Haddad escala Bernard Appy para reforma tributária e confirma Galípolo como número 2 na Fazenda


O futuro ministro se comprometeu com a criação de uma nova regra fiscal e com o envio de uma nova reforma para simplificação dos impostos ao Congresso ‘o quanto antes’

Por Adriana Fernandes, Anna Carolina Papp e Beatriz Bulla
Atualização:

BRASÍLIA - O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta terça-feira, 13, os dois nomes técnicos para compor o primeiro escalão de sua equipe econômica. A escolha ocorre em meio a resistências do mercado financeiro ao nome do próprio Haddad e ao anúncio de que o ex-ministro Aloizio Mercadante será o novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico. Gabriel Galípolo, ex-CEO do Banco Fator, será o secretário executivo da Fazenda e o economista Bernard Appy será secretário especial para a reforma tributária. “Duas pessoas que, na minha opinião, tem muita respeitabilidade da sociedade em geral e do mercado em particular”, disse Haddad.

A indicação dos nomes de Haddad e Mercadante, ambos do PT, para a equipe econômica aumentou o temor entre economistas e operadores do mercado financeiro de que o futuro governo Lula 3 seja mais intervencionista na economia. O anúncio, feito por Haddad, de dois nomes técnicos para sua equipe não foi capaz de neutralizar o incômodo entre agentes do mercado, que dizem esperar a indicação de um nome considerado “fiscalista” - ou seja, mais preocupado com a sustentabilidade das contas públicas.

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Haddad disse que está fazendo entrevistas para montar sua equipe. A ideia é ter todos os nomes do primeiro escalão escolhidos até o início da semana que vem. Segundo ele, os indicados para comandar os bancos públicos - Caixa e Banco do Brasil - serão escolhidos por Lula.

Fernando Haddad (PT-SP), futuro ministro da Fazenda de Luiz Inácio Lula da Silva, já escalou pelo menos dois técnicos para a sua equipe Foto: Wilton Junior/Estadão

Em sua primeira entrevista coletiva como futuro ministro da Fazenda, Haddad pediu que avaliações sejam feitas apenas após a montagem completa de sua equipe. “Peço a gentileza que vocês façam uma avaliação da equipe na hora que ela for montada. Estou anunciando um secretário executivo que nunca participou de uma reunião do PT e que até outro dia era presidente de banco. O Bernard Appy, se vocês consultarem o mercado, eu duvido que tenha alguma restrição técnica sobre a maneira como enxerga o mundo. É uma pessoa com dedicação incrível e que fez parte de um governo ultra exitoso na área econômica”, disse Haddad.

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Ainda a respeito de críticas do mercado e preocupações sobre o perfil do ministério e a saúde das contas públicas, o ministro rebateu: “O chamado nervosismo do mercado passa logo”.

Sobre Galípolo, Haddad afirmou que seu futuro secretário executivo será a voz dele dentro do ministério. “Eu tenho uma visão de conjunto muito parecida com a do Galipolo, é o norte do governo, é para onde você vai dirigir as atenções e as prioridades. O presidente Lula já gostava muito dele e agora mais ainda”, afirmou.

O ex-prefeito de São Paulo disse que sua ideia é usar como base para discussão com o Congresso a proposta de reforma tributária desenhada por Appy. “Queremos partir dessa base para conversar com os parlamentares”, afirmou.

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Oficialmente anunciado como futuro ministro da Fazenda na última sexta-feira, 9, Haddad disse ter sido convidado por Lula para o posto quando acompanhou o presidente eleito na viagem que ele fez para o Egito, onde participou da COP-27. Os dois voltaram da conferência climática no dia 18 de novembro, três semanas antes, portanto, do anúncio oficial.

Segundo Haddad, como Lula pediu sigilo sobre a escolha, ele ainda não estava autorizado a falar em nome da equipe econômica do governo de transição. A situação, ainda segundo ele, o fez ficar de fora das discussões sobre a PEC da Transição. “Quando eu cheguei, essa PEC já estava sendo formatada”, afirmou o futuro ministro.

