Ações de inclusão e impacto social nas empresas esbarram na falta de investimentos, diz pesquisa


Levantamento do fórum HR First Class com lideranças de Recursos Humanos do Brasil indica que maior parte das companhias de médio e grande porte não têm verbas para promoção do impacto social

Por Shagaly Ferreira

Executivos de Recursos Humanos (RH) indicam que a maior parte das companhias de médio e grande porte no Brasil ainda não investem em ações de promoção ao impacto social. O panorama é percebido a partir de um levantamento feito em junho na 22ª edição do fórum HR First Class, que ouviu 500 profissionais que atuam em empresas de amplitude nacional.

De acordo com 41,3% deles, a principal dificuldade para a implementação dessas iniciativas tem sido a falta de recursos financeiros nas empresas para essa finalidade. Na sequência, 35,5% dos ouvidos entendem que a barreira está na ausência de iniciativa dos líderes de governança, enquanto 18,1% responsabilizam a falta de capacitação como maior barreira.

Além disso, para 70,3% dos entrevistados, o setor de RH é fundamental para implementação de ações de impacto em uma empresa. No entanto, 32,6% dos executivos da área atuam em companhias que não possuem programas voltados para inclusão e impacto social.

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É o primeiro retorno do Brasil ao mercado após rebaixamento do grau de investimento Foto: Fábio Motta/Estadão

O fundador do fórum HR First Class e responsável pela pesquisa, Marcos Scaldelai, considera que o levantamento demonstra que está havendo uma “ausência de intencionalidade” dos executivos de alta liderança em decidir pelo investimento no impacto social. Os integrantes da governança ainda não estão vendo um propósito para a adoção das iniciativas.

“Ou se tem a intenção de fazer ou não”, resume o especialista. “Quando se fala da falta de recursos, existe uma questão de prioridade da empresa: é ela que tem que tomar a decisão. Hoje, muitas delas acabam não priorizando as ações de impacto social, ou, quando priorizam, não fazem isso por acreditar na mudança como um todo, e sim como um passo para mostrar que a empresa é mais inclusiva.”

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Com isso, diante da falta de ações vindas dos líderes de governança, a ação do setor de RH fica limitada. “O RH, que teria que ser o impulsionador, se sente muito refém da presidência e do alto escalão, que não têm a intencionalidade, de fato, de fazer a grande diferença, mesmo em médias e grandes empresas”, avalia Scaldelai.

Perda de oportunidades

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Além da ausência de investimento, o estudo sinaliza que há perdas de oportunidades, sobretudo financeiras e de gestão de pessoas, quando as companhias deixam de investir em impacto social. Segundo os executivos entrevistados, entre os principais benefícios que as empresas recebem ao implementar essas iniciativas estão: a atração e a retenção de talentos; a melhora na reputação da companhia; e a ampliação do acesso a recursos financeiros.

“A retenção de pessoas está muito casada ao propósito. As empresas (que não investem em impacto) perdem a oportunidade de potencializar o propósito dela no mercado e deixar o ambiente mais humano. Além disso, quando ela tem uma política clara de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança), a alta liderança consegue enxergar isso como parte do negócio, pois não é só ajudar uma instituição, mas atender a um propósito maior de transformação da cadeia de produção”, diz Scaldelai.

Marcos Scaldelai é consultor e fundador do HR First Class Foto: Fredy Uehara / Divulgação
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A mudança do cenário, segundo o especialista, pode ser feita a partir do engajamento dos executivos de RH em suas empresas, chamando a atenção da alta liderança para cases de sucesso no mercado. No entanto, são as decisões do escalão de governança que poderão determinar um rumo diferente nos investimentos em prol do impacto social.

“A liderança de RH tem que provocar de baixo para cima, (mas) o impacto social é uma mandala, com vários pontos importantes nos quais todos têm que trabalhar,” orienta o consultor.

Executivos de Recursos Humanos (RH) indicam que a maior parte das companhias de médio e grande porte no Brasil ainda não investem em ações de promoção ao impacto social. O panorama é percebido a partir de um levantamento feito em junho na 22ª edição do fórum HR First Class, que ouviu 500 profissionais que atuam em empresas de amplitude nacional.

De acordo com 41,3% deles, a principal dificuldade para a implementação dessas iniciativas tem sido a falta de recursos financeiros nas empresas para essa finalidade. Na sequência, 35,5% dos ouvidos entendem que a barreira está na ausência de iniciativa dos líderes de governança, enquanto 18,1% responsabilizam a falta de capacitação como maior barreira.

Além disso, para 70,3% dos entrevistados, o setor de RH é fundamental para implementação de ações de impacto em uma empresa. No entanto, 32,6% dos executivos da área atuam em companhias que não possuem programas voltados para inclusão e impacto social.

