Tubos de creme dental são usados para construção de casas na Favela dos Sonhos, em SP


Colgate e Gerando Falcões se uniram em projeto de moradia sustentável para pessoas em vulnerabilidade; especialistas destacam a importância de incluir a reciclagem nas pautas ESG

Por Beatriz Capirazi
Atualização:

A reciclagem, considerada por especialistas a “ponta do iceberg” em estratégias de ESG, é hoje uma ferramenta usada por empresas para sanar problemas sociais e ambientais de uma só vez. Um exemplo desta iniciativa aconteceu com a construção de casas em São Paulo a partir de materiais reciclados para famílias que vivem em situação de extrema pobreza.

Em parceria com a Gerando Falcões, a Colgate doou na última quarta-feira, 26, duas casas sustentáveis construídas com tubos de creme dental para moradores da Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos, interior de São Paulo. Ao todo, serão seis casas entregues em abril.

Reciclagem como moradia

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Construídas com sete toneladas de embalagens, que foram recicladas e transformadas em placas utilizadas na construção das casas, a ação, batizada de “O Poder do Sorriso”, visa contemplar famílias em situação de vulnerabilidade que vivem em abrigos feitos de lona, plástico ou papelão.

“Em moradias feitas com lona, plástico e madeira, as sensações térmicas são potencializadas”, diz a diretora de marketing na Colgate-Palmolive Brasil, Flavia Liberman, destacando que embora iniciativas por moradias dignas se mostrem essenciais o ano todo, se tornam ainda mais necessárias com a chegada do frio em São Paulo.

O auxiliar de pedreiro Adriano Guimarães de Deus recebendo sua casa nesta quarta-feira (26). Foto: Yuri Reuters/Colgate
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Para a construção das casas sustentáveis, foram usados tubos de pasta de dente reciclados e posteriormente transformados nas paredes dos imóveis. Segundo a Colgate, as residências foram entregues com a parte elétrica e hidráulica completas, permitindo a moradia imediata de pessoas em vulnerabilidade.

A iniciativa, que compõe o “Favela 3D - Digna, Digital e Desenvolvida”, projeto de erradicação da pobreza de maneira sistêmica, está sendo desenvolvida com materiais sustentáveis pelo Gerando Falcões também na Favela Marte, em São José do Rio Preto (SP), no Morro da Providência, no Rio de Janeiro (RJ) e em Vergel do Lago, em Maceió (AL).

Para a diretora de Tecnologias Sociais da Gerando Falcões, Nina Rentel, o projeto é a prova de que a reciclagem pode ser usada como uma ferramenta de ESG na prática com soluções inovadoras para interromper ciclos de pobreza na favela.

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“Estratégias eficazes para o gerenciamento de resíduos são importantes para impulsionar a economia circular e acelerar o combate às mudanças climáticas”, afirma a diretora de marketing na Colgate-Palmolive Brasil, Flavia Liberman, destacando que o uso da reciclagem serve para estruturar pilares ambientais e sociais.

Para o especialista em Urbanismo Social da Gerando Falcões, Rodrigo Vieira, o projeto traz sustentabilidade a serviço das pessoas. “É um suporte de ressignificação do meio ambiente para o uso humano. A gente pode construir, a partir de resíduos e materiais recicláveis, casas que tenham conforto e qualidade, tanto estética, quanto estrutural para que as famílias tenham direito à moradia digna”.

Materiais recicláveis como ferramenta ESG

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Para o sócio-diretor e diretor de marketing da eureciclo, Marcos Matos, a iniciativa demonstra não só a importância de incluir etapas de reciclagem em uma agenda ESG, mas também como os três pilares da sigla podem ser contemplados quando os materiais recicláveis são implementados em políticas de sustentabilidade.

“A reciclagem está totalmente interligada ao conceito de ESG, pois é uma das principais alternativas para reduzir os impactos ambientais provocados pela geração de embalagens”, diz Matos, afirmando que a cadeia de reciclagem sustenta qualquer iniciativa ambiental, considerando que a forma como descartamos os nossos resíduos e os reaproveitamos impacta todo o ecossistema.

Segundo Matos, além da redução do uso de recursos virgens, ainda há a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, prevenção a poluição de rios e a degradação dos solos, assim como há o estímulo à economia circular, devido à reinserção das embalagens na cadeia produtiva do Brasil.

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Para os especialistas ouvidos pelo Estadão, a possibilidade de criar ações que contemplem o social e o ambiental são o maior trunfo do uso de materiais recicláveis no ESG, já que desta forma elas impactam a cadeia como um todo.

