Guedes parte para reaproximação com líderes do Centrão e mira em apoio a reformas


Ministro mantém encontro com líderes também para desarmar eventuais bombas fiscais armadas pelo Congresso

Por Idiana Tomazelli

BRASÍLIA - Após o bloco de partidos do Centrão dar sinais de que queria um governo mais “gastador”, o ministro da Economia, Paulo Guedes, partiu para uma reaproximação com as lideranças das principais siglas que agora dão sustentação política ao presidente Jair Bolsonaro. O objetivo é desarmar eventuais bombas fiscais que possam ser armadas pelo Congresso num momento já de fragilidade das contas públicas e angariar apoio para a retomada da agenda de reformas.

Na noite de terça-feira, 9, Guedes se reuniu com os líderes do Partido Progessista (PP) na Câmara, Arthur Lira (AL), e no Senado, Ciro Nogueira (PI). O partido é um dos que agora ganham espaço por meio de indicações para cargos dentro do governo. Em troca, passam a integrar a base de Bolsonaro no Congresso Nacional.

O ministro já foi alvo de críticas por partedo Centrão. Foto: Marcos Corrêa/PR
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Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o encontro foi uma “conversa política” entre o ministro da Economia e os líderes do PP para tentar “aproximá-los” da visão da área econômica.

O Centrão tem apoiado e pressionado por iniciativas como a criação de um Super Refis que permite negociar dívidas tributárias contraídas até o fim da pandemia da covid-19 com descontos de até 90% em multas. Na prática, a proposta dá salvo-conduto para empresas e pessoas físicas deixarem de pagar os débitos contraídos até dezembro, quando termina o Estado de calamidade pública decretado pelo governo.

Os partidos do bloco também têm apoiado iniciativas para prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600 por mais tempo e com valor maior que o pretendido por Guedes, que é uma extensão do benefício por dois meses com pagamento de R$ 300.

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Série

A reunião com os líderes do PP foi a primeira de uma série que o ministro deve fazer nas próximas semanas. Segundo apurou a reportagem, o objetivo é conversar com outros líderes do Centrão para “alinhar” as prioridades da agenda de retomada e reconstrução da economia. Guedes também deve se reunir com lideranças do PL e Republicanos e pretende estender o convite a outros partidos que se colocam como “independentes” no Congresso, como DEM, MDB e Novo.

O objetivo na área econômica é tentar conter o “voluntarismo covídico” de propostas que representem um risco para o ajuste e a necessidade do governo em mostrar que vai conseguir controlar sua dívida pública. Ao mesmo tempo, tentar dar um “norte” para as discussões das reformas estruturais, entre elas a tributária. Segundo uma fonte da área econômica, é importante o ministro retomar essa interlocução para conseguir colocar sobre a mesa de negociações “o que pode fazer e o que não pode fazer”.

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O líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), disse que conversará com o ministro quando retornar a Brasília. "Precisamos estar afinados para construir uma agenda pós-pandemia, que passa pela reforma tributária", afirmou ele, que é autor de uma proposta de alteração nos tributos em discussão no Congresso.

Renda Brasil

Uma primeira reunião mais abrangente foi feita na segunda-feira, 8, com diversas lideranças e os ministros-chefes da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e da Casa Civil, Walter Braga Netto. Na ocasião, Guedes acenou com o “Renda Brasil, uma reformulação do Bolsa Família que deve incorporar informais, numa tentativa de colocar o governo na dianteira da discussão que já domina o Congresso sobre a criação de uma renda básica para os mais vulneráveis.

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Nas conversas com os líderes, Guedes tem procurado sinalizar disposição para diálogo e “esforço conjunto” pela retomada, mas ressalta que a realidade orçamentária se impõe e não é possível lançar medidas com elevado custo fiscal, que coloquem em risco a solvência do País. O próprio Renda Brasil viria de uma revisão em outros gastos considerados ineficientes na área social, como o abono salarial, justamente para evitar um descontrole nas finanças já sobrecarregadas pelos gastos da covid-19.

Guedes chegou a ser alvo de “fogo amigo” dentro do próprio governo após resistir em endossar um plano para elevar investimentos públicos para alavancar a atividade econômica na fase pós-pandemia. O ministro também já entrou na mira de críticas do Centrão.

Centrão

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Desde a aproximação com o Planalto, o bloco deu uma importante demonstração de fidelidade ao governo e votou pela manutenção do valor do benefício emergencial a trabalhadores com carteira assinada que tiverem jornada e salário reduzidos ou contratos suspensos. A medida foi um aceno à equipe econômica e ajudou a preservar o caixa do governo num momento em que parlamentares de oposição queriam elevar a quantia paga aos empregados atingidos.

