Logística e educação ambiental são desafios para reciclagem de eletrônicos, dizem associações


Organizações sem fins lucrativos do setor avaliam que consumidores ainda não sabem de benefícios da reutilização de materiais

Por Luis Filipe Santos

A reciclagem de alumínio, plástico e outros itens está presente na vida dos brasileiros, com os recipientes para coleta presentes em diversos locais. Mas nem tão presentes são os pontos para se descartar objetos eletrônicos, cuja reciclagem é igualmente importante para o meio ambiente e para a própria saúde humana. Na tentativa de ampliar os pontos de recebimento, associações sem fins lucrativos do setor tentam ampliar a cobertura, fortalecer o trabalho de logística reversa e educar a população para entender a importância do processo.

A reciclagem de produtos eletroeletrônicos é importante para os consumidores para evitar que produtos químicos com metais pesados, como mercúrio, chumbo, cádmio, manganês e níquel acabem na natureza devido ao descarte incorreto e gerem contaminações no solo ou na água que posteriormente afetem as próprias pessoas. Além disso, o estabelecimento de uma cadeia também gera novos empregos e oportunidades econômicas e reduz a necessidade de extração de novas matérias-primas.

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Para atuar no setor, a Política Nacional de Resíduos Sólidos permite apenas a presença de entidades sem fins lucrativos e exige que as empresas que produzem os materiais se preocupem com a logística reversa. Assim, o setor é formado majoritariamente por associações que realizam o trabalho de governança dos resíduos. Cabe a elas contratar as empresas que instalam os pontos de coleta, as que vão retirar e triar os produtos, e as que vão mandar para os recicladoras - essas empresas são todas pagas. Todo o caixa das associações deve ser reinvestido na operação.

O setor enfrenta grandes dificuldades no Brasil, a começar pela própria extensão territorial do país e a existência de regiões isoladas. Por isso, um dos principais focos das associações é aumentar o número de pontos de coleta e realizar ações para que moradores de cidades pequenas também possam descartar, como mutirões.

Descarte correto do lixo eletrônico evita contaminação de rios e do solo Foto: Reuters
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Outro ponto é garantir o transporte dos locais de coleta. “Se o produto chegou, então alguma maneira de chegar tem, e vai ter de levar”, avalia Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron, uma das associações do setor. Além do transporte, o desafio é ter locais adequados para receber os materiais em todas as regiões, da forma mais eficiente possível e com o menor custo possível. “Quanto menos custar, menos tem que cobrar dos associados e menos pesa no orçamento deles”, cita Brescansin.

A gestão dos resíduos em municípios pequenos, ainda incipiente, também pede atenção. “Dificulta o surgimento, desenvolvimento e manutenção de empresas privadas e cooperativas de catadores legalmente habilitados para armazenar e tratar resíduos eletroeletrônicos”, afirma Helen Brito, gerente de relações institucionais da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE). O caminho se torna, então, reunir grandes quantidades para tornar os envios viáveis.

A contabilização e garantia da destinação correta dos materiais é feita pelas associações, que precisam rastrear e mensurar o quanto foi coletado pelo trabalho. “No relatório encaminhado anualmente ao MMA, são demonstrados os números de coleta e destinação final ambientalmente correta dos produtos eletroeletrônicos, todos os pontos de recebimento que a ABREE desenvolveu junto aos seus parceiros e demais dados e informações”, relata Brito.

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Educação ambiental

Se a gestão logística é complicada e aumentar os pontos de coleta é fundamental, também é importante educar a população para utilizá-los e realizar o descarte correto. Mais uma vez, esse trabalho fica com associações como a Abree e a Green Eletron, para reforçar a importância ambiental, social e econômica do ato. “Temos intensificado as ações, com o lançamento de uma campanha nacional, a reformulação da sua identidade visual e marca, aumento de campanhas de arrecadação em diversos locais do país e abertura para imprensa”, destaca Brito, da Abree.

“Usamos bastante as redes sociais, com uma série de matérias que ensinam como prolongar a vida útil e fazer um descarte correto, com uma linguagem agradável. Também fazemos campanhas com municípios, chegamos a utilizar carro de som, ou moto e outdoors, para chamar as pessoas”, relata Brescansin. Outra ação da Green Eletron são gincanas com escolas do ensino fundamental, retomadas agora após a pandemia. Segundo a organização, a intenção é de que não só as crianças fiquem bem informadas, mas também os pais.