“Quando as empresas reciclam, elas estão contribuindo com a questão social, pois estão gerando receitas extras para as cooperativas, operadores e profissionais do setor, beneficiando milhares de famílias”, afirma a diretora de Marketing do Sistema B Brasil, Cinthia Gherardi.

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Para ela, os benefícios da reciclagem se ampliam também para outros aspectos do ESG. Na governança, por exemplo, a reciclagem é fundamental para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabelece a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, comerciantes e consumidores, e prevê a compensação ambiental de, no mínimo, 22% da massa de embalagens colocadas no mercado pelas empresas.

Além disso, Gherardi ainda alerta que uma agenda ESG efetiva por parte das empresas deve contar com a inclusão de políticas voltadas para a reciclagem. “Qualquer empresa, independentemente do porte, deve realizar uma gestão ambiental que inclua o olhar para a redução e destino adequado de seus resíduos. As empresas de pequeno e médio porte possuem a vantagem de serem mais flexíveis e com operações menos complexas, e por isso carregam o desafio de reinventar as regras do mercado tornando desta forma problemas em oportunidades.”

A reciclagem, considerada por especialistas a “ponta do iceberg” em estratégias de ESG, é hoje uma ferramenta usada por empresas para sanar problemas sociais e ambientais de uma só vez. Um exemplo desta iniciativa aconteceu com a construção de casas em São Paulo a partir de materiais reciclados para famílias que vivem em situação de extrema pobreza.

Em parceria com a Gerando Falcões, a Colgate doou na última quarta-feira, 26, duas casas sustentáveis construídas com tubos de creme dental para moradores da Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos, interior de São Paulo. Ao todo, serão seis casas entregues em abril.

Reciclagem como moradia

Construídas com sete toneladas de embalagens, que foram recicladas e transformadas em placas utilizadas na construção das casas, a ação, batizada de “O Poder do Sorriso”, visa contemplar famílias em situação de vulnerabilidade que vivem em abrigos feitos de lona, plástico ou papelão.

“Em moradias feitas com lona, plástico e madeira, as sensações térmicas são potencializadas”, diz a diretora de marketing na Colgate-Palmolive Brasil, Flavia Liberman, destacando que embora iniciativas por moradias dignas se mostrem essenciais o ano todo, se tornam ainda mais necessárias com a chegada do frio em São Paulo.

O auxiliar de pedreiro Adriano Guimarães de Deus recebendo sua casa nesta quarta-feira (26). Foto: Yuri Reuters/Colgate

Para a construção das casas sustentáveis, foram usados tubos de pasta de dente reciclados e posteriormente transformados nas paredes dos imóveis. Segundo a Colgate, as residências foram entregues com a parte elétrica e hidráulica completas, permitindo a moradia imediata de pessoas em vulnerabilidade.

A iniciativa, que compõe o “Favela 3D - Digna, Digital e Desenvolvida”, projeto de erradicação da pobreza de maneira sistêmica, está sendo desenvolvida com materiais sustentáveis pelo Gerando Falcões também na Favela Marte, em São José do Rio Preto (SP), no Morro da Providência, no Rio de Janeiro (RJ) e em Vergel do Lago, em Maceió (AL).

Para a diretora de Tecnologias Sociais da Gerando Falcões, Nina Rentel, o projeto é a prova de que a reciclagem pode ser usada como uma ferramenta de ESG na prática com soluções inovadoras para interromper ciclos de pobreza na favela.

“Estratégias eficazes para o gerenciamento de resíduos são importantes para impulsionar a economia circular e acelerar o combate às mudanças climáticas”, afirma a diretora de marketing na Colgate-Palmolive Brasil, Flavia Liberman, destacando que o uso da reciclagem serve para estruturar pilares ambientais e sociais.

Para o especialista em Urbanismo Social da Gerando Falcões, Rodrigo Vieira, o projeto traz sustentabilidade a serviço das pessoas. “É um suporte de ressignificação do meio ambiente para o uso humano. A gente pode construir, a partir de resíduos e materiais recicláveis, casas que tenham conforto e qualidade, tanto estética, quanto estrutural para que as famílias tenham direito à moradia digna”.

Materiais recicláveis como ferramenta ESG

Para o sócio-diretor e diretor de marketing da eureciclo, Marcos Matos, a iniciativa demonstra não só a importância de incluir etapas de reciclagem em uma agenda ESG, mas também como os três pilares da sigla podem ser contemplados quando os materiais recicláveis são implementados em políticas de sustentabilidade.

