Haddad admite necessidade de novas medidas de ajuste fiscal e diz que voltará a Lula se precisar


Ministro da Fazenda afirmou que não acredita em ‘bala de prata’ para reequilibrar as contas públicas e que lado político da tramitação das medidas foi levado em conta

Por Alvaro Gribel, Daniel Weterman e Luiz Guilherme Gerbelli
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao detalhar o pacote de contenção de gastos do governo nesta quinta-feira, 28, admitiu que o Executivo pode ser obrigado a adotar novas medidas de ajuste fiscal para controlar as contas públicas. Haddad afirmou que “certamente vai haver necessidade” e que voltará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso seja necessário.

“São passos muito importantes esses que estão sendo dados. E, se precisarem outros, e certamente vai haver necessidade, nós vamos estar aqui para voltar à mesa do presidente (Lula) com as nossas ideias e tentando sintonizar as nossas ações em torno desse projeto”, afirmou o ministro.

O ministro afirmou também que não acredita em “bala de prata” de medidas para reequilibrar as contas públicas.

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Ministro da Fazenda afirmou que não acredita em ‘bala de prata’ para reequilibrar as contas públicas e que lado político da tramitação das medidas foi levado em conta Foto: Wilton Junior/Estadão

“Se com a dinâmica das despesas houver necessidade de voltar ao presidente, nós vamos fazer com a transparência que estamos fazendo com vocês. O trabalho não se encerra, não acredito em bala de prata.”

Ao comentar sobre as críticas do mercado de que houve uma “desidratação” no pacote - com o qual prevê uma economia de R$ 70 bilhões até o final do mandato -, Haddad disse que é preciso sopesar os ganhos de médio prazo, que podem ser nulos, e os riscos de aprovação das medidas no Congresso Nacional. Ele citou, por exemplo, que colocar o programa Pé-de-Meia no Orçamento pode ter impacto maior do que desvinculação do piso da educação (à arrecadação do governo), por exemplo.

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“Foi feita essa consideração sobre cada ponto que está aqui. E, na verdade, todo mundo cedeu às evidências. Ninguém aqui é teimoso de se negar a enxergar dados”, disse.

Haddad reiterou que a Junta de Execução Orçamentária (JEO) nunca esteve tão sintonizada para atender a necessidade de reforçar o arcabouço fiscal quanto nos últimos dois meses.

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“Eu estou dando testemunho de que nos últimos dois meses esses ministros estiveram debruçados sobre o tema com convicção de que tínhamos que apresentar o que estamos apresentando hoje”, afirmou.

‘Doutor mercado’

Ao deixar a coletiva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se queixou com ministros da abordagem do pacote feita pelo mercado financeiro. “Querem que eu peça: doutor mercado, posso anunciar, doutor mercado?”, disse.

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Questionado na coletiva se teria trabalhado para desidratar o pacote, que deixou de fora medidas com impacto expressivo que eram defendidas pela equipe econômica, ele afirmou que todos o pacote estava pacificado dentro do governo.

“Todos os ministros foram ouvidos e o presidente arbitrou por esse conjunto de medidas que hoje está sendo anunciado. Eu acho que não soma para o País esse tipo de abordagem de querer continuar insistindo que existem chapeuzinhos vermelhos e lobos maus dentro do governo. Aqui todos nós temos responsabilidade com esse País”, afirmou.

Rui Costa disse que o detalhamento do pacote é uma resposta ao mercado que precificou no presente uma possibilidade futura de desequilíbrio nas contas públicas.

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“Aqui está se garantindo que esse desequilíbrio de longo prazo não ocorrerá. Este é o compromisso essencial da decisão hoje tomada: reafirmar através de medidas firmes, como o realinhamento do reajuste do salário mínimo e, com ele, todas as despesas a ele indexadas, trazendo esse crescimento para o crescimento do arcabouço fiscal. E isso foi feito de forma unânime entre os ministros que aqui estão na mesa”, declarou.