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A indicação do nome de Haddad apenas após a aprovação da PEC no Senado o preservou das críticas direcionadas ao governo eleito pela proposta levada ao Congresso, de deixar de fora do teto de gastos R$ 168 bilhões por quatro anos. Os senadores aprovaram texto com valor de R$ 145 bilhões para dois anos. Haddad evitou comentar se ainda irá trabalhar para desidratar a proposta, conforme sugerido por alguns economistas, inclusive da equipe de transição.

“Eu comecei com muita discrição a me apropriar do que estava sendo encaminhado. Só fui formalmente indicado publicamente na sexta-feira. Foram quatro dias (de lá para cá)”, disse.

Problemas da atual gestão

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O futuro ministro disse que terá de corrigir erros da atual gestão. “Temos problemas criados esse ano, não são problemas pequenos. Medidas tomadas sem cálculo de impacto, sem desenho adequado, filtros que foram retirados de programas sociais”, disse. “Por exemplo, o INSS: foram retirados os filtros para acabar artificialmente com a fila. Essa é a real. É isso que vamos ter que resolver ano que vem e vamos trabalhar para resolver. Vamos ter uma equipe capacitada, disposição de trabalho”, disse.

O ex-prefeito de São Paulo destacou a importância dos investimentos privados. “O Brasil é um destaque em PPPs. Ainda há travas que podem ser superadas, mantendo um ambiente robusto de controle, sem nenhuma irresponsabilidade. Mas há uma ansiedade por investimentos de longo prazo e nem sempre isso cabe no mercado de capital privado. Quando cabe, tanto melhor, não queremos substituir, deixa ele andar. Mas há algum tipo de investimento que exige a participação do Estado, justamente as PPPs”, disse. “O setor privado é imprescindível, pois ajuda o Estado a não errar.”

“O desafio no ano que vem é tomar medidas de curto prazo, queda da taxa de juro, sobretudo juro futuro, mas temos que pensar o médio e longo prazo”, disse.

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Haddad afirmou que não está acompanhando eventual discussão sobre mudança na Lei das Estatais. “Como estou há pouco tempo anunciado e tenho que montar equipe, porque dia 2 de janeiro tem uma série de coisas que têm que estar funcionando como funcionam hoje, com uma equipe nova. Estou fazendo muitas reuniões, entrevistas, para que tenhamos uma equipe o mais rapidamente definida. Os nomes têm que passar pela Casa Civil, tem um escrutínio a ser feito formal para que a nomeação aconteça”, afirmou.

Questionado sobre quando o governo começará a apresentar superávits primários consistentes (contas no azul), Haddad disse que primeiro precisa terminar o diagnóstico das contas públicas. “Primeira providência que vou tomar é reestimativa a receita. Na minha opinião está subestimada. Se, porventura, o diagnóstico inicial estiver correto, vamos pensar a partir do recálculo da estimativa nas providências que vamos tomar a partir do ano que vem”, disse “A farra eleitoral custou caro ao País, mas vamos conseguir recolocar as variáveis macroeconômicas numa trajetória adequada”, afirmou.

BRASÍLIA - O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta terça-feira, 13, os dois nomes técnicos para compor o primeiro escalão de sua equipe econômica. A escolha ocorre em meio a resistências do mercado financeiro ao nome do próprio Haddad e ao anúncio de que o ex-ministro Aloizio Mercadante será o novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico. Gabriel Galípolo, ex-CEO do Banco Fator, será o secretário executivo da Fazenda e o economista Bernard Appy será secretário especial para a reforma tributária. “Duas pessoas que, na minha opinião, tem muita respeitabilidade da sociedade em geral e do mercado em particular”, disse Haddad.

A indicação dos nomes de Haddad e Mercadante, ambos do PT, para a equipe econômica aumentou o temor entre economistas e operadores do mercado financeiro de que o futuro governo Lula 3 seja mais intervencionista na economia. O anúncio, feito por Haddad, de dois nomes técnicos para sua equipe não foi capaz de neutralizar o incômodo entre agentes do mercado, que dizem esperar a indicação de um nome considerado “fiscalista” - ou seja, mais preocupado com a sustentabilidade das contas públicas.