“A reciclagem está totalmente interligada ao conceito de ESG, pois é uma das principais alternativas para reduzir os impactos ambientais provocados pela geração de embalagens”, diz Matos, afirmando que a cadeia de reciclagem sustenta qualquer iniciativa ambiental, considerando que a forma como descartamos os nossos resíduos e os reaproveitamos impacta todo o ecossistema.

Segundo Matos, além da redução do uso de recursos virgens, ainda há a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, prevenção a poluição de rios e a degradação dos solos, assim como há o estímulo à economia circular, devido à reinserção das embalagens na cadeia produtiva do Brasil.

Para os especialistas ouvidos pelo Estadão, a possibilidade de criar ações que contemplem o social e o ambiental são o maior trunfo do uso de materiais recicláveis no ESG, já que desta forma elas impactam a cadeia como um todo.

“Quando as empresas reciclam, elas estão contribuindo com a questão social, pois estão gerando receitas extras para as cooperativas, operadores e profissionais do setor, beneficiando milhares de famílias”, afirma a diretora de Marketing do Sistema B Brasil, Cinthia Gherardi.

Para ela, os benefícios da reciclagem se ampliam também para outros aspectos do ESG. Na governança, por exemplo, a reciclagem é fundamental para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabelece a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, comerciantes e consumidores, e prevê a compensação ambiental de, no mínimo, 22% da massa de embalagens colocadas no mercado pelas empresas.

Além disso, Gherardi ainda alerta que uma agenda ESG efetiva por parte das empresas deve contar com a inclusão de políticas voltadas para a reciclagem. “Qualquer empresa, independentemente do porte, deve realizar uma gestão ambiental que inclua o olhar para a redução e destino adequado de seus resíduos. As empresas de pequeno e médio porte possuem a vantagem de serem mais flexíveis e com operações menos complexas, e por isso carregam o desafio de reinventar as regras do mercado tornando desta forma problemas em oportunidades.”

A reciclagem, considerada por especialistas a “ponta do iceberg” em estratégias de ESG, é hoje uma ferramenta usada por empresas para sanar problemas sociais e ambientais de uma só vez. Um exemplo desta iniciativa aconteceu com a construção de casas em São Paulo a partir de materiais reciclados para famílias que vivem em situação de extrema pobreza.

Em parceria com a Gerando Falcões, a Colgate doou na última quarta-feira, 26, duas casas sustentáveis construídas com tubos de creme dental para moradores da Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos, interior de São Paulo. Ao todo, serão seis casas entregues em abril.

Reciclagem como moradia

Construídas com sete toneladas de embalagens, que foram recicladas e transformadas em placas utilizadas na construção das casas, a ação, batizada de “O Poder do Sorriso”, visa contemplar famílias em situação de vulnerabilidade que vivem em abrigos feitos de lona, plástico ou papelão.

“Em moradias feitas com lona, plástico e madeira, as sensações térmicas são potencializadas”, diz a diretora de marketing na Colgate-Palmolive Brasil, Flavia Liberman, destacando que embora iniciativas por moradias dignas se mostrem essenciais o ano todo, se tornam ainda mais necessárias com a chegada do frio em São Paulo.

O auxiliar de pedreiro Adriano Guimarães de Deus recebendo sua casa nesta quarta-feira (26). Foto: Yuri Reuters/Colgate

Para a construção das casas sustentáveis, foram usados tubos de pasta de dente reciclados e posteriormente transformados nas paredes dos imóveis. Segundo a Colgate, as residências foram entregues com a parte elétrica e hidráulica completas, permitindo a moradia imediata de pessoas em vulnerabilidade.

A iniciativa, que compõe o “Favela 3D - Digna, Digital e Desenvolvida”, projeto de erradicação da pobreza de maneira sistêmica, está sendo desenvolvida com materiais sustentáveis pelo Gerando Falcões também na Favela Marte, em São José do Rio Preto (SP), no Morro da Providência, no Rio de Janeiro (RJ) e em Vergel do Lago, em Maceió (AL).

Para a diretora de Tecnologias Sociais da Gerando Falcões, Nina Rentel, o projeto é a prova de que a reciclagem pode ser usada como uma ferramenta de ESG na prática com soluções inovadoras para interromper ciclos de pobreza na favela.

“Estratégias eficazes para o gerenciamento de resíduos são importantes para impulsionar a economia circular e acelerar o combate às mudanças climáticas”, afirma a diretora de marketing na Colgate-Palmolive Brasil, Flavia Liberman, destacando que o uso da reciclagem serve para estruturar pilares ambientais e sociais.

