Riscos regulatórios e econômicos são as principais preocupações das empresas brasileiras


Estudo do ACI Institute, da KPMG, aponta que os riscos políticos também estão entre os mais divulgados pelas companhias de capital aberto; ESG também é destaque

Por Beatriz Capirazi

Os riscos regulatórios são a principal preocupação para 96% das empresas de capital aberto (listadas na bolsa de valores do Brasil, a B3) sediadas no país, segundo pesquisa do ACI Institute e do Board Leadership Center, ambas iniciativas da KPMG, obtida com exclusividade pelo Estadão.

O levantamento, que tem como foco apresentar os fatores de risco mais divulgados pelas empresas abertas no Brasil, aponta ainda que as condições políticas, econômicas e de mercado também são destacadas como os “maiores fatores de risco” para as empresas no Brasil, impulsionando o desenvolvimento da governança corporativa dentro das empresas.

“As questões políticas e econômicas impactam na regulação, já que uma forma de minimizar esses dois fatores é com regulação. Eles estão sempre atrelados e justamente por isso os países tentam dar autonomia para certos órgãos, mas acabam sendo preocupações latentes”, explica o CEO do ACI Institute e sócio em Riscos e Governança Corporativa da KPMG no Brasil, Sidney Ito.

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Em seguida, aparecem os riscos aos acionistas (93%), operacionais (92%) e jurídicos (90%). Outros fatores como riscos financeiros e de caixa (89%), concorrência (87%) e associados à execução da estratégia de negócios e/ou plano de investimentos (87%) também tiveram destaque.

Ito ainda destaca que é importante averiguar a percepção das empresas aos riscos, considerando que, com a globalização, ela está sujeita a riscos de diversas naturezas.

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“Conflitos bélicos, aumento da inflação, polarização social, alta das taxas de juros, ameaças cibernéticas, disputa por talentos, disrupções em cadeias de suprimentos e canais de vendas são alguns dos riscos potenciais, emergentes ou contínuos, aos quais as empresas estão expostas.”

Tecnologia, ESG e covid-19

O levantamento aponta ainda que os riscos associados à tecnologia também se tornaram um ponto de atenção para as empresas. Ao todo, 80% das companhias apontaram temores com riscos de cibersegurança, enquanto em 2020, por exemplo, apenas 50% faziam menção a estes riscos.

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“Riscos que, antes, eram vistos apenas como potenciais já se concretizaram e vieram para ficar. Compreender esse cenário é determinante para melhorar a resiliência organizacional, otimizar oportunidades e alavancar negócios”, afirma Fernanda Allegretti, sócia-diretora líder do Board Leadership Center Brasil da KPMG no Brasil.

O ESG, assim como em edições passadas, também é destaque no estudo, tendo se estabelecido como uma das principais preocupações entre as empresas. Segundo o levantamento, riscos socioambientais e os associados ao capital humano são uma preocupação para 72% e 73%, respectivamente, das empresas.

“Se a empresa não se preocupa com isso, afeta a própria imagem dela e no final do dia a sua rentabilidade. Ter uma governança inefetiva é um fator de risco para o próprio negócio. Não é só regulador e acionista, mas o consumidor e a mídia estão de olho nisso”, explica Ito, destacando que o ESG se tornou uma preocupação para as empresas a partir do momento que se tornou uma preocupação da população — que consegue ampliar seu ativismo através das redes sociais.

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ESG é um dos destaques do estudo da KPMG. Foto: AleksandrVS

Outros riscos como aqueles relacionados a covid-19, pandemias e saúde pública e riscos associados às subsidiárias, controladas ou investidas, também cresceram, de 72% para 79%, e de 57% para 64%, respectivamente, ressaltando uma preocupação prolongada das empresas com esses assuntos.

Houve ainda crescimento da porcentagem de empresas que mencionam riscos associados à dependência com relação a fornecedores (64%), impactadas pelas disrupções nas cadeias de suprimentos, canais de vendas e redes de negócios.

