O Futuro dos Negócios

Opinião|Os 17 Mandamentos


Metade do prazo estabelecido para atingirmos as metas de desenvolvimento sustentável da ONU já passou — e ainda há muito a ser feito

Por Guy Perelmuter
Atualização:

Há pouco mais de sete anos, mais precisamente em 15 de setembro de 2015, o parlamentar dinamarquês Mogens Lykketoft abriu os trabalhos da 70a Assembleia Geral das Nações Unidas, declarando: “As coisas mudaram nos últimos 15 anos. Não estamos mais apenas lutando contra a extrema pobreza causada pela falta de serviços públicos. Estamos lutando contra uma nova forma de pobreza, causada pelo caminho insustentável de desenvolvimento que nós, como espécie, escolhemos trilhar. O consenso é que é impossível continuar sem colocar em risco não apenas a nós mesmos, mas também as gerações futuras.”

Como resultado, a ONU criou um “plano compartilhado de paz e prosperidade para as pessoas e o planeta, agora e no futuro”, representado por dezessete objetivos globais de desenvolvimento sustentável a serem atingidos até o ano 2030. São eles: (1) sem pobreza, (2) fome zero, (3) boa saúde e bem-estar, (4) educação de qualidade, (5) igualdade de gênero, (6) água potável e saneamento, (7) energia limpa e acessível, (8) trabalho decente e crescimento econômico, (9) indústria, inovação e infraestrutura, (10) desigualdade reduzida, (11) cidades e comunidades sustentáveis, (12) consumo e produção responsáveis, (13) ação climática, (14) vida submarina, (15) vida terrestre, (16) paz, justiça e instituições fortes, e finalmente (17) parcerias para alcançar os objetivos.

Estamos praticamente na metade do prazo estabelecido entre a criação dos SDGs (Sustainable Development Goals) e aquilo que deveria ser sua implementação definitiva, que vem sendo ativamente monitorada através de duzentos e trinta e dois indicadores. Ainda há muito trabalho a ser feito em todas as frentes, e conforme nossa coluna do mês passado, o papel da tecnologia será absolutamente crítico — especialmente no que diz respeito aos objetivos ligados ao meio ambiente. O assunto é tão relevante que já gerou uma área de especialização: cleantech (ou “tecnologia limpa”), definida como “qualquer processo, produto ou serviço que reduz os impactos ambientais negativos por meio de melhorias na eficiência energética, uso sustentável de recursos ou atividades de proteção ambiental”. Os projetos envolvem tecnologias aplicadas a temas como reciclagem, energia renovável, agricultura, reflorestamento, tecnologia da informação, transportes e infraestrutura, entre outros.

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Vista de parte da Floresta Amazônica; papel da tecnologia será absolutamente crítico, especialmente no que diz respeito aos objetivos ligados ao meio ambiente.  Foto: Herton Escobar/Estadão

Para o futuro dos negócios, a importância desta tendência é significativa por uma série de razões: desde a demanda de um consumidor mais consciente e preocupado com os impactos dos produtos que utiliza em seu dia-a-dia no meio ambiente, passando por exigências regulatórias sobre as empresas de virtualmente todas as áreas de negócios, até a viabilidade de indústrias inteiras se mostrarem capazes de alcançar metas públicas de neutralidade das suas emissões de carbono (net zero targets), monitoradas por entidades como a Net Zero Tracker, um website que procura dar transparência sobre as metas prometidas tanto por países quanto por empresas.

Sustentado por entidades filantrópicas como o European Climate Foundation (ECF) e a ClimateWorks Foundation e com parcerias estabelecidas com a Energy & Climate Intelligence Unit, o Data Driven Envirolab, o New Climate Institute e a iniciativa Net Zero da Universidade de Oxford, o Net Zero Tracker fornece gratuitamente o monitoramento das duas mil maiores empresas listadas do mundo de acordo com suas receitas anuais. Os indicadores acompanhados incluem a existência ou não de um plano detalhado para atingir a meta desejada de neutralidade, frequência dos relatórios produzidos pela empresa, uso de créditos de carbono de terceiros, tipos de gases de efeito estufa cobertos e inclusão das emissões de toda cadeia produtiva, incluindo fornecedores e distribuidores. O Brasil aparece com dezoito empresas, entre elas Petrobrás, Bradesco, Itaú Unibanco, JBS e Banco do Brasil.

