Petrobras: governo quer que Magda priorize oferta de gás e fertilizantes ao assumir presidência


Novo nome à frente da estatal, ela terá de encontrar soluções para ofertar maiores volumes de gás e baratear seu preço para a indústria brasileira

Por Gabriel Vasconcelos

RIO - Enquanto aguarda aprovação como conselheira e presidente da Petrobras, Magda Chambriard já tomou pé dos principais pedidos do governo federal. Nessa linha, os primeiros pontos de ataque da nova gestão devem ser a questão da oferta de gás e a retomada das fábricas de fertilizantes, disseram ao Estadão/Broadcast pessoas a par das tratativas.

A primeira entrega, dizem essas pessoas, será a aceleração do projeto Rota 3, para entrega no início do segundo semestre, possivelmente em julho. A operação, que traz gás natural do pré-sal da Bacia de Santos para o continente, no polo Gaslub (RJ), já tinha previsão de entrega para agosto deste ano e estaria dentro do prazo, segundo informou o atual diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da estatal, Carlos Travassos, em teleconferência com investidores antes da troca no comando da empresa.

O Rota 3 vai escoar 18 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia (m³/dia), dos quais cerca de 15 milhões de m³/dia secos (que não contém petróleo bruto ou condensado).

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Magda Chambriard deve ainda ser confirmada pelo conselho da Petrobras como a nova presidente da companhia Foto: Wilton Junior / Estadão

Com o projeto quase pronto, a leitura na estatal é que uma antecipação da entrega seria apenas simbólica, espécie de cartão de visitas de Magda para aplacar a grita de Brasília pela entrega de grandes projetos pela estatal.

Outra medida para o curtíssimo prazo seria a reativação da fábrica de fertilizantes do Paraná, além das unidades da Bahia e Sergipe, hoje com a Unigel, e a conclusão da planta do Mato Grosso do Sul.

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Seriam esses os compromissos mais imediatos da executiva com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. Nos contatos iniciais, ambos estariam satisfeitos com a discrição e capacidade técnica demonstradas por Magda ante as “heterodoxias” de Prates, cujo conhecimento dividia a lista de atributos com cacoetes políticos.

Mais gás natural

Em toda a gestão Prates, Silveira foi vocal sobre a vontade do governo de reduzir os volumes injetados da commodity em campos de petróleo (a fim de aumentar sua produtividade), e transferir a molécula para oferta à indústria. A essa posição, Prates reagia dizendo ser impossível devido à falta de infraestrutura de transporte imediata.

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Caberá a Magda encontrar soluções para ofertar maiores volumes de gás ao território e baratear seu preço à indústria brasileira. Segundo as fontes, ela teria se comprometido a estudar alternativas e intensificar investimentos com essa finalidade.

Opção que se apresenta é investir para antecipar ao máximo a produção de gás nas águas profundas da Bacia de Sergipe e Alagoas, a mais de 100 quilômetros da costa. Isso requer construir um gasoduto submarino novo para internalizar mais 18 milhões de m³/dia, segundo estimativas já divulgadas pelo diretor Mauricio Tolmasquim. Por ora, a Petrobras projeta o início dessa produção somente em 2028.

Solução mais rápida seria correr para reverter o declínio da entrega de gás boliviano para o Brasil, no que o produto argentino surge como alternativa à importação. Prates havia iniciado sondagens ao país vizinho que podem se intensificar nos próximos meses.

RIO - Enquanto aguarda aprovação como conselheira e presidente da Petrobras, Magda Chambriard já tomou pé dos principais pedidos do governo federal. Nessa linha, os primeiros pontos de ataque da nova gestão devem ser a questão da oferta de gás e a retomada das fábricas de fertilizantes, disseram ao Estadão/Broadcast pessoas a par das tratativas.

A primeira entrega, dizem essas pessoas, será a aceleração do projeto Rota 3, para entrega no início do segundo semestre, possivelmente em julho. A operação, que traz gás natural do pré-sal da Bacia de Santos para o continente, no polo Gaslub (RJ), já tinha previsão de entrega para agosto deste ano e estaria dentro do prazo, segundo informou o atual diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da estatal, Carlos Travassos, em teleconferência com investidores antes da troca no comando da empresa.

O Rota 3 vai escoar 18 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia (m³/dia), dos quais cerca de 15 milhões de m³/dia secos (que não contém petróleo bruto ou condensado).

Magda Chambriard deve ainda ser confirmada pelo conselho da Petrobras como a nova presidente da companhia Foto: Wilton Junior / Estadão

Com o projeto quase pronto, a leitura na estatal é que uma antecipação da entrega seria apenas simbólica, espécie de cartão de visitas de Magda para aplacar a grita de Brasília pela entrega de grandes projetos pela estatal.