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Além disso, o levantamento aponta que os riscos associados à marca e à reputação também tiveram uma alta considerável. Neste ano, esse fator apareceu pela primeira vez entre os 25 mais citados, mencionado por mais de 60%.

Gerenciamento de riscos

O estudo da KPMG ainda aponta que as empresas brasileiras demonstram uma preocupação crescente com a inclusão de práticas que ajudem no gerenciamento de riscos nas empresas.

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Segundo o levantamento, 80% destas empresas informam publicamente, em seus formulários de referência (FR), a existência de áreas ou profissionais dedicados exclusivamente ao gerenciamento de riscos — um aumento considerável em relação a anos anteriores.

“Gerenciar riscos é uma prática cada vez mais essencial e indispensável para garantir a sobrevivência e o crescimento sustentável das empresas”, afirma Fernanda Allegretti.

Sidney Ito destaca que o estudo aponta que as empresas vêm enxergando os riscos não só como um fato a ser mitigado, mas também como uma possível “oportunidade emergente” a ser explorada. Além disso, com a criação de setores específicos, é possível otimizar recursos de diversas naturezas, inclusive os financeiros.

Os riscos regulatórios são a principal preocupação para 96% das empresas de capital aberto (listadas na bolsa de valores do Brasil, a B3) sediadas no país, segundo pesquisa do ACI Institute e do Board Leadership Center, ambas iniciativas da KPMG, obtida com exclusividade pelo Estadão.

O levantamento, que tem como foco apresentar os fatores de risco mais divulgados pelas empresas abertas no Brasil, aponta ainda que as condições políticas, econômicas e de mercado também são destacadas como os “maiores fatores de risco” para as empresas no Brasil, impulsionando o desenvolvimento da governança corporativa dentro das empresas.

“As questões políticas e econômicas impactam na regulação, já que uma forma de minimizar esses dois fatores é com regulação. Eles estão sempre atrelados e justamente por isso os países tentam dar autonomia para certos órgãos, mas acabam sendo preocupações latentes”, explica o CEO do ACI Institute e sócio em Riscos e Governança Corporativa da KPMG no Brasil, Sidney Ito.

Em seguida, aparecem os riscos aos acionistas (93%), operacionais (92%) e jurídicos (90%). Outros fatores como riscos financeiros e de caixa (89%), concorrência (87%) e associados à execução da estratégia de negócios e/ou plano de investimentos (87%) também tiveram destaque.

Ito ainda destaca que é importante averiguar a percepção das empresas aos riscos, considerando que, com a globalização, ela está sujeita a riscos de diversas naturezas.

“Conflitos bélicos, aumento da inflação, polarização social, alta das taxas de juros, ameaças cibernéticas, disputa por talentos, disrupções em cadeias de suprimentos e canais de vendas são alguns dos riscos potenciais, emergentes ou contínuos, aos quais as empresas estão expostas.”

Tecnologia, ESG e covid-19

O levantamento aponta ainda que os riscos associados à tecnologia também se tornaram um ponto de atenção para as empresas. Ao todo, 80% das companhias apontaram temores com riscos de cibersegurança, enquanto em 2020, por exemplo, apenas 50% faziam menção a estes riscos.

“Riscos que, antes, eram vistos apenas como potenciais já se concretizaram e vieram para ficar. Compreender esse cenário é determinante para melhorar a resiliência organizacional, otimizar oportunidades e alavancar negócios”, afirma Fernanda Allegretti, sócia-diretora líder do Board Leadership Center Brasil da KPMG no Brasil.

O ESG, assim como em edições passadas, também é destaque no estudo, tendo se estabelecido como uma das principais preocupações entre as empresas. Segundo o levantamento, riscos socioambientais e os associados ao capital humano são uma preocupação para 72% e 73%, respectivamente, das empresas.

“Se a empresa não se preocupa com isso, afeta a própria imagem dela e no final do dia a sua rentabilidade. Ter uma governança inefetiva é um fator de risco para o próprio negócio. Não é só regulador e acionista, mas o consumidor e a mídia estão de olho nisso”, explica Ito, destacando que o ESG se tornou uma preocupação para as empresas a partir do momento que se tornou uma preocupação da população — que consegue ampliar seu ativismo através das redes sociais.