O ministro disse que o governo Lula 3 é marcado pela previsibilidade e que o anúncio da ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil foi feito ainda na campanha eleitoral. “O povo brasileiro votou neste programa. E, portanto, ele foi legitimado pelas urnas. O presidente está sendo honesto com os eleitores que o colocaram na presidência”, disse. /Colaboraram Fernanda Trisotto, Amanda Pupo, Giordanna Neves e Célia Froufe

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao detalhar o pacote de contenção de gastos do governo nesta quinta-feira, 28, admitiu que o Executivo pode ser obrigado a adotar novas medidas de ajuste fiscal para controlar as contas públicas. Haddad afirmou que “certamente vai haver necessidade” e que voltará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso seja necessário.

“São passos muito importantes esses que estão sendo dados. E, se precisarem outros, e certamente vai haver necessidade, nós vamos estar aqui para voltar à mesa do presidente (Lula) com as nossas ideias e tentando sintonizar as nossas ações em torno desse projeto”, afirmou o ministro.

O ministro afirmou também que não acredita em “bala de prata” de medidas para reequilibrar as contas públicas.

Ministro da Fazenda afirmou que não acredita em ‘bala de prata’ para reequilibrar as contas públicas e que lado político da tramitação das medidas foi levado em conta Foto: Wilton Junior/Estadão

“Se com a dinâmica das despesas houver necessidade de voltar ao presidente, nós vamos fazer com a transparência que estamos fazendo com vocês. O trabalho não se encerra, não acredito em bala de prata.”

Ao comentar sobre as críticas do mercado de que houve uma “desidratação” no pacote - com o qual prevê uma economia de R$ 70 bilhões até o final do mandato -, Haddad disse que é preciso sopesar os ganhos de médio prazo, que podem ser nulos, e os riscos de aprovação das medidas no Congresso Nacional. Ele citou, por exemplo, que colocar o programa Pé-de-Meia no Orçamento pode ter impacto maior do que desvinculação do piso da educação (à arrecadação do governo), por exemplo.

“Foi feita essa consideração sobre cada ponto que está aqui. E, na verdade, todo mundo cedeu às evidências. Ninguém aqui é teimoso de se negar a enxergar dados”, disse.

Haddad reiterou que a Junta de Execução Orçamentária (JEO) nunca esteve tão sintonizada para atender a necessidade de reforçar o arcabouço fiscal quanto nos últimos dois meses.

“Eu estou dando testemunho de que nos últimos dois meses esses ministros estiveram debruçados sobre o tema com convicção de que tínhamos que apresentar o que estamos apresentando hoje”, afirmou.

‘Doutor mercado’

Ao deixar a coletiva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se queixou com ministros da abordagem do pacote feita pelo mercado financeiro. “Querem que eu peça: doutor mercado, posso anunciar, doutor mercado?”, disse.

Questionado na coletiva se teria trabalhado para desidratar o pacote, que deixou de fora medidas com impacto expressivo que eram defendidas pela equipe econômica, ele afirmou que todos o pacote estava pacificado dentro do governo.

“Todos os ministros foram ouvidos e o presidente arbitrou por esse conjunto de medidas que hoje está sendo anunciado. Eu acho que não soma para o País esse tipo de abordagem de querer continuar insistindo que existem chapeuzinhos vermelhos e lobos maus dentro do governo. Aqui todos nós temos responsabilidade com esse País”, afirmou.

Rui Costa disse que o detalhamento do pacote é uma resposta ao mercado que precificou no presente uma possibilidade futura de desequilíbrio nas contas públicas.

“Aqui está se garantindo que esse desequilíbrio de longo prazo não ocorrerá. Este é o compromisso essencial da decisão hoje tomada: reafirmar através de medidas firmes, como o realinhamento do reajuste do salário mínimo e, com ele, todas as despesas a ele indexadas, trazendo esse crescimento para o crescimento do arcabouço fiscal. E isso foi feito de forma unânime entre os ministros que aqui estão na mesa”, declarou.

