O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em live com a primeira-dama, Janja Lula da Silva, que “ninguém aguenta mais esses juros”. Ele manifestou otimismo com a queda das taxas, que, segundo ele, ajudará na recuperação econômica.
Em uma participação curta na transmissão ao vivo pelas redes sociais, após entrevista à imprensa em que anunciou a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) para a meta de inflação, o chefe da equipe econômica fez um balanço do primeiro semestre da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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“Este ano nós já geramos algo como 900 mil postos de trabalho em cinco meses”, ressaltou o ministro, em referência aos dados do Caged.
Mais cedo, durante o anúncio sobre a mudança de meta, Haddad afirmou haver “grande expectativa” no governo para que, a partir de agosto, o Banco Central promova “cortes consistentes” no patamar da taxa de juros.
“Em virtude do que os indicadores estão mostrando uma convergência”, disse Haddad, citando a previsão de que a inflação pode ficar em 3,1% em 2025, segundo Relatório Trimestral de Inflação do BC divulgado nesta quinta-feira.
Após a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), Haddad anunciou a alteração no regime de metas do País do sistema de ano-calendário para contínua.
Ele frisou que a expectativa da Fazenda sobre o corte de juros também considera a preocupação com o crescimento econômico. “Temos razões para nos preocupar com a desaceleração econômica que está sendo vista para 2024″, disse o ministro, segundo quem o governo quer garantir para a sociedade um 2024 “melhor” que o ano de 2023.
“Entendemos que praticar taxa de juros de 9% em termos reais é algo que deveria ser revisto em proveito da sociedade, à luz dos indicadores, que está toda a nação brasileira acompanha”, disse Haddad.