Mais de 70% das trocas de CEO em empresas financeiras de capital aberto ocorrem sem plano sucessório


Levantamento com base em processos de sucessão no mundo nos últimos cinco anos alerta para falta de preparação prévia de aspirantes ao cargo; casos de instituições brasileiras são vistos como exceção por especialista

Por Shagaly Ferreira
Atualização:

Estratégias de preparação prévia para a sucessão de presidentes não têm sido uma prioridade para empresas financeiras pelo mundo. Segundo levantamento inédito da consultoria internacional Russell Reynolds Associates, entre os anos de 2018 e 2023, 71% das mudanças de CEOs em instituições do segmento listadas nos principais índices globais ocorreram sem planejamento.

Para chegar a esse diagnóstico, o estudo catalogou sucessões de comando de 222 instituições de serviços financeiros (bancos, companhias de seguros, gestoras de ativos e empresas imobiliárias) listadas em índices como S&P 500 (Estados Unidos), FTSE 100 (Reino Unido), FTSE 250 (Reino Unido), ASX 200 (Austrália), CAC 40 (França), DAX 40 (Alemanha), Euronext 100 (Europa), Hang Seng (Hong Kong), Nikkei 225 (Japão), NSE Nifty 50 (Índia), S&P/TSX Composite (Canadá) e STI (Cingapura). As empresas da América Latina não foram contabilizadas na amostra.

Russell Reynolds aponta ausência de planos sucessórios nas empresas financeiras de capital aberto pelo mundo, mas pondera que Brasil é exceção Foto: Werther Santana / Estadão
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Conforme o estudo, a maior parte das nomeações das novas lideranças dessas corporações ocorreu em 2018, com 75% das cadeiras sendo ocupadas por nomes internos, mas sem respaldo de uma lista de pessoas efetivamente preparadas para o posto. Dentre as principais motivações para essas trocas de comando estão remoções, saídas em busca de outras oportunidades ou reformas, que ocorrem de forma não planejada e repentina, explica o sócio-diretor e líder de prática financeira da Russell Reynolds Associates, Fernando Machado.

“Quando falamos de falta de planejamento, queremos dizer que os conselhos e o diretor de Recursos Humanos foram pegos de surpresa com a decisão de saída do CEO, (sem lista prévia de substitutos)”, detalha o consultor. “É obrigação do conselho e do CEO fomentar, identificar e desenvolver talentos para a sucessão, porque isso se trata da sustentabilidade da organização. Em algum momento, o CEO vai sair, então é preciso que isso ocorra de uma maneira fluida e organizada.”

Com isso, o resultado do estudo revela, segundo ele, que a falta de preparação de líderes para se tornarem CEOs tem sido o principal desafio no momento para a governança das instituições financeiras. Para o analista, o cenário serve como alerta para o mercado, uma vez que o estudo também detectou uma tendência de crescimento na rotatividade de presidentes das empresas do ramo.

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Fernando Machado é consultor da Russell Reynolds Foto: Russell Reynolds/Divulgação

“O problema (do não planejamento) é que, assim que acontece uma saída abrupta, a empresa pode perder muito dinheiro, principalmente se for de capital aberto, pois há um impacto direto no preço das suas ações. Mas, além disso, há um impacto nas pessoas que estão no comitê executivo daquele banco, pois elas não vão entender qual vai ser o processo, de uma forma clara, para que alguém entre elas possa, ou não, sentar na cadeira de CEO.”

Planejamento adequado

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De modo geral, um planejamento de sucessão à presidência considerado adequado pela consultoria envolve, primeiramente, a manutenção prévia de possíveis sucessores para a cadeira, em uma preparação de longo prazo, diz Machado. A medida tem a intenção de funcionar como uma “apólice de seguros”, garantindo que, caso haja a saída de um CEO por qualquer motivo, a empresa disponha de executivos preparados para ocupar o posto, sem comprometer a estabilidade da corporação.