É o primeiro retorno do Brasil ao mercado após rebaixamento do grau de investimento Foto: Fábio Motta/Estadão

O fundador do fórum HR First Class e responsável pela pesquisa, Marcos Scaldelai, considera que o levantamento demonstra que está havendo uma “ausência de intencionalidade” dos executivos de alta liderança em decidir pelo investimento no impacto social. Os integrantes da governança ainda não estão vendo um propósito para a adoção das iniciativas.

“Ou se tem a intenção de fazer ou não”, resume o especialista. “Quando se fala da falta de recursos, existe uma questão de prioridade da empresa: é ela que tem que tomar a decisão. Hoje, muitas delas acabam não priorizando as ações de impacto social, ou, quando priorizam, não fazem isso por acreditar na mudança como um todo, e sim como um passo para mostrar que a empresa é mais inclusiva.”

Com isso, diante da falta de ações vindas dos líderes de governança, a ação do setor de RH fica limitada. “O RH, que teria que ser o impulsionador, se sente muito refém da presidência e do alto escalão, que não têm a intencionalidade, de fato, de fazer a grande diferença, mesmo em médias e grandes empresas”, avalia Scaldelai.

Perda de oportunidades

Além da ausência de investimento, o estudo sinaliza que há perdas de oportunidades, sobretudo financeiras e de gestão de pessoas, quando as companhias deixam de investir em impacto social. Segundo os executivos entrevistados, entre os principais benefícios que as empresas recebem ao implementar essas iniciativas estão: a atração e a retenção de talentos; a melhora na reputação da companhia; e a ampliação do acesso a recursos financeiros.

“A retenção de pessoas está muito casada ao propósito. As empresas (que não investem em impacto) perdem a oportunidade de potencializar o propósito dela no mercado e deixar o ambiente mais humano. Além disso, quando ela tem uma política clara de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança), a alta liderança consegue enxergar isso como parte do negócio, pois não é só ajudar uma instituição, mas atender a um propósito maior de transformação da cadeia de produção”, diz Scaldelai.

Marcos Scaldelai é consultor e fundador do HR First Class Foto: Fredy Uehara / Divulgação

A mudança do cenário, segundo o especialista, pode ser feita a partir do engajamento dos executivos de RH em suas empresas, chamando a atenção da alta liderança para cases de sucesso no mercado. No entanto, são as decisões do escalão de governança que poderão determinar um rumo diferente nos investimentos em prol do impacto social.

“A liderança de RH tem que provocar de baixo para cima, (mas) o impacto social é uma mandala, com vários pontos importantes nos quais todos têm que trabalhar,” orienta o consultor.

Executivos de Recursos Humanos (RH) indicam que a maior parte das companhias de médio e grande porte no Brasil ainda não investem em ações de promoção ao impacto social. O panorama é percebido a partir de um levantamento feito em junho na 22ª edição do fórum HR First Class, que ouviu 500 profissionais que atuam em empresas de amplitude nacional.

De acordo com 41,3% deles, a principal dificuldade para a implementação dessas iniciativas tem sido a falta de recursos financeiros nas empresas para essa finalidade. Na sequência, 35,5% dos ouvidos entendem que a barreira está na ausência de iniciativa dos líderes de governança, enquanto 18,1% responsabilizam a falta de capacitação como maior barreira.

Além disso, para 70,3% dos entrevistados, o setor de RH é fundamental para implementação de ações de impacto em uma empresa. No entanto, 32,6% dos executivos da área atuam em companhias que não possuem programas voltados para inclusão e impacto social.

É o primeiro retorno do Brasil ao mercado após rebaixamento do grau de investimento Foto: Fábio Motta/Estadão

O fundador do fórum HR First Class e responsável pela pesquisa, Marcos Scaldelai, considera que o levantamento demonstra que está havendo uma “ausência de intencionalidade” dos executivos de alta liderança em decidir pelo investimento no impacto social. Os integrantes da governança ainda não estão vendo um propósito para a adoção das iniciativas.

“Ou se tem a intenção de fazer ou não”, resume o especialista. “Quando se fala da falta de recursos, existe uma questão de prioridade da empresa: é ela que tem que tomar a decisão. Hoje, muitas delas acabam não priorizando as ações de impacto social, ou, quando priorizam, não fazem isso por acreditar na mudança como um todo, e sim como um passo para mostrar que a empresa é mais inclusiva.”

Com isso, diante da falta de ações vindas dos líderes de governança, a ação do setor de RH fica limitada. “O RH, que teria que ser o impulsionador, se sente muito refém da presidência e do alto escalão, que não têm a intencionalidade, de fato, de fazer a grande diferença, mesmo em médias e grandes empresas”, avalia Scaldelai.