O ministro disse que o governo Lula 3 é marcado pela previsibilidade e que o anúncio da ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil foi feito ainda na campanha eleitoral. “O povo brasileiro votou neste programa. E, portanto, ele foi legitimado pelas urnas. O presidente está sendo honesto com os eleitores que o colocaram na presidência”, disse. /Colaboraram Fernanda Trisotto, Amanda Pupo, Giordanna Neves e Célia Froufe

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao detalhar o pacote de contenção de gastos do governo nesta quinta-feira, 28, admitiu que o Executivo pode ser obrigado a adotar novas medidas de ajuste fiscal para controlar as contas públicas. Haddad afirmou que “certamente vai haver necessidade” e que voltará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso seja necessário.

“São passos muito importantes esses que estão sendo dados. E, se precisarem outros, e certamente vai haver necessidade, nós vamos estar aqui para voltar à mesa do presidente (Lula) com as nossas ideias e tentando sintonizar as nossas ações em torno desse projeto”, afirmou o ministro.

O ministro afirmou também que não acredita em “bala de prata” de medidas para reequilibrar as contas públicas.

Ministro da Fazenda afirmou que não acredita em ‘bala de prata’ para reequilibrar as contas públicas e que lado político da tramitação das medidas foi levado em conta Foto: Wilton Junior/Estadão

“Se com a dinâmica das despesas houver necessidade de voltar ao presidente, nós vamos fazer com a transparência que estamos fazendo com vocês. O trabalho não se encerra, não acredito em bala de prata.”

Ao comentar sobre as críticas do mercado de que houve uma “desidratação” no pacote - com o qual prevê uma economia de R$ 70 bilhões até o final do mandato -, Haddad disse que é preciso sopesar os ganhos de médio prazo, que podem ser nulos, e os riscos de aprovação das medidas no Congresso Nacional. Ele citou, por exemplo, que colocar o programa Pé-de-Meia no Orçamento pode ter impacto maior do que desvinculação do piso da educação (à arrecadação do governo), por exemplo.

“Foi feita essa consideração sobre cada ponto que está aqui. E, na verdade, todo mundo cedeu às evidências. Ninguém aqui é teimoso de se negar a enxergar dados”, disse.

Haddad reiterou que a Junta de Execução Orçamentária (JEO) nunca esteve tão sintonizada para atender a necessidade de reforçar o arcabouço fiscal quanto nos últimos dois meses.

“Eu estou dando testemunho de que nos últimos dois meses esses ministros estiveram debruçados sobre o tema com convicção de que tínhamos que apresentar o que estamos apresentando hoje”, afirmou.

‘Doutor mercado’

Ao deixar a coletiva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se queixou com ministros da abordagem do pacote feita pelo mercado financeiro. “Querem que eu peça: doutor mercado, posso anunciar, doutor mercado?”, disse.

Questionado na coletiva se teria trabalhado para desidratar o pacote, que deixou de fora medidas com impacto expressivo que eram defendidas pela equipe econômica, ele afirmou que todos o pacote estava pacificado dentro do governo.

“Todos os ministros foram ouvidos e o presidente arbitrou por esse conjunto de medidas que hoje está sendo anunciado. Eu acho que não soma para o País esse tipo de abordagem de querer continuar insistindo que existem chapeuzinhos vermelhos e lobos maus dentro do governo. Aqui todos nós temos responsabilidade com esse País”, afirmou.

Rui Costa disse que o detalhamento do pacote é uma resposta ao mercado que precificou no presente uma possibilidade futura de desequilíbrio nas contas públicas.

“Aqui está se garantindo que esse desequilíbrio de longo prazo não ocorrerá. Este é o compromisso essencial da decisão hoje tomada: reafirmar através de medidas firmes, como o realinhamento do reajuste do salário mínimo e, com ele, todas as despesas a ele indexadas, trazendo esse crescimento para o crescimento do arcabouço fiscal. E isso foi feito de forma unânime entre os ministros que aqui estão na mesa”, declarou.

