Natura&Co prevê gerar R$ 4 de impacto positivo para cada R$ 1 ganho com mudança estratégica


Mudança visa aumentar os negócios lucrativos da Natura diretamente atrelados à sustentabilidade

Por Beatriz Capirazi
Atualização:

A holding de cosméticos Natura & Co América Latina anunciou que tem como meta gerar R$ 4 de impacto socioambiental positivo para cada R$ 1 de receita da empresa. O anúncio foi feito na terça-feira, 5, durante evento realizado pela marca para anunciar atualizações nas suas metas de sustentabilidade, batizadas de Compromisso com a Vida.

Na prática, a ideia da Natura é monetizar seus projetos socioambientais. A empresa quer aumentar a quantidade e o retorno financeiro dos projetos com foco em sustentabilidade e diminuir os projetos que não são associados ao tema, como aqueles com foco em combustíveis fósseis ou minérios.

“No final do ano, conseguimos, com números reais e financeiros, entender quanto o nosso negócio trouxe de valor para a sociedade”, explica gerente de Sustentabilidade de Natura &Co América Latina, Fernanda Facchini, afirmando que até mesmo o cuidado na escolha dos projetos aumentará para permitir essa mudança de foco.

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A prática já era medida internamente através do IP&L (ferramenta de gestão integrada) da empresa. Em 2022, a marca afirmou que, para cada R$ 1 de receita, proporcionou um impacto socioambiental positivo de R$ 2,7. Ao todo, a Natura teria gerado um impacto líquido positivo de R$34,2 bilhões para a sociedade. Agora a ação entrou formalmente na Visão 2030.

“Passa a ser o foco. Não queremos que seja a área financeira fazendo uma coisa e a sustentabilidade compensando. É uma série de mudanças estruturantes que direcionam a estratégia de negócio para um patamar que levam o negócio para práticas sustentáveis. Não são ações pontuais”, afirma Facchini.

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Segundo a empresa, essa progressão representa o compromisso prático da empresa de atrelar cada vez mais o negócio a ações sustentáveis. Em termos práticos, a ideia é não apenas quantificar resultados financeiros, mas também mensurar o impacto das atividades empresariais nas esferas ambiental, social e humana.

O resultado teria sido impulsionado pela evolução da renda das consultoras, pelo pagamento de impostos e pelo fornecimento de matérias-primas para comunidades tradicionais da Amazônia, por exemplo.

Alteração compõe o Visão 2030, plano estratégico da empresa que visa aumentar os negócios lucrativos da Natura diretamente atrelados à sustentabilidade  Foto: Divulgação/ Natura
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Mudança de metas socioambientais

Durante o evento, a marca de cosméticos anunciou ajustes nas metas de carbono para se adequar às premissas definidas pelo SBTI. Com a atualização, o compromisso se torna zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa no escopo 1, escopo 1 (emissões lançadas à atmosfera que vêm diretamente do processo produtivo da empresa) e escopo 2 (emissões indiretas proveniente da compra de energia elétrica) e descarbonizar 42% de nossa cadeia de valor até 2030 para o escopo 3 (emissões indiretas provenientes do transporte de bens e serviços adquiridos ou vendidos por frota terceirizada); com a priorização da aquisição de créditos em projetos na Amazônia, prioritariamente das comunidades agroextrativistas.

Dentre as mudanças, a Natura tem a intenção de aumentar em quatro vezes as compras de insumos da sociobioeconomia amazônica; ter 25% de pessoas negras em cargos gerenciais no Brasil até 2025 e 30% até 2030 e aumentar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-CN) de 4 milhões de consultoras Natura.

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Na prática, a Natura prevê que com essa “equação” de R$ 4 de impacto positivo para cada R$ 1 ganho, os resultados positivos gerados para a sociedade sejam nas áreas de “capital humano”, “capital natural” e “capital social” - fomentando positivamente de forma direta (com cursos e treinamentos) ou indireta (poluindo menos, por exemplo) estas áreas. Confira detalhes do que será priorizado em cada uma das áreas:

  • Capital humano (considerando colaboradores, fornecedores e consultoras de beleza): fornecendo treinamento; aumentando a remuneração e dando benefícios e fomentando a diversidade e inclusão;
  • Capital social (impostos e comunidade local): desenvolvimento de infraestrutura em regiões amazônicas promovendo a empregabilidade, por exemplo, e promovendo a repartição de benefícios;
  • Capital natural (produtos, serviços e processos): com o uso e desenvolvimento com práticas sustentáveis de produtos da Amazônia, por exemplo, a Natura mantém a floresta em pé, uso de recursos de forma sustentável e o combate a mudança climática.