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O esforço para evitar um aumento maior que 1,5°C na temperatura média do planeta inclui ações governamentais e empresariais, como a Oil and Gas Climate Initiative, uma organização internacional que inclui doze empresas da indústria de petróleo e gás (BP, Chevron, CNPC, Eni, Equinor, ExxonMobil, Occidental, Petrobras, Repsol, Saudi Aramco, Shell e Total) cujo mandato inclui a aceleração da transição energética. Em novembro de 2016, a entidade anunciou a criação de um fundo que irá investir US$1 bilhão até 2026 em projetos que reduzam as emissões de gases prejudiciais à atmosfera, capturem ou armazenem esses gases, ou ainda aumentem a eficiência energética global.

Embora a redução da chamada “pegada de carbono” seja um passo crítico e na direção certa, investimentos em novas tecnologias são parte fundamental de qualquer estratégia com o objetivo de, literalmente, salvar o mundo. Essas novas tecnologias, que compõem o ecossistema de cleantech, são nosso tema da próxima coluna. Até lá.

Há pouco mais de sete anos, mais precisamente em 15 de setembro de 2015, o parlamentar dinamarquês Mogens Lykketoft abriu os trabalhos da 70a Assembleia Geral das Nações Unidas, declarando: “As coisas mudaram nos últimos 15 anos. Não estamos mais apenas lutando contra a extrema pobreza causada pela falta de serviços públicos. Estamos lutando contra uma nova forma de pobreza, causada pelo caminho insustentável de desenvolvimento que nós, como espécie, escolhemos trilhar. O consenso é que é impossível continuar sem colocar em risco não apenas a nós mesmos, mas também as gerações futuras.”

Como resultado, a ONU criou um “plano compartilhado de paz e prosperidade para as pessoas e o planeta, agora e no futuro”, representado por dezessete objetivos globais de desenvolvimento sustentável a serem atingidos até o ano 2030. São eles: (1) sem pobreza, (2) fome zero, (3) boa saúde e bem-estar, (4) educação de qualidade, (5) igualdade de gênero, (6) água potável e saneamento, (7) energia limpa e acessível, (8) trabalho decente e crescimento econômico, (9) indústria, inovação e infraestrutura, (10) desigualdade reduzida, (11) cidades e comunidades sustentáveis, (12) consumo e produção responsáveis, (13) ação climática, (14) vida submarina, (15) vida terrestre, (16) paz, justiça e instituições fortes, e finalmente (17) parcerias para alcançar os objetivos.

Estamos praticamente na metade do prazo estabelecido entre a criação dos SDGs (Sustainable Development Goals) e aquilo que deveria ser sua implementação definitiva, que vem sendo ativamente monitorada através de duzentos e trinta e dois indicadores. Ainda há muito trabalho a ser feito em todas as frentes, e conforme nossa coluna do mês passado, o papel da tecnologia será absolutamente crítico — especialmente no que diz respeito aos objetivos ligados ao meio ambiente. O assunto é tão relevante que já gerou uma área de especialização: cleantech (ou “tecnologia limpa”), definida como “qualquer processo, produto ou serviço que reduz os impactos ambientais negativos por meio de melhorias na eficiência energética, uso sustentável de recursos ou atividades de proteção ambiental”. Os projetos envolvem tecnologias aplicadas a temas como reciclagem, energia renovável, agricultura, reflorestamento, tecnologia da informação, transportes e infraestrutura, entre outros.

Vista de parte da Floresta Amazônica; papel da tecnologia será absolutamente crítico, especialmente no que diz respeito aos objetivos ligados ao meio ambiente.  Foto: Herton Escobar/Estadão

Para o futuro dos negócios, a importância desta tendência é significativa por uma série de razões: desde a demanda de um consumidor mais consciente e preocupado com os impactos dos produtos que utiliza em seu dia-a-dia no meio ambiente, passando por exigências regulatórias sobre as empresas de virtualmente todas as áreas de negócios, até a viabilidade de indústrias inteiras se mostrarem capazes de alcançar metas públicas de neutralidade das suas emissões de carbono (net zero targets), monitoradas por entidades como a Net Zero Tracker, um website que procura dar transparência sobre as metas prometidas tanto por países quanto por empresas.