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A Green Eletron ainda criou um selo em conjunto com os associados. “O objetivo é um uso voluntário, que ajude a identificar as marcas que estão comprometidas, atendem a lei e recuperam os materiais”, explica. Assim, os consumidores podem saber de antemão quais empresas se preocupam com a logística reversa.

A reciclagem de alumínio, plástico e outros itens está presente na vida dos brasileiros, com os recipientes para coleta presentes em diversos locais. Mas nem tão presentes são os pontos para se descartar objetos eletrônicos, cuja reciclagem é igualmente importante para o meio ambiente e para a própria saúde humana. Na tentativa de ampliar os pontos de recebimento, associações sem fins lucrativos do setor tentam ampliar a cobertura, fortalecer o trabalho de logística reversa e educar a população para entender a importância do processo.

A reciclagem de produtos eletroeletrônicos é importante para os consumidores para evitar que produtos químicos com metais pesados, como mercúrio, chumbo, cádmio, manganês e níquel acabem na natureza devido ao descarte incorreto e gerem contaminações no solo ou na água que posteriormente afetem as próprias pessoas. Além disso, o estabelecimento de uma cadeia também gera novos empregos e oportunidades econômicas e reduz a necessidade de extração de novas matérias-primas.

Para atuar no setor, a Política Nacional de Resíduos Sólidos permite apenas a presença de entidades sem fins lucrativos e exige que as empresas que produzem os materiais se preocupem com a logística reversa. Assim, o setor é formado majoritariamente por associações que realizam o trabalho de governança dos resíduos. Cabe a elas contratar as empresas que instalam os pontos de coleta, as que vão retirar e triar os produtos, e as que vão mandar para os recicladoras - essas empresas são todas pagas. Todo o caixa das associações deve ser reinvestido na operação.

O setor enfrenta grandes dificuldades no Brasil, a começar pela própria extensão territorial do país e a existência de regiões isoladas. Por isso, um dos principais focos das associações é aumentar o número de pontos de coleta e realizar ações para que moradores de cidades pequenas também possam descartar, como mutirões.

Descarte correto do lixo eletrônico evita contaminação de rios e do solo Foto: Reuters

Outro ponto é garantir o transporte dos locais de coleta. “Se o produto chegou, então alguma maneira de chegar tem, e vai ter de levar”, avalia Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron, uma das associações do setor. Além do transporte, o desafio é ter locais adequados para receber os materiais em todas as regiões, da forma mais eficiente possível e com o menor custo possível. “Quanto menos custar, menos tem que cobrar dos associados e menos pesa no orçamento deles”, cita Brescansin.

A gestão dos resíduos em municípios pequenos, ainda incipiente, também pede atenção. “Dificulta o surgimento, desenvolvimento e manutenção de empresas privadas e cooperativas de catadores legalmente habilitados para armazenar e tratar resíduos eletroeletrônicos”, afirma Helen Brito, gerente de relações institucionais da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE). O caminho se torna, então, reunir grandes quantidades para tornar os envios viáveis.

A contabilização e garantia da destinação correta dos materiais é feita pelas associações, que precisam rastrear e mensurar o quanto foi coletado pelo trabalho. “No relatório encaminhado anualmente ao MMA, são demonstrados os números de coleta e destinação final ambientalmente correta dos produtos eletroeletrônicos, todos os pontos de recebimento que a ABREE desenvolveu junto aos seus parceiros e demais dados e informações”, relata Brito.

Educação ambiental

Se a gestão logística é complicada e aumentar os pontos de coleta é fundamental, também é importante educar a população para utilizá-los e realizar o descarte correto. Mais uma vez, esse trabalho fica com associações como a Abree e a Green Eletron, para reforçar a importância ambiental, social e econômica do ato. “Temos intensificado as ações, com o lançamento de uma campanha nacional, a reformulação da sua identidade visual e marca, aumento de campanhas de arrecadação em diversos locais do país e abertura para imprensa”, destaca Brito, da Abree.

“Usamos bastante as redes sociais, com uma série de matérias que ensinam como prolongar a vida útil e fazer um descarte correto, com uma linguagem agradável. Também fazemos campanhas com municípios, chegamos a utilizar carro de som, ou moto e outdoors, para chamar as pessoas”, relata Brescansin. Outra ação da Green Eletron são gincanas com escolas do ensino fundamental, retomadas agora após a pandemia. Segundo a organização, a intenção é de que não só as crianças fiquem bem informadas, mas também os pais.