Sustentabilidade

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Considerada uma das empresas mais tradicionais no ramo de sustentabilidade, a Natura afirmou ao Estadão que hoje a sustentabilidade já traz lucro para a empresa.

Questionada se a quantidade de investimentos feitos em sustentabilidade, como em medidas mais sustentáveis para logística ou para diminuir a quantidade de gás carbono emitido, gera o mesmo patamar de lucro para a empresa, Facchini afirmou que “depende”.

“O grande desafio das empresas é: ‘quanto vale a perenidade dos negócios?’. Os negócios vão continuar a existir nesse planeta se as empresas não tomarem uma ação emergente? Existe um custo, mas esse custo ele ainda é baixo em relação ao potencial impacto que as empresas vão sofrer se não tomarem ações de mitigação climática. Elas não vão ter condições de transitar e distribuir os seus produtos”.

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A representante da Natura destaca que o grande trunfo do lançamento é olhar os investimentos em sustentabilidade como uma geração de valor de longo prazo. “Não consigo descarbonizar minha operação em dois anos, mas preciso de avanços a passos lentos.”

Vale destacar que nos dois balanços apresentados pela Natura &Co (NTCO3) deste ano a empresa registrou prejuízo. No primeiro trimestre do ano a empresa apresentou prejuízo líquido de R$ 652,4 milhões, um aumento de 1,4% sobre a perda líquida de R$ 643,1 milhões registrada no mesmo período de 2022.

No segundo trimestre de 2023 a empresa teve prejuízo líquido de R$ 732 milhões, um número 4,6% menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

A holding de cosméticos Natura & Co América Latina anunciou que tem como meta gerar R$ 4 de impacto socioambiental positivo para cada R$ 1 de receita da empresa. O anúncio foi feito na terça-feira, 5, durante evento realizado pela marca para anunciar atualizações nas suas metas de sustentabilidade, batizadas de Compromisso com a Vida.

Na prática, a ideia da Natura é monetizar seus projetos socioambientais. A empresa quer aumentar a quantidade e o retorno financeiro dos projetos com foco em sustentabilidade e diminuir os projetos que não são associados ao tema, como aqueles com foco em combustíveis fósseis ou minérios.

“No final do ano, conseguimos, com números reais e financeiros, entender quanto o nosso negócio trouxe de valor para a sociedade”, explica gerente de Sustentabilidade de Natura &Co América Latina, Fernanda Facchini, afirmando que até mesmo o cuidado na escolha dos projetos aumentará para permitir essa mudança de foco.

A prática já era medida internamente através do IP&L (ferramenta de gestão integrada) da empresa. Em 2022, a marca afirmou que, para cada R$ 1 de receita, proporcionou um impacto socioambiental positivo de R$ 2,7. Ao todo, a Natura teria gerado um impacto líquido positivo de R$34,2 bilhões para a sociedade. Agora a ação entrou formalmente na Visão 2030.

“Passa a ser o foco. Não queremos que seja a área financeira fazendo uma coisa e a sustentabilidade compensando. É uma série de mudanças estruturantes que direcionam a estratégia de negócio para um patamar que levam o negócio para práticas sustentáveis. Não são ações pontuais”, afirma Facchini.

Segundo a empresa, essa progressão representa o compromisso prático da empresa de atrelar cada vez mais o negócio a ações sustentáveis. Em termos práticos, a ideia é não apenas quantificar resultados financeiros, mas também mensurar o impacto das atividades empresariais nas esferas ambiental, social e humana.

O resultado teria sido impulsionado pela evolução da renda das consultoras, pelo pagamento de impostos e pelo fornecimento de matérias-primas para comunidades tradicionais da Amazônia, por exemplo.

