BRASÍLIA - Indicado nesta sexta-feira pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira, 9, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as prioridades do da pasta que comandará em 2023 serão uma nova regra fiscal, a reforma tributária e a retomada de acordos internacionais.
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“O importante é a gente ter uma agenda para 2023 forte, recuperar os acordos internacionais, que estão parados, sobretudo União Europeia, a questão do arcabouço fiscal e da reforma tributária, como grandes movimentos nossos, faremos todos”, disse Haddad em rápida entrevista instantes após ter sido anunciado como futuro ministro.
O futuro ministro afirmou que vai “reativar contatos” para ajudar na tramitação da PEC da Transição, para acomodar as promessas eleitorais de Lula. A proposta, que permite gastos extras de pelo menos R$ 168 bilhões em 2023 e 2024, foi aprovada nesta semana no Senado e agora está na Câmara.
Questionado sobre o novo arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação, ele afirmou que está aberto a propostas. “Pretendo receber propostas, claro, e não só da transição. Vou ouvir técnicos do Tesouro, a academia, os economistas em quem confio”, disse.
“Eu fui o primeiro prefeito a conseguir grau de investimento do País. Se você não olhar para a trajetória da pessoa, vai cair em fake news”, afirmou, quando questionando sobre temores do mercado de que ele tenha um perfil “gastador”.
Haddad disse que quer conversar com o seu colega do Planejamento antes de informar os nomes que irão integram sua pasta, como o Secretário do Tesouro. Lula, porém, ainda não anunciou quem comandará o Planejamento. “Eu não fiz convites formais ainda, mas já sondei muita gente”, disse.
O novo ministro disse que o novo arcabouço fiscal será anunciado no ano que vem e que há, inclusive, uma lei para isso, em referência à PEC da Transição, que prevê que uma nova regra até agosto de 2023. “A reforma tributária pode ser junto (com o novo arcabouço fiscal), não tem problema”, disse./ COM BROADCAST