Governo Lula: Regras fiscais e discussão do Orçamento estão entre os focos de atenção do mercado


Para economistas, definição do nome de quem vai comandar a economia a partir de 2023 servirá para atenuar as incertezas em relação ao cenário para o próximo mandato

Por Luciana Dyniewicz
Atualização:

Com a vitória do ex-presidente Lula, o mercado financeiro agora espera a indicação da pessoa que será responsável por comandar a economia a partir de 2023. “O ideal é que um anúncio seja dado no curto prazo, para que a incerteza seja resolvida o quanto antes e para que o mercado possa tomar decisões com base em um cenário mais definido”, diz o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.

De acordo com ele, apesar de o preço dos ativos (ações, juros e câmbio) não ter oscilado muito nos últimos meses por causa da corrida eleitoral, uma maior instabilidade ainda pode ocorrer dependendo do nome indicado. “Henrique Meirelles (presidente do Banco Central no governo Lula) voltou a ser cogitado. Aos olhos do mercado, isso é o melhor que se pode esperar”, diz Campos Neto.

O economista, porém, ressalta que nenhuma possibilidade pode ser descartada por enquanto. A indicação de alguém com perfil mais político, que receba as demandas da esquerda mas que barre iniciativas consideradas mais radicais, não deveria ter impacto no mercado. Já um nome mais ligado ao grupo que montou o programa de Lula, liderado pelo ex-ministro Aloizio Mercadante, não deve ser bem recebido. “Acho isso menos provável e não está no preço dos ativos hoje. Mas, se uma indicação assim ocorrer, haveria uma piora (no mercado financeiro)”, acrescenta Campos Neto.

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Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, além da questão do futuro ministro da Economia ou da Fazenda, também serão pontos delicados nos próximos meses o fiscal e a discussão em torno do Orçamento de 2023. “Lula tem a ideia de dar aumento no salário mínimo e ao funcionalismo. É um pacote de gastos que não cabe na regra do teto. Aí já haverá uma discussão inicial”, diz Vale. Para ele, a tendência é que um Orçamento base seja aprovado e que, no começo do próximo ano, um crédito extraordinário seja acionado para acomodar as despesas. Vale destaca ainda que, se Lula implementar boas reformas tributária e fiscal, será “um enorme ganho”.

Lula durante pronunciamento após vitória na eleição no último domingo; mercado financeiro espera definições sobre política econômica do novo governo.  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Economista da LCA Consultores, Braulio Borges também diz que o arcabouço fiscal e o Orçamento estão entre os principais focos de atenção daqui até o fim do ano. Borges acrescenta que poderia ser positivo para a economia do País se, até dezembro, se fortalecesse uma discussão em Brasília em torno da proposta do Tesouro Nacional para uma regra fiscal mais flexível que o atual teto dos gastos.

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A ideia debatida é que, a cada dois anos, a taxa de crescimento das despesas seja definida dependendo do nível e da trajetória da dívida. “Seria um bom ponto de partida”, acrescenta Borges.

Vale, da MB Associados, lembra que pode haver um estresse adicional no mercado nas próximas semanas a depender da reação do presidente Jair Bolsonaro ao resultado de ontem. A oscilação dos preços dos ativos, porém, deve acabar cedendo, na visão de Vale, dado que Bolsonaro será forçado a aceitar a derrota.

Diante da postura de Bolsonaro, o economista diz ainda não acreditar na possibilidade de uma transição suave, como ocorreu quando Fernando Henrique Cardoso passou o governo para Lula ou quando Michel Temer passou para Bolsonaro. Uma troca de informações econômicas de qualidade, portanto, é improvável de ocorrer e deve prejudicar o trabalho da equipe do presidente eleito. “O cenário é de dificuldade de montar a política econômica, porque vai haver dificuldade com o acesso às informações.”

Com a vitória do ex-presidente Lula, o mercado financeiro agora espera a indicação da pessoa que será responsável por comandar a economia a partir de 2023. “O ideal é que um anúncio seja dado no curto prazo, para que a incerteza seja resolvida o quanto antes e para que o mercado possa tomar decisões com base em um cenário mais definido”, diz o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.

De acordo com ele, apesar de o preço dos ativos (ações, juros e câmbio) não ter oscilado muito nos últimos meses por causa da corrida eleitoral, uma maior instabilidade ainda pode ocorrer dependendo do nome indicado. “Henrique Meirelles (presidente do Banco Central no governo Lula) voltou a ser cogitado. Aos olhos do mercado, isso é o melhor que se pode esperar”, diz Campos Neto.