Sustentado por entidades filantrópicas como o European Climate Foundation (ECF) e a ClimateWorks Foundation e com parcerias estabelecidas com a Energy & Climate Intelligence Unit, o Data Driven Envirolab, o New Climate Institute e a iniciativa Net Zero da Universidade de Oxford, o Net Zero Tracker fornece gratuitamente o monitoramento das duas mil maiores empresas listadas do mundo de acordo com suas receitas anuais. Os indicadores acompanhados incluem a existência ou não de um plano detalhado para atingir a meta desejada de neutralidade, frequência dos relatórios produzidos pela empresa, uso de créditos de carbono de terceiros, tipos de gases de efeito estufa cobertos e inclusão das emissões de toda cadeia produtiva, incluindo fornecedores e distribuidores. O Brasil aparece com dezoito empresas, entre elas Petrobrás, Bradesco, Itaú Unibanco, JBS e Banco do Brasil.

O esforço para evitar um aumento maior que 1,5°C na temperatura média do planeta inclui ações governamentais e empresariais, como a Oil and Gas Climate Initiative, uma organização internacional que inclui doze empresas da indústria de petróleo e gás (BP, Chevron, CNPC, Eni, Equinor, ExxonMobil, Occidental, Petrobras, Repsol, Saudi Aramco, Shell e Total) cujo mandato inclui a aceleração da transição energética. Em novembro de 2016, a entidade anunciou a criação de um fundo que irá investir US$1 bilhão até 2026 em projetos que reduzam as emissões de gases prejudiciais à atmosfera, capturem ou armazenem esses gases, ou ainda aumentem a eficiência energética global.

Embora a redução da chamada “pegada de carbono” seja um passo crítico e na direção certa, investimentos em novas tecnologias são parte fundamental de qualquer estratégia com o objetivo de, literalmente, salvar o mundo. Essas novas tecnologias, que compõem o ecossistema de cleantech, são nosso tema da próxima coluna. Até lá.

Há pouco mais de sete anos, mais precisamente em 15 de setembro de 2015, o parlamentar dinamarquês Mogens Lykketoft abriu os trabalhos da 70a Assembleia Geral das Nações Unidas, declarando: “As coisas mudaram nos últimos 15 anos. Não estamos mais apenas lutando contra a extrema pobreza causada pela falta de serviços públicos. Estamos lutando contra uma nova forma de pobreza, causada pelo caminho insustentável de desenvolvimento que nós, como espécie, escolhemos trilhar. O consenso é que é impossível continuar sem colocar em risco não apenas a nós mesmos, mas também as gerações futuras.”

Como resultado, a ONU criou um “plano compartilhado de paz e prosperidade para as pessoas e o planeta, agora e no futuro”, representado por dezessete objetivos globais de desenvolvimento sustentável a serem atingidos até o ano 2030. São eles: (1) sem pobreza, (2) fome zero, (3) boa saúde e bem-estar, (4) educação de qualidade, (5) igualdade de gênero, (6) água potável e saneamento, (7) energia limpa e acessível, (8) trabalho decente e crescimento econômico, (9) indústria, inovação e infraestrutura, (10) desigualdade reduzida, (11) cidades e comunidades sustentáveis, (12) consumo e produção responsáveis, (13) ação climática, (14) vida submarina, (15) vida terrestre, (16) paz, justiça e instituições fortes, e finalmente (17) parcerias para alcançar os objetivos.

Estamos praticamente na metade do prazo estabelecido entre a criação dos SDGs (Sustainable Development Goals) e aquilo que deveria ser sua implementação definitiva, que vem sendo ativamente monitorada através de duzentos e trinta e dois indicadores. Ainda há muito trabalho a ser feito em todas as frentes, e conforme nossa coluna do mês passado, o papel da tecnologia será absolutamente crítico — especialmente no que diz respeito aos objetivos ligados ao meio ambiente. O assunto é tão relevante que já gerou uma área de especialização: cleantech (ou “tecnologia limpa”), definida como “qualquer processo, produto ou serviço que reduz os impactos ambientais negativos por meio de melhorias na eficiência energética, uso sustentável de recursos ou atividades de proteção ambiental”. Os projetos envolvem tecnologias aplicadas a temas como reciclagem, energia renovável, agricultura, reflorestamento, tecnologia da informação, transportes e infraestrutura, entre outros.

