Conselho da Petrobras vai ‘supervisionar’ política de preços de combustíveis


Segundo a estatal, o conselho terá papel de avaliar as decisões da diretoria da empresa sobre reajustes da gasolina e do diesel; a maioria dos conselheiros é indicada pelo governo

Por Denise Luna
Atualização:

RIO - A Petrobras informou nesta quarta-feira, 27, que o conselho de administração aprovou uma diretriz que aumenta a supervisão da política de preços da estatal pelo órgão. Segundo a Petrobras, a decisão sobre os reajustes continuará com a diretoria executiva da empresa.

“A Diretriz incorpora uma camada adicional de supervisão da execução das políticas de preço pelo Conselho de Administração e Conselho Fiscal, a partir do reporte trimestral da Diretoria Executiva, formalizando prática já existente”, informou a companhia em nota.

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Mais cedo, fontes tinham informado ao Estadão/Broadcast, que o conselho passaria a ser responsável pelos reajustes, no lugar da diretoria, o que foi negado pela Petrobras.

“A Diretriz reitera a competência da Diretoria Executiva na execução das políticas de preço, preservando e priorizando o resultado econômico da Companhia, buscando maximizar sua geração de valor”, explica a estatal.

O documento, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), reafirma ainda que a aprovação da Diretriz “não implica em mudança das atuais políticas de preço no mercado interno, alinhadas aos preços internacionais, e tampouco no Estatuto Social da companhia”, destaca.

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Para mudar a governança dos reajustes, a Petrobras teria que levar a proposta de mudança do Estatuto Social a uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), apurou o Estadão/Broadcast. A Diretriz pode ser consultada na íntegra no site da Petrobras, informou a companhia.

Jair Bolsonaro; preço dos combustíveis tem sido um ponto de tensão entre Petrobras e o presidente nesses três anos e meio de governo.  Foto: Adriano Machado/Reuters

A decisão da Petrobras gerou interpretações diferentes entre analistas e economistas do mercado financeiro. Uma das visões é que o conselhos fiscal e o conselho de administração terão apenas de embasar as decisões da diretoria, o que não altera o cenário atual. Por outro lado, há o entendimento de que os conselhos irão validar os ajustes de preços, o que abriria espaço para possíveis interferências. “Como o governo mudou pessoas no Conselho, a ideia de ingerência volta ao radar, o que não é positivo”, diz Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.

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Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura, afirma que falta de clareza no comunicado da Petrobras gerou volatilidade nas ações da Petrobras nesta quarta e, segundo ele, “deixa espaço para ambiguidades”. “A empresa afirma no comunicado que não há alteração relevante no PPI, mas deixa uma dupla interpretação, e entendo que o papel tende a ficar volátil até um maior esclarecimento da Diretoria”, destaca.

Para o analista e sócio da Ajax da Capital, Rafael Passos, embora traga ruído para a Petrobras, o comunicado não tem impacto imediato nos resultados da Petrobras ou nos dividendos. “Essas decisões de preços são técnicas e dificilmente o Conselho se opõe à Diretoria - até porque o conselho não pode violar o estatuto da Petrobras e muito menos a Lei das Estatais”, avalia.

RIO - A Petrobras informou nesta quarta-feira, 27, que o conselho de administração aprovou uma diretriz que aumenta a supervisão da política de preços da estatal pelo órgão. Segundo a Petrobras, a decisão sobre os reajustes continuará com a diretoria executiva da empresa.

“A Diretriz incorpora uma camada adicional de supervisão da execução das políticas de preço pelo Conselho de Administração e Conselho Fiscal, a partir do reporte trimestral da Diretoria Executiva, formalizando prática já existente”, informou a companhia em nota.

Mais cedo, fontes tinham informado ao Estadão/Broadcast, que o conselho passaria a ser responsável pelos reajustes, no lugar da diretoria, o que foi negado pela Petrobras.

“A Diretriz reitera a competência da Diretoria Executiva na execução das políticas de preço, preservando e priorizando o resultado econômico da Companhia, buscando maximizar sua geração de valor”, explica a estatal.

O documento, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), reafirma ainda que a aprovação da Diretriz “não implica em mudança das atuais políticas de preço no mercado interno, alinhadas aos preços internacionais, e tampouco no Estatuto Social da companhia”, destaca.

Para mudar a governança dos reajustes, a Petrobras teria que levar a proposta de mudança do Estatuto Social a uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), apurou o Estadão/Broadcast. A Diretriz pode ser consultada na íntegra no site da Petrobras, informou a companhia.