A Green Eletron ainda criou um selo em conjunto com os associados. “O objetivo é um uso voluntário, que ajude a identificar as marcas que estão comprometidas, atendem a lei e recuperam os materiais”, explica. Assim, os consumidores podem saber de antemão quais empresas se preocupam com a logística reversa.

A reciclagem de alumínio, plástico e outros itens está presente na vida dos brasileiros, com os recipientes para coleta presentes em diversos locais. Mas nem tão presentes são os pontos para se descartar objetos eletrônicos, cuja reciclagem é igualmente importante para o meio ambiente e para a própria saúde humana. Na tentativa de ampliar os pontos de recebimento, associações sem fins lucrativos do setor tentam ampliar a cobertura, fortalecer o trabalho de logística reversa e educar a população para entender a importância do processo.

A reciclagem de produtos eletroeletrônicos é importante para os consumidores para evitar que produtos químicos com metais pesados, como mercúrio, chumbo, cádmio, manganês e níquel acabem na natureza devido ao descarte incorreto e gerem contaminações no solo ou na água que posteriormente afetem as próprias pessoas. Além disso, o estabelecimento de uma cadeia também gera novos empregos e oportunidades econômicas e reduz a necessidade de extração de novas matérias-primas.

Para atuar no setor, a Política Nacional de Resíduos Sólidos permite apenas a presença de entidades sem fins lucrativos e exige que as empresas que produzem os materiais se preocupem com a logística reversa. Assim, o setor é formado majoritariamente por associações que realizam o trabalho de governança dos resíduos. Cabe a elas contratar as empresas que instalam os pontos de coleta, as que vão retirar e triar os produtos, e as que vão mandar para os recicladoras - essas empresas são todas pagas. Todo o caixa das associações deve ser reinvestido na operação.

O setor enfrenta grandes dificuldades no Brasil, a começar pela própria extensão territorial do país e a existência de regiões isoladas. Por isso, um dos principais focos das associações é aumentar o número de pontos de coleta e realizar ações para que moradores de cidades pequenas também possam descartar, como mutirões.

Descarte correto do lixo eletrônico evita contaminação de rios e do solo Foto: Reuters

Outro ponto é garantir o transporte dos locais de coleta. “Se o produto chegou, então alguma maneira de chegar tem, e vai ter de levar”, avalia Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron, uma das associações do setor. Além do transporte, o desafio é ter locais adequados para receber os materiais em todas as regiões, da forma mais eficiente possível e com o menor custo possível. “Quanto menos custar, menos tem que cobrar dos associados e menos pesa no orçamento deles”, cita Brescansin.

A gestão dos resíduos em municípios pequenos, ainda incipiente, também pede atenção. “Dificulta o surgimento, desenvolvimento e manutenção de empresas privadas e cooperativas de catadores legalmente habilitados para armazenar e tratar resíduos eletroeletrônicos”, afirma Helen Brito, gerente de relações institucionais da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE). O caminho se torna, então, reunir grandes quantidades para tornar os envios viáveis.

A contabilização e garantia da destinação correta dos materiais é feita pelas associações, que precisam rastrear e mensurar o quanto foi coletado pelo trabalho. “No relatório encaminhado anualmente ao MMA, são demonstrados os números de coleta e destinação final ambientalmente correta dos produtos eletroeletrônicos, todos os pontos de recebimento que a ABREE desenvolveu junto aos seus parceiros e demais dados e informações”, relata Brito.

Educação ambiental

Se a gestão logística é complicada e aumentar os pontos de coleta é fundamental, também é importante educar a população para utilizá-los e realizar o descarte correto. Mais uma vez, esse trabalho fica com associações como a Abree e a Green Eletron, para reforçar a importância ambiental, social e econômica do ato. “Temos intensificado as ações, com o lançamento de uma campanha nacional, a reformulação da sua identidade visual e marca, aumento de campanhas de arrecadação em diversos locais do país e abertura para imprensa”, destaca Brito, da Abree.

“Usamos bastante as redes sociais, com uma série de matérias que ensinam como prolongar a vida útil e fazer um descarte correto, com uma linguagem agradável. Também fazemos campanhas com municípios, chegamos a utilizar carro de som, ou moto e outdoors, para chamar as pessoas”, relata Brescansin. Outra ação da Green Eletron são gincanas com escolas do ensino fundamental, retomadas agora após a pandemia. Segundo a organização, a intenção é de que não só as crianças fiquem bem informadas, mas também os pais.

A Green Eletron ainda criou um selo em conjunto com os associados. “O objetivo é um uso voluntário, que ajude a identificar as marcas que estão comprometidas, atendem a lei e recuperam os materiais”, explica. Assim, os consumidores podem saber de antemão quais empresas se preocupam com a logística reversa.