ESG é um dos destaques do estudo da KPMG. Foto: AleksandrVS

Outros riscos como aqueles relacionados a covid-19, pandemias e saúde pública e riscos associados às subsidiárias, controladas ou investidas, também cresceram, de 72% para 79%, e de 57% para 64%, respectivamente, ressaltando uma preocupação prolongada das empresas com esses assuntos.

Houve ainda crescimento da porcentagem de empresas que mencionam riscos associados à dependência com relação a fornecedores (64%), impactadas pelas disrupções nas cadeias de suprimentos, canais de vendas e redes de negócios.

Além disso, o levantamento aponta que os riscos associados à marca e à reputação também tiveram uma alta considerável. Neste ano, esse fator apareceu pela primeira vez entre os 25 mais citados, mencionado por mais de 60%.

Gerenciamento de riscos

O estudo da KPMG ainda aponta que as empresas brasileiras demonstram uma preocupação crescente com a inclusão de práticas que ajudem no gerenciamento de riscos nas empresas.

Segundo o levantamento, 80% destas empresas informam publicamente, em seus formulários de referência (FR), a existência de áreas ou profissionais dedicados exclusivamente ao gerenciamento de riscos — um aumento considerável em relação a anos anteriores.

“Gerenciar riscos é uma prática cada vez mais essencial e indispensável para garantir a sobrevivência e o crescimento sustentável das empresas”, afirma Fernanda Allegretti.

Sidney Ito destaca que o estudo aponta que as empresas vêm enxergando os riscos não só como um fato a ser mitigado, mas também como uma possível “oportunidade emergente” a ser explorada. Além disso, com a criação de setores específicos, é possível otimizar recursos de diversas naturezas, inclusive os financeiros.

Os riscos regulatórios são a principal preocupação para 96% das empresas de capital aberto (listadas na bolsa de valores do Brasil, a B3) sediadas no país, segundo pesquisa do ACI Institute e do Board Leadership Center, ambas iniciativas da KPMG, obtida com exclusividade pelo Estadão.

O levantamento, que tem como foco apresentar os fatores de risco mais divulgados pelas empresas abertas no Brasil, aponta ainda que as condições políticas, econômicas e de mercado também são destacadas como os “maiores fatores de risco” para as empresas no Brasil, impulsionando o desenvolvimento da governança corporativa dentro das empresas.

“As questões políticas e econômicas impactam na regulação, já que uma forma de minimizar esses dois fatores é com regulação. Eles estão sempre atrelados e justamente por isso os países tentam dar autonomia para certos órgãos, mas acabam sendo preocupações latentes”, explica o CEO do ACI Institute e sócio em Riscos e Governança Corporativa da KPMG no Brasil, Sidney Ito.

Em seguida, aparecem os riscos aos acionistas (93%), operacionais (92%) e jurídicos (90%). Outros fatores como riscos financeiros e de caixa (89%), concorrência (87%) e associados à execução da estratégia de negócios e/ou plano de investimentos (87%) também tiveram destaque.

Ito ainda destaca que é importante averiguar a percepção das empresas aos riscos, considerando que, com a globalização, ela está sujeita a riscos de diversas naturezas.

“Conflitos bélicos, aumento da inflação, polarização social, alta das taxas de juros, ameaças cibernéticas, disputa por talentos, disrupções em cadeias de suprimentos e canais de vendas são alguns dos riscos potenciais, emergentes ou contínuos, aos quais as empresas estão expostas.”

Tecnologia, ESG e covid-19

O levantamento aponta ainda que os riscos associados à tecnologia também se tornaram um ponto de atenção para as empresas. Ao todo, 80% das companhias apontaram temores com riscos de cibersegurança, enquanto em 2020, por exemplo, apenas 50% faziam menção a estes riscos.

“Riscos que, antes, eram vistos apenas como potenciais já se concretizaram e vieram para ficar. Compreender esse cenário é determinante para melhorar a resiliência organizacional, otimizar oportunidades e alavancar negócios”, afirma Fernanda Allegretti, sócia-diretora líder do Board Leadership Center Brasil da KPMG no Brasil.