Alteração compõe o Visão 2030, plano estratégico da empresa que visa aumentar os negócios lucrativos da Natura diretamente atrelados à sustentabilidade  Foto: Divulgação/ Natura

Mudança de metas socioambientais

Durante o evento, a marca de cosméticos anunciou ajustes nas metas de carbono para se adequar às premissas definidas pelo SBTI. Com a atualização, o compromisso se torna zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa no escopo 1, escopo 1 (emissões lançadas à atmosfera que vêm diretamente do processo produtivo da empresa) e escopo 2 (emissões indiretas proveniente da compra de energia elétrica) e descarbonizar 42% de nossa cadeia de valor até 2030 para o escopo 3 (emissões indiretas provenientes do transporte de bens e serviços adquiridos ou vendidos por frota terceirizada); com a priorização da aquisição de créditos em projetos na Amazônia, prioritariamente das comunidades agroextrativistas.

Dentre as mudanças, a Natura tem a intenção de aumentar em quatro vezes as compras de insumos da sociobioeconomia amazônica; ter 25% de pessoas negras em cargos gerenciais no Brasil até 2025 e 30% até 2030 e aumentar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-CN) de 4 milhões de consultoras Natura.

Na prática, a Natura prevê que com essa “equação” de R$ 4 de impacto positivo para cada R$ 1 ganho, os resultados positivos gerados para a sociedade sejam nas áreas de “capital humano”, “capital natural” e “capital social” - fomentando positivamente de forma direta (com cursos e treinamentos) ou indireta (poluindo menos, por exemplo) estas áreas. Confira detalhes do que será priorizado em cada uma das áreas:

  • Capital humano (considerando colaboradores, fornecedores e consultoras de beleza): fornecendo treinamento; aumentando a remuneração e dando benefícios e fomentando a diversidade e inclusão;
  • Capital social (impostos e comunidade local): desenvolvimento de infraestrutura em regiões amazônicas promovendo a empregabilidade, por exemplo, e promovendo a repartição de benefícios;
  • Capital natural (produtos, serviços e processos): com o uso e desenvolvimento com práticas sustentáveis de produtos da Amazônia, por exemplo, a Natura mantém a floresta em pé, uso de recursos de forma sustentável e o combate a mudança climática.

Sustentabilidade

Considerada uma das empresas mais tradicionais no ramo de sustentabilidade, a Natura afirmou ao Estadão que hoje a sustentabilidade já traz lucro para a empresa.

Questionada se a quantidade de investimentos feitos em sustentabilidade, como em medidas mais sustentáveis para logística ou para diminuir a quantidade de gás carbono emitido, gera o mesmo patamar de lucro para a empresa, Facchini afirmou que “depende”.

“O grande desafio das empresas é: ‘quanto vale a perenidade dos negócios?’. Os negócios vão continuar a existir nesse planeta se as empresas não tomarem uma ação emergente? Existe um custo, mas esse custo ele ainda é baixo em relação ao potencial impacto que as empresas vão sofrer se não tomarem ações de mitigação climática. Elas não vão ter condições de transitar e distribuir os seus produtos”.

A representante da Natura destaca que o grande trunfo do lançamento é olhar os investimentos em sustentabilidade como uma geração de valor de longo prazo. “Não consigo descarbonizar minha operação em dois anos, mas preciso de avanços a passos lentos.”

Vale destacar que nos dois balanços apresentados pela Natura &Co (NTCO3) deste ano a empresa registrou prejuízo. No primeiro trimestre do ano a empresa apresentou prejuízo líquido de R$ 652,4 milhões, um aumento de 1,4% sobre a perda líquida de R$ 643,1 milhões registrada no mesmo período de 2022.

No segundo trimestre de 2023 a empresa teve prejuízo líquido de R$ 732 milhões, um número 4,6% menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

A holding de cosméticos Natura & Co América Latina anunciou que tem como meta gerar R$ 4 de impacto socioambiental positivo para cada R$ 1 de receita da empresa. O anúncio foi feito na terça-feira, 5, durante evento realizado pela marca para anunciar atualizações nas suas metas de sustentabilidade, batizadas de Compromisso com a Vida.

Na prática, a ideia da Natura é monetizar seus projetos socioambientais. A empresa quer aumentar a quantidade e o retorno financeiro dos projetos com foco em sustentabilidade e diminuir os projetos que não são associados ao tema, como aqueles com foco em combustíveis fósseis ou minérios.

