática e das demandas da sociedade. No entanto, o especialista destaca que as empresas ainda precisam driblar empecilhos para progredir.

Para 45% das empresas, o maior obstáculo para o progresso da agenda no mundo corporativo é a necessidade de melhores insights em torno das metas ESG. Em seguida, surge a falta de clareza quanto ao impacto do ESG no negócio (22%) e o posicionamento de negócios concorrentes na pauta (22%).

O levantamento ainda aponta que, embora um movimento anti-ESG esteja surgindo com força nos Estados nos últimos anos, se fortalecendo, inclusive, na agenda política e de fundos de investimentos de alguns estados americanos, essa não tem sido uma preocupação para a maioria das empresas.

Segundo o estudo, apenas 2% das empresas encaram a relação pública contra o ESG como o maior obstáculo para a progressão da agenda em sua companhia.

O continente europeu é mais otimista com a agenda ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança corporativa) do que os Estados Unidos, segundo o relatório Sustentabilidade em destaque: O ESG perdeu força na sala de reuniões?, divulgado pela empresa americana Diligent com exclusividade para o Estadão.

O levantamento mostra que 56% das empresas da Europa enxergam o ESG como uma oportunidade de negócio, enquanto apenas 30% das empresas dos Estados Unidos têm essa mesma percepção.

Outra diferença significativa entre as duas regiões é em relação à percepção de risco: 34% das empresas americanas percebem questões ESG como riscos, enquanto com as europeias esse número cai para 13%.

56% das empresas europeias enxergam o ESG como uma oportunidade, enquanto essa é a visão de apenas 30% das empresas americanas  Foto: Jasper Johns/Whitney Museum

Para o vice-presidente da Diligent na América Latina, André Bodowski, a principal explicação para esse cenário é a preocupação histórica da Europa com a temática, em especial com a pauta ambiental. “As leis ESG se iniciaram na Europa do ponto de vista legislativo. O regulatório na Europa é mais rígido, prevê certas penalidades e por isso é de longo prazo.”

Outro fator de peso, segundo ele, são os próprios stakeholders, que adotam uma postura mais séria. Ele cita como exemplo o fato de acionistas da multinacional de petróleo BP terem demonstrado insatisfação com a revisão dos compromissos climáticos adotados pela companhia em abril deste ano, pressionando por planos mais ambiciosos.

Além disso, outra diferença seria o próprio crescimento da agenda anti-ESG nos Estados Unidos. “Pode ser uma das razões para as empresas colocarem o pé no freio. Antes, o ESG era quase uma unanimidade. Agora, o analista vai ver e falar: ‘Legal essa ação pró-ESG, mas vocês viram o movimento contrário?’. Gera uma preocupação, claro”, explica Bodowski.

ESG perdeu força nas salas de reunião?

Embora a agenda continue tendo um papel de destaque nas salas de reuniões, a conclusão do estudo é que o ESG, de fato, perdeu força nas empresas nos últimos anos, especialmente nos Estados Unidos.

“Não estamos dizendo que ele desapareceu, longe disso. Mas ele perdeu um pouco de espaço? A resposta da pesquisa é sim, estatisticamente. Deixou de ser o assunto número 1. Continua importante, mas talvez não seja mais o assunto número 1″, afirma Bodowski.

Para ele, o cenário mudou nos Estados Unidos em consequência da ascensão do movimento anti-ESG e do tom político que a agenda ganhou em vários estados americanos. Estes dois fatores, inclusive, levaram a mudança de postura de vários players do mercado financeiro. Neste ano, por exemplo, o presidente-executivo da BlackRock, Larry Fink, que foi um dos impulsionadores do ESG nos negócios, afirmou que deixou de usar o termo por este motivo.

“Existem dois tipos de empresas hoje: as que decidiram solidificar as ações e hoje o ESG já é parte absoluta da matriz de risco e dos seus planos estratégicos e as que não. Não significa que o clima não é importante, mas não vai receber o mesmo nível de investimento e prioridade que em outras empresas. ESG é apenas outra questão dentro de várias outras.”

Vice-presidente da Diligent na América Latina, André Bodowski Foto: Divulgação/ Diligent

Percepção global

Embora existam essas diferenças em relação à Europa e aos Estados Unidos, a percepção global é positiva, com 40% das empresas vendo a agenda como uma oportunidade de negócio, 35% com uma visão equilibrada e 25% como um risco.

Bodowski destaca que a relevância da agenda ESG para diversos países já é perceptível, impulsionada pela urgência da pauta climática e das demandas da sociedade. No entanto, o especialista destaca que as empresas ainda precisam driblar empecilhos para progredir.

Para 45% das empresas, o maior obstáculo para o progresso da agenda no mundo corporativo é a necessidade de melhores insights em torno das metas ESG. Em seguida, surge a falta de clareza quanto ao impacto do ESG no negócio (22%) e o posicionamento de negócios concorrentes na pauta (22%).

O levantamento ainda aponta que, embora um movimento anti-ESG esteja surgindo com força nos Estados nos últimos anos, se fortalecendo, inclusive, na agenda política e de fundos de investimentos de alguns estados americanos, essa não tem sido uma preocupação para a maioria das empresas.

Segundo o estudo, apenas 2% das empresas encaram a relação pública contra o ESG como o maior obstáculo para a progressão da agenda em sua companhia.

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