Nesse caso, cabe à governança: identificar de três a cinco possíveis sucessores internos, que tenham potencial para assumir a cadeira, ainda que não estejam preparados; traçar o perfil desejado para o futuro CEO, alinhado às mudanças e tendências do mercado; e, por fim, realizar um plano de desenvolvimento individual desses executivos para os próximos cinco anos.

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Isso não exclui a possibilidade de que talentos externos também sejam considerados para a vaga, desde que acompanhados no horizonte do longo prazo, ressalta o consultor.

Brasil como exceção

Apesar de o estudo não contemplar instituições da América Latina, Machado acrescenta que as instituições financeiras do Brasil nesse cenário são um caso de exceção, do ponto de vista positivo. Citando especificamente as organizações bancárias, ele lembra que, entre 2018 e 2023, os cinco maiores bancos em operação no País, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Santander e Bradesco, passaram por processos de sucessão na presidência. Na maior parte deles, a passagem de comando ocorreu conforme o que a consultoria considera como adequada, em termos de preparação de executivos para o posto.

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Por causa disso, o especialista considera que o Brasil não só foge à tendência mundial como também deve servir como referência para os demais países. “Temos um sistema financeiro extremamente sofisticado, os bancos são muito bem geridos e têm executivos financeiros muito bons nos níveis individual e da governança. Então, os bancos no Brasil podem ser considerados de excelência”, avalia.

Estratégias de preparação prévia para a sucessão de presidentes não têm sido uma prioridade para empresas financeiras pelo mundo. Segundo levantamento inédito da consultoria internacional Russell Reynolds Associates, entre os anos de 2018 e 2023, 71% das mudanças de CEOs em instituições do segmento listadas nos principais índices globais ocorreram sem planejamento.

Para chegar a esse diagnóstico, o estudo catalogou sucessões de comando de 222 instituições de serviços financeiros (bancos, companhias de seguros, gestoras de ativos e empresas imobiliárias) listadas em índices como S&P 500 (Estados Unidos), FTSE 100 (Reino Unido), FTSE 250 (Reino Unido), ASX 200 (Austrália), CAC 40 (França), DAX 40 (Alemanha), Euronext 100 (Europa), Hang Seng (Hong Kong), Nikkei 225 (Japão), NSE Nifty 50 (Índia), S&P/TSX Composite (Canadá) e STI (Cingapura). As empresas da América Latina não foram contabilizadas na amostra.

Russell Reynolds aponta ausência de planos sucessórios nas empresas financeiras de capital aberto pelo mundo, mas pondera que Brasil é exceção Foto: Werther Santana / Estadão

Conforme o estudo, a maior parte das nomeações das novas lideranças dessas corporações ocorreu em 2018, com 75% das cadeiras sendo ocupadas por nomes internos, mas sem respaldo de uma lista de pessoas efetivamente preparadas para o posto. Dentre as principais motivações para essas trocas de comando estão remoções, saídas em busca de outras oportunidades ou reformas, que ocorrem de forma não planejada e repentina, explica o sócio-diretor e líder de prática financeira da Russell Reynolds Associates, Fernando Machado.

“Quando falamos de falta de planejamento, queremos dizer que os conselhos e o diretor de Recursos Humanos foram pegos de surpresa com a decisão de saída do CEO, (sem lista prévia de substitutos)”, detalha o consultor. “É obrigação do conselho e do CEO fomentar, identificar e desenvolver talentos para a sucessão, porque isso se trata da sustentabilidade da organização. Em algum momento, o CEO vai sair, então é preciso que isso ocorra de uma maneira fluida e organizada.”

Com isso, o resultado do estudo revela, segundo ele, que a falta de preparação de líderes para se tornarem CEOs tem sido o principal desafio no momento para a governança das instituições financeiras. Para o analista, o cenário serve como alerta para o mercado, uma vez que o estudo também detectou uma tendência de crescimento na rotatividade de presidentes das empresas do ramo.