Por outro lado, o mesmo Centrão apoiou a prorrogação da desoneração da folha de pagamento, medida que a equipe econômica rejeita por considerar ineficiente.

BRASÍLIA - Após o bloco de partidos do Centrão dar sinais de que queria um governo mais “gastador”, o ministro da Economia, Paulo Guedes, partiu para uma reaproximação com as lideranças das principais siglas que agora dão sustentação política ao presidente Jair Bolsonaro. O objetivo é desarmar eventuais bombas fiscais que possam ser armadas pelo Congresso num momento já de fragilidade das contas públicas e angariar apoio para a retomada da agenda de reformas.

Na noite de terça-feira, 9, Guedes se reuniu com os líderes do Partido Progessista (PP) na Câmara, Arthur Lira (AL), e no Senado, Ciro Nogueira (PI). O partido é um dos que agora ganham espaço por meio de indicações para cargos dentro do governo. Em troca, passam a integrar a base de Bolsonaro no Congresso Nacional.

O ministro já foi alvo de críticas por partedo Centrão. Foto: Marcos Corrêa/PR

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o encontro foi uma “conversa política” entre o ministro da Economia e os líderes do PP para tentar “aproximá-los” da visão da área econômica.

O Centrão tem apoiado e pressionado por iniciativas como a criação de um Super Refis que permite negociar dívidas tributárias contraídas até o fim da pandemia da covid-19 com descontos de até 90% em multas. Na prática, a proposta dá salvo-conduto para empresas e pessoas físicas deixarem de pagar os débitos contraídos até dezembro, quando termina o Estado de calamidade pública decretado pelo governo.

Os partidos do bloco também têm apoiado iniciativas para prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600 por mais tempo e com valor maior que o pretendido por Guedes, que é uma extensão do benefício por dois meses com pagamento de R$ 300.

Série

A reunião com os líderes do PP foi a primeira de uma série que o ministro deve fazer nas próximas semanas. Segundo apurou a reportagem, o objetivo é conversar com outros líderes do Centrão para “alinhar” as prioridades da agenda de retomada e reconstrução da economia. Guedes também deve se reunir com lideranças do PL e Republicanos e pretende estender o convite a outros partidos que se colocam como “independentes” no Congresso, como DEM, MDB e Novo.

O objetivo na área econômica é tentar conter o “voluntarismo covídico” de propostas que representem um risco para o ajuste e a necessidade do governo em mostrar que vai conseguir controlar sua dívida pública. Ao mesmo tempo, tentar dar um “norte” para as discussões das reformas estruturais, entre elas a tributária. Segundo uma fonte da área econômica, é importante o ministro retomar essa interlocução para conseguir colocar sobre a mesa de negociações “o que pode fazer e o que não pode fazer”.

O líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), disse que conversará com o ministro quando retornar a Brasília. "Precisamos estar afinados para construir uma agenda pós-pandemia, que passa pela reforma tributária", afirmou ele, que é autor de uma proposta de alteração nos tributos em discussão no Congresso.

Renda Brasil

Uma primeira reunião mais abrangente foi feita na segunda-feira, 8, com diversas lideranças e os ministros-chefes da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e da Casa Civil, Walter Braga Netto. Na ocasião, Guedes acenou com o “Renda Brasil, uma reformulação do Bolsa Família que deve incorporar informais, numa tentativa de colocar o governo na dianteira da discussão que já domina o Congresso sobre a criação de uma renda básica para os mais vulneráveis.

Nas conversas com os líderes, Guedes tem procurado sinalizar disposição para diálogo e “esforço conjunto” pela retomada, mas ressalta que a realidade orçamentária se impõe e não é possível lançar medidas com elevado custo fiscal, que coloquem em risco a solvência do País. O próprio Renda Brasil viria de uma revisão em outros gastos considerados ineficientes na área social, como o abono salarial, justamente para evitar um descontrole nas finanças já sobrecarregadas pelos gastos da covid-19.

Guedes chegou a ser alvo de “fogo amigo” dentro do próprio governo após resistir em endossar um plano para elevar investimentos públicos para alavancar a atividade econômica na fase pós-pandemia. O ministro também já entrou na mira de críticas do Centrão.

Centrão

Desde a aproximação com o Planalto, o bloco deu uma importante demonstração de fidelidade ao governo e votou pela manutenção do valor do benefício emergencial a trabalhadores com carteira assinada que tiverem jornada e salário reduzidos ou contratos suspensos. A medida foi um aceno à equipe econômica e ajudou a preservar o caixa do governo num momento em que parlamentares de oposição queriam elevar a quantia paga aos empregados atingidos.

Por outro lado, o mesmo Centrão apoiou a prorrogação da desoneração da folha de pagamento, medida que a equipe econômica rejeita por considerar ineficiente.