“No final do ano, conseguimos, com números reais e financeiros, entender quanto o nosso negócio trouxe de valor para a sociedade”, explica gerente de Sustentabilidade de Natura &Co América Latina, Fernanda Facchini, afirmando que até mesmo o cuidado na escolha dos projetos aumentará para permitir essa mudança de foco.

A prática já era medida internamente através do IP&L (ferramenta de gestão integrada) da empresa. Em 2022, a marca afirmou que, para cada R$ 1 de receita, proporcionou um impacto socioambiental positivo de R$ 2,7. Ao todo, a Natura teria gerado um impacto líquido positivo de R$34,2 bilhões para a sociedade. Agora a ação entrou formalmente na Visão 2030.

“Passa a ser o foco. Não queremos que seja a área financeira fazendo uma coisa e a sustentabilidade compensando. É uma série de mudanças estruturantes que direcionam a estratégia de negócio para um patamar que levam o negócio para práticas sustentáveis. Não são ações pontuais”, afirma Facchini.

Segundo a empresa, essa progressão representa o compromisso prático da empresa de atrelar cada vez mais o negócio a ações sustentáveis. Em termos práticos, a ideia é não apenas quantificar resultados financeiros, mas também mensurar o impacto das atividades empresariais nas esferas ambiental, social e humana.

O resultado teria sido impulsionado pela evolução da renda das consultoras, pelo pagamento de impostos e pelo fornecimento de matérias-primas para comunidades tradicionais da Amazônia, por exemplo.

Alteração compõe o Visão 2030, plano estratégico da empresa que visa aumentar os negócios lucrativos da Natura diretamente atrelados à sustentabilidade  Foto: Divulgação/ Natura

Mudança de metas socioambientais

Durante o evento, a marca de cosméticos anunciou ajustes nas metas de carbono para se adequar às premissas definidas pelo SBTI. Com a atualização, o compromisso se torna zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa no escopo 1, escopo 1 (emissões lançadas à atmosfera que vêm diretamente do processo produtivo da empresa) e escopo 2 (emissões indiretas proveniente da compra de energia elétrica) e descarbonizar 42% de nossa cadeia de valor até 2030 para o escopo 3 (emissões indiretas provenientes do transporte de bens e serviços adquiridos ou vendidos por frota terceirizada); com a priorização da aquisição de créditos em projetos na Amazônia, prioritariamente das comunidades agroextrativistas.

Dentre as mudanças, a Natura tem a intenção de aumentar em quatro vezes as compras de insumos da sociobioeconomia amazônica; ter 25% de pessoas negras em cargos gerenciais no Brasil até 2025 e 30% até 2030 e aumentar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-CN) de 4 milhões de consultoras Natura.

Na prática, a Natura prevê que com essa “equação” de R$ 4 de impacto positivo para cada R$ 1 ganho, os resultados positivos gerados para a sociedade sejam nas áreas de “capital humano”, “capital natural” e “capital social” - fomentando positivamente de forma direta (com cursos e treinamentos) ou indireta (poluindo menos, por exemplo) estas áreas. Confira detalhes do que será priorizado em cada uma das áreas:

  • Capital humano (considerando colaboradores, fornecedores e consultoras de beleza): fornecendo treinamento; aumentando a remuneração e dando benefícios e fomentando a diversidade e inclusão;
  • Capital social (impostos e comunidade local): desenvolvimento de infraestrutura em regiões amazônicas promovendo a empregabilidade, por exemplo, e promovendo a repartição de benefícios;
  • Capital natural (produtos, serviços e processos): com o uso e desenvolvimento com práticas sustentáveis de produtos da Amazônia, por exemplo, a Natura mantém a floresta em pé, uso de recursos de forma sustentável e o combate a mudança climática.

Sustentabilidade

Considerada uma das empresas mais tradicionais no ramo de sustentabilidade, a Natura afirmou ao Estadão que hoje a sustentabilidade já traz lucro para a empresa.

Questionada se a quantidade de investimentos feitos em sustentabilidade, como em medidas mais sustentáveis para logística ou para diminuir a quantidade de gás carbono emitido, gera o mesmo patamar de lucro para a empresa, Facchini afirmou que “depende”.