O ESG, assim como em edições passadas, também é destaque no estudo, tendo se estabelecido como uma das principais preocupações entre as empresas. Segundo o levantamento, riscos socioambientais e os associados ao capital humano são uma preocupação para 72% e 73%, respectivamente, das empresas.

“Se a empresa não se preocupa com isso, afeta a própria imagem dela e no final do dia a sua rentabilidade. Ter uma governança inefetiva é um fator de risco para o próprio negócio. Não é só regulador e acionista, mas o consumidor e a mídia estão de olho nisso”, explica Ito, destacando que o ESG se tornou uma preocupação para as empresas a partir do momento que se tornou uma preocupação da população — que consegue ampliar seu ativismo através das redes sociais.

ESG é um dos destaques do estudo da KPMG. Foto: AleksandrVS

Outros riscos como aqueles relacionados a covid-19, pandemias e saúde pública e riscos associados às subsidiárias, controladas ou investidas, também cresceram, de 72% para 79%, e de 57% para 64%, respectivamente, ressaltando uma preocupação prolongada das empresas com esses assuntos.

Houve ainda crescimento da porcentagem de empresas que mencionam riscos associados à dependência com relação a fornecedores (64%), impactadas pelas disrupções nas cadeias de suprimentos, canais de vendas e redes de negócios.

Além disso, o levantamento aponta que os riscos associados à marca e à reputação também tiveram uma alta considerável. Neste ano, esse fator apareceu pela primeira vez entre os 25 mais citados, mencionado por mais de 60%.

Gerenciamento de riscos

O estudo da KPMG ainda aponta que as empresas brasileiras demonstram uma preocupação crescente com a inclusão de práticas que ajudem no gerenciamento de riscos nas empresas.

Segundo o levantamento, 80% destas empresas informam publicamente, em seus formulários de referência (FR), a existência de áreas ou profissionais dedicados exclusivamente ao gerenciamento de riscos — um aumento considerável em relação a anos anteriores.

“Gerenciar riscos é uma prática cada vez mais essencial e indispensável para garantir a sobrevivência e o crescimento sustentável das empresas”, afirma Fernanda Allegretti.

Sidney Ito destaca que o estudo aponta que as empresas vêm enxergando os riscos não só como um fato a ser mitigado, mas também como uma possível “oportunidade emergente” a ser explorada. Além disso, com a criação de setores específicos, é possível otimizar recursos de diversas naturezas, inclusive os financeiros.

Os riscos regulatórios são a principal preocupação para 96% das empresas de capital aberto (listadas na bolsa de valores do Brasil, a B3) sediadas no país, segundo pesquisa do ACI Institute e do Board Leadership Center, ambas iniciativas da KPMG, obtida com exclusividade pelo Estadão.

O levantamento, que tem como foco apresentar os fatores de risco mais divulgados pelas empresas abertas no Brasil, aponta ainda que as condições políticas, econômicas e de mercado também são destacadas como os “maiores fatores de risco” para as empresas no Brasil, impulsionando o desenvolvimento da governança corporativa dentro das empresas.

“As questões políticas e econômicas impactam na regulação, já que uma forma de minimizar esses dois fatores é com regulação. Eles estão sempre atrelados e justamente por isso os países tentam dar autonomia para certos órgãos, mas acabam sendo preocupações latentes”, explica o CEO do ACI Institute e sócio em Riscos e Governança Corporativa da KPMG no Brasil, Sidney Ito.

Em seguida, aparecem os riscos aos acionistas (93%), operacionais (92%) e jurídicos (90%). Outros fatores como riscos financeiros e de caixa (89%), concorrência (87%) e associados à execução da estratégia de negócios e/ou plano de investimentos (87%) também tiveram destaque.

Ito ainda destaca que é importante averiguar a percepção das empresas aos riscos, considerando que, com a globalização, ela está sujeita a riscos de diversas naturezas.