O economista, porém, ressalta que nenhuma possibilidade pode ser descartada por enquanto. A indicação de alguém com perfil mais político, que receba as demandas da esquerda mas que barre iniciativas consideradas mais radicais, não deveria ter impacto no mercado. Já um nome mais ligado ao grupo que montou o programa de Lula, liderado pelo ex-ministro Aloizio Mercadante, não deve ser bem recebido. “Acho isso menos provável e não está no preço dos ativos hoje. Mas, se uma indicação assim ocorrer, haveria uma piora (no mercado financeiro)”, acrescenta Campos Neto.

Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, além da questão do futuro ministro da Economia ou da Fazenda, também serão pontos delicados nos próximos meses o fiscal e a discussão em torno do Orçamento de 2023. “Lula tem a ideia de dar aumento no salário mínimo e ao funcionalismo. É um pacote de gastos que não cabe na regra do teto. Aí já haverá uma discussão inicial”, diz Vale. Para ele, a tendência é que um Orçamento base seja aprovado e que, no começo do próximo ano, um crédito extraordinário seja acionado para acomodar as despesas. Vale destaca ainda que, se Lula implementar boas reformas tributária e fiscal, será “um enorme ganho”.

Lula durante pronunciamento após vitória na eleição no último domingo; mercado financeiro espera definições sobre política econômica do novo governo.  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Economista da LCA Consultores, Braulio Borges também diz que o arcabouço fiscal e o Orçamento estão entre os principais focos de atenção daqui até o fim do ano. Borges acrescenta que poderia ser positivo para a economia do País se, até dezembro, se fortalecesse uma discussão em Brasília em torno da proposta do Tesouro Nacional para uma regra fiscal mais flexível que o atual teto dos gastos.

A ideia debatida é que, a cada dois anos, a taxa de crescimento das despesas seja definida dependendo do nível e da trajetória da dívida. “Seria um bom ponto de partida”, acrescenta Borges.

Vale, da MB Associados, lembra que pode haver um estresse adicional no mercado nas próximas semanas a depender da reação do presidente Jair Bolsonaro ao resultado de ontem. A oscilação dos preços dos ativos, porém, deve acabar cedendo, na visão de Vale, dado que Bolsonaro será forçado a aceitar a derrota.

Diante da postura de Bolsonaro, o economista diz ainda não acreditar na possibilidade de uma transição suave, como ocorreu quando Fernando Henrique Cardoso passou o governo para Lula ou quando Michel Temer passou para Bolsonaro. Uma troca de informações econômicas de qualidade, portanto, é improvável de ocorrer e deve prejudicar o trabalho da equipe do presidente eleito. “O cenário é de dificuldade de montar a política econômica, porque vai haver dificuldade com o acesso às informações.”

Com a vitória do ex-presidente Lula, o mercado financeiro agora espera a indicação da pessoa que será responsável por comandar a economia a partir de 2023. “O ideal é que um anúncio seja dado no curto prazo, para que a incerteza seja resolvida o quanto antes e para que o mercado possa tomar decisões com base em um cenário mais definido”, diz o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.

De acordo com ele, apesar de o preço dos ativos (ações, juros e câmbio) não ter oscilado muito nos últimos meses por causa da corrida eleitoral, uma maior instabilidade ainda pode ocorrer dependendo do nome indicado. “Henrique Meirelles (presidente do Banco Central no governo Lula) voltou a ser cogitado. Aos olhos do mercado, isso é o melhor que se pode esperar”, diz Campos Neto.

O economista, porém, ressalta que nenhuma possibilidade pode ser descartada por enquanto. A indicação de alguém com perfil mais político, que receba as demandas da esquerda mas que barre iniciativas consideradas mais radicais, não deveria ter impacto no mercado. Já um nome mais ligado ao grupo que montou o programa de Lula, liderado pelo ex-ministro Aloizio Mercadante, não deve ser bem recebido. “Acho isso menos provável e não está no preço dos ativos hoje. Mas, se uma indicação assim ocorrer, haveria uma piora (no mercado financeiro)”, acrescenta Campos Neto.

Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, além da questão do futuro ministro da Economia ou da Fazenda, também serão pontos delicados nos próximos meses o fiscal e a discussão em torno do Orçamento de 2023. “Lula tem a ideia de dar aumento no salário mínimo e ao funcionalismo. É um pacote de gastos que não cabe na regra do teto. Aí já haverá uma discussão inicial”, diz Vale. Para ele, a tendência é que um Orçamento base seja aprovado e que, no começo do próximo ano, um crédito extraordinário seja acionado para acomodar as despesas. Vale destaca ainda que, se Lula implementar boas reformas tributária e fiscal, será “um enorme ganho”.

Lula durante pronunciamento após vitória na eleição no último domingo; mercado financeiro espera definições sobre política econômica do novo governo.  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Economista da LCA Consultores, Braulio Borges também diz que o arcabouço fiscal e o Orçamento estão entre os principais focos de atenção daqui até o fim do ano. Borges acrescenta que poderia ser positivo para a economia do País se, até dezembro, se fortalecesse uma discussão em Brasília em torno da proposta do Tesouro Nacional para uma regra fiscal mais flexível que o atual teto dos gastos.

A ideia debatida é que, a cada dois anos, a taxa de crescimento das despesas seja definida dependendo do nível e da trajetória da dívida. “Seria um bom ponto de partida”, acrescenta Borges.

Vale, da MB Associados, lembra que pode haver um estresse adicional no mercado nas próximas semanas a depender da reação do presidente Jair Bolsonaro ao resultado de ontem. A oscilação dos preços dos ativos, porém, deve acabar cedendo, na visão de Vale, dado que Bolsonaro será forçado a aceitar a derrota.

Diante da postura de Bolsonaro, o economista diz ainda não acreditar na possibilidade de uma transição suave, como ocorreu quando Fernando Henrique Cardoso passou o governo para Lula ou quando Michel Temer passou para Bolsonaro. Uma troca de informações econômicas de qualidade, portanto, é improvável de ocorrer e deve prejudicar o trabalho da equipe do presidente eleito. “O cenário é de dificuldade de montar a política econômica, porque vai haver dificuldade com o acesso às informações.”

Com a vitória do ex-presidente Lula, o mercado financeiro agora espera a indicação da pessoa que será responsável por comandar a economia a partir de 2023. “O ideal é que um anúncio seja dado no curto prazo, para que a incerteza seja resolvida o quanto antes e para que o mercado possa tomar decisões com base em um cenário mais definido”, diz o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.

De acordo com ele, apesar de o preço dos ativos (ações, juros e câmbio) não ter oscilado muito nos últimos meses por causa da corrida eleitoral, uma maior instabilidade ainda pode ocorrer dependendo do nome indicado. “Henrique Meirelles (presidente do Banco Central no governo Lula) voltou a ser cogitado. Aos olhos do mercado, isso é o melhor que se pode esperar”, diz Campos Neto.

O economista, porém, ressalta que nenhuma possibilidade pode ser descartada por enquanto. A indicação de alguém com perfil mais político, que receba as demandas da esquerda mas que barre iniciativas consideradas mais radicais, não deveria ter impacto no mercado. Já um nome mais ligado ao grupo que montou o programa de Lula, liderado pelo ex-ministro Aloizio Mercadante, não deve ser bem recebido. “Acho isso menos provável e não está no preço dos ativos hoje. Mas, se uma indicação assim ocorrer, haveria uma piora (no mercado financeiro)”, acrescenta Campos Neto.

Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, além da questão do futuro ministro da Economia ou da Fazenda, também serão pontos delicados nos próximos meses o fiscal e a discussão em torno do Orçamento de 2023. “Lula tem a ideia de dar aumento no salário mínimo e ao funcionalismo. É um pacote de gastos que não cabe na regra do teto. Aí já haverá uma discussão inicial”, diz Vale. Para ele, a tendência é que um Orçamento base seja aprovado e que, no começo do próximo ano, um crédito extraordinário seja acionado para acomodar as despesas. Vale destaca ainda que, se Lula implementar boas reformas tributária e fiscal, será “um enorme ganho”.

Lula durante pronunciamento após vitória na eleição no último domingo; mercado financeiro espera definições sobre política econômica do novo governo.  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Economista da LCA Consultores, Braulio Borges também diz que o arcabouço fiscal e o Orçamento estão entre os principais focos de atenção daqui até o fim do ano. Borges acrescenta que poderia ser positivo para a economia do País se, até dezembro, se fortalecesse uma discussão em Brasília em torno da proposta do Tesouro Nacional para uma regra fiscal mais flexível que o atual teto dos gastos.

