Haddad: ‘Há um descompasso entre a decisão do Copom e o que acontece no Brasil’


Para ministro, comunicado é ‘muito ruim’ e contrata um problema para o futuro; ele criticou dependência do BC dos dados do Relatório de Mercado Focus para formulação de suas estratégias

Por Daniela Fernandes

PARIS - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou nesta quinta-feira, 22, de “descompasso” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez seguida. Segundo o ministro, é o quarto comunicado “muito ruim” da autoridade monetária e que contrata um problema para o futuro.

“Às vezes, ele corrige na ata, mas há um descompasso entre o que está acontecendo no Brasil, com o dólar, com a curva de juros, a atividade econômica”, declarou Haddad em uma entrevista após acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma série de encontros bilaterais nesta tarde em Paris. Segundo o chefe da equipe econômica, há avanços na economia brasileira que permitiriam sinalizar um corte da taxa Selic.

O ministro ressaltou que os juros altos têm impacto na Bolsa e no varejo, trazendo também efeitos para os cofres públicos. “O descompasso é evidente e não dá para deixar de mencionar porque isso também vai impactar o fiscal”, declarou, acrescentando que os Estados e municípios estão perdendo a arrecadação e a União “não está performando”.

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Haddad criticou ainda a dependência do BC dos dados do Relatório de Mercado Focus para formular sua estratégia de política monetária. “Não há como negar. Há um descompasso que preocupa a Fazenda há muito tempo. Sou a favor de olhar para a pesquisa. Agora, a pesquisa Focus é um subsídio para a tomada de decisão. Isso não pode substituir a autoridade monetária”, afirmou.

“Quando você tem uma pesquisa que está errando sistematicamente durante seis meses, você pode até continuar levando em conta, mas tem de sopesar os argumentos e relativar um pouco essas pesquisas”, declarou.

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Haddad criticou dependência do BC dos dados do Relatório de Mercado Focus para formular sua estratégia de política monetária Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Haddad comentou ainda que, “se tudo der certo”, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conseguirá votar o projeto de lei que restabelece o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) na primeira semana de julho. Isso pode permitir, segundo o ministro, que a Receita Federal faça acordos em um curto espaço de tempo.

O ministro da Fazenda chegou a Paris nesta quinta-feira, 22, e acompanhou Lula em encontros bilaterais que ocorreram no hotel onde a delegação brasileira está hospedada. Eles conversaram com os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, de Cuba, Miguel Díaz-Canel, o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, e o presidente da COP28 nos Emirados Árabes, Sultan Al Jaber.

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Na sexta-feira, 23, Haddad acompanhará Lula no encerramento da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, uma iniciativa do presidente da França, Emmanuel Macron, que prevê a reforma de instituições financeiras internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial e o reforço de instrumentos de apoio para lutar contra a pobreza e o aquecimento global.

PARIS - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou nesta quinta-feira, 22, de “descompasso” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez seguida. Segundo o ministro, é o quarto comunicado “muito ruim” da autoridade monetária e que contrata um problema para o futuro.

“Às vezes, ele corrige na ata, mas há um descompasso entre o que está acontecendo no Brasil, com o dólar, com a curva de juros, a atividade econômica”, declarou Haddad em uma entrevista após acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma série de encontros bilaterais nesta tarde em Paris. Segundo o chefe da equipe econômica, há avanços na economia brasileira que permitiriam sinalizar um corte da taxa Selic.

O ministro ressaltou que os juros altos têm impacto na Bolsa e no varejo, trazendo também efeitos para os cofres públicos. “O descompasso é evidente e não dá para deixar de mencionar porque isso também vai impactar o fiscal”, declarou, acrescentando que os Estados e municípios estão perdendo a arrecadação e a União “não está performando”.

