Habilidade de Temer em aprovar propostas 'está longe de ser clara', diz Moody's


Agência de classificação de risco diz que o presidente em exercício enfrenta os mesmo desafios que a administração de Dilma Rousseff

Por Danielle Chaves
Moody's espera que Temer proponha reformas fiscais e estruturais Foto: Andre Dusek|Estadão

SÃO PAULO - O presidente em exercício do Brasil, Michel Temer, enfrenta os mesmos desafios que a administração anterior, afirmou a agência de classificação de risco Moody's. Em relatório, a agência comenta que, embora Temer provavelmente vá propor um pacote de reformas para melhorar o sentimento do investidor, sua habilidade de aprová-las no Congresso está longe de ser clara.

"Nós esperamos que Temer proponha reformas fiscais e estruturais que ajudarão a recuperar a confiança e a estabilizar a debilitada economia", afirma a Moody's. A agência destaca que o presidente em exercício tem discutido uma ampla agenda política que inclui privatização, abertura do setor de energia e de outros para investimento privado e medidas para o lado da oferta, como um relaxamento das regras de conteúdo doméstico que exigem que certas empresas e indústrias usem uma porcentagem definida de produtos e serviços nacionais.

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A Moody's cita ainda os sinais de que Temer vai buscar medidas de consolidação fiscal, a decisão de reduzir o número de ministérios e a possibilidade de as reformas incluírem dar "independência total ao Banco Central (que atualmente tem autonomia administrativa) para ajudar a reconstruir a credibilidade na política monetária e a conter as expectativas de inflação".

"Se aplicadas, essas reformas estabilizarão as tendências macroeconômicas e fiscais e apoiarão um retorno ao crescimento", avalia a Moody's, acrescentando que "reformas são cruciais para aliviar o orçamento do governo gravemente prejudicado pelo declínio das receitas fiscais e pelo aumento dos custos dos juros". Segundo a agência, conter o aumento da dívida do governo é necessário para preservar a qualidade do crédito do Brasil.

No entanto, observa a Moody's, para o sentimento positivo sustentar um retorno ao crescimento, ações políticas precisam atender ou exceder as expectativas do mercado. "Temer precisará de apoio do Congresso para avançar em sua agenda e o apoio do Congresso frustrou a administração afastada. Não existe certeza de que a situação será diferente sob a liderança de Temer", afirma a agência.

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Na visão da Moody's, embora a relação do presidente em exercício com o Congresso deva ser de menos confrontação do que a de Dilma Rousseff, o principal partido de oposição, o PSDB, pode continuar obstruindo as propostas legislativas. Outra dúvida levantada pela agência é se o Partido dos Trabalhadores (PT) terá sucesso em bloquear a legislação de Temer.

Moody's espera que Temer proponha reformas fiscais e estruturais Foto: Andre Dusek|Estadão

SÃO PAULO - O presidente em exercício do Brasil, Michel Temer, enfrenta os mesmos desafios que a administração anterior, afirmou a agência de classificação de risco Moody's. Em relatório, a agência comenta que, embora Temer provavelmente vá propor um pacote de reformas para melhorar o sentimento do investidor, sua habilidade de aprová-las no Congresso está longe de ser clara.

"Nós esperamos que Temer proponha reformas fiscais e estruturais que ajudarão a recuperar a confiança e a estabilizar a debilitada economia", afirma a Moody's. A agência destaca que o presidente em exercício tem discutido uma ampla agenda política que inclui privatização, abertura do setor de energia e de outros para investimento privado e medidas para o lado da oferta, como um relaxamento das regras de conteúdo doméstico que exigem que certas empresas e indústrias usem uma porcentagem definida de produtos e serviços nacionais.

A Moody's cita ainda os sinais de que Temer vai buscar medidas de consolidação fiscal, a decisão de reduzir o número de ministérios e a possibilidade de as reformas incluírem dar "independência total ao Banco Central (que atualmente tem autonomia administrativa) para ajudar a reconstruir a credibilidade na política monetária e a conter as expectativas de inflação".

"Se aplicadas, essas reformas estabilizarão as tendências macroeconômicas e fiscais e apoiarão um retorno ao crescimento", avalia a Moody's, acrescentando que "reformas são cruciais para aliviar o orçamento do governo gravemente prejudicado pelo declínio das receitas fiscais e pelo aumento dos custos dos juros". Segundo a agência, conter o aumento da dívida do governo é necessário para preservar a qualidade do crédito do Brasil.

No entanto, observa a Moody's, para o sentimento positivo sustentar um retorno ao crescimento, ações políticas precisam atender ou exceder as expectativas do mercado. "Temer precisará de apoio do Congresso para avançar em sua agenda e o apoio do Congresso frustrou a administração afastada. Não existe certeza de que a situação será diferente sob a liderança de Temer", afirma a agência.

Na visão da Moody's, embora a relação do presidente em exercício com o Congresso deva ser de menos confrontação do que a de Dilma Rousseff, o principal partido de oposição, o PSDB, pode continuar obstruindo as propostas legislativas. Outra dúvida levantada pela agência é se o Partido dos Trabalhadores (PT) terá sucesso em bloquear a legislação de Temer.

Moody's espera que Temer proponha reformas fiscais e estruturais Foto: Andre Dusek|Estadão

SÃO PAULO - O presidente em exercício do Brasil, Michel Temer, enfrenta os mesmos desafios que a administração anterior, afirmou a agência de classificação de risco Moody's. Em relatório, a agência comenta que, embora Temer provavelmente vá propor um pacote de reformas para melhorar o sentimento do investidor, sua habilidade de aprová-las no Congresso está longe de ser clara.

"Nós esperamos que Temer proponha reformas fiscais e estruturais que ajudarão a recuperar a confiança e a estabilizar a debilitada economia", afirma a Moody's. A agência destaca que o presidente em exercício tem discutido uma ampla agenda política que inclui privatização, abertura do setor de energia e de outros para investimento privado e medidas para o lado da oferta, como um relaxamento das regras de conteúdo doméstico que exigem que certas empresas e indústrias usem uma porcentagem definida de produtos e serviços nacionais.

A Moody's cita ainda os sinais de que Temer vai buscar medidas de consolidação fiscal, a decisão de reduzir o número de ministérios e a possibilidade de as reformas incluírem dar "independência total ao Banco Central (que atualmente tem autonomia administrativa) para ajudar a reconstruir a credibilidade na política monetária e a conter as expectativas de inflação".

"Se aplicadas, essas reformas estabilizarão as tendências macroeconômicas e fiscais e apoiarão um retorno ao crescimento", avalia a Moody's, acrescentando que "reformas são cruciais para aliviar o orçamento do governo gravemente prejudicado pelo declínio das receitas fiscais e pelo aumento dos custos dos juros". Segundo a agência, conter o aumento da dívida do governo é necessário para preservar a qualidade do crédito do Brasil.

No entanto, observa a Moody's, para o sentimento positivo sustentar um retorno ao crescimento, ações políticas precisam atender ou exceder as expectativas do mercado. "Temer precisará de apoio do Congresso para avançar em sua agenda e o apoio do Congresso frustrou a administração afastada. Não existe certeza de que a situação será diferente sob a liderança de Temer", afirma a agência.

Na visão da Moody's, embora a relação do presidente em exercício com o Congresso deva ser de menos confrontação do que a de Dilma Rousseff, o principal partido de oposição, o PSDB, pode continuar obstruindo as propostas legislativas. Outra dúvida levantada pela agência é se o Partido dos Trabalhadores (PT) terá sucesso em bloquear a legislação de Temer.

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