“O grande desafio das empresas é: ‘quanto vale a perenidade dos negócios?’. Os negócios vão continuar a existir nesse planeta se as empresas não tomarem uma ação emergente? Existe um custo, mas esse custo ele ainda é baixo em relação ao potencial impacto que as empresas vão sofrer se não tomarem ações de mitigação climática. Elas não vão ter condições de transitar e distribuir os seus produtos”.

A representante da Natura destaca que o grande trunfo do lançamento é olhar os investimentos em sustentabilidade como uma geração de valor de longo prazo. “Não consigo descarbonizar minha operação em dois anos, mas preciso de avanços a passos lentos.”

Vale destacar que nos dois balanços apresentados pela Natura &Co (NTCO3) deste ano a empresa registrou prejuízo. No primeiro trimestre do ano a empresa apresentou prejuízo líquido de R$ 652,4 milhões, um aumento de 1,4% sobre a perda líquida de R$ 643,1 milhões registrada no mesmo período de 2022.

No segundo trimestre de 2023 a empresa teve prejuízo líquido de R$ 732 milhões, um número 4,6% menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

A holding de cosméticos Natura & Co América Latina anunciou que tem como meta gerar R$ 4 de impacto socioambiental positivo para cada R$ 1 de receita da empresa. O anúncio foi feito na terça-feira, 5, durante evento realizado pela marca para anunciar atualizações nas suas metas de sustentabilidade, batizadas de Compromisso com a Vida.

Na prática, a ideia da Natura é monetizar seus projetos socioambientais. A empresa quer aumentar a quantidade e o retorno financeiro dos projetos com foco em sustentabilidade e diminuir os projetos que não são associados ao tema, como aqueles com foco em combustíveis fósseis ou minérios.

“No final do ano, conseguimos, com números reais e financeiros, entender quanto o nosso negócio trouxe de valor para a sociedade”, explica gerente de Sustentabilidade de Natura &Co América Latina, Fernanda Facchini, afirmando que até mesmo o cuidado na escolha dos projetos aumentará para permitir essa mudança de foco.

A prática já era medida internamente através do IP&L (ferramenta de gestão integrada) da empresa. Em 2022, a marca afirmou que, para cada R$ 1 de receita, proporcionou um impacto socioambiental positivo de R$ 2,7. Ao todo, a Natura teria gerado um impacto líquido positivo de R$34,2 bilhões para a sociedade. Agora a ação entrou formalmente na Visão 2030.

“Passa a ser o foco. Não queremos que seja a área financeira fazendo uma coisa e a sustentabilidade compensando. É uma série de mudanças estruturantes que direcionam a estratégia de negócio para um patamar que levam o negócio para práticas sustentáveis. Não são ações pontuais”, afirma Facchini.

Segundo a empresa, essa progressão representa o compromisso prático da empresa de atrelar cada vez mais o negócio a ações sustentáveis. Em termos práticos, a ideia é não apenas quantificar resultados financeiros, mas também mensurar o impacto das atividades empresariais nas esferas ambiental, social e humana.

O resultado teria sido impulsionado pela evolução da renda das consultoras, pelo pagamento de impostos e pelo fornecimento de matérias-primas para comunidades tradicionais da Amazônia, por exemplo.

Alteração compõe o Visão 2030, plano estratégico da empresa que visa aumentar os negócios lucrativos da Natura diretamente atrelados à sustentabilidade  Foto: Divulgação/ Natura

Mudança de metas socioambientais

Durante o evento, a marca de cosméticos anunciou ajustes nas metas de carbono para se adequar às premissas definidas pelo SBTI. Com a atualização, o compromisso se torna zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa no escopo 1, escopo 1 (emissões lançadas à atmosfera que vêm diretamente do processo produtivo da empresa) e escopo 2 (emissões indiretas proveniente da compra de energia elétrica) e descarbonizar 42% de nossa cadeia de valor até 2030 para o escopo 3 (emissões indiretas provenientes do transporte de bens e serviços adquiridos ou vendidos por frota terceirizada); com a priorização da aquisição de créditos em projetos na Amazônia, prioritariamente das comunidades agroextrativistas.

Dentre as mudanças, a Natura tem a intenção de aumentar em quatro vezes as compras de insumos da sociobioeconomia amazônica; ter 25% de pessoas negras em cargos gerenciais no Brasil até 2025 e 30% até 2030 e aumentar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-CN) de 4 milhões de consultoras Natura.