A ideia debatida é que, a cada dois anos, a taxa de crescimento das despesas seja definida dependendo do nível e da trajetória da dívida. “Seria um bom ponto de partida”, acrescenta Borges.

Vale, da MB Associados, lembra que pode haver um estresse adicional no mercado nas próximas semanas a depender da reação do presidente Jair Bolsonaro ao resultado de ontem. A oscilação dos preços dos ativos, porém, deve acabar cedendo, na visão de Vale, dado que Bolsonaro será forçado a aceitar a derrota.

Diante da postura de Bolsonaro, o economista diz ainda não acreditar na possibilidade de uma transição suave, como ocorreu quando Fernando Henrique Cardoso passou o governo para Lula ou quando Michel Temer passou para Bolsonaro. Uma troca de informações econômicas de qualidade, portanto, é improvável de ocorrer e deve prejudicar o trabalho da equipe do presidente eleito. “O cenário é de dificuldade de montar a política econômica, porque vai haver dificuldade com o acesso às informações.”

Com a vitória do ex-presidente Lula, o mercado financeiro agora espera a indicação da pessoa que será responsável por comandar a economia a partir de 2023. “O ideal é que um anúncio seja dado no curto prazo, para que a incerteza seja resolvida o quanto antes e para que o mercado possa tomar decisões com base em um cenário mais definido”, diz o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.

De acordo com ele, apesar de o preço dos ativos (ações, juros e câmbio) não ter oscilado muito nos últimos meses por causa da corrida eleitoral, uma maior instabilidade ainda pode ocorrer dependendo do nome indicado. “Henrique Meirelles (presidente do Banco Central no governo Lula) voltou a ser cogitado. Aos olhos do mercado, isso é o melhor que se pode esperar”, diz Campos Neto.

O economista, porém, ressalta que nenhuma possibilidade pode ser descartada por enquanto. A indicação de alguém com perfil mais político, que receba as demandas da esquerda mas que barre iniciativas consideradas mais radicais, não deveria ter impacto no mercado. Já um nome mais ligado ao grupo que montou o programa de Lula, liderado pelo ex-ministro Aloizio Mercadante, não deve ser bem recebido. “Acho isso menos provável e não está no preço dos ativos hoje. Mas, se uma indicação assim ocorrer, haveria uma piora (no mercado financeiro)”, acrescenta Campos Neto.

Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, além da questão do futuro ministro da Economia ou da Fazenda, também serão pontos delicados nos próximos meses o fiscal e a discussão em torno do Orçamento de 2023. “Lula tem a ideia de dar aumento no salário mínimo e ao funcionalismo. É um pacote de gastos que não cabe na regra do teto. Aí já haverá uma discussão inicial”, diz Vale. Para ele, a tendência é que um Orçamento base seja aprovado e que, no começo do próximo ano, um crédito extraordinário seja acionado para acomodar as despesas. Vale destaca ainda que, se Lula implementar boas reformas tributária e fiscal, será “um enorme ganho”.

Lula durante pronunciamento após vitória na eleição no último domingo; mercado financeiro espera definições sobre política econômica do novo governo.  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Economista da LCA Consultores, Braulio Borges também diz que o arcabouço fiscal e o Orçamento estão entre os principais focos de atenção daqui até o fim do ano. Borges acrescenta que poderia ser positivo para a economia do País se, até dezembro, se fortalecesse uma discussão em Brasília em torno da proposta do Tesouro Nacional para uma regra fiscal mais flexível que o atual teto dos gastos.

A ideia debatida é que, a cada dois anos, a taxa de crescimento das despesas seja definida dependendo do nível e da trajetória da dívida. “Seria um bom ponto de partida”, acrescenta Borges.

Vale, da MB Associados, lembra que pode haver um estresse adicional no mercado nas próximas semanas a depender da reação do presidente Jair Bolsonaro ao resultado de ontem. A oscilação dos preços dos ativos, porém, deve acabar cedendo, na visão de Vale, dado que Bolsonaro será forçado a aceitar a derrota.

Diante da postura de Bolsonaro, o economista diz ainda não acreditar na possibilidade de uma transição suave, como ocorreu quando Fernando Henrique Cardoso passou o governo para Lula ou quando Michel Temer passou para Bolsonaro. Uma troca de informações econômicas de qualidade, portanto, é improvável de ocorrer e deve prejudicar o trabalho da equipe do presidente eleito. “O cenário é de dificuldade de montar a política econômica, porque vai haver dificuldade com o acesso às informações.”

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