Haddad diz que pacote sai esta semana após reunião ‘definitiva’ com Lula; ‘supersalários’ entram


Ministro afirmou que medidas serão apresentadas aos presidentes da Câmara e do Senado para então serem anunciadas

Por Renan Monteiro e Eduardo Laguna
Atualização:

BRASÍLIA E SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a reunião desta segunda-feira, 25, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “definitiva” e que o governo deve apresentar ainda nesta semana o pacote de corte de gastos. O detalhamento das propostas será feito após a apresentação das medidas para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

“Fechamos o entendimento dentro do governo, o presidente já decidiu as últimas pendências”, afirmou. “Está tudo redigido já, a Casa Civil, para mandar com certeza essa semana. Agora, o dia, a hora, vai depender mais do Congresso do que de nós”, afirmou.

Haddad afirmou que medidas serão apresentadas aos presidentes da Câmara e do Senado para então serem anunciadas. Foto: Wilton Junior/Estadão
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O ministro não quis detalhar as medidas, mas confirmou que mudanças no Vale Gás e a limitação dos chamados “supersalários” estão no pacote - que será enviado por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um Projeto de Lei Complementar.

O projeto dos supersalários, hoje parado no Congresso, tem o objetivo de limitar a poucas exceções os pagamentos acima do teto remuneratório do funcionalismo, que limita quanto um funcionário público pode receber por mês. O máximo hoje é de R$ 44 mil mensais, equivalente à remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Haddad confirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para prorrogar a chamada Desvinculação de Receitas da União (DRU) poderá ser aproveitada para incluir as medidas de corte de despesas que exijam mudanças de caráter constitucional.

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Quanto ao vale gás, Haddad falou que será enviado um texto substitutivo. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, antecipou em entrevista ao Estadão em setembro que o benefício voltaria a ser contabilizado no Orçamento e a respeitar as regras fiscais. Em agosto, o governo apresentou o novo Auxílio Gás turbinado - reformulação que foi recebida com preocupação pelos especialistas em contas públicas, que alegaram um potencial drible do governo para a realização de gastos fora do Orçamento.

“Vocês vão saber no dia que o Congresso souber. O que nós estamos garantindo é que os presidentes (Câmara e Senado) sejam informados, pelo menos em linha geral, das medidas. Para que nós possamos dar a público a decisão que o governo tomou e que o Congresso vai apreciar”, declarou o ministro da Fazenda, que afirmou ter esperança de aprovar as propostas no Congresso ainda este ano.

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Mais cedo, o Estadão/Broadcast mostrou que o pacote inclui mudanças nas regras para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), no abono salarial, na política de reajuste do salário mínimo e na previdência e pensão de militares, deixando de fora mudanças nos pisos de saúde e educação.

‘Dificilmente amanhã', diz Tebet

Em São Paulo, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que a decisão sobre o pacote de ajuste dos gastos públicos, já foi tomada por Lula para que o anúncio aconteça ainda nesta semana. Ela antecipou, contudo, que dificilmente o plano será divulgado amanhã.

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Ao chegar à livraria Martins Fontes, na avenida Paulista, para a noite de autógrafos de seu livro O voo das borboletas, Tebet manifestou confiança sobre a aprovação das medidas no Legislativo. Também assegurou que, com o ajuste, as metas fiscais estão garantidas até o fim do atual mandato de Lula, em 2026.

'Amanhã, acho difícil; por mim não seria amanhã', diz Tebet sobre anúncio do pacote de corte de gatos. Foto: Jarbas Oliveira

“O presidente, hoje, já bateu o martelo. Então, a decisão está tomada”, comentou a ministra, acrescentando que, apesar da possibilidade de alguma modificação, nada deve alterar significativamente em relação ao que já foi acertado com Lula. “Nada que movimente muito o tabuleiro. Provavelmente, o anúncio sai realmente esta semana”, ressaltou Tebet.

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A ministra disse que o pacote será anunciado em entrevista coletiva comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e que também deve contar com a participação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Dificilmente, contudo, a coletiva acontecerá nesta terça. “Amanhã, acho difícil, por mim não seria amanhã”, afirmou Tebet, após dizer que só voltará amanhã de manhã à capital federal.

Questionada se o pacote poderá ser desidratado na tramitação no Congresso, Tebet ressaltou que o presidente Lula tem experiência suficiente para não incluir medidas que tenham resistência do Legislativo.

“A conversa do ministro Haddad com os presidentes da Câmara [Arthur Lira] e do Senado [Rodrigo Pacheco] foi justamente nesse intuito, lá atrás: ver o que seria possível”, disse a ministra, manifestando estar “extremamente otimista” com a viabilidade do pacote no Legislativo. “É um pacote possível, que os parlamentares vão ter conforto de votar, porque não está se tirando direitos de ninguém”, emendou Tebet.