Haddad disse que está fazendo entrevistas para montar sua equipe. A ideia é ter todos os nomes do primeiro escalão escolhidos até o início da semana que vem. Segundo ele, os indicados para comandar os bancos públicos - Caixa e Banco do Brasil - serão escolhidos por Lula.

Fernando Haddad (PT-SP), futuro ministro da Fazenda de Luiz Inácio Lula da Silva, já escalou pelo menos dois técnicos para a sua equipe Foto: Wilton Junior/Estadão

Em sua primeira entrevista coletiva como futuro ministro da Fazenda, Haddad pediu que avaliações sejam feitas apenas após a montagem completa de sua equipe. “Peço a gentileza que vocês façam uma avaliação da equipe na hora que ela for montada. Estou anunciando um secretário executivo que nunca participou de uma reunião do PT e que até outro dia era presidente de banco. O Bernard Appy, se vocês consultarem o mercado, eu duvido que tenha alguma restrição técnica sobre a maneira como enxerga o mundo. É uma pessoa com dedicação incrível e que fez parte de um governo ultra exitoso na área econômica”, disse Haddad.

Ainda a respeito de críticas do mercado e preocupações sobre o perfil do ministério e a saúde das contas públicas, o ministro rebateu: “O chamado nervosismo do mercado passa logo”.

Sobre Galípolo, Haddad afirmou que seu futuro secretário executivo será a voz dele dentro do ministério. “Eu tenho uma visão de conjunto muito parecida com a do Galipolo, é o norte do governo, é para onde você vai dirigir as atenções e as prioridades. O presidente Lula já gostava muito dele e agora mais ainda”, afirmou.

O ex-prefeito de São Paulo disse que sua ideia é usar como base para discussão com o Congresso a proposta de reforma tributária desenhada por Appy. “Queremos partir dessa base para conversar com os parlamentares”, afirmou.

Oficialmente anunciado como futuro ministro da Fazenda na última sexta-feira, 9, Haddad disse ter sido convidado por Lula para o posto quando acompanhou o presidente eleito na viagem que ele fez para o Egito, onde participou da COP-27. Os dois voltaram da conferência climática no dia 18 de novembro, três semanas antes, portanto, do anúncio oficial.

Segundo Haddad, como Lula pediu sigilo sobre a escolha, ele ainda não estava autorizado a falar em nome da equipe econômica do governo de transição. A situação, ainda segundo ele, o fez ficar de fora das discussões sobre a PEC da Transição. “Quando eu cheguei, essa PEC já estava sendo formatada”, afirmou o futuro ministro.

A indicação do nome de Haddad apenas após a aprovação da PEC no Senado o preservou das críticas direcionadas ao governo eleito pela proposta levada ao Congresso, de deixar de fora do teto de gastos R$ 168 bilhões por quatro anos. Os senadores aprovaram texto com valor de R$ 145 bilhões para dois anos. Haddad evitou comentar se ainda irá trabalhar para desidratar a proposta, conforme sugerido por alguns economistas, inclusive da equipe de transição.

“Eu comecei com muita discrição a me apropriar do que estava sendo encaminhado. Só fui formalmente indicado publicamente na sexta-feira. Foram quatro dias (de lá para cá)”, disse.

Problemas da atual gestão

O futuro ministro disse que terá de corrigir erros da atual gestão. “Temos problemas criados esse ano, não são problemas pequenos. Medidas tomadas sem cálculo de impacto, sem desenho adequado, filtros que foram retirados de programas sociais”, disse. “Por exemplo, o INSS: foram retirados os filtros para acabar artificialmente com a fila. Essa é a real. É isso que vamos ter que resolver ano que vem e vamos trabalhar para resolver. Vamos ter uma equipe capacitada, disposição de trabalho”, disse.

O ex-prefeito de São Paulo destacou a importância dos investimentos privados. “O Brasil é um destaque em PPPs. Ainda há travas que podem ser superadas, mantendo um ambiente robusto de controle, sem nenhuma irresponsabilidade. Mas há uma ansiedade por investimentos de longo prazo e nem sempre isso cabe no mercado de capital privado. Quando cabe, tanto melhor, não queremos substituir, deixa ele andar. Mas há algum tipo de investimento que exige a participação do Estado, justamente as PPPs”, disse. “O setor privado é imprescindível, pois ajuda o Estado a não errar.”