Perda de oportunidades

Além da ausência de investimento, o estudo sinaliza que há perdas de oportunidades, sobretudo financeiras e de gestão de pessoas, quando as companhias deixam de investir em impacto social. Segundo os executivos entrevistados, entre os principais benefícios que as empresas recebem ao implementar essas iniciativas estão: a atração e a retenção de talentos; a melhora na reputação da companhia; e a ampliação do acesso a recursos financeiros.

“A retenção de pessoas está muito casada ao propósito. As empresas (que não investem em impacto) perdem a oportunidade de potencializar o propósito dela no mercado e deixar o ambiente mais humano. Além disso, quando ela tem uma política clara de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança), a alta liderança consegue enxergar isso como parte do negócio, pois não é só ajudar uma instituição, mas atender a um propósito maior de transformação da cadeia de produção”, diz Scaldelai.

Marcos Scaldelai é consultor e fundador do HR First Class Foto: Fredy Uehara / Divulgação

A mudança do cenário, segundo o especialista, pode ser feita a partir do engajamento dos executivos de RH em suas empresas, chamando a atenção da alta liderança para cases de sucesso no mercado. No entanto, são as decisões do escalão de governança que poderão determinar um rumo diferente nos investimentos em prol do impacto social.

“A liderança de RH tem que provocar de baixo para cima, (mas) o impacto social é uma mandala, com vários pontos importantes nos quais todos têm que trabalhar,” orienta o consultor.

Executivos de Recursos Humanos (RH) indicam que a maior parte das companhias de médio e grande porte no Brasil ainda não investem em ações de promoção ao impacto social. O panorama é percebido a partir de um levantamento feito em junho na 22ª edição do fórum HR First Class, que ouviu 500 profissionais que atuam em empresas de amplitude nacional.

De acordo com 41,3% deles, a principal dificuldade para a implementação dessas iniciativas tem sido a falta de recursos financeiros nas empresas para essa finalidade. Na sequência, 35,5% dos ouvidos entendem que a barreira está na ausência de iniciativa dos líderes de governança, enquanto 18,1% responsabilizam a falta de capacitação como maior barreira.

Além disso, para 70,3% dos entrevistados, o setor de RH é fundamental para implementação de ações de impacto em uma empresa. No entanto, 32,6% dos executivos da área atuam em companhias que não possuem programas voltados para inclusão e impacto social.

É o primeiro retorno do Brasil ao mercado após rebaixamento do grau de investimento Foto: Fábio Motta/Estadão

O fundador do fórum HR First Class e responsável pela pesquisa, Marcos Scaldelai, considera que o levantamento demonstra que está havendo uma “ausência de intencionalidade” dos executivos de alta liderança em decidir pelo investimento no impacto social. Os integrantes da governança ainda não estão vendo um propósito para a adoção das iniciativas.

“Ou se tem a intenção de fazer ou não”, resume o especialista. “Quando se fala da falta de recursos, existe uma questão de prioridade da empresa: é ela que tem que tomar a decisão. Hoje, muitas delas acabam não priorizando as ações de impacto social, ou, quando priorizam, não fazem isso por acreditar na mudança como um todo, e sim como um passo para mostrar que a empresa é mais inclusiva.”

Com isso, diante da falta de ações vindas dos líderes de governança, a ação do setor de RH fica limitada. “O RH, que teria que ser o impulsionador, se sente muito refém da presidência e do alto escalão, que não têm a intencionalidade, de fato, de fazer a grande diferença, mesmo em médias e grandes empresas”, avalia Scaldelai.

Perda de oportunidades

Além da ausência de investimento, o estudo sinaliza que há perdas de oportunidades, sobretudo financeiras e de gestão de pessoas, quando as companhias deixam de investir em impacto social. Segundo os executivos entrevistados, entre os principais benefícios que as empresas recebem ao implementar essas iniciativas estão: a atração e a retenção de talentos; a melhora na reputação da companhia; e a ampliação do acesso a recursos financeiros.

“A retenção de pessoas está muito casada ao propósito. As empresas (que não investem em impacto) perdem a oportunidade de potencializar o propósito dela no mercado e deixar o ambiente mais humano. Além disso, quando ela tem uma política clara de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança), a alta liderança consegue enxergar isso como parte do negócio, pois não é só ajudar uma instituição, mas atender a um propósito maior de transformação da cadeia de produção”, diz Scaldelai.

Marcos Scaldelai é consultor e fundador do HR First Class Foto: Fredy Uehara / Divulgação

A mudança do cenário, segundo o especialista, pode ser feita a partir do engajamento dos executivos de RH em suas empresas, chamando a atenção da alta liderança para cases de sucesso no mercado. No entanto, são as decisões do escalão de governança que poderão determinar um rumo diferente nos investimentos em prol do impacto social.

“A liderança de RH tem que provocar de baixo para cima, (mas) o impacto social é uma mandala, com vários pontos importantes nos quais todos têm que trabalhar,” orienta o consultor.

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