Para o especialista em Urbanismo Social da Gerando Falcões, Rodrigo Vieira, o projeto traz sustentabilidade a serviço das pessoas. “É um suporte de ressignificação do meio ambiente para o uso humano. A gente pode construir, a partir de resíduos e materiais recicláveis, casas que tenham conforto e qualidade, tanto estética, quanto estrutural para que as famílias tenham direito à moradia digna”.

Materiais recicláveis como ferramenta ESG

Para o sócio-diretor e diretor de marketing da eureciclo, Marcos Matos, a iniciativa demonstra não só a importância de incluir etapas de reciclagem em uma agenda ESG, mas também como os três pilares da sigla podem ser contemplados quando os materiais recicláveis são implementados em políticas de sustentabilidade.

“A reciclagem está totalmente interligada ao conceito de ESG, pois é uma das principais alternativas para reduzir os impactos ambientais provocados pela geração de embalagens”, diz Matos, afirmando que a cadeia de reciclagem sustenta qualquer iniciativa ambiental, considerando que a forma como descartamos os nossos resíduos e os reaproveitamos impacta todo o ecossistema.

Segundo Matos, além da redução do uso de recursos virgens, ainda há a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, prevenção a poluição de rios e a degradação dos solos, assim como há o estímulo à economia circular, devido à reinserção das embalagens na cadeia produtiva do Brasil.

Para os especialistas ouvidos pelo Estadão, a possibilidade de criar ações que contemplem o social e o ambiental são o maior trunfo do uso de materiais recicláveis no ESG, já que desta forma elas impactam a cadeia como um todo.

“Quando as empresas reciclam, elas estão contribuindo com a questão social, pois estão gerando receitas extras para as cooperativas, operadores e profissionais do setor, beneficiando milhares de famílias”, afirma a diretora de Marketing do Sistema B Brasil, Cinthia Gherardi.

Para ela, os benefícios da reciclagem se ampliam também para outros aspectos do ESG. Na governança, por exemplo, a reciclagem é fundamental para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabelece a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, comerciantes e consumidores, e prevê a compensação ambiental de, no mínimo, 22% da massa de embalagens colocadas no mercado pelas empresas.

Além disso, Gherardi ainda alerta que uma agenda ESG efetiva por parte das empresas deve contar com a inclusão de políticas voltadas para a reciclagem. “Qualquer empresa, independentemente do porte, deve realizar uma gestão ambiental que inclua o olhar para a redução e destino adequado de seus resíduos. As empresas de pequeno e médio porte possuem a vantagem de serem mais flexíveis e com operações menos complexas, e por isso carregam o desafio de reinventar as regras do mercado tornando desta forma problemas em oportunidades.”

A reciclagem, considerada por especialistas a “ponta do iceberg” em estratégias de ESG, é hoje uma ferramenta usada por empresas para sanar problemas sociais e ambientais de uma só vez. Um exemplo desta iniciativa aconteceu com a construção de casas em São Paulo a partir de materiais reciclados para famílias que vivem em situação de extrema pobreza.

Em parceria com a Gerando Falcões, a Colgate doou na última quarta-feira, 26, duas casas sustentáveis construídas com tubos de creme dental para moradores da Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos, interior de São Paulo. Ao todo, serão seis casas entregues em abril.

Reciclagem como moradia

Construídas com sete toneladas de embalagens, que foram recicladas e transformadas em placas utilizadas na construção das casas, a ação, batizada de “O Poder do Sorriso”, visa contemplar famílias em situação de vulnerabilidade que vivem em abrigos feitos de lona, plástico ou papelão.

“Em moradias feitas com lona, plástico e madeira, as sensações térmicas são potencializadas”, diz a diretora de marketing na Colgate-Palmolive Brasil, Flavia Liberman, destacando que embora iniciativas por moradias dignas se mostrem essenciais o ano todo, se tornam ainda mais necessárias com a chegada do frio em São Paulo.

O auxiliar de pedreiro Adriano Guimarães de Deus recebendo sua casa nesta quarta-feira (26). Foto: Yuri Reuters/Colgate

Para a construção das casas sustentáveis, foram usados tubos de pasta de dente reciclados e posteriormente transformados nas paredes dos imóveis. Segundo a Colgate, as residências foram entregues com a parte elétrica e hidráulica completas, permitindo a moradia imediata de pessoas em vulnerabilidade.