BRASÍLIA - Após o bloco de partidos do Centrão dar sinais de que queria um governo mais “gastador”, o ministro da Economia, Paulo Guedes, partiu para uma reaproximação com as lideranças das principais siglas que agora dão sustentação política ao presidente Jair Bolsonaro. O objetivo é desarmar eventuais bombas fiscais que possam ser armadas pelo Congresso num momento já de fragilidade das contas públicas e angariar apoio para a retomada da agenda de reformas.

Na noite de terça-feira, 9, Guedes se reuniu com os líderes do Partido Progessista (PP) na Câmara, Arthur Lira (AL), e no Senado, Ciro Nogueira (PI). O partido é um dos que agora ganham espaço por meio de indicações para cargos dentro do governo. Em troca, passam a integrar a base de Bolsonaro no Congresso Nacional.

O ministro já foi alvo de críticas por partedo Centrão. Foto: Marcos Corrêa/PR

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o encontro foi uma “conversa política” entre o ministro da Economia e os líderes do PP para tentar “aproximá-los” da visão da área econômica.

O Centrão tem apoiado e pressionado por iniciativas como a criação de um Super Refis que permite negociar dívidas tributárias contraídas até o fim da pandemia da covid-19 com descontos de até 90% em multas. Na prática, a proposta dá salvo-conduto para empresas e pessoas físicas deixarem de pagar os débitos contraídos até dezembro, quando termina o Estado de calamidade pública decretado pelo governo.

Os partidos do bloco também têm apoiado iniciativas para prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600 por mais tempo e com valor maior que o pretendido por Guedes, que é uma extensão do benefício por dois meses com pagamento de R$ 300.

Série

A reunião com os líderes do PP foi a primeira de uma série que o ministro deve fazer nas próximas semanas. Segundo apurou a reportagem, o objetivo é conversar com outros líderes do Centrão para “alinhar” as prioridades da agenda de retomada e reconstrução da economia. Guedes também deve se reunir com lideranças do PL e Republicanos e pretende estender o convite a outros partidos que se colocam como “independentes” no Congresso, como DEM, MDB e Novo.

O objetivo na área econômica é tentar conter o “voluntarismo covídico” de propostas que representem um risco para o ajuste e a necessidade do governo em mostrar que vai conseguir controlar sua dívida pública. Ao mesmo tempo, tentar dar um “norte” para as discussões das reformas estruturais, entre elas a tributária. Segundo uma fonte da área econômica, é importante o ministro retomar essa interlocução para conseguir colocar sobre a mesa de negociações “o que pode fazer e o que não pode fazer”.

O líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), disse que conversará com o ministro quando retornar a Brasília. "Precisamos estar afinados para construir uma agenda pós-pandemia, que passa pela reforma tributária", afirmou ele, que é autor de uma proposta de alteração nos tributos em discussão no Congresso.

Renda Brasil

Uma primeira reunião mais abrangente foi feita na segunda-feira, 8, com diversas lideranças e os ministros-chefes da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e da Casa Civil, Walter Braga Netto. Na ocasião, Guedes acenou com o “Renda Brasil, uma reformulação do Bolsa Família que deve incorporar informais, numa tentativa de colocar o governo na dianteira da discussão que já domina o Congresso sobre a criação de uma renda básica para os mais vulneráveis.

Nas conversas com os líderes, Guedes tem procurado sinalizar disposição para diálogo e “esforço conjunto” pela retomada, mas ressalta que a realidade orçamentária se impõe e não é possível lançar medidas com elevado custo fiscal, que coloquem em risco a solvência do País. O próprio Renda Brasil viria de uma revisão em outros gastos considerados ineficientes na área social, como o abono salarial, justamente para evitar um descontrole nas finanças já sobrecarregadas pelos gastos da covid-19.

Guedes chegou a ser alvo de “fogo amigo” dentro do próprio governo após resistir em endossar um plano para elevar investimentos públicos para alavancar a atividade econômica na fase pós-pandemia. O ministro também já entrou na mira de críticas do Centrão.

Centrão

Desde a aproximação com o Planalto, o bloco deu uma importante demonstração de fidelidade ao governo e votou pela manutenção do valor do benefício emergencial a trabalhadores com carteira assinada que tiverem jornada e salário reduzidos ou contratos suspensos. A medida foi um aceno à equipe econômica e ajudou a preservar o caixa do governo num momento em que parlamentares de oposição queriam elevar a quantia paga aos empregados atingidos.

Por outro lado, o mesmo Centrão apoiou a prorrogação da desoneração da folha de pagamento, medida que a equipe econômica rejeita por considerar ineficiente.

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