Fernando Machado é consultor da Russell Reynolds Foto: Russell Reynolds/Divulgação

“O problema (do não planejamento) é que, assim que acontece uma saída abrupta, a empresa pode perder muito dinheiro, principalmente se for de capital aberto, pois há um impacto direto no preço das suas ações. Mas, além disso, há um impacto nas pessoas que estão no comitê executivo daquele banco, pois elas não vão entender qual vai ser o processo, de uma forma clara, para que alguém entre elas possa, ou não, sentar na cadeira de CEO.”

Planejamento adequado

De modo geral, um planejamento de sucessão à presidência considerado adequado pela consultoria envolve, primeiramente, a manutenção prévia de possíveis sucessores para a cadeira, em uma preparação de longo prazo, diz Machado. A medida tem a intenção de funcionar como uma “apólice de seguros”, garantindo que, caso haja a saída de um CEO por qualquer motivo, a empresa disponha de executivos preparados para ocupar o posto, sem comprometer a estabilidade da corporação.

Nesse caso, cabe à governança: identificar de três a cinco possíveis sucessores internos, que tenham potencial para assumir a cadeira, ainda que não estejam preparados; traçar o perfil desejado para o futuro CEO, alinhado às mudanças e tendências do mercado; e, por fim, realizar um plano de desenvolvimento individual desses executivos para os próximos cinco anos.

Isso não exclui a possibilidade de que talentos externos também sejam considerados para a vaga, desde que acompanhados no horizonte do longo prazo, ressalta o consultor.

Brasil como exceção

Apesar de o estudo não contemplar instituições da América Latina, Machado acrescenta que as instituições financeiras do Brasil nesse cenário são um caso de exceção, do ponto de vista positivo. Citando especificamente as organizações bancárias, ele lembra que, entre 2018 e 2023, os cinco maiores bancos em operação no País, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Santander e Bradesco, passaram por processos de sucessão na presidência. Na maior parte deles, a passagem de comando ocorreu conforme o que a consultoria considera como adequada, em termos de preparação de executivos para o posto.

Por causa disso, o especialista considera que o Brasil não só foge à tendência mundial como também deve servir como referência para os demais países. “Temos um sistema financeiro extremamente sofisticado, os bancos são muito bem geridos e têm executivos financeiros muito bons nos níveis individual e da governança. Então, os bancos no Brasil podem ser considerados de excelência”, avalia.

Estratégias de preparação prévia para a sucessão de presidentes não têm sido uma prioridade para empresas financeiras pelo mundo. Segundo levantamento inédito da consultoria internacional Russell Reynolds Associates, entre os anos de 2018 e 2023, 71% das mudanças de CEOs em instituições do segmento listadas nos principais índices globais ocorreram sem planejamento.

Para chegar a esse diagnóstico, o estudo catalogou sucessões de comando de 222 instituições de serviços financeiros (bancos, companhias de seguros, gestoras de ativos e empresas imobiliárias) listadas em índices como S&P 500 (Estados Unidos), FTSE 100 (Reino Unido), FTSE 250 (Reino Unido), ASX 200 (Austrália), CAC 40 (França), DAX 40 (Alemanha), Euronext 100 (Europa), Hang Seng (Hong Kong), Nikkei 225 (Japão), NSE Nifty 50 (Índia), S&P/TSX Composite (Canadá) e STI (Cingapura). As empresas da América Latina não foram contabilizadas na amostra.

Russell Reynolds aponta ausência de planos sucessórios nas empresas financeiras de capital aberto pelo mundo, mas pondera que Brasil é exceção Foto: Werther Santana / Estadão

Conforme o estudo, a maior parte das nomeações das novas lideranças dessas corporações ocorreu em 2018, com 75% das cadeiras sendo ocupadas por nomes internos, mas sem respaldo de uma lista de pessoas efetivamente preparadas para o posto. Dentre as principais motivações para essas trocas de comando estão remoções, saídas em busca de outras oportunidades ou reformas, que ocorrem de forma não planejada e repentina, explica o sócio-diretor e líder de prática financeira da Russell Reynolds Associates, Fernando Machado.