A reciclagem de alumínio, plástico e outros itens está presente na vida dos brasileiros, com os recipientes para coleta presentes em diversos locais. Mas nem tão presentes são os pontos para se descartar objetos eletrônicos, cuja reciclagem é igualmente importante para o meio ambiente e para a própria saúde humana. Na tentativa de ampliar os pontos de recebimento, associações sem fins lucrativos do setor tentam ampliar a cobertura, fortalecer o trabalho de logística reversa e educar a população para entender a importância do processo.

A reciclagem de produtos eletroeletrônicos é importante para os consumidores para evitar que produtos químicos com metais pesados, como mercúrio, chumbo, cádmio, manganês e níquel acabem na natureza devido ao descarte incorreto e gerem contaminações no solo ou na água que posteriormente afetem as próprias pessoas. Além disso, o estabelecimento de uma cadeia também gera novos empregos e oportunidades econômicas e reduz a necessidade de extração de novas matérias-primas.

Para atuar no setor, a Política Nacional de Resíduos Sólidos permite apenas a presença de entidades sem fins lucrativos e exige que as empresas que produzem os materiais se preocupem com a logística reversa. Assim, o setor é formado majoritariamente por associações que realizam o trabalho de governança dos resíduos. Cabe a elas contratar as empresas que instalam os pontos de coleta, as que vão retirar e triar os produtos, e as que vão mandar para os recicladoras - essas empresas são todas pagas. Todo o caixa das associações deve ser reinvestido na operação.

O setor enfrenta grandes dificuldades no Brasil, a começar pela própria extensão territorial do país e a existência de regiões isoladas. Por isso, um dos principais focos das associações é aumentar o número de pontos de coleta e realizar ações para que moradores de cidades pequenas também possam descartar, como mutirões.

Descarte correto do lixo eletrônico evita contaminação de rios e do solo Foto: Reuters

Outro ponto é garantir o transporte dos locais de coleta. “Se o produto chegou, então alguma maneira de chegar tem, e vai ter de levar”, avalia Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron, uma das associações do setor. Além do transporte, o desafio é ter locais adequados para receber os materiais em todas as regiões, da forma mais eficiente possível e com o menor custo possível. “Quanto menos custar, menos tem que cobrar dos associados e menos pesa no orçamento deles”, cita Brescansin.

A gestão dos resíduos em municípios pequenos, ainda incipiente, também pede atenção. “Dificulta o surgimento, desenvolvimento e manutenção de empresas privadas e cooperativas de catadores legalmente habilitados para armazenar e tratar resíduos eletroeletrônicos”, afirma Helen Brito, gerente de relações institucionais da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE). O caminho se torna, então, reunir grandes quantidades para tornar os envios viáveis.

A contabilização e garantia da destinação correta dos materiais é feita pelas associações, que precisam rastrear e mensurar o quanto foi coletado pelo trabalho. “No relatório encaminhado anualmente ao MMA, são demonstrados os números de coleta e destinação final ambientalmente correta dos produtos eletroeletrônicos, todos os pontos de recebimento que a ABREE desenvolveu junto aos seus parceiros e demais dados e informações”, relata Brito.

Educação ambiental

Se a gestão logística é complicada e aumentar os pontos de coleta é fundamental, também é importante educar a população para utilizá-los e realizar o descarte correto. Mais uma vez, esse trabalho fica com associações como a Abree e a Green Eletron, para reforçar a importância ambiental, social e econômica do ato. “Temos intensificado as ações, com o lançamento de uma campanha nacional, a reformulação da sua identidade visual e marca, aumento de campanhas de arrecadação em diversos locais do país e abertura para imprensa”, destaca Brito, da Abree.

“Usamos bastante as redes sociais, com uma série de matérias que ensinam como prolongar a vida útil e fazer um descarte correto, com uma linguagem agradável. Também fazemos campanhas com municípios, chegamos a utilizar carro de som, ou moto e outdoors, para chamar as pessoas”, relata Brescansin. Outra ação da Green Eletron são gincanas com escolas do ensino fundamental, retomadas agora após a pandemia. Segundo a organização, a intenção é de que não só as crianças fiquem bem informadas, mas também os pais.

A Green Eletron ainda criou um selo em conjunto com os associados. “O objetivo é um uso voluntário, que ajude a identificar as marcas que estão comprometidas, atendem a lei e recuperam os materiais”, explica. Assim, os consumidores podem saber de antemão quais empresas se preocupam com a logística reversa.