A iniciativa, que compõe o “Favela 3D - Digna, Digital e Desenvolvida”, projeto de erradicação da pobreza de maneira sistêmica, está sendo desenvolvida com materiais sustentáveis pelo Gerando Falcões também na Favela Marte, em São José do Rio Preto (SP), no Morro da Providência, no Rio de Janeiro (RJ) e em Vergel do Lago, em Maceió (AL).

Para a diretora de Tecnologias Sociais da Gerando Falcões, Nina Rentel, o projeto é a prova de que a reciclagem pode ser usada como uma ferramenta de ESG na prática com soluções inovadoras para interromper ciclos de pobreza na favela.

“Estratégias eficazes para o gerenciamento de resíduos são importantes para impulsionar a economia circular e acelerar o combate às mudanças climáticas”, afirma a diretora de marketing na Colgate-Palmolive Brasil, Flavia Liberman, destacando que o uso da reciclagem serve para estruturar pilares ambientais e sociais.

Para o especialista em Urbanismo Social da Gerando Falcões, Rodrigo Vieira, o projeto traz sustentabilidade a serviço das pessoas. “É um suporte de ressignificação do meio ambiente para o uso humano. A gente pode construir, a partir de resíduos e materiais recicláveis, casas que tenham conforto e qualidade, tanto estética, quanto estrutural para que as famílias tenham direito à moradia digna”.

Materiais recicláveis como ferramenta ESG

Para o sócio-diretor e diretor de marketing da eureciclo, Marcos Matos, a iniciativa demonstra não só a importância de incluir etapas de reciclagem em uma agenda ESG, mas também como os três pilares da sigla podem ser contemplados quando os materiais recicláveis são implementados em políticas de sustentabilidade.

“A reciclagem está totalmente interligada ao conceito de ESG, pois é uma das principais alternativas para reduzir os impactos ambientais provocados pela geração de embalagens”, diz Matos, afirmando que a cadeia de reciclagem sustenta qualquer iniciativa ambiental, considerando que a forma como descartamos os nossos resíduos e os reaproveitamos impacta todo o ecossistema.

Segundo Matos, além da redução do uso de recursos virgens, ainda há a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, prevenção a poluição de rios e a degradação dos solos, assim como há o estímulo à economia circular, devido à reinserção das embalagens na cadeia produtiva do Brasil.

Para os especialistas ouvidos pelo Estadão, a possibilidade de criar ações que contemplem o social e o ambiental são o maior trunfo do uso de materiais recicláveis no ESG, já que desta forma elas impactam a cadeia como um todo.

“Quando as empresas reciclam, elas estão contribuindo com a questão social, pois estão gerando receitas extras para as cooperativas, operadores e profissionais do setor, beneficiando milhares de famílias”, afirma a diretora de Marketing do Sistema B Brasil, Cinthia Gherardi.

Para ela, os benefícios da reciclagem se ampliam também para outros aspectos do ESG. Na governança, por exemplo, a reciclagem é fundamental para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabelece a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, comerciantes e consumidores, e prevê a compensação ambiental de, no mínimo, 22% da massa de embalagens colocadas no mercado pelas empresas.

Além disso, Gherardi ainda alerta que uma agenda ESG efetiva por parte das empresas deve contar com a inclusão de políticas voltadas para a reciclagem. “Qualquer empresa, independentemente do porte, deve realizar uma gestão ambiental que inclua o olhar para a redução e destino adequado de seus resíduos. As empresas de pequeno e médio porte possuem a vantagem de serem mais flexíveis e com operações menos complexas, e por isso carregam o desafio de reinventar as regras do mercado tornando desta forma problemas em oportunidades.”

A reciclagem, considerada por especialistas a “ponta do iceberg” em estratégias de ESG, é hoje uma ferramenta usada por empresas para sanar problemas sociais e ambientais de uma só vez. Um exemplo desta iniciativa aconteceu com a construção de casas em São Paulo a partir de materiais reciclados para famílias que vivem em situação de extrema pobreza.

Em parceria com a Gerando Falcões, a Colgate doou na última quarta-feira, 26, duas casas sustentáveis construídas com tubos de creme dental para moradores da Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos, interior de São Paulo. Ao todo, serão seis casas entregues em abril.

Reciclagem como moradia

Construídas com sete toneladas de embalagens, que foram recicladas e transformadas em placas utilizadas na construção das casas, a ação, batizada de “O Poder do Sorriso”, visa contemplar famílias em situação de vulnerabilidade que vivem em abrigos feitos de lona, plástico ou papelão.