Haddad criticou ainda a dependência do BC dos dados do Relatório de Mercado Focus para formular sua estratégia de política monetária. “Não há como negar. Há um descompasso que preocupa a Fazenda há muito tempo. Sou a favor de olhar para a pesquisa. Agora, a pesquisa Focus é um subsídio para a tomada de decisão. Isso não pode substituir a autoridade monetária”, afirmou.

“Quando você tem uma pesquisa que está errando sistematicamente durante seis meses, você pode até continuar levando em conta, mas tem de sopesar os argumentos e relativar um pouco essas pesquisas”, declarou.

Haddad criticou dependência do BC dos dados do Relatório de Mercado Focus para formular sua estratégia de política monetária Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Haddad comentou ainda que, “se tudo der certo”, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conseguirá votar o projeto de lei que restabelece o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) na primeira semana de julho. Isso pode permitir, segundo o ministro, que a Receita Federal faça acordos em um curto espaço de tempo.

O ministro da Fazenda chegou a Paris nesta quinta-feira, 22, e acompanhou Lula em encontros bilaterais que ocorreram no hotel onde a delegação brasileira está hospedada. Eles conversaram com os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, de Cuba, Miguel Díaz-Canel, o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, e o presidente da COP28 nos Emirados Árabes, Sultan Al Jaber.

Na sexta-feira, 23, Haddad acompanhará Lula no encerramento da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, uma iniciativa do presidente da França, Emmanuel Macron, que prevê a reforma de instituições financeiras internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial e o reforço de instrumentos de apoio para lutar contra a pobreza e o aquecimento global.

PARIS - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou nesta quinta-feira, 22, de “descompasso” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez seguida. Segundo o ministro, é o quarto comunicado “muito ruim” da autoridade monetária e que contrata um problema para o futuro.

“Às vezes, ele corrige na ata, mas há um descompasso entre o que está acontecendo no Brasil, com o dólar, com a curva de juros, a atividade econômica”, declarou Haddad em uma entrevista após acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma série de encontros bilaterais nesta tarde em Paris. Segundo o chefe da equipe econômica, há avanços na economia brasileira que permitiriam sinalizar um corte da taxa Selic.

O ministro ressaltou que os juros altos têm impacto na Bolsa e no varejo, trazendo também efeitos para os cofres públicos. “O descompasso é evidente e não dá para deixar de mencionar porque isso também vai impactar o fiscal”, declarou, acrescentando que os Estados e municípios estão perdendo a arrecadação e a União “não está performando”.

Haddad criticou ainda a dependência do BC dos dados do Relatório de Mercado Focus para formular sua estratégia de política monetária. “Não há como negar. Há um descompasso que preocupa a Fazenda há muito tempo. Sou a favor de olhar para a pesquisa. Agora, a pesquisa Focus é um subsídio para a tomada de decisão. Isso não pode substituir a autoridade monetária”, afirmou.

“Quando você tem uma pesquisa que está errando sistematicamente durante seis meses, você pode até continuar levando em conta, mas tem de sopesar os argumentos e relativar um pouco essas pesquisas”, declarou.

Haddad criticou dependência do BC dos dados do Relatório de Mercado Focus para formular sua estratégia de política monetária Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Haddad comentou ainda que, “se tudo der certo”, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conseguirá votar o projeto de lei que restabelece o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) na primeira semana de julho. Isso pode permitir, segundo o ministro, que a Receita Federal faça acordos em um curto espaço de tempo.

O ministro da Fazenda chegou a Paris nesta quinta-feira, 22, e acompanhou Lula em encontros bilaterais que ocorreram no hotel onde a delegação brasileira está hospedada. Eles conversaram com os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, de Cuba, Miguel Díaz-Canel, o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, e o presidente da COP28 nos Emirados Árabes, Sultan Al Jaber.

Na sexta-feira, 23, Haddad acompanhará Lula no encerramento da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, uma iniciativa do presidente da França, Emmanuel Macron, que prevê a reforma de instituições financeiras internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial e o reforço de instrumentos de apoio para lutar contra a pobreza e o aquecimento global.

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