A reciclagem de alumínio, plástico e outros itens está presente na vida dos brasileiros, com os recipientes para coleta presentes em diversos locais. Mas nem tão presentes são os pontos para se descartar objetos eletrônicos, cuja reciclagem é igualmente importante para o meio ambiente e para a própria saúde humana. Na tentativa de ampliar os pontos de recebimento, associações sem fins lucrativos do setor tentam ampliar a cobertura, fortalecer o trabalho de logística reversa e educar a população para entender a importância do processo.

A reciclagem de produtos eletroeletrônicos é importante para os consumidores para evitar que produtos químicos com metais pesados, como mercúrio, chumbo, cádmio, manganês e níquel acabem na natureza devido ao descarte incorreto e gerem contaminações no solo ou na água que posteriormente afetem as próprias pessoas. Além disso, o estabelecimento de uma cadeia também gera novos empregos e oportunidades econômicas e reduz a necessidade de extração de novas matérias-primas.

Para atuar no setor, a Política Nacional de Resíduos Sólidos permite apenas a presença de entidades sem fins lucrativos e exige que as empresas que produzem os materiais se preocupem com a logística reversa. Assim, o setor é formado majoritariamente por associações que realizam o trabalho de governança dos resíduos. Cabe a elas contratar as empresas que instalam os pontos de coleta, as que vão retirar e triar os produtos, e as que vão mandar para os recicladoras - essas empresas são todas pagas. Todo o caixa das associações deve ser reinvestido na operação.

O setor enfrenta grandes dificuldades no Brasil, a começar pela própria extensão territorial do país e a existência de regiões isoladas. Por isso, um dos principais focos das associações é aumentar o número de pontos de coleta e realizar ações para que moradores de cidades pequenas também possam descartar, como mutirões.

Descarte correto do lixo eletrônico evita contaminação de rios e do solo Foto: Reuters

Outro ponto é garantir o transporte dos locais de coleta. “Se o produto chegou, então alguma maneira de chegar tem, e vai ter de levar”, avalia Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron, uma das associações do setor. Além do transporte, o desafio é ter locais adequados para receber os materiais em todas as regiões, da forma mais eficiente possível e com o menor custo possível. “Quanto menos custar, menos tem que cobrar dos associados e menos pesa no orçamento deles”, cita Brescansin.

A gestão dos resíduos em municípios pequenos, ainda incipiente, também pede atenção. “Dificulta o surgimento, desenvolvimento e manutenção de empresas privadas e cooperativas de catadores legalmente habilitados para armazenar e tratar resíduos eletroeletrônicos”, afirma Helen Brito, gerente de relações institucionais da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE). O caminho se torna, então, reunir grandes quantidades para tornar os envios viáveis.

A contabilização e garantia da destinação correta dos materiais é feita pelas associações, que precisam rastrear e mensurar o quanto foi coletado pelo trabalho. “No relatório encaminhado anualmente ao MMA, são demonstrados os números de coleta e destinação final ambientalmente correta dos produtos eletroeletrônicos, todos os pontos de recebimento que a ABREE desenvolveu junto aos seus parceiros e demais dados e informações”, relata Brito.

Educação ambiental

Se a gestão logística é complicada e aumentar os pontos de coleta é fundamental, também é importante educar a população para utilizá-los e realizar o descarte correto. Mais uma vez, esse trabalho fica com associações como a Abree e a Green Eletron, para reforçar a importância ambiental, social e econômica do ato. “Temos intensificado as ações, com o lançamento de uma campanha nacional, a reformulação da sua identidade visual e marca, aumento de campanhas de arrecadação em diversos locais do país e abertura para imprensa”, destaca Brito, da Abree.

“Usamos bastante as redes sociais, com uma série de matérias que ensinam como prolongar a vida útil e fazer um descarte correto, com uma linguagem agradável. Também fazemos campanhas com municípios, chegamos a utilizar carro de som, ou moto e outdoors, para chamar as pessoas”, relata Brescansin. Outra ação da Green Eletron são gincanas com escolas do ensino fundamental, retomadas agora após a pandemia. Segundo a organização, a intenção é de que não só as crianças fiquem bem informadas, mas também os pais.

A Green Eletron ainda criou um selo em conjunto com os associados. “O objetivo é um uso voluntário, que ajude a identificar as marcas que estão comprometidas, atendem a lei e recuperam os materiais”, explica. Assim, os consumidores podem saber de antemão quais empresas se preocupam com a logística reversa.

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