“Conflitos bélicos, aumento da inflação, polarização social, alta das taxas de juros, ameaças cibernéticas, disputa por talentos, disrupções em cadeias de suprimentos e canais de vendas são alguns dos riscos potenciais, emergentes ou contínuos, aos quais as empresas estão expostas.”

Tecnologia, ESG e covid-19

O levantamento aponta ainda que os riscos associados à tecnologia também se tornaram um ponto de atenção para as empresas. Ao todo, 80% das companhias apontaram temores com riscos de cibersegurança, enquanto em 2020, por exemplo, apenas 50% faziam menção a estes riscos.

“Riscos que, antes, eram vistos apenas como potenciais já se concretizaram e vieram para ficar. Compreender esse cenário é determinante para melhorar a resiliência organizacional, otimizar oportunidades e alavancar negócios”, afirma Fernanda Allegretti, sócia-diretora líder do Board Leadership Center Brasil da KPMG no Brasil.

O ESG, assim como em edições passadas, também é destaque no estudo, tendo se estabelecido como uma das principais preocupações entre as empresas. Segundo o levantamento, riscos socioambientais e os associados ao capital humano são uma preocupação para 72% e 73%, respectivamente, das empresas.

“Se a empresa não se preocupa com isso, afeta a própria imagem dela e no final do dia a sua rentabilidade. Ter uma governança inefetiva é um fator de risco para o próprio negócio. Não é só regulador e acionista, mas o consumidor e a mídia estão de olho nisso”, explica Ito, destacando que o ESG se tornou uma preocupação para as empresas a partir do momento que se tornou uma preocupação da população — que consegue ampliar seu ativismo através das redes sociais.

ESG é um dos destaques do estudo da KPMG. Foto: AleksandrVS

Outros riscos como aqueles relacionados a covid-19, pandemias e saúde pública e riscos associados às subsidiárias, controladas ou investidas, também cresceram, de 72% para 79%, e de 57% para 64%, respectivamente, ressaltando uma preocupação prolongada das empresas com esses assuntos.

Houve ainda crescimento da porcentagem de empresas que mencionam riscos associados à dependência com relação a fornecedores (64%), impactadas pelas disrupções nas cadeias de suprimentos, canais de vendas e redes de negócios.

Além disso, o levantamento aponta que os riscos associados à marca e à reputação também tiveram uma alta considerável. Neste ano, esse fator apareceu pela primeira vez entre os 25 mais citados, mencionado por mais de 60%.

Gerenciamento de riscos

O estudo da KPMG ainda aponta que as empresas brasileiras demonstram uma preocupação crescente com a inclusão de práticas que ajudem no gerenciamento de riscos nas empresas.

Segundo o levantamento, 80% destas empresas informam publicamente, em seus formulários de referência (FR), a existência de áreas ou profissionais dedicados exclusivamente ao gerenciamento de riscos — um aumento considerável em relação a anos anteriores.

“Gerenciar riscos é uma prática cada vez mais essencial e indispensável para garantir a sobrevivência e o crescimento sustentável das empresas”, afirma Fernanda Allegretti.

Sidney Ito destaca que o estudo aponta que as empresas vêm enxergando os riscos não só como um fato a ser mitigado, mas também como uma possível “oportunidade emergente” a ser explorada. Além disso, com a criação de setores específicos, é possível otimizar recursos de diversas naturezas, inclusive os financeiros.

Os riscos regulatórios são a principal preocupação para 96% das empresas de capital aberto (listadas na bolsa de valores do Brasil, a B3) sediadas no país, segundo pesquisa do ACI Institute e do Board Leadership Center, ambas iniciativas da KPMG, obtida com exclusividade pelo Estadão.

O levantamento, que tem como foco apresentar os fatores de risco mais divulgados pelas empresas abertas no Brasil, aponta ainda que as condições políticas, econômicas e de mercado também são destacadas como os “maiores fatores de risco” para as empresas no Brasil, impulsionando o desenvolvimento da governança corporativa dentro das empresas.