O ministro disse que o governo Lula 3 é marcado pela previsibilidade e que o anúncio da ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil foi feito ainda na campanha eleitoral. “O povo brasileiro votou neste programa. E, portanto, ele foi legitimado pelas urnas. O presidente está sendo honesto com os eleitores que o colocaram na presidência”, disse. /Colaboraram Fernanda Trisotto, Amanda Pupo, Giordanna Neves e Célia Froufe

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao detalhar o pacote de contenção de gastos do governo nesta quinta-feira, 28, admitiu que o Executivo pode ser obrigado a adotar novas medidas de ajuste fiscal para controlar as contas públicas. Haddad afirmou que “certamente vai haver necessidade” e que voltará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso seja necessário.

“São passos muito importantes esses que estão sendo dados. E, se precisarem outros, e certamente vai haver necessidade, nós vamos estar aqui para voltar à mesa do presidente (Lula) com as nossas ideias e tentando sintonizar as nossas ações em torno desse projeto”, afirmou o ministro.

O ministro afirmou também que não acredita em “bala de prata” de medidas para reequilibrar as contas públicas.

Ministro da Fazenda afirmou que não acredita em ‘bala de prata’ para reequilibrar as contas públicas e que lado político da tramitação das medidas foi levado em conta Foto: Wilton Junior/Estadão

“Se com a dinâmica das despesas houver necessidade de voltar ao presidente, nós vamos fazer com a transparência que estamos fazendo com vocês. O trabalho não se encerra, não acredito em bala de prata.”

Ao comentar sobre as críticas do mercado de que houve uma “desidratação” no pacote - com o qual prevê uma economia de R$ 70 bilhões até o final do mandato -, Haddad disse que é preciso sopesar os ganhos de médio prazo, que podem ser nulos, e os riscos de aprovação das medidas no Congresso Nacional. Ele citou, por exemplo, que colocar o programa Pé-de-Meia no Orçamento pode ter impacto maior do que desvinculação do piso da educação (à arrecadação do governo), por exemplo.

“Foi feita essa consideração sobre cada ponto que está aqui. E, na verdade, todo mundo cedeu às evidências. Ninguém aqui é teimoso de se negar a enxergar dados”, disse.

Haddad reiterou que a Junta de Execução Orçamentária (JEO) nunca esteve tão sintonizada para atender a necessidade de reforçar o arcabouço fiscal quanto nos últimos dois meses.

“Eu estou dando testemunho de que nos últimos dois meses esses ministros estiveram debruçados sobre o tema com convicção de que tínhamos que apresentar o que estamos apresentando hoje”, afirmou.

‘Doutor mercado’

Ao deixar a coletiva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se queixou com ministros da abordagem do pacote feita pelo mercado financeiro. “Querem que eu peça: doutor mercado, posso anunciar, doutor mercado?”, disse.

Questionado na coletiva se teria trabalhado para desidratar o pacote, que deixou de fora medidas com impacto expressivo que eram defendidas pela equipe econômica, ele afirmou que todos o pacote estava pacificado dentro do governo.

“Todos os ministros foram ouvidos e o presidente arbitrou por esse conjunto de medidas que hoje está sendo anunciado. Eu acho que não soma para o País esse tipo de abordagem de querer continuar insistindo que existem chapeuzinhos vermelhos e lobos maus dentro do governo. Aqui todos nós temos responsabilidade com esse País”, afirmou.

Rui Costa disse que o detalhamento do pacote é uma resposta ao mercado que precificou no presente uma possibilidade futura de desequilíbrio nas contas públicas.

“Aqui está se garantindo que esse desequilíbrio de longo prazo não ocorrerá. Este é o compromisso essencial da decisão hoje tomada: reafirmar através de medidas firmes, como o realinhamento do reajuste do salário mínimo e, com ele, todas as despesas a ele indexadas, trazendo esse crescimento para o crescimento do arcabouço fiscal. E isso foi feito de forma unânime entre os ministros que aqui estão na mesa”, declarou.