Vista de parte da Floresta Amazônica; papel da tecnologia será absolutamente crítico, especialmente no que diz respeito aos objetivos ligados ao meio ambiente.  Foto: Herton Escobar/Estadão

Para o futuro dos negócios, a importância desta tendência é significativa por uma série de razões: desde a demanda de um consumidor mais consciente e preocupado com os impactos dos produtos que utiliza em seu dia-a-dia no meio ambiente, passando por exigências regulatórias sobre as empresas de virtualmente todas as áreas de negócios, até a viabilidade de indústrias inteiras se mostrarem capazes de alcançar metas públicas de neutralidade das suas emissões de carbono (net zero targets), monitoradas por entidades como a Net Zero Tracker, um website que procura dar transparência sobre as metas prometidas tanto por países quanto por empresas.

Sustentado por entidades filantrópicas como o European Climate Foundation (ECF) e a ClimateWorks Foundation e com parcerias estabelecidas com a Energy & Climate Intelligence Unit, o Data Driven Envirolab, o New Climate Institute e a iniciativa Net Zero da Universidade de Oxford, o Net Zero Tracker fornece gratuitamente o monitoramento das duas mil maiores empresas listadas do mundo de acordo com suas receitas anuais. Os indicadores acompanhados incluem a existência ou não de um plano detalhado para atingir a meta desejada de neutralidade, frequência dos relatórios produzidos pela empresa, uso de créditos de carbono de terceiros, tipos de gases de efeito estufa cobertos e inclusão das emissões de toda cadeia produtiva, incluindo fornecedores e distribuidores. O Brasil aparece com dezoito empresas, entre elas Petrobrás, Bradesco, Itaú Unibanco, JBS e Banco do Brasil.

O esforço para evitar um aumento maior que 1,5°C na temperatura média do planeta inclui ações governamentais e empresariais, como a Oil and Gas Climate Initiative, uma organização internacional que inclui doze empresas da indústria de petróleo e gás (BP, Chevron, CNPC, Eni, Equinor, ExxonMobil, Occidental, Petrobras, Repsol, Saudi Aramco, Shell e Total) cujo mandato inclui a aceleração da transição energética. Em novembro de 2016, a entidade anunciou a criação de um fundo que irá investir US$1 bilhão até 2026 em projetos que reduzam as emissões de gases prejudiciais à atmosfera, capturem ou armazenem esses gases, ou ainda aumentem a eficiência energética global.

Embora a redução da chamada “pegada de carbono” seja um passo crítico e na direção certa, investimentos em novas tecnologias são parte fundamental de qualquer estratégia com o objetivo de, literalmente, salvar o mundo. Essas novas tecnologias, que compõem o ecossistema de cleantech, são nosso tema da próxima coluna. Até lá.

Há pouco mais de sete anos, mais precisamente em 15 de setembro de 2015, o parlamentar dinamarquês Mogens Lykketoft abriu os trabalhos da 70a Assembleia Geral das Nações Unidas, declarando: “As coisas mudaram nos últimos 15 anos. Não estamos mais apenas lutando contra a extrema pobreza causada pela falta de serviços públicos. Estamos lutando contra uma nova forma de pobreza, causada pelo caminho insustentável de desenvolvimento que nós, como espécie, escolhemos trilhar. O consenso é que é impossível continuar sem colocar em risco não apenas a nós mesmos, mas também as gerações futuras.”

Como resultado, a ONU criou um “plano compartilhado de paz e prosperidade para as pessoas e o planeta, agora e no futuro”, representado por dezessete objetivos globais de desenvolvimento sustentável a serem atingidos até o ano 2030. São eles: (1) sem pobreza, (2) fome zero, (3) boa saúde e bem-estar, (4) educação de qualidade, (5) igualdade de gênero, (6) água potável e saneamento, (7) energia limpa e acessível, (8) trabalho decente e crescimento econômico, (9) indústria, inovação e infraestrutura, (10) desigualdade reduzida, (11) cidades e comunidades sustentáveis, (12) consumo e produção responsáveis, (13) ação climática, (14) vida submarina, (15) vida terrestre, (16) paz, justiça e instituições fortes, e finalmente (17) parcerias para alcançar os objetivos.