“As questões políticas e econômicas impactam na regulação, já que uma forma de minimizar esses dois fatores é com regulação. Eles estão sempre atrelados e justamente por isso os países tentam dar autonomia para certos órgãos, mas acabam sendo preocupações latentes”, explica o CEO do ACI Institute e sócio em Riscos e Governança Corporativa da KPMG no Brasil, Sidney Ito.

Em seguida, aparecem os riscos aos acionistas (93%), operacionais (92%) e jurídicos (90%). Outros fatores como riscos financeiros e de caixa (89%), concorrência (87%) e associados à execução da estratégia de negócios e/ou plano de investimentos (87%) também tiveram destaque.

Ito ainda destaca que é importante averiguar a percepção das empresas aos riscos, considerando que, com a globalização, ela está sujeita a riscos de diversas naturezas.

“Conflitos bélicos, aumento da inflação, polarização social, alta das taxas de juros, ameaças cibernéticas, disputa por talentos, disrupções em cadeias de suprimentos e canais de vendas são alguns dos riscos potenciais, emergentes ou contínuos, aos quais as empresas estão expostas.”

Tecnologia, ESG e covid-19

O levantamento aponta ainda que os riscos associados à tecnologia também se tornaram um ponto de atenção para as empresas. Ao todo, 80% das companhias apontaram temores com riscos de cibersegurança, enquanto em 2020, por exemplo, apenas 50% faziam menção a estes riscos.

“Riscos que, antes, eram vistos apenas como potenciais já se concretizaram e vieram para ficar. Compreender esse cenário é determinante para melhorar a resiliência organizacional, otimizar oportunidades e alavancar negócios”, afirma Fernanda Allegretti, sócia-diretora líder do Board Leadership Center Brasil da KPMG no Brasil.

O ESG, assim como em edições passadas, também é destaque no estudo, tendo se estabelecido como uma das principais preocupações entre as empresas. Segundo o levantamento, riscos socioambientais e os associados ao capital humano são uma preocupação para 72% e 73%, respectivamente, das empresas.

“Se a empresa não se preocupa com isso, afeta a própria imagem dela e no final do dia a sua rentabilidade. Ter uma governança inefetiva é um fator de risco para o próprio negócio. Não é só regulador e acionista, mas o consumidor e a mídia estão de olho nisso”, explica Ito, destacando que o ESG se tornou uma preocupação para as empresas a partir do momento que se tornou uma preocupação da população — que consegue ampliar seu ativismo através das redes sociais.

ESG é um dos destaques do estudo da KPMG. Foto: AleksandrVS

Outros riscos como aqueles relacionados a covid-19, pandemias e saúde pública e riscos associados às subsidiárias, controladas ou investidas, também cresceram, de 72% para 79%, e de 57% para 64%, respectivamente, ressaltando uma preocupação prolongada das empresas com esses assuntos.

Houve ainda crescimento da porcentagem de empresas que mencionam riscos associados à dependência com relação a fornecedores (64%), impactadas pelas disrupções nas cadeias de suprimentos, canais de vendas e redes de negócios.

Além disso, o levantamento aponta que os riscos associados à marca e à reputação também tiveram uma alta considerável. Neste ano, esse fator apareceu pela primeira vez entre os 25 mais citados, mencionado por mais de 60%.

Gerenciamento de riscos

O estudo da KPMG ainda aponta que as empresas brasileiras demonstram uma preocupação crescente com a inclusão de práticas que ajudem no gerenciamento de riscos nas empresas.

Segundo o levantamento, 80% destas empresas informam publicamente, em seus formulários de referência (FR), a existência de áreas ou profissionais dedicados exclusivamente ao gerenciamento de riscos — um aumento considerável em relação a anos anteriores.

“Gerenciar riscos é uma prática cada vez mais essencial e indispensável para garantir a sobrevivência e o crescimento sustentável das empresas”, afirma Fernanda Allegretti.

Sidney Ito destaca que o estudo aponta que as empresas vêm enxergando os riscos não só como um fato a ser mitigado, mas também como uma possível “oportunidade emergente” a ser explorada. Além disso, com a criação de setores específicos, é possível otimizar recursos de diversas naturezas, inclusive os financeiros.

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