O ministro disse que o governo Lula 3 é marcado pela previsibilidade e que o anúncio da ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil foi feito ainda na campanha eleitoral. “O povo brasileiro votou neste programa. E, portanto, ele foi legitimado pelas urnas. O presidente está sendo honesto com os eleitores que o colocaram na presidência”, disse. /Colaboraram Fernanda Trisotto, Amanda Pupo, Giordanna Neves e Célia Froufe

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao detalhar o pacote de contenção de gastos do governo nesta quinta-feira, 28, admitiu que o Executivo pode ser obrigado a adotar novas medidas de ajuste fiscal para controlar as contas públicas. Haddad afirmou que “certamente vai haver necessidade” e que voltará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso seja necessário.

“São passos muito importantes esses que estão sendo dados. E, se precisarem outros, e certamente vai haver necessidade, nós vamos estar aqui para voltar à mesa do presidente (Lula) com as nossas ideias e tentando sintonizar as nossas ações em torno desse projeto”, afirmou o ministro.

O ministro afirmou também que não acredita em “bala de prata” de medidas para reequilibrar as contas públicas.

Ministro da Fazenda afirmou que não acredita em ‘bala de prata’ para reequilibrar as contas públicas e que lado político da tramitação das medidas foi levado em conta Foto: Wilton Junior/Estadão

“Se com a dinâmica das despesas houver necessidade de voltar ao presidente, nós vamos fazer com a transparência que estamos fazendo com vocês. O trabalho não se encerra, não acredito em bala de prata.”

Ao comentar sobre as críticas do mercado de que houve uma “desidratação” no pacote - com o qual prevê uma economia de R$ 70 bilhões até o final do mandato -, Haddad disse que é preciso sopesar os ganhos de médio prazo, que podem ser nulos, e os riscos de aprovação das medidas no Congresso Nacional. Ele citou, por exemplo, que colocar o programa Pé-de-Meia no Orçamento pode ter impacto maior do que desvinculação do piso da educação (à arrecadação do governo), por exemplo.

“Foi feita essa consideração sobre cada ponto que está aqui. E, na verdade, todo mundo cedeu às evidências. Ninguém aqui é teimoso de se negar a enxergar dados”, disse.

Haddad reiterou que a Junta de Execução Orçamentária (JEO) nunca esteve tão sintonizada para atender a necessidade de reforçar o arcabouço fiscal quanto nos últimos dois meses.

“Eu estou dando testemunho de que nos últimos dois meses esses ministros estiveram debruçados sobre o tema com convicção de que tínhamos que apresentar o que estamos apresentando hoje”, afirmou.

‘Doutor mercado’

Ao deixar a coletiva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se queixou com ministros da abordagem do pacote feita pelo mercado financeiro. “Querem que eu peça: doutor mercado, posso anunciar, doutor mercado?”, disse.

Questionado na coletiva se teria trabalhado para desidratar o pacote, que deixou de fora medidas com impacto expressivo que eram defendidas pela equipe econômica, ele afirmou que todos o pacote estava pacificado dentro do governo.

“Todos os ministros foram ouvidos e o presidente arbitrou por esse conjunto de medidas que hoje está sendo anunciado. Eu acho que não soma para o País esse tipo de abordagem de querer continuar insistindo que existem chapeuzinhos vermelhos e lobos maus dentro do governo. Aqui todos nós temos responsabilidade com esse País”, afirmou.

Rui Costa disse que o detalhamento do pacote é uma resposta ao mercado que precificou no presente uma possibilidade futura de desequilíbrio nas contas públicas.

“Aqui está se garantindo que esse desequilíbrio de longo prazo não ocorrerá. Este é o compromisso essencial da decisão hoje tomada: reafirmar através de medidas firmes, como o realinhamento do reajuste do salário mínimo e, com ele, todas as despesas a ele indexadas, trazendo esse crescimento para o crescimento do arcabouço fiscal. E isso foi feito de forma unânime entre os ministros que aqui estão na mesa”, declarou.

O ministro disse que o governo Lula 3 é marcado pela previsibilidade e que o anúncio da ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil foi feito ainda na campanha eleitoral. “O povo brasileiro votou neste programa. E, portanto, ele foi legitimado pelas urnas. O presidente está sendo honesto com os eleitores que o colocaram na presidência”, disse. /Colaboraram Fernanda Trisotto, Amanda Pupo, Giordanna Neves e Célia Froufe

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