“O desafio no ano que vem é tomar medidas de curto prazo, queda da taxa de juro, sobretudo juro futuro, mas temos que pensar o médio e longo prazo”, disse.

Haddad afirmou que não está acompanhando eventual discussão sobre mudança na Lei das Estatais. “Como estou há pouco tempo anunciado e tenho que montar equipe, porque dia 2 de janeiro tem uma série de coisas que têm que estar funcionando como funcionam hoje, com uma equipe nova. Estou fazendo muitas reuniões, entrevistas, para que tenhamos uma equipe o mais rapidamente definida. Os nomes têm que passar pela Casa Civil, tem um escrutínio a ser feito formal para que a nomeação aconteça”, afirmou.

Questionado sobre quando o governo começará a apresentar superávits primários consistentes (contas no azul), Haddad disse que primeiro precisa terminar o diagnóstico das contas públicas. “Primeira providência que vou tomar é reestimativa a receita. Na minha opinião está subestimada. Se, porventura, o diagnóstico inicial estiver correto, vamos pensar a partir do recálculo da estimativa nas providências que vamos tomar a partir do ano que vem”, disse “A farra eleitoral custou caro ao País, mas vamos conseguir recolocar as variáveis macroeconômicas numa trajetória adequada”, afirmou.

BRASÍLIA - O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta terça-feira, 13, os dois nomes técnicos para compor o primeiro escalão de sua equipe econômica. A escolha ocorre em meio a resistências do mercado financeiro ao nome do próprio Haddad e ao anúncio de que o ex-ministro Aloizio Mercadante será o novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico. Gabriel Galípolo, ex-CEO do Banco Fator, será o secretário executivo da Fazenda e o economista Bernard Appy será secretário especial para a reforma tributária. “Duas pessoas que, na minha opinião, tem muita respeitabilidade da sociedade em geral e do mercado em particular”, disse Haddad.

A indicação dos nomes de Haddad e Mercadante, ambos do PT, para a equipe econômica aumentou o temor entre economistas e operadores do mercado financeiro de que o futuro governo Lula 3 seja mais intervencionista na economia. O anúncio, feito por Haddad, de dois nomes técnicos para sua equipe não foi capaz de neutralizar o incômodo entre agentes do mercado, que dizem esperar a indicação de um nome considerado “fiscalista” - ou seja, mais preocupado com a sustentabilidade das contas públicas.

Haddad disse que está fazendo entrevistas para montar sua equipe. A ideia é ter todos os nomes do primeiro escalão escolhidos até o início da semana que vem. Segundo ele, os indicados para comandar os bancos públicos - Caixa e Banco do Brasil - serão escolhidos por Lula.

Fernando Haddad (PT-SP), futuro ministro da Fazenda de Luiz Inácio Lula da Silva, já escalou pelo menos dois técnicos para a sua equipe Foto: Wilton Junior/Estadão

Em sua primeira entrevista coletiva como futuro ministro da Fazenda, Haddad pediu que avaliações sejam feitas apenas após a montagem completa de sua equipe. “Peço a gentileza que vocês façam uma avaliação da equipe na hora que ela for montada. Estou anunciando um secretário executivo que nunca participou de uma reunião do PT e que até outro dia era presidente de banco. O Bernard Appy, se vocês consultarem o mercado, eu duvido que tenha alguma restrição técnica sobre a maneira como enxerga o mundo. É uma pessoa com dedicação incrível e que fez parte de um governo ultra exitoso na área econômica”, disse Haddad.

Ainda a respeito de críticas do mercado e preocupações sobre o perfil do ministério e a saúde das contas públicas, o ministro rebateu: “O chamado nervosismo do mercado passa logo”.

Sobre Galípolo, Haddad afirmou que seu futuro secretário executivo será a voz dele dentro do ministério. “Eu tenho uma visão de conjunto muito parecida com a do Galipolo, é o norte do governo, é para onde você vai dirigir as atenções e as prioridades. O presidente Lula já gostava muito dele e agora mais ainda”, afirmou.