Na prática, a Natura prevê que com essa “equação” de R$ 4 de impacto positivo para cada R$ 1 ganho, os resultados positivos gerados para a sociedade sejam nas áreas de “capital humano”, “capital natural” e “capital social” - fomentando positivamente de forma direta (com cursos e treinamentos) ou indireta (poluindo menos, por exemplo) estas áreas. Confira detalhes do que será priorizado em cada uma das áreas:

  • Capital humano (considerando colaboradores, fornecedores e consultoras de beleza): fornecendo treinamento; aumentando a remuneração e dando benefícios e fomentando a diversidade e inclusão;
  • Capital social (impostos e comunidade local): desenvolvimento de infraestrutura em regiões amazônicas promovendo a empregabilidade, por exemplo, e promovendo a repartição de benefícios;
  • Capital natural (produtos, serviços e processos): com o uso e desenvolvimento com práticas sustentáveis de produtos da Amazônia, por exemplo, a Natura mantém a floresta em pé, uso de recursos de forma sustentável e o combate a mudança climática.

Sustentabilidade

Considerada uma das empresas mais tradicionais no ramo de sustentabilidade, a Natura afirmou ao Estadão que hoje a sustentabilidade já traz lucro para a empresa.

Questionada se a quantidade de investimentos feitos em sustentabilidade, como em medidas mais sustentáveis para logística ou para diminuir a quantidade de gás carbono emitido, gera o mesmo patamar de lucro para a empresa, Facchini afirmou que “depende”.

“O grande desafio das empresas é: ‘quanto vale a perenidade dos negócios?’. Os negócios vão continuar a existir nesse planeta se as empresas não tomarem uma ação emergente? Existe um custo, mas esse custo ele ainda é baixo em relação ao potencial impacto que as empresas vão sofrer se não tomarem ações de mitigação climática. Elas não vão ter condições de transitar e distribuir os seus produtos”.

A representante da Natura destaca que o grande trunfo do lançamento é olhar os investimentos em sustentabilidade como uma geração de valor de longo prazo. “Não consigo descarbonizar minha operação em dois anos, mas preciso de avanços a passos lentos.”

Vale destacar que nos dois balanços apresentados pela Natura &Co (NTCO3) deste ano a empresa registrou prejuízo. No primeiro trimestre do ano a empresa apresentou prejuízo líquido de R$ 652,4 milhões, um aumento de 1,4% sobre a perda líquida de R$ 643,1 milhões registrada no mesmo período de 2022.

No segundo trimestre de 2023 a empresa teve prejuízo líquido de R$ 732 milhões, um número 4,6% menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

A holding de cosméticos Natura & Co América Latina anunciou que tem como meta gerar R$ 4 de impacto socioambiental positivo para cada R$ 1 de receita da empresa. O anúncio foi feito na terça-feira, 5, durante evento realizado pela marca para anunciar atualizações nas suas metas de sustentabilidade, batizadas de Compromisso com a Vida.

Na prática, a ideia da Natura é monetizar seus projetos socioambientais. A empresa quer aumentar a quantidade e o retorno financeiro dos projetos com foco em sustentabilidade e diminuir os projetos que não são associados ao tema, como aqueles com foco em combustíveis fósseis ou minérios.

“No final do ano, conseguimos, com números reais e financeiros, entender quanto o nosso negócio trouxe de valor para a sociedade”, explica gerente de Sustentabilidade de Natura &Co América Latina, Fernanda Facchini, afirmando que até mesmo o cuidado na escolha dos projetos aumentará para permitir essa mudança de foco.

A prática já era medida internamente através do IP&L (ferramenta de gestão integrada) da empresa. Em 2022, a marca afirmou que, para cada R$ 1 de receita, proporcionou um impacto socioambiental positivo de R$ 2,7. Ao todo, a Natura teria gerado um impacto líquido positivo de R$34,2 bilhões para a sociedade. Agora a ação entrou formalmente na Visão 2030.

“Passa a ser o foco. Não queremos que seja a área financeira fazendo uma coisa e a sustentabilidade compensando. É uma série de mudanças estruturantes que direcionam a estratégia de negócio para um patamar que levam o negócio para práticas sustentáveis. Não são ações pontuais”, afirma Facchini.