Estamos praticamente na metade do prazo estabelecido entre a criação dos SDGs (Sustainable Development Goals) e aquilo que deveria ser sua implementação definitiva, que vem sendo ativamente monitorada através de duzentos e trinta e dois indicadores. Ainda há muito trabalho a ser feito em todas as frentes, e conforme nossa coluna do mês passado, o papel da tecnologia será absolutamente crítico — especialmente no que diz respeito aos objetivos ligados ao meio ambiente. O assunto é tão relevante que já gerou uma área de especialização: cleantech (ou “tecnologia limpa”), definida como “qualquer processo, produto ou serviço que reduz os impactos ambientais negativos por meio de melhorias na eficiência energética, uso sustentável de recursos ou atividades de proteção ambiental”. Os projetos envolvem tecnologias aplicadas a temas como reciclagem, energia renovável, agricultura, reflorestamento, tecnologia da informação, transportes e infraestrutura, entre outros.

Vista de parte da Floresta Amazônica; papel da tecnologia será absolutamente crítico, especialmente no que diz respeito aos objetivos ligados ao meio ambiente.  Foto: Herton Escobar/Estadão

Para o futuro dos negócios, a importância desta tendência é significativa por uma série de razões: desde a demanda de um consumidor mais consciente e preocupado com os impactos dos produtos que utiliza em seu dia-a-dia no meio ambiente, passando por exigências regulatórias sobre as empresas de virtualmente todas as áreas de negócios, até a viabilidade de indústrias inteiras se mostrarem capazes de alcançar metas públicas de neutralidade das suas emissões de carbono (net zero targets), monitoradas por entidades como a Net Zero Tracker, um website que procura dar transparência sobre as metas prometidas tanto por países quanto por empresas.

Sustentado por entidades filantrópicas como o European Climate Foundation (ECF) e a ClimateWorks Foundation e com parcerias estabelecidas com a Energy & Climate Intelligence Unit, o Data Driven Envirolab, o New Climate Institute e a iniciativa Net Zero da Universidade de Oxford, o Net Zero Tracker fornece gratuitamente o monitoramento das duas mil maiores empresas listadas do mundo de acordo com suas receitas anuais. Os indicadores acompanhados incluem a existência ou não de um plano detalhado para atingir a meta desejada de neutralidade, frequência dos relatórios produzidos pela empresa, uso de créditos de carbono de terceiros, tipos de gases de efeito estufa cobertos e inclusão das emissões de toda cadeia produtiva, incluindo fornecedores e distribuidores. O Brasil aparece com dezoito empresas, entre elas Petrobrás, Bradesco, Itaú Unibanco, JBS e Banco do Brasil.

O esforço para evitar um aumento maior que 1,5°C na temperatura média do planeta inclui ações governamentais e empresariais, como a Oil and Gas Climate Initiative, uma organização internacional que inclui doze empresas da indústria de petróleo e gás (BP, Chevron, CNPC, Eni, Equinor, ExxonMobil, Occidental, Petrobras, Repsol, Saudi Aramco, Shell e Total) cujo mandato inclui a aceleração da transição energética. Em novembro de 2016, a entidade anunciou a criação de um fundo que irá investir US$1 bilhão até 2026 em projetos que reduzam as emissões de gases prejudiciais à atmosfera, capturem ou armazenem esses gases, ou ainda aumentem a eficiência energética global.

Embora a redução da chamada “pegada de carbono” seja um passo crítico e na direção certa, investimentos em novas tecnologias são parte fundamental de qualquer estratégia com o objetivo de, literalmente, salvar o mundo. Essas novas tecnologias, que compõem o ecossistema de cleantech, são nosso tema da próxima coluna. Até lá.

Opinião por Guy Perelmuter

Fundador da Grids Capital e autor do livro "Futuro Presente - O mundo movido à tecnologia", vencedor do Prêmio Jabuti 2020 na categoria Ciências. É engenheiro de computação e mestre em inteligência artificial

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