Outra medida para o curtíssimo prazo seria a reativação da fábrica de fertilizantes do Paraná, além das unidades da Bahia e Sergipe, hoje com a Unigel, e a conclusão da planta do Mato Grosso do Sul.

Seriam esses os compromissos mais imediatos da executiva com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. Nos contatos iniciais, ambos estariam satisfeitos com a discrição e capacidade técnica demonstradas por Magda ante as “heterodoxias” de Prates, cujo conhecimento dividia a lista de atributos com cacoetes políticos.

Mais gás natural

Em toda a gestão Prates, Silveira foi vocal sobre a vontade do governo de reduzir os volumes injetados da commodity em campos de petróleo (a fim de aumentar sua produtividade), e transferir a molécula para oferta à indústria. A essa posição, Prates reagia dizendo ser impossível devido à falta de infraestrutura de transporte imediata.

Caberá a Magda encontrar soluções para ofertar maiores volumes de gás ao território e baratear seu preço à indústria brasileira. Segundo as fontes, ela teria se comprometido a estudar alternativas e intensificar investimentos com essa finalidade.

Opção que se apresenta é investir para antecipar ao máximo a produção de gás nas águas profundas da Bacia de Sergipe e Alagoas, a mais de 100 quilômetros da costa. Isso requer construir um gasoduto submarino novo para internalizar mais 18 milhões de m³/dia, segundo estimativas já divulgadas pelo diretor Mauricio Tolmasquim. Por ora, a Petrobras projeta o início dessa produção somente em 2028.

Solução mais rápida seria correr para reverter o declínio da entrega de gás boliviano para o Brasil, no que o produto argentino surge como alternativa à importação. Prates havia iniciado sondagens ao país vizinho que podem se intensificar nos próximos meses.

RIO - Enquanto aguarda aprovação como conselheira e presidente da Petrobras, Magda Chambriard já tomou pé dos principais pedidos do governo federal. Nessa linha, os primeiros pontos de ataque da nova gestão devem ser a questão da oferta de gás e a retomada das fábricas de fertilizantes, disseram ao Estadão/Broadcast pessoas a par das tratativas.

A primeira entrega, dizem essas pessoas, será a aceleração do projeto Rota 3, para entrega no início do segundo semestre, possivelmente em julho. A operação, que traz gás natural do pré-sal da Bacia de Santos para o continente, no polo Gaslub (RJ), já tinha previsão de entrega para agosto deste ano e estaria dentro do prazo, segundo informou o atual diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da estatal, Carlos Travassos, em teleconferência com investidores antes da troca no comando da empresa.

O Rota 3 vai escoar 18 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia (m³/dia), dos quais cerca de 15 milhões de m³/dia secos (que não contém petróleo bruto ou condensado).

Magda Chambriard deve ainda ser confirmada pelo conselho da Petrobras como a nova presidente da companhia Foto: Wilton Junior / Estadão

Com o projeto quase pronto, a leitura na estatal é que uma antecipação da entrega seria apenas simbólica, espécie de cartão de visitas de Magda para aplacar a grita de Brasília pela entrega de grandes projetos pela estatal.

Outra medida para o curtíssimo prazo seria a reativação da fábrica de fertilizantes do Paraná, além das unidades da Bahia e Sergipe, hoje com a Unigel, e a conclusão da planta do Mato Grosso do Sul.

Seriam esses os compromissos mais imediatos da executiva com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. Nos contatos iniciais, ambos estariam satisfeitos com a discrição e capacidade técnica demonstradas por Magda ante as “heterodoxias” de Prates, cujo conhecimento dividia a lista de atributos com cacoetes políticos.

Mais gás natural

Em toda a gestão Prates, Silveira foi vocal sobre a vontade do governo de reduzir os volumes injetados da commodity em campos de petróleo (a fim de aumentar sua produtividade), e transferir a molécula para oferta à indústria. A essa posição, Prates reagia dizendo ser impossível devido à falta de infraestrutura de transporte imediata.

Caberá a Magda encontrar soluções para ofertar maiores volumes de gás ao território e baratear seu preço à indústria brasileira. Segundo as fontes, ela teria se comprometido a estudar alternativas e intensificar investimentos com essa finalidade.

Opção que se apresenta é investir para antecipar ao máximo a produção de gás nas águas profundas da Bacia de Sergipe e Alagoas, a mais de 100 quilômetros da costa. Isso requer construir um gasoduto submarino novo para internalizar mais 18 milhões de m³/dia, segundo estimativas já divulgadas pelo diretor Mauricio Tolmasquim. Por ora, a Petrobras projeta o início dessa produção somente em 2028.

Solução mais rápida seria correr para reverter o declínio da entrega de gás boliviano para o Brasil, no que o produto argentino surge como alternativa à importação. Prates havia iniciado sondagens ao país vizinho que podem se intensificar nos próximos meses.

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