Jair Bolsonaro; preço dos combustíveis tem sido um ponto de tensão entre Petrobras e o presidente nesses três anos e meio de governo.  Foto: Adriano Machado/Reuters

A decisão da Petrobras gerou interpretações diferentes entre analistas e economistas do mercado financeiro. Uma das visões é que o conselhos fiscal e o conselho de administração terão apenas de embasar as decisões da diretoria, o que não altera o cenário atual. Por outro lado, há o entendimento de que os conselhos irão validar os ajustes de preços, o que abriria espaço para possíveis interferências. “Como o governo mudou pessoas no Conselho, a ideia de ingerência volta ao radar, o que não é positivo”, diz Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.

Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura, afirma que falta de clareza no comunicado da Petrobras gerou volatilidade nas ações da Petrobras nesta quarta e, segundo ele, “deixa espaço para ambiguidades”. “A empresa afirma no comunicado que não há alteração relevante no PPI, mas deixa uma dupla interpretação, e entendo que o papel tende a ficar volátil até um maior esclarecimento da Diretoria”, destaca.

Para o analista e sócio da Ajax da Capital, Rafael Passos, embora traga ruído para a Petrobras, o comunicado não tem impacto imediato nos resultados da Petrobras ou nos dividendos. “Essas decisões de preços são técnicas e dificilmente o Conselho se opõe à Diretoria - até porque o conselho não pode violar o estatuto da Petrobras e muito menos a Lei das Estatais”, avalia.

RIO - A Petrobras informou nesta quarta-feira, 27, que o conselho de administração aprovou uma diretriz que aumenta a supervisão da política de preços da estatal pelo órgão. Segundo a Petrobras, a decisão sobre os reajustes continuará com a diretoria executiva da empresa.

“A Diretriz incorpora uma camada adicional de supervisão da execução das políticas de preço pelo Conselho de Administração e Conselho Fiscal, a partir do reporte trimestral da Diretoria Executiva, formalizando prática já existente”, informou a companhia em nota.

Mais cedo, fontes tinham informado ao Estadão/Broadcast, que o conselho passaria a ser responsável pelos reajustes, no lugar da diretoria, o que foi negado pela Petrobras.

“A Diretriz reitera a competência da Diretoria Executiva na execução das políticas de preço, preservando e priorizando o resultado econômico da Companhia, buscando maximizar sua geração de valor”, explica a estatal.

O documento, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), reafirma ainda que a aprovação da Diretriz “não implica em mudança das atuais políticas de preço no mercado interno, alinhadas aos preços internacionais, e tampouco no Estatuto Social da companhia”, destaca.

Para mudar a governança dos reajustes, a Petrobras teria que levar a proposta de mudança do Estatuto Social a uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), apurou o Estadão/Broadcast. A Diretriz pode ser consultada na íntegra no site da Petrobras, informou a companhia.

Jair Bolsonaro; preço dos combustíveis tem sido um ponto de tensão entre Petrobras e o presidente nesses três anos e meio de governo.  Foto: Adriano Machado/Reuters

A decisão da Petrobras gerou interpretações diferentes entre analistas e economistas do mercado financeiro. Uma das visões é que o conselhos fiscal e o conselho de administração terão apenas de embasar as decisões da diretoria, o que não altera o cenário atual. Por outro lado, há o entendimento de que os conselhos irão validar os ajustes de preços, o que abriria espaço para possíveis interferências. “Como o governo mudou pessoas no Conselho, a ideia de ingerência volta ao radar, o que não é positivo”, diz Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.

Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura, afirma que falta de clareza no comunicado da Petrobras gerou volatilidade nas ações da Petrobras nesta quarta e, segundo ele, “deixa espaço para ambiguidades”. “A empresa afirma no comunicado que não há alteração relevante no PPI, mas deixa uma dupla interpretação, e entendo que o papel tende a ficar volátil até um maior esclarecimento da Diretoria”, destaca.

Para o analista e sócio da Ajax da Capital, Rafael Passos, embora traga ruído para a Petrobras, o comunicado não tem impacto imediato nos resultados da Petrobras ou nos dividendos. “Essas decisões de preços são técnicas e dificilmente o Conselho se opõe à Diretoria - até porque o conselho não pode violar o estatuto da Petrobras e muito menos a Lei das Estatais”, avalia.

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