O conjunto de medidas para o mercado financeiro de estímulo ao crédito de longo prazo para as instituições privadas, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai anunciar hoje (15) à tarde, deve contemplar a redução de impostos sobre as operações de colocação de títulos privados e debêntures, redução de compulsório para linha de crédito de longa maturação e medidas de cunho regulatório para incentivar os bancos a captarem e concederem crédito. É o que esperam os economistas Eduardo Velho, da Prosper Corretora, e Miguel Daoud, da Global Financial Advisor.
De acordo com Velho, Mantega pode anunciar ainda o aumento do limite para a emissão de letras financeiras, uma espécie de CDB que não recolhe imposto compulsório. Já a expectativa de Daoud é que o Ministério da Fazenda vá reduzir o compulsório sobre o volume de recursos fixado pelos bancos para empréstimos de longo prazo. A ideia é dividir com os bancos privados a missão de conceder empréstimos de longa maturação, hoje praticamente a cargo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ainda segundo Velho, no que diz respeito ao eventual anúncio de medidas regulatórias, o objetivo seria dar garantias aos bancos de que os ativos concedidos nas operações de crédito tenham retorno no longo prazo. A redução do imposto seria, na expectativa dos analistas, basicamente sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que incide nas operações de crédito em longo prazo para pessoas jurídicas.