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A ministra disse ainda que há convicção de que, no curto prazo, as medidas serão suficientes para o governo entregar a meta fiscal. “Ela [a meta] não vai ser alterada até o ano de 2026 [...] A meta fiscal vai ser preservada graças a esse ajuste, e ela já tem medidas estruturantes que já projetam, em médio prazo, a revisão de gastos”, declarou Tebet.

BRASÍLIA E SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a reunião desta segunda-feira, 25, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “definitiva” e que o governo deve apresentar ainda nesta semana o pacote de corte de gastos. O detalhamento das propostas será feito após a apresentação das medidas para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

“Fechamos o entendimento dentro do governo, o presidente já decidiu as últimas pendências”, afirmou. “Está tudo redigido já, a Casa Civil, para mandar com certeza essa semana. Agora, o dia, a hora, vai depender mais do Congresso do que de nós”, afirmou.

Haddad afirmou que medidas serão apresentadas aos presidentes da Câmara e do Senado para então serem anunciadas. Foto: Wilton Junior/Estadão

O ministro não quis detalhar as medidas, mas confirmou que mudanças no Vale Gás e a limitação dos chamados “supersalários” estão no pacote - que será enviado por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um Projeto de Lei Complementar.

O projeto dos supersalários, hoje parado no Congresso, tem o objetivo de limitar a poucas exceções os pagamentos acima do teto remuneratório do funcionalismo, que limita quanto um funcionário público pode receber por mês. O máximo hoje é de R$ 44 mil mensais, equivalente à remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Haddad confirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para prorrogar a chamada Desvinculação de Receitas da União (DRU) poderá ser aproveitada para incluir as medidas de corte de despesas que exijam mudanças de caráter constitucional.

Quanto ao vale gás, Haddad falou que será enviado um texto substitutivo. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, antecipou em entrevista ao Estadão em setembro que o benefício voltaria a ser contabilizado no Orçamento e a respeitar as regras fiscais. Em agosto, o governo apresentou o novo Auxílio Gás turbinado - reformulação que foi recebida com preocupação pelos especialistas em contas públicas, que alegaram um potencial drible do governo para a realização de gastos fora do Orçamento.

“Vocês vão saber no dia que o Congresso souber. O que nós estamos garantindo é que os presidentes (Câmara e Senado) sejam informados, pelo menos em linha geral, das medidas. Para que nós possamos dar a público a decisão que o governo tomou e que o Congresso vai apreciar”, declarou o ministro da Fazenda, que afirmou ter esperança de aprovar as propostas no Congresso ainda este ano.

Mais cedo, o Estadão/Broadcast mostrou que o pacote inclui mudanças nas regras para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), no abono salarial, na política de reajuste do salário mínimo e na previdência e pensão de militares, deixando de fora mudanças nos pisos de saúde e educação.

‘Dificilmente amanhã', diz Tebet

Em São Paulo, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que a decisão sobre o pacote de ajuste dos gastos públicos, já foi tomada por Lula para que o anúncio aconteça ainda nesta semana. Ela antecipou, contudo, que dificilmente o plano será divulgado amanhã.

Ao chegar à livraria Martins Fontes, na avenida Paulista, para a noite de autógrafos de seu livro O voo das borboletas, Tebet manifestou confiança sobre a aprovação das medidas no Legislativo. Também assegurou que, com o ajuste, as metas fiscais estão garantidas até o fim do atual mandato de Lula, em 2026.

'Amanhã, acho difícil; por mim não seria amanhã', diz Tebet sobre anúncio do pacote de corte de gatos. Foto: Jarbas Oliveira

“O presidente, hoje, já bateu o martelo. Então, a decisão está tomada”, comentou a ministra, acrescentando que, apesar da possibilidade de alguma modificação, nada deve alterar significativamente em relação ao que já foi acertado com Lula. “Nada que movimente muito o tabuleiro. Provavelmente, o anúncio sai realmente esta semana”, ressaltou Tebet.

A ministra disse que o pacote será anunciado em entrevista coletiva comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e que também deve contar com a participação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Dificilmente, contudo, a coletiva acontecerá nesta terça. “Amanhã, acho difícil, por mim não seria amanhã”, afirmou Tebet, após dizer que só voltará amanhã de manhã à capital federal.

Questionada se o pacote poderá ser desidratado na tramitação no Congresso, Tebet ressaltou que o presidente Lula tem experiência suficiente para não incluir medidas que tenham resistência do Legislativo.

“A conversa do ministro Haddad com os presidentes da Câmara [Arthur Lira] e do Senado [Rodrigo Pacheco] foi justamente nesse intuito, lá atrás: ver o que seria possível”, disse a ministra, manifestando estar “extremamente otimista” com a viabilidade do pacote no Legislativo. “É um pacote possível, que os parlamentares vão ter conforto de votar, porque não está se tirando direitos de ninguém”, emendou Tebet.

A ministra disse ainda que há convicção de que, no curto prazo, as medidas serão suficientes para o governo entregar a meta fiscal. “Ela [a meta] não vai ser alterada até o ano de 2026 [...] A meta fiscal vai ser preservada graças a esse ajuste, e ela já tem medidas estruturantes que já projetam, em médio prazo, a revisão de gastos”, declarou Tebet.