“Quando falamos de falta de planejamento, queremos dizer que os conselhos e o diretor de Recursos Humanos foram pegos de surpresa com a decisão de saída do CEO, (sem lista prévia de substitutos)”, detalha o consultor. “É obrigação do conselho e do CEO fomentar, identificar e desenvolver talentos para a sucessão, porque isso se trata da sustentabilidade da organização. Em algum momento, o CEO vai sair, então é preciso que isso ocorra de uma maneira fluida e organizada.”

Com isso, o resultado do estudo revela, segundo ele, que a falta de preparação de líderes para se tornarem CEOs tem sido o principal desafio no momento para a governança das instituições financeiras. Para o analista, o cenário serve como alerta para o mercado, uma vez que o estudo também detectou uma tendência de crescimento na rotatividade de presidentes das empresas do ramo.

Fernando Machado é consultor da Russell Reynolds Foto: Russell Reynolds/Divulgação

“O problema (do não planejamento) é que, assim que acontece uma saída abrupta, a empresa pode perder muito dinheiro, principalmente se for de capital aberto, pois há um impacto direto no preço das suas ações. Mas, além disso, há um impacto nas pessoas que estão no comitê executivo daquele banco, pois elas não vão entender qual vai ser o processo, de uma forma clara, para que alguém entre elas possa, ou não, sentar na cadeira de CEO.”

Planejamento adequado

De modo geral, um planejamento de sucessão à presidência considerado adequado pela consultoria envolve, primeiramente, a manutenção prévia de possíveis sucessores para a cadeira, em uma preparação de longo prazo, diz Machado. A medida tem a intenção de funcionar como uma “apólice de seguros”, garantindo que, caso haja a saída de um CEO por qualquer motivo, a empresa disponha de executivos preparados para ocupar o posto, sem comprometer a estabilidade da corporação.

Nesse caso, cabe à governança: identificar de três a cinco possíveis sucessores internos, que tenham potencial para assumir a cadeira, ainda que não estejam preparados; traçar o perfil desejado para o futuro CEO, alinhado às mudanças e tendências do mercado; e, por fim, realizar um plano de desenvolvimento individual desses executivos para os próximos cinco anos.

Isso não exclui a possibilidade de que talentos externos também sejam considerados para a vaga, desde que acompanhados no horizonte do longo prazo, ressalta o consultor.

Brasil como exceção

Apesar de o estudo não contemplar instituições da América Latina, Machado acrescenta que as instituições financeiras do Brasil nesse cenário são um caso de exceção, do ponto de vista positivo. Citando especificamente as organizações bancárias, ele lembra que, entre 2018 e 2023, os cinco maiores bancos em operação no País, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Santander e Bradesco, passaram por processos de sucessão na presidência. Na maior parte deles, a passagem de comando ocorreu conforme o que a consultoria considera como adequada, em termos de preparação de executivos para o posto.

Por causa disso, o especialista considera que o Brasil não só foge à tendência mundial como também deve servir como referência para os demais países. “Temos um sistema financeiro extremamente sofisticado, os bancos são muito bem geridos e têm executivos financeiros muito bons nos níveis individual e da governança. Então, os bancos no Brasil podem ser considerados de excelência”, avalia.

Estratégias de preparação prévia para a sucessão de presidentes não têm sido uma prioridade para empresas financeiras pelo mundo. Segundo levantamento inédito da consultoria internacional Russell Reynolds Associates, entre os anos de 2018 e 2023, 71% das mudanças de CEOs em instituições do segmento listadas nos principais índices globais ocorreram sem planejamento.

Para chegar a esse diagnóstico, o estudo catalogou sucessões de comando de 222 instituições de serviços financeiros (bancos, companhias de seguros, gestoras de ativos e empresas imobiliárias) listadas em índices como S&P 500 (Estados Unidos), FTSE 100 (Reino Unido), FTSE 250 (Reino Unido), ASX 200 (Austrália), CAC 40 (França), DAX 40 (Alemanha), Euronext 100 (Europa), Hang Seng (Hong Kong), Nikkei 225 (Japão), NSE Nifty 50 (Índia), S&P/TSX Composite (Canadá) e STI (Cingapura). As empresas da América Latina não foram contabilizadas na amostra.