Segundo a empresa, essa progressão representa o compromisso prático da empresa de atrelar cada vez mais o negócio a ações sustentáveis. Em termos práticos, a ideia é não apenas quantificar resultados financeiros, mas também mensurar o impacto das atividades empresariais nas esferas ambiental, social e humana.

O resultado teria sido impulsionado pela evolução da renda das consultoras, pelo pagamento de impostos e pelo fornecimento de matérias-primas para comunidades tradicionais da Amazônia, por exemplo.

Alteração compõe o Visão 2030, plano estratégico da empresa que visa aumentar os negócios lucrativos da Natura diretamente atrelados à sustentabilidade  Foto: Divulgação/ Natura

Mudança de metas socioambientais

Durante o evento, a marca de cosméticos anunciou ajustes nas metas de carbono para se adequar às premissas definidas pelo SBTI. Com a atualização, o compromisso se torna zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa no escopo 1, escopo 1 (emissões lançadas à atmosfera que vêm diretamente do processo produtivo da empresa) e escopo 2 (emissões indiretas proveniente da compra de energia elétrica) e descarbonizar 42% de nossa cadeia de valor até 2030 para o escopo 3 (emissões indiretas provenientes do transporte de bens e serviços adquiridos ou vendidos por frota terceirizada); com a priorização da aquisição de créditos em projetos na Amazônia, prioritariamente das comunidades agroextrativistas.

Dentre as mudanças, a Natura tem a intenção de aumentar em quatro vezes as compras de insumos da sociobioeconomia amazônica; ter 25% de pessoas negras em cargos gerenciais no Brasil até 2025 e 30% até 2030 e aumentar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-CN) de 4 milhões de consultoras Natura.

Na prática, a Natura prevê que com essa “equação” de R$ 4 de impacto positivo para cada R$ 1 ganho, os resultados positivos gerados para a sociedade sejam nas áreas de “capital humano”, “capital natural” e “capital social” - fomentando positivamente de forma direta (com cursos e treinamentos) ou indireta (poluindo menos, por exemplo) estas áreas. Confira detalhes do que será priorizado em cada uma das áreas:

  • Capital humano (considerando colaboradores, fornecedores e consultoras de beleza): fornecendo treinamento; aumentando a remuneração e dando benefícios e fomentando a diversidade e inclusão;
  • Capital social (impostos e comunidade local): desenvolvimento de infraestrutura em regiões amazônicas promovendo a empregabilidade, por exemplo, e promovendo a repartição de benefícios;
  • Capital natural (produtos, serviços e processos): com o uso e desenvolvimento com práticas sustentáveis de produtos da Amazônia, por exemplo, a Natura mantém a floresta em pé, uso de recursos de forma sustentável e o combate a mudança climática.

Sustentabilidade

Considerada uma das empresas mais tradicionais no ramo de sustentabilidade, a Natura afirmou ao Estadão que hoje a sustentabilidade já traz lucro para a empresa.

Questionada se a quantidade de investimentos feitos em sustentabilidade, como em medidas mais sustentáveis para logística ou para diminuir a quantidade de gás carbono emitido, gera o mesmo patamar de lucro para a empresa, Facchini afirmou que “depende”.

“O grande desafio das empresas é: ‘quanto vale a perenidade dos negócios?’. Os negócios vão continuar a existir nesse planeta se as empresas não tomarem uma ação emergente? Existe um custo, mas esse custo ele ainda é baixo em relação ao potencial impacto que as empresas vão sofrer se não tomarem ações de mitigação climática. Elas não vão ter condições de transitar e distribuir os seus produtos”.

A representante da Natura destaca que o grande trunfo do lançamento é olhar os investimentos em sustentabilidade como uma geração de valor de longo prazo. “Não consigo descarbonizar minha operação em dois anos, mas preciso de avanços a passos lentos.”

Vale destacar que nos dois balanços apresentados pela Natura &Co (NTCO3) deste ano a empresa registrou prejuízo. No primeiro trimestre do ano a empresa apresentou prejuízo líquido de R$ 652,4 milhões, um aumento de 1,4% sobre a perda líquida de R$ 643,1 milhões registrada no mesmo período de 2022.

No segundo trimestre de 2023 a empresa teve prejuízo líquido de R$ 732 milhões, um número 4,6% menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

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