O ex-prefeito de São Paulo disse que sua ideia é usar como base para discussão com o Congresso a proposta de reforma tributária desenhada por Appy. “Queremos partir dessa base para conversar com os parlamentares”, afirmou.

Oficialmente anunciado como futuro ministro da Fazenda na última sexta-feira, 9, Haddad disse ter sido convidado por Lula para o posto quando acompanhou o presidente eleito na viagem que ele fez para o Egito, onde participou da COP-27. Os dois voltaram da conferência climática no dia 18 de novembro, três semanas antes, portanto, do anúncio oficial.

Segundo Haddad, como Lula pediu sigilo sobre a escolha, ele ainda não estava autorizado a falar em nome da equipe econômica do governo de transição. A situação, ainda segundo ele, o fez ficar de fora das discussões sobre a PEC da Transição. “Quando eu cheguei, essa PEC já estava sendo formatada”, afirmou o futuro ministro.

A indicação do nome de Haddad apenas após a aprovação da PEC no Senado o preservou das críticas direcionadas ao governo eleito pela proposta levada ao Congresso, de deixar de fora do teto de gastos R$ 168 bilhões por quatro anos. Os senadores aprovaram texto com valor de R$ 145 bilhões para dois anos. Haddad evitou comentar se ainda irá trabalhar para desidratar a proposta, conforme sugerido por alguns economistas, inclusive da equipe de transição.

“Eu comecei com muita discrição a me apropriar do que estava sendo encaminhado. Só fui formalmente indicado publicamente na sexta-feira. Foram quatro dias (de lá para cá)”, disse.

Problemas da atual gestão

O futuro ministro disse que terá de corrigir erros da atual gestão. “Temos problemas criados esse ano, não são problemas pequenos. Medidas tomadas sem cálculo de impacto, sem desenho adequado, filtros que foram retirados de programas sociais”, disse. “Por exemplo, o INSS: foram retirados os filtros para acabar artificialmente com a fila. Essa é a real. É isso que vamos ter que resolver ano que vem e vamos trabalhar para resolver. Vamos ter uma equipe capacitada, disposição de trabalho”, disse.

O ex-prefeito de São Paulo destacou a importância dos investimentos privados. “O Brasil é um destaque em PPPs. Ainda há travas que podem ser superadas, mantendo um ambiente robusto de controle, sem nenhuma irresponsabilidade. Mas há uma ansiedade por investimentos de longo prazo e nem sempre isso cabe no mercado de capital privado. Quando cabe, tanto melhor, não queremos substituir, deixa ele andar. Mas há algum tipo de investimento que exige a participação do Estado, justamente as PPPs”, disse. “O setor privado é imprescindível, pois ajuda o Estado a não errar.”

“O desafio no ano que vem é tomar medidas de curto prazo, queda da taxa de juro, sobretudo juro futuro, mas temos que pensar o médio e longo prazo”, disse.

Haddad afirmou que não está acompanhando eventual discussão sobre mudança na Lei das Estatais. “Como estou há pouco tempo anunciado e tenho que montar equipe, porque dia 2 de janeiro tem uma série de coisas que têm que estar funcionando como funcionam hoje, com uma equipe nova. Estou fazendo muitas reuniões, entrevistas, para que tenhamos uma equipe o mais rapidamente definida. Os nomes têm que passar pela Casa Civil, tem um escrutínio a ser feito formal para que a nomeação aconteça”, afirmou.

Questionado sobre quando o governo começará a apresentar superávits primários consistentes (contas no azul), Haddad disse que primeiro precisa terminar o diagnóstico das contas públicas. “Primeira providência que vou tomar é reestimativa a receita. Na minha opinião está subestimada. Se, porventura, o diagnóstico inicial estiver correto, vamos pensar a partir do recálculo da estimativa nas providências que vamos tomar a partir do ano que vem”, disse “A farra eleitoral custou caro ao País, mas vamos conseguir recolocar as variáveis macroeconômicas numa trajetória adequada”, afirmou.

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