Russell Reynolds aponta ausência de planos sucessórios nas empresas financeiras de capital aberto pelo mundo, mas pondera que Brasil é exceção Foto: Werther Santana / Estadão

Conforme o estudo, a maior parte das nomeações das novas lideranças dessas corporações ocorreu em 2018, com 75% das cadeiras sendo ocupadas por nomes internos, mas sem respaldo de uma lista de pessoas efetivamente preparadas para o posto. Dentre as principais motivações para essas trocas de comando estão remoções, saídas em busca de outras oportunidades ou reformas, que ocorrem de forma não planejada e repentina, explica o sócio-diretor e líder de prática financeira da Russell Reynolds Associates, Fernando Machado.

“Quando falamos de falta de planejamento, queremos dizer que os conselhos e o diretor de Recursos Humanos foram pegos de surpresa com a decisão de saída do CEO, (sem lista prévia de substitutos)”, detalha o consultor. “É obrigação do conselho e do CEO fomentar, identificar e desenvolver talentos para a sucessão, porque isso se trata da sustentabilidade da organização. Em algum momento, o CEO vai sair, então é preciso que isso ocorra de uma maneira fluida e organizada.”

Com isso, o resultado do estudo revela, segundo ele, que a falta de preparação de líderes para se tornarem CEOs tem sido o principal desafio no momento para a governança das instituições financeiras. Para o analista, o cenário serve como alerta para o mercado, uma vez que o estudo também detectou uma tendência de crescimento na rotatividade de presidentes das empresas do ramo.

Fernando Machado é consultor da Russell Reynolds Foto: Russell Reynolds/Divulgação

“O problema (do não planejamento) é que, assim que acontece uma saída abrupta, a empresa pode perder muito dinheiro, principalmente se for de capital aberto, pois há um impacto direto no preço das suas ações. Mas, além disso, há um impacto nas pessoas que estão no comitê executivo daquele banco, pois elas não vão entender qual vai ser o processo, de uma forma clara, para que alguém entre elas possa, ou não, sentar na cadeira de CEO.”

Planejamento adequado

De modo geral, um planejamento de sucessão à presidência considerado adequado pela consultoria envolve, primeiramente, a manutenção prévia de possíveis sucessores para a cadeira, em uma preparação de longo prazo, diz Machado. A medida tem a intenção de funcionar como uma “apólice de seguros”, garantindo que, caso haja a saída de um CEO por qualquer motivo, a empresa disponha de executivos preparados para ocupar o posto, sem comprometer a estabilidade da corporação.

Nesse caso, cabe à governança: identificar de três a cinco possíveis sucessores internos, que tenham potencial para assumir a cadeira, ainda que não estejam preparados; traçar o perfil desejado para o futuro CEO, alinhado às mudanças e tendências do mercado; e, por fim, realizar um plano de desenvolvimento individual desses executivos para os próximos cinco anos.

Isso não exclui a possibilidade de que talentos externos também sejam considerados para a vaga, desde que acompanhados no horizonte do longo prazo, ressalta o consultor.

Brasil como exceção

Apesar de o estudo não contemplar instituições da América Latina, Machado acrescenta que as instituições financeiras do Brasil nesse cenário são um caso de exceção, do ponto de vista positivo. Citando especificamente as organizações bancárias, ele lembra que, entre 2018 e 2023, os cinco maiores bancos em operação no País, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Santander e Bradesco, passaram por processos de sucessão na presidência. Na maior parte deles, a passagem de comando ocorreu conforme o que a consultoria considera como adequada, em termos de preparação de executivos para o posto.

Por causa disso, o especialista considera que o Brasil não só foge à tendência mundial como também deve servir como referência para os demais países. “Temos um sistema financeiro extremamente sofisticado, os bancos são muito bem geridos e têm executivos financeiros muito bons nos níveis individual e da governança. Então, os bancos no Brasil podem ser considerados de excelência”, avalia.

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