“Em moradias feitas com lona, plástico e madeira, as sensações térmicas são potencializadas”, diz a diretora de marketing na Colgate-Palmolive Brasil, Flavia Liberman, destacando que embora iniciativas por moradias dignas se mostrem essenciais o ano todo, se tornam ainda mais necessárias com a chegada do frio em São Paulo.

O auxiliar de pedreiro Adriano Guimarães de Deus recebendo sua casa nesta quarta-feira (26). Foto: Yuri Reuters/Colgate

Para a construção das casas sustentáveis, foram usados tubos de pasta de dente reciclados e posteriormente transformados nas paredes dos imóveis. Segundo a Colgate, as residências foram entregues com a parte elétrica e hidráulica completas, permitindo a moradia imediata de pessoas em vulnerabilidade.

A iniciativa, que compõe o “Favela 3D - Digna, Digital e Desenvolvida”, projeto de erradicação da pobreza de maneira sistêmica, está sendo desenvolvida com materiais sustentáveis pelo Gerando Falcões também na Favela Marte, em São José do Rio Preto (SP), no Morro da Providência, no Rio de Janeiro (RJ) e em Vergel do Lago, em Maceió (AL).

Para a diretora de Tecnologias Sociais da Gerando Falcões, Nina Rentel, o projeto é a prova de que a reciclagem pode ser usada como uma ferramenta de ESG na prática com soluções inovadoras para interromper ciclos de pobreza na favela.

“Estratégias eficazes para o gerenciamento de resíduos são importantes para impulsionar a economia circular e acelerar o combate às mudanças climáticas”, afirma a diretora de marketing na Colgate-Palmolive Brasil, Flavia Liberman, destacando que o uso da reciclagem serve para estruturar pilares ambientais e sociais.

Para o especialista em Urbanismo Social da Gerando Falcões, Rodrigo Vieira, o projeto traz sustentabilidade a serviço das pessoas. “É um suporte de ressignificação do meio ambiente para o uso humano. A gente pode construir, a partir de resíduos e materiais recicláveis, casas que tenham conforto e qualidade, tanto estética, quanto estrutural para que as famílias tenham direito à moradia digna”.

Materiais recicláveis como ferramenta ESG

Para o sócio-diretor e diretor de marketing da eureciclo, Marcos Matos, a iniciativa demonstra não só a importância de incluir etapas de reciclagem em uma agenda ESG, mas também como os três pilares da sigla podem ser contemplados quando os materiais recicláveis são implementados em políticas de sustentabilidade.

“A reciclagem está totalmente interligada ao conceito de ESG, pois é uma das principais alternativas para reduzir os impactos ambientais provocados pela geração de embalagens”, diz Matos, afirmando que a cadeia de reciclagem sustenta qualquer iniciativa ambiental, considerando que a forma como descartamos os nossos resíduos e os reaproveitamos impacta todo o ecossistema.

Segundo Matos, além da redução do uso de recursos virgens, ainda há a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, prevenção a poluição de rios e a degradação dos solos, assim como há o estímulo à economia circular, devido à reinserção das embalagens na cadeia produtiva do Brasil.

Para os especialistas ouvidos pelo Estadão, a possibilidade de criar ações que contemplem o social e o ambiental são o maior trunfo do uso de materiais recicláveis no ESG, já que desta forma elas impactam a cadeia como um todo.

“Quando as empresas reciclam, elas estão contribuindo com a questão social, pois estão gerando receitas extras para as cooperativas, operadores e profissionais do setor, beneficiando milhares de famílias”, afirma a diretora de Marketing do Sistema B Brasil, Cinthia Gherardi.

Para ela, os benefícios da reciclagem se ampliam também para outros aspectos do ESG. Na governança, por exemplo, a reciclagem é fundamental para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabelece a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, comerciantes e consumidores, e prevê a compensação ambiental de, no mínimo, 22% da massa de embalagens colocadas no mercado pelas empresas.

Além disso, Gherardi ainda alerta que uma agenda ESG efetiva por parte das empresas deve contar com a inclusão de políticas voltadas para a reciclagem. “Qualquer empresa, independentemente do porte, deve realizar uma gestão ambiental que inclua o olhar para a redução e destino adequado de seus resíduos. As empresas de pequeno e médio porte possuem a vantagem de serem mais flexíveis e com operações menos complexas, e por isso carregam o desafio de reinventar as regras do mercado tornando desta forma problemas em oportunidades.”

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