BRASÍLIA E SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a reunião desta segunda-feira, 25, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “definitiva” e que o governo deve apresentar ainda nesta semana o pacote de corte de gastos. O detalhamento das propostas será feito após a apresentação das medidas para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

“Fechamos o entendimento dentro do governo, o presidente já decidiu as últimas pendências”, afirmou. “Está tudo redigido já, a Casa Civil, para mandar com certeza essa semana. Agora, o dia, a hora, vai depender mais do Congresso do que de nós”, afirmou.

Haddad afirmou que medidas serão apresentadas aos presidentes da Câmara e do Senado para então serem anunciadas. Foto: Wilton Junior/Estadão

O ministro não quis detalhar as medidas, mas confirmou que mudanças no Vale Gás e a limitação dos chamados “supersalários” estão no pacote - que será enviado por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um Projeto de Lei Complementar.

O projeto dos supersalários, hoje parado no Congresso, tem o objetivo de limitar a poucas exceções os pagamentos acima do teto remuneratório do funcionalismo, que limita quanto um funcionário público pode receber por mês. O máximo hoje é de R$ 44 mil mensais, equivalente à remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Haddad confirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para prorrogar a chamada Desvinculação de Receitas da União (DRU) poderá ser aproveitada para incluir as medidas de corte de despesas que exijam mudanças de caráter constitucional.

Quanto ao vale gás, Haddad falou que será enviado um texto substitutivo. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, antecipou em entrevista ao Estadão em setembro que o benefício voltaria a ser contabilizado no Orçamento e a respeitar as regras fiscais. Em agosto, o governo apresentou o novo Auxílio Gás turbinado - reformulação que foi recebida com preocupação pelos especialistas em contas públicas, que alegaram um potencial drible do governo para a realização de gastos fora do Orçamento.

“Vocês vão saber no dia que o Congresso souber. O que nós estamos garantindo é que os presidentes (Câmara e Senado) sejam informados, pelo menos em linha geral, das medidas. Para que nós possamos dar a público a decisão que o governo tomou e que o Congresso vai apreciar”, declarou o ministro da Fazenda, que afirmou ter esperança de aprovar as propostas no Congresso ainda este ano.

Mais cedo, o Estadão/Broadcast mostrou que o pacote inclui mudanças nas regras para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), no abono salarial, na política de reajuste do salário mínimo e na previdência e pensão de militares, deixando de fora mudanças nos pisos de saúde e educação.

‘Dificilmente amanhã', diz Tebet

Em São Paulo, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que a decisão sobre o pacote de ajuste dos gastos públicos, já foi tomada por Lula para que o anúncio aconteça ainda nesta semana. Ela antecipou, contudo, que dificilmente o plano será divulgado amanhã.

Ao chegar à livraria Martins Fontes, na avenida Paulista, para a noite de autógrafos de seu livro O voo das borboletas, Tebet manifestou confiança sobre a aprovação das medidas no Legislativo. Também assegurou que, com o ajuste, as metas fiscais estão garantidas até o fim do atual mandato de Lula, em 2026.

'Amanhã, acho difícil; por mim não seria amanhã', diz Tebet sobre anúncio do pacote de corte de gatos. Foto: Jarbas Oliveira

“O presidente, hoje, já bateu o martelo. Então, a decisão está tomada”, comentou a ministra, acrescentando que, apesar da possibilidade de alguma modificação, nada deve alterar significativamente em relação ao que já foi acertado com Lula. “Nada que movimente muito o tabuleiro. Provavelmente, o anúncio sai realmente esta semana”, ressaltou Tebet.

A ministra disse que o pacote será anunciado em entrevista coletiva comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e que também deve contar com a participação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Dificilmente, contudo, a coletiva acontecerá nesta terça. “Amanhã, acho difícil, por mim não seria amanhã”, afirmou Tebet, após dizer que só voltará amanhã de manhã à capital federal.

Questionada se o pacote poderá ser desidratado na tramitação no Congresso, Tebet ressaltou que o presidente Lula tem experiência suficiente para não incluir medidas que tenham resistência do Legislativo.

“A conversa do ministro Haddad com os presidentes da Câmara [Arthur Lira] e do Senado [Rodrigo Pacheco] foi justamente nesse intuito, lá atrás: ver o que seria possível”, disse a ministra, manifestando estar “extremamente otimista” com a viabilidade do pacote no Legislativo. “É um pacote possível, que os parlamentares vão ter conforto de votar, porque não está se tirando direitos de ninguém”, emendou Tebet.

A ministra disse ainda que há convicção de que, no curto prazo, as medidas serão suficientes para o governo entregar a meta fiscal. “Ela [a meta] não vai ser alterada até o ano de 2026 [...] A meta fiscal vai ser preservada graças a esse ajuste, e ela já tem medidas estruturantes que já projetam, em médio prazo, a revisão de gastos”, declarou Tebet.

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